O virtual ministro da educação do candidato à presidência Jair Bolsonaro, general Aléssio Ribeiro Souto, diz que "é muito forte a ideia" de se fazer extensa revisão dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que crianças sejam expostas a 'ideologias e conteúdo impróprio' - sic; ele propõe a ideia de que professores exponham a "verdade" sobre o "regime de 1964", narrando, por exemplo, mortes "dos dois lados"; para o general, ainda, haverá repressão nas salas de aula, mas uma 'repressão democrática'
15 DE OUTUBRO DE 2018
247 - O virtual ministro da educação do candidato à presidência Jair Bolsonaro, general Aléssio Ribeiro Souto, diz que "é muito forte a ideia" de se fazer extensa revisão dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que crianças sejam expostas a 'ideologias e conteúdo impróprio' - sic. Ele propõe a ideia de que professores exponham a "verdade" sobre o "regime de 1964", narrando, por exemplo, mortes "dos dois lados".
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o "ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, foi chamado a coordenar debates de ciência e tecnologia, mas acabou acumulando educação 'por afinidade'. Contrário à política de cotas, defende a 'prevalência do mérito' e diz que, se a ideia for aceita por Bolsonaro, serão estudadas medidas 'não traumáticas' para substituir as regras. 'Querem atribuir a Bolsonaro condição ditatorial. É chamado até de nazista. É mentira deslavada', disse."
Sobre a remuneração dos professores, o general afirma: "a remuneração é quinto ou sexto tópico a se considerar. Pagar muito bem é uma absoluta impossibilidade agora. Antes disso, precisa do discurso de que magistério é importante. Os professores que estão aí precisam começar a acreditar que são importantes, porque hoje ninguém quer ser professor. Discurso, formação, aperfeiçoamento dos que já estão aí, resgate da autoridade do professor. Depois dos pais, tem de ter a ideia de que, em segundo lugar, reverenciamos professores. É absolutamente inaceitável a agressão ao professor. Isso tem de ser reprimido".
O general aprofunda sua visão de como reprimir alunos em sala de aula: "dentro dos meios democráticos e legais. Aquele que ameaçar agredir o professor, que dirigiu a palavra mal dita para o professor, tem de haver repressão. Democrática".
E sobre o conceito inusitado de 'repressão democrática', ele afirma: "tem de ser retirado da sala. E, se agredir, polícia. Vai a polícia, leva as crianças e atua naquele que agrediu fisicamente através do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para os menores. E, para os adultos, polícia pura e simples. Delegacia. Não pode haver dúvida quanto a isso".
Brasil 247
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