Professor, que terá sua identidade preservada, relata sessões de constrangimento após ser acusado de “doutrinar” o filho do casal no ano de 2019
18 de julho de 2023
Andreia Munarão, Roberto Mantovani Filho e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | STF)
Ao que tudo indica, Andreia Mantovani e Roberto Mantovani, que ganharam a mídia após promoverem cenas de agressão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e seu filho, no aeroporto de Roma, na Itália, não são novatos na modalidade “perseguição”.
“Theo”, nome fictício do professor que dá aulas no interior de São Paulo, enviou-me uma mensagem inbox contando a respeito dos momentos de extremo estresse que viveu após ser perseguido pelo casal, no já distante ano de 2019, quando Bolsonaro presidia o país. O motivo: seu posicionamento de esquerda nas redes sociais incomodou os extremistas, que temiam uma “doutrinação” de seu filho, aluno do educador em questão.
Theo enviou-me também e-mails trocados entre ele e a direção do colégio e o clima de extrema tensão era explícito. O professor explicava no texto que teve um pico de pressão alta após saber que foi acusado de promover a doutrinação dos estudantes. Que não conseguiu lecionar nas aulas seguintes por conta de seu estado de saúde. Além disso, o profissional ressaltou que absolutamente nunca falou de política em suas aulas, tendo em vista que sua disciplina era Biologia.
No entanto, a cereja do bolo veio pouco tempo após a troca de emails: o casal ficou irritado ao saber que o professor portava um adesivo “Lula Livre” em seu carro e imediatamente procuraram a direção do colégio exigindo a demissão de Théo. O pedido não foi atendido e Theo preferiu não prosseguir com a história.
Após ver as cenas vergonhosas promovidas no aeroporto de Roma, o professor garantiu que não se surpreende com a postura do casal. Andreia Mantovani, Roberto Mantovani Filho e Alex Zanatta podem pegar até 8 anos de prisão após as ações de agressão.
Brasil 247
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