terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Segurança e combate ao crime organizado


Importante que vocês leiam a entrevista do nosso futuro ministro da Justiça, e atual secretário-geral do PT, José Eduardo Martins Cardozo, publicada no fim de semana (ontem), no Estadão, sob o título "Temos de parar de pensar em semideuses como gestores".

Nela, Cardozo anuncia como prioridades do próximo governo, em seu setor, a segurança pública e o combate ao crime organizado. Para tal, o futuro ministro defende a somatória de esforços porque, conforme destaca, a Polícia Federal (PF) e as Forças Armadas não podem atuar como "órgãos dissociados".

Segundo Cardozo, "as competências na questão de segurança pública são estaduais, mas é preciso uma articulação envolvendo os três Poderes e todas as unidades da Federação em políticas preventivas e repressivas". Ele defendeu o trabalho da PF, mas alertou que a "espetacularização das ações da PF pode provocar linchamentos sociais inaceitáveis".

Também destacou a importância do combate à corrupção de autoridades estatais, alertando para o fato, inclusive, de que "o enfrentamento do crime organizado passa pelo enfrentamento da corrupção".

Lei da Ficha Limpa

Já em relação ao Ficha Limpa, Cardozo considera que "a lei não poderia ter efeito retroativo e não deveria atingir políticos que renunciassem antes (ao mandato)". Também foi claro em relação ao chamado mensalão, quando a questão lhe foi colocada pelo jornal dos Mesquita:

"Sempre questionei a palavra mensalão", observou. "Foi um rótulo que teve efeito midiático. Deputados do PT não receberiam mensalidade para votar em projetos do governo. O que houve foi uma situação ilegal de despesas não contabilizadas. A acusação de desvio de recursos públicos nunca foi provada."

"O julgamento da Câmara em relação a José Dirceu foi político. Não existiam provas efetivas de que ele tivesse cometido os atos pelos quais foi acusado. Foi uma condenação indevida. Há um processo em curso no Supremo Tribunal Federal. Acho que, só depois do julgamento, essa discussão da anistia deverá ser colocada ou não", completou.

Não deixem de ler a entrevista publicada no portal do Estadão .

Blog do Zé Dirceu

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