quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Veja quem são os novos ministros do governo de Dilma Rousseff
Conheça os novos ministros
Paulo Bernardo (Comunicações) - o futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegará ao comando de uma pasta cheia de desafios e precedido de sua atuação à frente do Ministério do Planejamento. Entre os desafios está o de implantar o Plano Nacional de Banda Larga e a lei de comunicação eletrônica, e os desafios relativos às concessões de rádio e de TV e de recolocar os Correios nos trilhos. Paulo Bernardo Silva nasceu em 10 de março de 1952 na cidade de São Paulo. Foi bancário e, já vivendo no Paraná, foi eleito deputado federal pelo PT, partido do qual é filiado desde 1985, para a legislatura entre 1991 e 1995. Reelegeu-se em 1994 e, durante o segundo mandato, foi vice-líder do PT e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Entre 1999 e 2000 ocupou o cargo de Secretário de Fazenda do Estado do Mato Grosso do Sul. Em janeiro de 2001 foi nomeado secretário de Fazenda do município de Londrina –cargo que ocupou até março de 2002. Elegeu-se pela terceira vez deputado federal em 2002. No período, ocupou cargos como o de vice-líder do PT e de presidente da Comissão Mista de Planos Orçamentos Públicos e Fiscalização. Licenciou-se em março 2005 para assumir o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Garibaldi Alves Filho (Previdência) - o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) começou sua vida pública como secretário-chefe da Casa Civil, da prefeitura de Natal, em 1969. Nascido e criado na capital do Rio Grande do Norte, o senador foi eleito quatro vezes consecutivas para o cargo de deputado estadual, a partir de 1971. A sua ascensão na carreira política continuou em 1985, quando foi eleito prefeito de Natal. Dois anos depois, Garibaldi Filho se elegeu pela primeira vez para o Senado. O futuro ministro da Previdência também foi eleito e reeleito governador do Rio Grande do Norte a partir de 1994, mas não completou o segundo mandato, deixando a chefia do governo para disputar novamente uma vaga ao Senado. Em 2008, assumiu a presidência do Senado Federal num momento de turbulência com a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL). Este ano, Garibaldi Alves foi eleito mais uma vez para o Senado. Formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Garibaldi Filho atuou também como jornalista, antes de seguir a carreira política.
Wagner Rossi (Agricultura) - o ministro Wagner Rossi assumiu o Ministério da Agricultura no começo de abril no lugar de Reinhold Stephanes, que deixou o cargo para se candidatar à reeleição para deputado federal pelo Paraná. A influência de Rossi dentro do partido, principalmente junto ao vice-presidente eleito Michel Temer, o levaram a ser convidado pela presidenta Dilma Rousseff a permanecer no cargo. Rossi é formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde foi colega e se tornou amigo de Temer. Também fez pós-graduação na USP em economia política, mestrado em educação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é PhD em administração e economia da educação pela Bowling Green State University of Ohio, nos Estados Unidos. Antes de ser ministro, Rossi foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, ligada ao Ministério da Agricultura, por dois anos e nove meses, o que facilitou sua escolha para o cargo. Nascido na cidade de São Paulo em 1943, Rossi vive em Ribeiro Preto desde a década de 1970, onde deu início à sua trajetória como empresário e produtor rural. A carreira política começou em 1983, quando se tornou deputado estadual, sendo também reeleito para a legislatura seguinte. Em seguida foi deputado federal por mais três mandatos, até 2002. Em São Paulo já foi secretário estadual de Transportes, Infraestrutura Viária, Educação, Esportes e Turismo, além de presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Alfredo Nascimento (Transportes) - Alfredo Nascimento foi ministro dos Transportes no governo Lula, deixando o cargo para concorrer ao governo do Amazonas nas eleições deste ano. Ele nasceu na cidade de Martins (RN) em 1952. É formado em letras e matemática pela Universidade Federal do Amazonas e tem especialização em administração de pessoal, de materiais e auditoria em recursos humanos pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O futuro ministro dos Transportes foi superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa) e secretário de Fazenda e de Administração do governo Amazonino Mendes (1987- 1990). Em 1988, assumiu a prefeitura de Manaus como interventor durante seis meses. Em 1994, foi eleito vice-governador do Amazonas na chapa liderada por Amazonino Mendes. Dois anos depois, em 1996, Nascimento deixa o cargo de vice-governador para concorrer à prefeitura de Manaus, e vence as eleições. Em 2000, foi reeleito. Em 2004, é convidado pelo presidente Lula para assumir o Ministério dos Transportes. Alfredo Nascimento, em 2006, ganha as eleições para o Senado pelo PR, mas não fica muito tempo na Casa, pois se licencia para reassumir o Ministério dos Transportes, de onde saiu para concorrer ao governo do Amazonas.
Maria do Rosário (Direitos Humanos) - a futura ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, deputada Maria do Rosário (PT-RS), é natural de Veranópolis (RS). É professora e está em seu segundo mandato como deputada federal. Já foi filiada ao PCdoB antes de ingressar no PT. Foi relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Na Câmara, ela presidiu a Comissão de Educação, foi vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Integrou ainda as comissões de Constituição e Justiça, Seguridade Social e Família. Maria do Rosário iniciou sua carreira política como vereadora em Porto Alegre por dois mandatos. Foi deputada estadual por um mandato. A futura ministra disputou a prefeitura de Porto Alegre em 2008 e perdeu para o peemedebista José Fogaça.
Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) - futuro ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco é natural de Teresina (PI), mas é radicado no Rio de Janeiro, onde cursou sociologia. Ele foi governador do Estado do Rio entre 1987 a 1991. Também foi prefeito de Niterói (RJ) e deputado federal pelo RJ. Ocupou a presidência da Fundação Ulysses Guimarães do PMDB e diversos cargos públicos. O último cargo que Moreira Franco ocupou foi o de vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal. Moreira Franco é um dos homens de confiança do vice-presidente eleito Michel Temer. O novo ministro começou sua militância política ainda como estudante. Combateu o regime militar. Foi membro do diretório acadêmico e dirigente estadual da Ação Popular, chegando a ser preso durante a ditadura militar. Moreira Franco se filiou ao MDB em 1972. Em 1981, deixou o partido e se filiou ao PDS. Em 1985, ele retornou ao PMDB e ajudou na eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República. No governo de Fernando Henrique Cardoso, Moreira Franco foi assessor especial da Presidência da República 1998 a 2002. Em 2008, assumiu o cargo de vice-presidente de Fundos de Loteria da CEF.
Edison Lobão (Minas e Energia) - Lobão (PMDB-MA) assumiu o Ministério de Minas e Energia pela primeira vez em janeiro de 2008, depois que a então ministra Dilma Rousseff passou ao comando da Casa Civil. Ele deixou o cargo em março deste ano, para concorrer à reeleição no Senado. Em outubro, foi eleito senador pela quarta vez, com 1,7 milhão de votos. Durante a administração de Lobão no Ministério de Minas e Energia, o governo começou a debater as mudanças no marco regulatório do petróleo e a distribuição dos royalties do petróleo da camada pré-sal. Lobão também tratou de questões como a negociação com o Paraguai sobre o Tratado de Itaipu, o começo da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau e das primeiras etapas do licenciamento ambiental para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O futuro ministro de Minas e Energia nasceu em Mirador (MA), e tem 74 anos. Ele é formado em direito, mas atuou como jornalista em diversos veículos de comunicação no Rio de Janeiro e em Brasília. Lobão começou na vida pública em 1962, como assessor do Ministério de Viação e Obras Públicas, em Brasília. Exerceu outros cargos de assessoria até que, em 1979, foi eleito pela primeira vez para deputado federal pelo Maranhão, pelo Partido Democrático Social (PDS). Foi reeleito para a Câmara dos Deputados em 1983 e, em 1986, elegeu-se senador pelo Partido da Frente Liberal (PFL) com 890.747 votos. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, participou da Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público. Também presidiu a Comissão de Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, foi titular da Comissão da Ordem Econômica e suplente da Comissão de Organização dos Poderes e Sistema de Governo. Em 1991, Lobão foi eleito governador de Maranhão, cargo que ocupou até 1994, quando disputou novamente uma cadeira no Senado. Em 2002, foi reeleito para o seu terceiro mandato de senador, quando presidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. É do grupo político do senador José Sarney (PMDB-AP).
