Alvíssaras para a reunião da presidenta Dilma Rousseff com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin. Principalmente, para o anúncio feito por ele, de que no encontro propôs parceria para a construção do trecho Norte do Rodoanel, pela qual o governo federal arcará com 1/3 dos R$ 4,5 bi necessários para a obra.
Melhor ainda, a presidenta e o governador trataram de hidrovias, ferrovias e aeroportos - este último, item da maior importância para a Copa do Mundo de 2014. "A presidenta tem um grande empenho na questão aeroportuária", reconheceu Alckmin.
Ele destacou alguns itens do setor discutidos no encontro, entre os quais a necessidade de algumas obras emergenciais, como o 3º terminal do aeroporto de Guarulhos, a 2ª pista e o 2º terminal de Viracopos (Indaiatuba-Campinas) e a construção de um aeroporto metropolitano para São Paulo.
José Serra governava sozinho, não queria saber de parcerias.
A possibilidade de cooperação reveste-se ainda de maior importância porque o antecessor de Alckmin, ex-governador José Serra, quando governa não quer saber de parceria com ninguém, muito menos com o governo federal. Não cumpre nem mesmo aquelas estabelecidas na legislação.
Quando ele era governador (janeiro de 2007 / abril de 2010) sua administração não pagava nem a quota do SUS, correspondente a que os Estados têm que cobrir no sistema de saúde e não quis parceria nenhuma na área de segurança.
São Paulo não aderiu, então, ao PRONASCI (programa de bolsas-preparo para policiais) e nem ao programa de implantação de UPPs - unidade de polícia pacificadora, uma experiência bem sucedida em outros Estados na área de segurança pública, dentre os quais o Rio de Janeiro.
Até parecia que José Serra não governava um Estado onde as cracolândias proliferam e o crime organizado detém enorme poder, inclusive dentro dos presídios. Enfim, que a segurança pública não se constitui em um dos maiores problemas e desafios a serem enfrentados.
Blog do Zé Dirceu
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