quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Algoz de Lula, ministro de Bolsonaro - Boa Noite 247 (31.10.18)




Brasil 247

REQUIÃO CALA O SENADO COM DISCURSO HISTÓRICO SOBRE ENTREGA DO PRÉ-SAL

O primeiro discurso do senador Roberto Requião no senado logo após a eleição do extremista Jair Bolsonaro chamou a atenção pelo conteúdo emocional e pela contundência política; os relatos são de que após a fala, houve um grande silêncio na tribuna; em um dado momento, Requião fala sobre a Petrobrás e sobre a indiferença que tomou conta do zelo pelas riquezas naturais do país: "Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis"

31 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - O primeiro discurso do senador Roberto Requião no senado logo após a eleição do extremista Jair Bolsonaro chamou a atenção pelo conteúdo emocional e pela contundência política. Os relatos são de que após a fala, houve um grande silêncio na tribuna. Em um dado momento, Requião fala sobre a Petrobrás e sobre a indiferença que tomou conta do zelo pelas riquezas naturais do país: "Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis".

"Abaixo, leia a íntegra do discurso de Requião:

Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?

O juiz Sérgio Moro sabe; o procurador Deltan Dallagnol tem plena ciência. Fui, neste plenário, o primeiro senador a apoiar e a conclamar o apoio à Operação Lava Jato. Assim como fui o primeiro a fazer reparos aos seus equívocos e excessos.

Mas, sobretudo, desde o início, apontei a falta de compromisso da Operação, de seus principais operadores, com o país. Dizia que o combate à corrupção descolado da realidade dos fatos da política e da economia do país era inútil e enganoso.

E por que a Lava Jato se apartou, distanciou-se dos fatos da política e da economia do Brasil?

Porque a Lava Jato acabou presa, imobilizada por sua própria obsessão; obsessão que toldou, empanou os olhos e a compreensão dos heróis da operação ao ponto de eles não despertarem e nem reagirem à pilhagem criminosa, desavergonhada do país.

Querem um exemplo assombroso, sinistro dessa fuga da realidade?

Nunca aconteceu na história do Brasil de um presidente ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato. Não apenas ele. Todo o entorno foi indigitado e denunciado. Mas nunca um presidente da República desbaratou o patrimônio nacional de forma tão açodada, irresponsável e suspeita, como essa Presidência denunciada por corrupção.

Vejam. Só no último o leilão do petróleo, esse governo de denunciado como corrupto, abriu mão de um trilhão de reais de receitas.

Um trilhão, Moro!
Um trilhão, Dallagnoll!
Um trilhão, Polícia Federal!
Um trilhão, PGR!
Um trilhão, Supremo, STJ, Tribunais Federais, Conselhos do Ministério Público e da Justiça.
Um trilhão, brava gente da OAB!

Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis.

Nada! Absolutamente nada!

Foi um a doação escandalosa. Uma negociata impudica. 

Abrimos mão de dinheiro suficiente para cobrir todos os alegados déficits orçamentários, todos os rombos nas tais contas públicas.

Abrimos mão do dinheiro essencial, vital para a previdência, a saúde, a educação, a segurança, a habitação e o saneamento, as estradas, ferrovias, aeroportos, portos e hidrovias, para os próximos anos.

Mas suas excelentíssimas excelências acima citadas não estão nem aí. Por que, entendem, não vem ao caso…

Na década de 80, quando as montadoras de automóveis, depois de saturados os mercados do Ocidente desenvolvido, voltaram os olhos para o Sul do mundo, os governantes da América Latina, da África, da Ásia entraram em guerra para ver quem fazia mais concessões, quem dava mais vantagens para “atrair” as fábricas de automóveis.

Lester Turow, um dos papas da globalização, vendo aquele espetáculo deprimente de presidentes, governadores, prefeitos a oferecer até suas progenitoras para atrair uma montadora de automóvel, censurou-os, chamando-os de ignorantes por desperdiçarem o suado dinheiro dos impostos de seus concidadãos para premiarem empresas biliardárias.

Turow dizia o seguinte: qualquer primeiroanista de economia, minimamente dotado, que examinasse um mapa do mundo, veria que a alternativa para as montadoras se expandirem e sobreviverem estava no Sul do Planeta Terra. Logo, elas não precisavam de qualquer incentivo para se instalarem na América Latina, Ásia ou África. Forçosamente viriam para cá.

No entanto, governantes estúpidos, bocós, provincianos, além de corruptos e gananciosos deram às montadoras mundos e fundos.

Conto aqui uma experiência pessoal: eu era governador do Paraná e a fábrica de colheitadeiras New Holland, do Grupo Fiat, pretendia instalar-se no Brasil, que vivia à época o boom da produção de grãos.

A Fiat balançava entre se instalar no Paraná ou Minas Gerais. Recebo no palácio um dirigente da fábrica italiana, que vai logo fazendo numerosas exigências para montar a fábrica em meu estado. Queria tudo: isenções de impostos, terreno, infraestrutura, berço especial no porto de Paranaguá, e mais algumas benesses.

Como resposta, pedi ao meu chefe de gabinete uma ligação para o então governador de Minas Gerais, o Hélio Garcia. Feito o contanto, cumprimento o governador: “Parabéns, Hélio, você acaba de ganhar a fábrica da New Holland”. Ele fica intrigado e me pergunta o que havia acontecido.

Explico a ele que o Paraná não aceitava nenhuma das exigências da Fiat para atrair a fábrica, e já que Minas aceitava, a fábrica iria para lá.

O diretor da Fiat ficou pasmo e se retirou. Dias depois, ele reaparece e comunica que a New Holland iria se instalar no Paraná.

Por que?

Pela obviedade dos fatos: o Paraná à época, era o maior produtor de grãos do Brasil e, logo, o maior consumidor de colheitadeiras do país; a fábrica ficaria a apenas cem quilômetros do porto de Paranaguá; tínhamos mão-de-obra altamente especializada e assim por diante.

Enfim, o grande incentivo que o Paraná oferecia era o mercado.

O que me inspirou trucar a Fiat? O conselho de Lester Turow e o exemplo de meu antecessor no governo, que atraiu a Renault, a Wolks e a Chrysler a peso de ouro e às custas dos salários dos metalúrgicos paranaenses, pois o governador de então chegou até mesmo negociar os vencimentos dos operários, fixando-os a uma fração do que recebiam os trabalhadores paulistas.

Mundos e fundos, e um retorno pífio.

Pois bem, voltemos aos dias de hoje, retornemos à história, que agora se reproduz como um pastelão.

O pré-sal, pelos custos de sua extração, coisa de sete dólares o barril, é moranguinho com nata,, uma mamata só!

A extração do óleo xisto, nos Estados Unidos, o shale oil , chegou a custar até 50 dólares o barril;
o petróleo extraído pelos canadenses das areias betuminosas sai por 20 a 30 dólares o barril; as petrolíferas, as mesmas que vieram aqui tomar o nosso pré-sal, fecharam vários projetos de extração de petróleo no Alasca porque os custos ultrapassavam os 40 dólares o barril.

Quer dizer: como no caso das montadoras, era natural, favas contadas que as petrolíferas enxameassem, como abelhas no mel, o pré-sal. Com esse custo, quem não seria atraído?

Por que então, imbecis, por que então, entreguistas de uma figa, oferecer mais vantagens ainda que a já enorme, incomparável e indisputável vantagem do custo da extração?

Mais um dado, senhoras e senhores da Lava Jato, atrizes e atores daquele malfadado filme: vocês sabem quanto o governo arrecadou com o último leilão? Arrecadou o correspondente a um centavo de real por litro leiloado.

Um centavo, Moro!
Um centavo, Dallagnoll!
Um centavo, Carmem Lúcia!
Um centavo, Raquel Dodge!
Um centavo, ínclitos delegados da Policia Federal!

Esse governo de meliantes faz isso e vocês fazem cara de paisagem, viram o rosto para o outro lado.

Já sei, uma das razões para essa omissão indecente certamente é, foi e haverá de ser a opinião da mídia.

Com toda a mídia comercial, monopolizada por seis famílias, todas a favor desse leilão rapinante, como os senhores e as senhoras iriam falar qualquer coisa, não é?

Não pegava bem contrariar a imprensa amiga, não é, lavajatinos?

Renovo a pergunta: desbaratar o suado dinheiro que é esfolado dos brasileiros via impostos e dar isenção às empresas mais ricas do planeta é um ou não é corrupção?

Entregar o preciosíssimo pré-sal, o nosso passaporte para romper com o subdesenvolvimento, é ou não é suprema, absoluta, imperdoável corrupção?

É ou não uma corrupção inominável reduzir o salário mínimo e isentar as petroleiras?

Será, juízes, procuradores, policiais federais, defensores públicos, será que as senhoras e os senhores são tão limitados, tão fronteiriços, tão pouco dotados de perspicácia e patriotismo ao ponto de engolirem essa roubalheira toda sem piscar?

Bom, eu não acredito, como alguns chegam a acusar, que os senhores e as senhoras são quintas-colunas, agentes estrangeiros, calabares, joaquins silvérios ou, então, cabos anselmos.

Não, não acredito.

Não acredito, mas a passividade das senhoras e dos senhores diante da destruição da soberania nacional, diante da submissão do Brasil às transnacionais, diante da liquidação dos direitos trabalhistas e sociais, diante da reintrodução da escravatura no país…. essa passividade incomoda e desperta desconfianças, levanta suspeitas.

Pergunto, renovo a pergunta: como pode um país ser comandado por uma quadrilha, clara e explicitamente uma quadrilha, e tudo continuar como se nada estivesse acontecendo?

Responda, Moro.
Responda, Dallagnoll.
Responda, Carmem Lúcia.
Responda, Raquel Dodge.

Respondam, oh, ínclitos e severos ministros do Tribunal de Contas da União que ajudaram a derrubar uma presidente honesta.

Respondam, oh guardiões da moral, da ética, da honestidade, dos bons costumes, da família, da propriedade e da civilização cristã ocidental.

Respondam porque denunciaram, mandaram prender, processaram e condenaram tantos lobistas, corruptores de parlamentares e de dirigentes de estatais, mas pouco se dão se, por exemplo, lobistas da Shell, da Exxon e de outras petroleiras estrangeiras circulem pelo Congresso obscenamente, a pressionar, a constranger parlamentares em defesa da entrega do pré-sal, e do desmantelamento indústria nacional do óleo e do gás?