Pedro Novais (Turismo) - aos 80 anos, o deputado federal Pedro Novais (PMDB-MA) chega ao Ministério do Turismo depois de seis mandatos na Câmara. Está na Casa desde 1979, quando ocupou o cargo pela primeira vez. Antes, havia sido eleito deputado estadual pelo Maranhão. Novais já foi auditor fiscal do Tesouro Nacional e secretário de Fazenda do Maranhão. Formado em direito, Novais é ligado ao grupo político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na década de 90, ele chegou a ser citado na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Anões do Orçamento, que investigou fraudes e esquema de desvio de recursos por meio de emendas parlamentares. Em seu atual mandato na Câmara, Novais é titular da Comissão de Finanças e Tributação e suplente na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Ideli Salvatti (Pesca) - a paulista Ideli Salvatti (PT) escolheu Santa Catarina para viver em 1976. É formada em física pela Universidade Federal do Paraná e uma das fundadoras do PT em Santa Catarina. Começou a militância quando foi professora, na década de 80. Em 1989, foi eleita presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Ela, também, é uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores no Estado e ocupou a função de tesoureira da entidade na década de 1990. A vida parlamentar de Ideli Salvatti começou em 1994, quando foi eleita deputada estadual. Na eleição seguinte, em 1998, foi reeleita e assumiu a liderança da bancada do PT na Assembleia Legislativa. Como deputada federal, no final da década de 90, Ela integrou as comissões de Educação e de Trabalho. Em 2002, foi a primeira mulher eleita senadora de Santa Catarina. Por sua defesa do governo, foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a função de líder no Senado por três vezes. Por duas vezes, Ideli Salvatti também foi líder do PT. Durante seu mandato no Senado, apresentou 21 projetos de lei e três emendas à Constituição. É de sua autoria projetos como o que garante às gestantes o direito de escolher um acompanhante na hora do parto. Atualmente, é integrante titular das comissões de Constituição e Justiça, Infraestrutura e Educação e suplente nas comissões de Assuntos Sociais e Assuntos Econômicos.
Helena Chagas (Comunicação) - depois de ter coordenado a área de imprensa da campanha presidencial de Dilma Rousseff, a jornalista Helena Chagas será a nova ministra da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Helena ocupará o lugar de Franklin Martins. Formada em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), Helena passou por redações de grandes veículos de comunicação nas quais se destacou na cobertura política do Congresso Nacional, em especial na transição para a Nova República e da Assembleia Nacional Constituinte. Sua carreira começou como repórter do jornal “O Globo” em 1982, onde trabalhou por dez anos. Ela saiu do jornal quando ingressou no Senado, por meio de concurso, onde atuou como repórter e produtora dos veículos mantidos pela Casa. Em 1995, Helena retornou a “O Globo”, onde ficou por mais 11 anos. Durante esse tempo foi coordenadora da área de política, chefe de redação e diretora da sucursal em Brasília. Em maio de 2006, Helena Chagas assumiu a diretoria de Jornalismo da sucursal de Brasília do SBT, onde trabalhou por um ano e sete meses. Em novembro de 2007, aceitou o convite para comandar a Diretoria de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ela deixou a diretoria em abril desse ano para coordenar a área de imprensa da campanha de Dilma.
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