quarta-feira, 2 de junho de 2010

Israel inicia deportações


Criticado por todos os lados, Israel expulsou nesta quarta centenas de ativistas estrangeiros pró-palestinos após a decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de deportar todos os presos durante o ataque contra a flotilha. "Apenas um dos prisioneiros está atualmente na prisão", declarou o porta-voz da administração penitenciária israelense, Yaron Zamir.

Por sua vez, a porta-voz do serviço de imigração indicou que "404 passageiros da flotilha esperam para deixar o aeroporto Ben Gourion (em Tel Aviv) e 102 estão a caminho do aeroporto para serem repatriados". Cerca de 125 outros militantes expulsos por Israel foram levados para a Jordânia pelo posto fronteiriço da ponte Allenby.

Netanyahu advertiu que Israel manterá seu bloqueio à Faixa de Gaza, estabelecido há quatro anos, enquanto um cargueiro irlandês, o MV Rachel Corrie, é aguardado em Gaza para o início da semana. "Abrir uma rota marítima para Gaza representaria um grande perigo para a segurança de nossos cidadãos. É preciso, então, continuar com o bloqueio marítimo", afirmou o chefe de governo israelense em um comunicado.

"É verdade, há uma pressão internacional e críticas sobre nossa política. Mas é preciso compreender que ela é vital para preservar a segurança de Israel e seu direito de se defender", justificou Netanyahu. O governo irlandês exortou nesta quarta-feira Israel a permitir a passagem do MV Rachel Corrie, fretado por uma organização irlandesa e que transporta quinze passageiros, entre eles o prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire.

No início da tarde desta quarta-feira, mais da metade dos 682 militantes originários de 42 países que estavam a bordo de seis barcos da "flotilha da liberdade" já tinham sido expulsos.

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