Eu vi, senhoras e senhores. Eu vi com que liberdade e desfaçatez o lobista da Shell, semanas atrás, buscava angarias votos para aprovar a maldita, indecorosa MP franqueando todo o setor industrial nacional do petróleo à predação das multinacionais.

Já sei, já sei…. isso não vem, ao caso.

Fico cá pensando o que esses rapazes e essas moças, brilhantíssimos campeões de concursos públicos, fico pensando…..o que eles e elas conhecem de economia, da história e dos impasses históricos do desenvolvimento brasileiro?

Será que eles são tão tapados ao ponto de não saberem que sem energia, sem indústria, sem mercado consumidor, sem sistema financeiro público, para alavancar a economia, sem infraestrutura não há futuro para qualquer país que seja? Esses são os ativos imprescindíveis para o desenvolvimento, para a remissão do atraso, para o bem-estar social e para a paz social.

Sem esses ativos, vamos nos escorar no quê? Na produção e exportação de commodities? Ora…

Mas, os nossos bravos e bravas lavajatinos não consideram o desbaratamento dos ativos nacionais uma forma de corrupção.

Senhoras, senhores, estamos falando da venda subfaturada –ou melhor, da doação- do país todo! Todo!

E quem o vende?

Um governo atolado, completamente submerso na corrupção.

E para que vende?

Para comprar parlamentares e assim escapar de ser julgado por corrupção.

Depois de jogar o petróleo pela janela, preparando assim o terreno para a nossa perpetuação no subdesenvolvimento, o governo aproveita a distração de um feriado prolongado e coloca em hasta pública o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, a Petrobrás e que mais seja de estatal.

Ladrões de dinheiro público vendendo o patrimônio público.

Pode isso, Moro?
Pode isso, Dallagnoll?
Pode isso, Carmem Lúcia?
Pode isso, Raquel Dodge?
Ou devo perguntar para o Arnaldo?

À véspera do leilão do pré-sal, semana passada, tive a esperança de que algum juiz intrépido ou algum procurador audacioso, iluminados pelos feéricos, espetaculosos exemplos da Lava Jato, impedissem esse supremo ato de corrupção praticado por um governo corrupto.

Mas, como isso não vinha ao caso, nada tinha com os pedalinhos, o tríplex, as palestras, o aluguel do apartamento, nenhum juiz, nenhum procurador, nenhum delegado da polícia federal, e nem aquele rapaz do TCU, tão rigoroso com a presidente Dilma, ninguém enfim, se lixou para o esbulho.

Ah, sim, não estava também no power point….
É com desencanto e o mais profundo desânimo que pergunto: por que Deus está sendo tão duro assim com o Brasil.

*Roberto Requião é senador da República no segundo mandato. Foi governador de estado por 3 mandatos, 12 anos, prefeito de Curitiba, secretário de estado, deputado, industrial, agricultor, oficial do exército brasileiro e advogado de movimento sociais. É graduado em direito e jornalismo com pós graduação em urbanismo e comunicação.



Brasil 247

GLEISI REBATE CIRO: PT NÃO AGE POR MÁGOA OU TRAIÇÃO

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita deputada federal, rebateu o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), que voltou a desferir duras críticas ao Partido dos Trabalhadores; Gleisi diz lamentar "que Ciro Gomes esteja tão irritado com seu seu resultado eleitoral insatisfatório"; "O PT é um partido que faz articulação pública aberta e transparente, tem estratégia política e ñ age por magoa ou traição". "Temos orgulho de Lula, o maior líder político popular da história do Brasil, assim como de Leonardo Boff e Frei Beto, q emprestam suas vidas a causa do povo"

31 DE OUTUBRO DE 2018 

Sul 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita deputada federal, rebateu o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), que voltou a desferir duras críticas ao Partido dos Trabalhadores, dizendo que a parlamentar, Leonardo Boff e Frei Betto são 'bajuladores'. Segundo o pedetista, "o PT elegeu Bolsonaro".

No Twitter, Gleisi diz lamentar "que Ciro Gomes esteja tão irritado com seu seu resultado eleitoral insatisfatório". "Mas entendemos suas dores e somos solidários. O que importa é a unidade contra o fascismo e o ataque aos direitos do povo. Nisso estaremos juntos!", afirmou.

Segundo a congressista, "o PT é um partido que faz articulação pública aberta e transparente, tem estratégia política e ñ age por magoa ou traição". "Temos orgulho de Lula, o maior líder político popular da história do Brasil, assim como de Leonardo Boff e Frei Beto, q emprestam suas vidas a causa do povo".

Em entrevista ao jornalista Gustavo Uribe, do jornal Folha de S. Paulo, Ciro também negou ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "porque isso é uma fraude". "Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado", disse.




Lamento que Ciro Gomes esteja tão irritado com seu seu resultado eleitoral insatisfatório. Mas entendemos suas dores e somos solidários. O que importa é a unidade contra o fascismo e o ataque aos direitos do povo. Nisso estaremos juntos!






O PT é um partido que faz articulação pública aberta e transparente, tem estratégia política e ñ age por magoa ou traição. Temos orgulho de Lula, o maior líder político popular da história do Brasil, assim como de Leonardo Boff e Frei Beto, q emprestam suas vidas a causa do povo


Brasil 247

Os primeiros movimentos contra as ameaças à democracia




Jornal GGN

VÍDEO – professor acusado de “doutrinador” em colégio do Ceará é recebido com festa pelos alunos


- 30 de outubro de 2018



Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Lula comprova a perseguição. Bom dia 247 (31.10.18)





Brasil 247

CIRO DIZ QUE O PT ELEGEU BOLSONARO E CHAMA LEONARDO BOFF DE 'BOSTA'

O terceiro colocado nas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT), quebrou o silêncio e voltou a fazer duras críticas ao PT, a Lula e a Fernando Haddad; ele nega ter 'lavado as mãos', diz que Gleisi Hoffmann e Frei Betto são 'bajuladores' e que negou ser vice na chapa do ex-presidente Lula porque aquilo "era uma fraude"; em tom de ressentimento e demonstrando ainda estar com a cabeça nas eleições, Ciro chegou a chamar o teólogo Leonardo Boff de 'bosta' - sic - e se queixou do acordo firmado entre PT e PSB que o deixou isolado na disputa; ele ainda diz que "o PT elegeu Bolsonaro" e que foi "traído por Lula"; sobre ter deixado o país em pleno segundo turno das eleições, ele diz que se sentiu "impotente"

31 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - O terceiro colocado nas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT), quebrou o silêncio e voltou a fazer duras críticas ao PT, a Lula e a Fernando Haddad. Ele nega ter 'lavado as mãos', diz que Gleisi Hoffmann, Leonardo Boff e Frei Betto são 'bajuladores' e que negou ser vice na chapa do ex-presidente Lula porque aquilo "era uma fraude". Em tom de ressentimento, Ciro se queixa do acordo firmado entre PT e PSB que o deixou isolado na disputa e diz que "o PT elegeu Bolsonaro". O pedetista reafirma que foi "traído por Lula" e que deixou o país em pleno segundo turno das eleições porque se sentiu "impotente".

Na entrevista concedida ao jornalista Gustavo Uribe, do jornal Folha de S. Paulo, Ciro Gomes explica porque não declarou voto a Haddad: "Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT". 

Ele ainda comenta a frase dita tempos atrás sobre sair da vida pública caso Bolsonaro vencesse: "Eu disse isso comovidamente porque um país que elege o Bolsonaro eu não compreendo tanto mais, o que me recomenda não querer ser seu intérprete. Entretanto, do exato momento que disse isso até hoje, ouvi um milhão de apelos de gente muito querida. E, depois de tudo o que acabou acontecendo, a minha responsabilidade é muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora da luta. O país ficou órfão".

Ciro surpreendeu em vários momentos a reportagem do jornal, indo na contramão do discurso de esquerda. Sobre os ataques feitos à Folha por Jair Bolsonaro, ele lavou as mãos. O jornalista Gustavo Uribe pergunta "e os ataques feitos pelo Bolsonaro à Folha? É uma ameaça?". Ciro respondeu: "Não considero, não. A Folha tem capacidade de reagir a isso e precisa ter também um pouco de humildade, de respeitar a crítica dos outros".

Sobre sua viagem à Europa em pleno segundo turno das eleições, Ciro alegou "impotência": "Descaso não, rapaz, é de impotência. De absoluta impotência. Se tem um brasileiro que lutou, fui eu. Passei três anos lutando".

Ao responder se votou em Fernando Haddad, Ciro mais uma vez se nega a responder diretamente e manifesta profunda irritação, fazendo uma crítica raivosa ao teólogo Leonardo Boff: "Vou continuar calado, mas você acha que votei em quem com a minha história? Eles podem inventar o que quiserem. Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira da Petrobras? O Lula sabia porque eu disse a ele que, na Transpetro, Sérgio Machado estava roubando para Renan Calheiros. O Lula se corrompeu por isso, porque hoje está cercado de bajulador, com todo tipo de condescendências".

Depois, Ciro nomeia quem ele considera os 'bajuladores' e acusa o PT de fraude: "É tudo. Gleisi Hoffmann, Leonardo Boff, Frei Betto. Só a turma dele. Cadê os críticos? Quem disse a ele que não pode fazer o que ele fez? Que não pode fraudar a opinião pública do país, mentindo que era candidato?"

Sobre ser convidado a ser vice de Lula, ele diz: "Porque isso é uma fraude. Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado".



Brasil 247

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Programa Pensamento Crítico: Conjuntura brasileira (E 51)




Jornal GGN

GLEISI: “NÓS TEMEMOS PELA VIDA DO PRESIDENTE LULA”

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, alertou nesta terça-feira (30), para os riscos que corre o ex-presidente Lula com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL); "O último discurso que tivemos do candidato que foi eleito foi um discurso que não tem a ver com estado democrático de direito, com o devido processo legal, que foi a assertiva dele de deixar Lula apodrecer na cadeia; nós tememos pela vida do presidente Lula. Nós precisamos deixar aí um alerta à sociedade. Lula tem direito a um julgamento justo", afirmou; Gleisi disse também que Fernando Haddad irá liderar a articulação da oposição a Bolsonaro

30 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, concedeu entrevista coletiva no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores na tarde desta terça-feira (30), onde disse temer pela vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gleisi listou algumas preocupações que requerem resistência imediata, a começar pelo processo de criminalização dos movimentos sociais através da aceleração para aprovar mudanças na Lei Antiterrorista, que já está sendo articulado no senado. "Vão criminalizar os movimentos, vai ser a tônica desse governo", avisou.

A segunda resistência imediata, segundo Gleisi Hoffmann, diz respeito às liberdades individuais. "Nos preocupa muito a integridade física das pessoas pelos posicionamentos que tem o governo que foi eleito em relação a uma série de movimentos. Portanto, o PT vai organizar e a gente espera ampliar depois uma rede democrática de proteção solidária. Você não está só. Ou seja, vamos organizar todos os advogados do partido, todos aqueles que militam na área de Direitos Humanos, também vamos fazer um convite aos Juízes pela Democracia para que a gente possa ter resposta pronta para denunciar casos de violação dos Direitos Humanos, dos Direitos Civis, da liberdade de expressão, de manifestação, a questão da educação, que nos preocupa muito o que estão fazendo em cima das nossas universidades, isso é uma intervenção sem precedentes na nossa história democrática", afirmou.

Por fim, Gleisi registrou a preocupação com o ex-presidente Lula. "Nós queremos fazer uma rede de forte solidariedade internacional à causa democrática, passando principalmente pela liberdade de Lula, a quem nós nos preocupamos muito nesse contexto. O último discurso que tivemos do candidato que foi eleito foi um discurso que não tem a ver com estado democrático de direito, com o devido processo legal, que foi a assertiva dele de deixar Lula apodrecer na cadeia. Nós tememos pela vida do presidente Lula, nós precisamos deixar aí um alerta à sociedade. Lula tem direito a um julgamento justo", reforçou.

A presidente do PT disse também que Fernando Haddad deverá liderar a articulação da frente de oposição ao governo de Fernando Haddad. "O Fernando Haddad, no nosso entender, tem um papel muito importante e relevante nesse processo, que é um papel maior do que o PT. Ele sai depositário da esperança e da luta do povo pela democracia, de diversos setores da sociedade", declarou.



Brasil 247

Bom dia 247 (30.10.18): Bolsonaro quer imprensa dócil





Brasil 247

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

domingo, 28 de outubro de 2018

Boa Noite 247 - Bolsonaro eleito, Brasil perde





Brasil 247

COM 55,63% DOS VOTOS, BOLSONARO É ELEITO PRESIDENTE COM PROJETO DE ULTRADIREITA

Com 92,08% das urnas apuradas, Jair Bolsonaro (PSL) está matematicamente eleito presidente do Brasil, com 55,63% dos votos válidos, enquanto o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 44,37%; votos brancos até o momento chegam a 4,08%, votos nulos, 7,42%, e abstenções chegam a 21,17%; Bolsonaro foi eleito com base num discurso de ultradireita e numa campanha de fake news pelas redes sociais considerada sem precedentes na história pela OEA

28 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - Com 92,08% das urnas apuradas, o candidato da ultradireita, Jair Bolsonaro (PSL), está matematicamente eleito presidente do Brasil. Ele tem 55,63% dos votos válidos, enquanto o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 44,37%. 

Votos brancos até o momento chegam a 4,08%, votos nulos, 7,42%, e abstenções chegam a 21,17%. 

Bolsonaro é eleito depois de uma campanha baseada no estímulo ao ódio no país, de fundo misógino, homofóbico e racista, com ataques a todos os avanços sociais dos últimos anos, como o Bolsa Família e as políticas de cotas. Um dos vetores da eleição foi uma campanha de fake news pelas redes sociais considerada sem precedentes na história pela OEA, Organização dos Estados Americanos.

No último domingo, no comício de encerramento de sua campanha, Bolsonaro discursou por telefone a seus apoiadores reunidos na Avenida Paulista. Foi o mais ameaçados dos discursos de toda a campanha, quando afirmou que os opositores de um eventual governo seu seriam presos ou deveriam buscar o exílio, ameaçando diretamente o outro candidato, Haddad, Lula e o senador Lindbergh Farias; no discurso ele ainda disse: "Pretalhada, vai tudo vocês para a ponta da praia". A expressão "ponta da praia" é a forma como os militares conheciam, na ditadura, a base militar da Marinha na Restinga de Marambaia, em Pedra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. O local foi um dos mais terríveis centros de interrogatório e tortura do regime militar, um verdadeiro centro de extermínio, onde dezenas de opositores foram assassinados, frequentemente sob tortura. 

Aguarda-se o primeiro pronunciamento de Bolsonaro como presidente eleito para que ele aponte os primeiros rumos de seu governo.



Brasil 247

HADDAD SE APRESENTA COMO LÍDER DA OPOSIÇÃO A BOLSONARO

Fernando Haddad, fez um discurso forte pouco depois de 20h em São Paulo no qual, com uma frase tomada do hino nacional brasileiro, apresentou-se como um dos líderes da frente de oposição ao governo Bolsonaro: "verás que um professor não foge à luta" -em seguida, citou literalmente o hino: "nem teme quem te adora, a própria morte"; foi uma uma referência indireta ao fascismo que, historicamente, tem a morte como um de seus símbolos; Haddad disse que não é hora de "aceitar provocações nem ameaças" e nem "deixar nosso país para trás"; afirmou ainda que está "à disposição do país" e que, "como milhões de pessoas, coloco o país acima do meu bem-estar"

28 DE OUTUBRO DE 2018 

247 - O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, fez um discurso forte pouco depois de 20h em São Paulo no qual, com uma frase tomada do hino nacional brasileiro, apresentou-se como um dos líderes da frente de oposição ao governo Bolsonaro: "verás que um professor não foge à luta". Em em seguida, citar literalmente o hino: "nem teme quem te adora, a própria morte". Foi uma referência indireta ao fascismo que, historicamente, tem a morte como um de seus símbolos. Haddad disse que não é hora de "aceitar provocações nem ameaças" e nem "deixar nosso país para trás"; afirmou ainda que está "à disposição do país" e que, "como milhões de pessoas, coloco o país acima do meu bem-estar".

Ele falou para centenas de apoiadores de sua campanha, ao lado de sua mulher, Ana Estela, da candidata a vice-presidente de sua chapa, Manuela D'Ávila, e do candidato do PSOL, à Presidência, Guilherme Boulos, entre outros líderes, num discurso transmitido pelas redes sociais de sua campanha e do PT. 

Haddad disse ainda que "tem muita coisa em jogo" e que será necessário "continuar na caminhada" para "garantir as instituições".

agradeceu o apoio de todos os brasileiros e brasileiras que defenderam a democracia. "Gostaria de agradecer meus antepassados que me ensinaram o valor da coragem e a defender a justiça a qualquer preço. Todos os demais valores dependem da coragem", afirmou. 

Assista ao depoimento de Fernando Haddad na TV 247:


A onda Haddad e o maior erro de Ciro





Jornal GGN

Que vergonha, Ciro Gomes!




Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Vencemos, seja qual for o resultado. Por Carlos Fernandes


Publicado por Carlos Fernandes
- 28 de outubro de 2018

A democracia nos arcos da Lapa, no Rio


Vencemos.

Essas são minhas últimas palavras que escrevo antes do resultado oficial da eleição mais importante de nossa história pós-ditadura militar.

Nesse dia decidiremos muito mais do que o presidente da República. Decidiremos sobre que tipo de país queremos ser. Decidiremos sobre que espécie de ser humanos podemos ser.

Talvez nunca tenha lutado tanto. Nos últimos 20 dias percorri 4 regiões diferentes desse Brasil do qual nasci e do qual amo. Conversei com amigos, desconhecidos, companheiros de luta e adversários políticos.

Percebi como nunca nossas diferenças regionais e culturais, afinal, somos um país continental com mais de 200 milhões de almas.

Quis sucumbir a cada demonstração de racismo, de preconceito, de intolerância, de ignorância, de desinformação e de violência.

Mas percebi também que para cada ato que me tirava o ânimo, outro ato, diametralmente oposto, me refortalecia.

As demonstrações de carinho, de esperança, de solidariedade, de respeito às diversidades, de preocupação com o outro chegavam a mim como a certeza de que podemos superar todas as adversidades, todas as mentiras, todo o poder econômico que nos oprime e nos humilha.

Não omito. Sofri especialmente quando me deparei com a terrível realidade de ter parentes próximos e amigos queridos que se deixaram levar por um sentimento que jamais imaginei ser possível habitar em pessoas minimamente decentes.

Tentei com todas as minhas forças demovê-los de tamanha insensatez. Em parte consegui. Em parte fracassei.

Agora chegamos a esse momento único em que toda uma nação terá que optar por uma escolha aparentemente fácil, mas que por uma série de distopias que afligem essa terra tropical, se mostrou inexplicavelmente confusa.

Antes que esse domingo acabe, saberemos se permanecemos avançando esse barco ao impulso dos ventos da democracia ou se naufragaremos nas águas turvas do fascismo e do autoritarismo.

Independentemente do resultado, uma coisa está muito clara para mim.

Pelo bom combate que travamos, por tudo que tivemos que superar, pelas pequenas batalhas cotidianas que não nos fustigamos a enfrentar e, sobretudo, pelo amor à democracia, à justiça, ao Estado Democrático de Direito, às liberdades individuais e à dignidade humana, nós já vencemos.

A todos que lutaram por esses ideais iluministas, o meu muito obrigado.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Vamos olhar para quem teve postura de honradez, diz Haddad ao falar sobre Ciro


Publicado em 28 outubro, 2018 10:31 am


Segundo a Folha, Haddad, deu uma estocada, na manhã deste domingo (28), no pedetista Ciro Gomes.

Ao chegar a um hotel na cidade de São Paulo, onde participará de um café da manhã com aliados, Haddad disse que não se sentia decepcionado com os políticos que não se manifestaram apoio, frustrando sua expectativa.

Mas, questionado sobre a atitude de Ciro, que não o apoiou, afirmou: “Vamos olhar para os brasileiros, que neste momento difícil da vida nacional, tiveram uma postura de honradez e defenderam a democracia”.

Terceiro colocado na disputa presidencial deste ano, Ciro acabou não anunciando voto em Haddad às vésperas do segundo turno.


