quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Cinismo: delegado diz que suástica não era suástica: era budismo



POR FERNANDO BRITO · 10/10/2018


Incrível, fantástico, extraordinário.

Inacreditável, mas uma boa advertência para que se veja o que será a polícia ante a “turma da borduna” que vai tomar conta das ruas.

O delegado Paulo Jardim, da Polícia gaúcha, disse que a suástica gravada a canivete na barriga de uma jovem que usava uma camiseta “#EleNão”em Porto Alegre não é uma suástica, mas “um símbolo milenar budista”.


Claro, foram monges budistas bombados e sarados que atacaram uma moça que estava contestando este símbolo da meditação budista, o sr. Jair Bolsonaro…

A tese do delegado serviria para os hititas, contemporâneo dos faraós, ou por hinduístas, simbolizando do deus Brahma, ou os índios navajos, dos EUA ou, quem sabe, os escoteiros ingleses, que a usavam como símbolo no início do século passado, porque o grafismo remonta a três milênios.

Não sabia? Nem você, nem 99,9% das pessoas, que identificam a “cruz gamada” com o nazismo.

Entre os quais, é claro, os três agressores da jovem.

Mas o delegado, com um ar angelical, diz que não se podem fazer suposições e garante que a suástica era budista.

Amanhã, vão dizer que você atirou violentamente a cabeça, até fraturar o crânio, contra o taco de basebol que os rapazes levavam para uma inocente competição esportiva deste esporte popularíssimo no Brasil.


Tijolaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário