Ao contrário do que, mais cedo, indicavam os números do Idea Big Data publicados pela Veja, a vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad aparece, na pesquisa Datafolha, em situação mais pronunciada, mais perto do que seria, a meu ver o patamar irreversível dos 60% para o candidato da extrema direita.
Dá 58% dos votos “válidos” ao ex-capitão e 42%, no mesmo critério, ao candidato da frente antifascista.
Nos votos totais e numéricos, o resultado pode ser mais bem compreendido.
Bolsonaro passa dos 42,1% que recebeu na primeira volta eleitoral para 49%. Ou, em números, de 49,3 milhões para 57,3 milhões. Mais 8 milhões de votos.
Haddad, que recebeu domingo 26, 7% dos votos totais, passou para 36%, segundo o Datafolha. Ou, em números absolutos, de 31,3 milhões para 42,1 milhões de votos, um acréscimo de 10, 8 milhões de votos.
A diferença seria de 15,2 milhões de votos.
Há, segundo a pesquisa, 6%de indecisos, ou sete milhões de votos. E 8% de brancos de nulos/brancos, o equivalente a 9,4 milhões de votos. Os “não-voto”, portanto, somam algo acima de 16 milhões de votos, um pouco mais do que a diferença entre os dois candidatos.
Evidente que este contingente não irá para um único deles, nem mesmo irá todo para algum dos candidatos, mas parte dele, sim.
Mas não será o bastante se não houver reversão na tendência de voto em Bolsonaro.
Sua ausência dos debates, confirmada hoje, pode ser a ponta a se puxar para isso.
Afinal, para usar as palavras do próprio Jair Bolsonaro, “soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde”.
Tijolaço
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