Diário do Centro do Mundo   -   DCM

Curva das três pesquisas Vox no 2º turno aponta para vitória de Haddad



27 de Outubro de 2018

Por Mauro Lopes


Na corrida de apenas três semanas entre o primeiro e o segundo turno, o Instituto Vox Populi fez três pesquisas, duas com a CUT e esta desta véspera da eleição financiada pelos cidadãos e cidadãs reunidos na comunidade 247. A curva das três pesquisas é inequívoca e aponta para uma possível vitória de Haddad neste domingo. 

Vejamos. 

Na primeira pesquisa cujo campo foi realizado em 16 e 17 de outubro (10 dias depois do primeiro turno), Bolsonaro teve 44% dos votos totais e Haddad, 39% -cinco pontos de diferença. Nos válidos, 53% a 47% - seis pontos de diferença.

Uma semana depois (22 e 23 de outubro) os pesquisadores do Vox Populi voltaram às ruas e constataram que o cenário estava exatamente igual: Bolsonaro teve 44% dos votos totais e Haddad, 39% -cinco pontos de diferença. Nos válidos, 53% a 47% - seis pontos de diferença.

Neste sábado (27), o chão se mexeu. Empate cravado. Nos votos totais, 43% a 43%. Nos totais, 50% a 50%.

A curvas são claras. Depois de duas semanas de estabilidade, o cenário é outro. Bolsonaro caindo e Haddad subindo. Isso quer dizer que Bolsonaro começou a cair este sábado? Não. Ele começou a cair antes, está escorregando lentamente, enquanto Haddad sobe suavemente, sem uma ascensão vertiginosa. É uma onda. Não é uma tsunami, mas forte o suficiente para que um surfista de longboard possa fazer bonito. O surfista é Haddad. Não há qualquer motivo para a onda encerrar sua trajetória abruptamente.

Portanto, o empate de hoje aponta para uma vitória -apertada e dramática, mas vitória. 

De onde estão vindo os votos para Haddad? As indicações até o momento são de duas fontes: dos (poucos) eleitores arrependidos da opção por Bolsonaro e, sobretudo, do grupo que vinha indicando voto branco e nulo até agora.

Sim.

Importante, para analisar o que está acontecendo, é importante olhar os votos totais e não os válidos. 

Veja. Bolsonaro tinha 44% das intenções de voto nas duas primeiras semanas. Perdeu um ponto percentual apenas, dentro da margem de erro, está com 43% agora. Haddad tinha 39% nas duas rodadas anteriores da Vox e agora está com 43% -.quatro pontos percentuais a mais, fora da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais).

Onde houve a mudança, se a migração de Bolsonaro para Haddad foi raquítica (se é que houve, por conta da margem de erro). Está claro: dos que vinham declarando voto nulo ou em branco. Na pesquisa anterior, eram 12% os eleitores que declaravam voto nulo/em branco; agora, são 9% -três pontos percentuais (fora da margem de erro, portanto). Os que não responderam ou afirmaram não saber continuaram a ser os mesmos 5%.

Haddad ganhou quatro pontos percentuais, portanto, conquistando três deles dos eleitores que vinham declarando voto nulo ou em branco e um ponto percentual da base eleitoral de Bolsonaro. 

O que pode ter levado a esta mudança? São hipóteses frágeis apenas, os números estão muito apertados para uma opinião mais assertiva.

1. A mudança no eixo da campanha de Haddad que, na última semana, finalmente, apresentou Bolsonaro ao país e começou a desconstruí-lo.

2. Do discurso de Bolsonaro a seus eleitores na Avenida Paulista no domingo passado, quando afirmou que os opositores de um eventual governo seu seriam presos ou deveriam buscar o exílio, ameaçando diretamente o outro candidato, Haddad, Lula e o senador Lindbergh Farias; no discurso ele ainda disse: “Pretalhada, vai tudo vocês para a ponta da praia". A expressão "ponta da praia" é a forma como os militares conheciam, na ditadura, a base militar da Marinha na Restinga de Marambaia, em Pedra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. O local foi um dos mais terríveis centros de interrogatório e tortura do regime militar, um verdadeiro centro de extermínio, onde dezenas de opositores foram assassinados, frequentemente sob tortura. Parte do país assustou-se com Bolsonaro apresentando-se tal como é, confirmando o que a campanha de Haddad apresentou no programa eleitoral.

3. O esforço das formiguinhas -os milhares de militantes anônimos e anônimas que arregaçaram as mangas e foram às ruas para conseguir votos. As mesmas formiguinhas que conseguiram uma heroica vitória de Dilma contra Aécio em 2014, por 51% a 48%, depois de passar boa parte da campanha do segundo turno atrás nas pesquisas.

4. Há um efeito que talvez não tenha sido mensurado pela pesquisa ou, se o foi, apenas muito parcialmente: a adesão de algumas figuras importantes a Haddad neste sábado, como o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (aqui), um nome de forte apelo eleitoral e que chegou a ser lançado como pré-candidato, além do yotuber mais popular do país, Felipe Neto (aqui). Há adesões de última hora chovendo de todo lado, que podem influenciar eleitores indecisos.

Uma observação: a pesquisa Vox/247 realizada na véspera do primeiro turno, em 6 de outubro, foi a que mais se aproximou do resultado das urnas (leia aqui).

Isso quer dizer que Haddad já ganhou? NÃO. Mas a virada está em pleno curso. Para se transformar em vitória depende, sobretudo, das formiguinhas e de alguns apoios públicos importantes nas últimas horas.

O que era considerado impossível até dias atrás, está no horizonte de novo.

A democracia pode ser salva.



Brasil 247

sábado, 27 de outubro de 2018

Boa Noite 247: Empate na reta final





Brasil 247

VOX 247: HADDAD EMPATA, TEM 50% E DISPUTA SERÁ VOTO A VOTO

Pesquisa Vox 247 realizada neste sábado 27, e financiada pelos eleitores, aponta empate entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), indicando para a possibilidade real de virada neste domingo 28; nos votos totais, os percentuais são de exatamente 43% a 43%; ninguém/brancos/nulos são 9% e "não sabe" ou "não respondeu", 5%; nos votos válidos (contando apenas a intenção de voto efetiva em cada candidato), os percentuais são de exatamente 50% a 50%


27 DE OUTUBRO DE 2018 


247 - Pesquisa Vox 247 realizada neste sábado 27 aponta empate entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), apontando para uma virada real neste domingo 28, data da votação do segundo turno.


Nos votos totais, as intenções de voto são de exatamente a 43% a 43%. Ninguém/Brancos/Nulos são 9% e "não sabe" ou "não respondeu", 5%.


Nos votos válidos, os percentuais são de exatamente 50% a 50%.


Os votos espontâneos para presidente, quando os eleitores citam o nome do candidato espontaneamente, são de 51% a 49% para Bolsonaro.


Esta pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral no dia 21 de outubro, sob o número BR-09614/2018. Foram entrevistados 2.000 eleitores de 16 anos ou mais, em 121 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, estimada em um intervalo de confiança de 95%.


A pesquisa Vox 247 foi a segunda encomendada pela Editora 247 ao instituto Vox Populi financiada totalmente por eleitores, membros da comunidade 247, assinantes solidários ou não do portal e da TV 247. Para isso, foi aberta uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse, ainda aberta.


A pesquisa Vox 247 do dia 6 de outubro, véspera da votação do primeiro turno, foi a que mais se aproximou do resultado das urnas no primeiro turno das eleições de 2018, em comparação às dos outros dois institutos de pesquisa mais tradicionais do país, o Ibope e o Datafolha.


Vantagem de Bolsonaro cai a 8 pontos, diz Ibope. Mas, em votos, apenas 6%



POR FERNANDO BRITO · 27/10/2018




Estes aí são os números das manchetes.

Neles, calculados na base dos votos válidos, sem os brancos, nulos e indecisos, as diferenças se acentuam.

Leia, porém, os detalhes e você verá que a situação de Fernando Haddad melhorou muito desde as últimas pesquisas.

Na pesquisa Ibope divulgada terça-feira, Bolsonaro tinha 50% dos votos totais, contra 37% de Haddad.

Na de hoje, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 47%, e Haddad, 41%, nos votos totais.

Seis pontos de diferença. Oito, no mesmo critério, segundo o Datafolha.

Muito? É. Muito menos, porém se você pensar que são três votos virados em cada 100 eleitores.

De toda parte, amigos me ligam dizendo que pipocam manifestações espontâneas pelo voto em Haddad.

A garotada enche as ruas na tentativa de salvar o país e é lá que eu queria estar.


Tijolaço

PEPE ESCOBAR: EUA PODEM SUBCONTRATAR O BRASIL PARA UMA GUERRA CONTRA A VENEZUELA

Uma guerra entre Brasil e Venezuela é possível? este foi um dos temas expostos pelo jornalista Pepe Escobar, em sua análise geopolítica; ele acredita que os EUA podem sim, num eventual governo Bolsonaro, "subcontratar o Brasil para uma invasão na Venezuela"; no entanto, ele ressalta que uma invasão no País vizinho não será algo fácil, tendo em vista que Rússia e China tornaram-se parceiros econômicos da Venezuela; assista 

27 DE OUTUBRO DE 2018 


247 - Uma guerra entre Brasil e Venezuela é possível? Este foi um dos temas expostos pelo jornalista Pepe Escobar, em sua análise geopolítica. Ele acredita que os EUA podem sim, num eventual governo Bolsonaro, "subcontratar o Brasil para uma invasão na Venezuela". No entanto, ele ressalta que uma invasão no País vizinho não será algo fácil, tendo em vista que Rússia e China tornaram-se parceiros econômicos da Venezuela. 

Neste último domingo (21), em plena Avenida Paulista, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Bolsonaro, sugeriu uma guerra entre o Brasil e a Venezuela, dizendo que "libertaria os irmãos da fome e do socialismo". 

Pepe Escobar afirma que tal declaração demonstra que os EUA podem subcontratar o Brasil para uma guerra contra a Venezuela. "Pode apenas ser um blefe de Bolsonaro, apenas oratória, ou um plano muito sério também", alerta. 

No entanto, o jornalista destaca que a Venezuela ultimamente conta com dois parceiros comerciais de peso, China e Rússia. "Economicamente não é interessante para os dois países a desestruturação dos venezuelanos em uma guerra", observa. 

Inscreva-se na TV 247 e confira a análise de Pepe Escobar