quinta-feira, 31 de março de 2011
Viva JF - Por Ivanir Yazbeck
A CONTRIBUIÇÃO DOS TUBARÕES IMOBILIÁRIOS À NOVA JUIZ DE FORA - 3
Os crimes de hoje e os reflexos amanhã
Eu sempre tive comigo que a cidade é a realidade imediata de cada um de nós. Acordamos
cada dia na cidade; estado e União são ficções jurídicas.
É na cidade que nascemos, crescemos, nos formamos, constituímos família, produzimos
através do nosso trabalho, onde estão nossos filhos, netos, amigos -- enfim, é a realidade do
dia a dia.
Juiz de Fora vem sendo destruída nos dois últimos governos de forma irresponsável e
criminosa, tornando-se um feudo de grupos econômicos. Isso não vai nos levar a um bom termo.
Há necessidade de reações como essa do Movimento VIVA JF. De nos organizarmos para
discutir essa realidade que afeta a nós hoje e vai afetar muito mais os que virão no futuro.
É claro que ela se insere no contexto desse processo predatório que chamam globalização. Deixamos de ser cidade, para sermos uma parte de algo maior e nocivo.
Domingo último, um amigo nosso levou-me ao bairro Jóquei Clube III e mostrou-me o lugar onde deveria estar uma praça. Lá estaá um prédio de três ou quatro andares, área ocupada ilegalmente.
Sem que nada se faça.
O crime que se comete contra a Rua Osvaldo Cruz nos leva a uma conclusão simples - ou
reagimos, ou sucumbimos diante do poder corrupto e criminoso dos que dirigem e autorizam essas barbaridades. Numa só madrugada, por ato do ex-prefeito Bejani, o antigo Colégio Magister
[Rua Braz Bernardino] foi demolido por um desses grupos predadores.
Agora os casarões da Osvaldo Cruz.
Têm o hábito de chamar isso de "progresso".
Não temos Câmara Municipal, temos quatro, no máximo cinco vereadores comprometidos
com ideais e princípios íntegros, são poucos diante dos que aceitam o jogo sujo de poder e grupos econômicos.
A correlação de forças é desigual, até porque nosso Judiciário é paquidérmico - quando não envolvido nesses esquemas - em relação a situações como essa.
Mas a organização é fundamental para que possamos recobrar o sentido histórico de cidade e
para que o nosso povo perceba essa importância.
E, lamentavelmente, a exceção de lutadores como você, temos a mídia silenciosa diante de tantos crimes.
Minha solidariedade, minha disposição de luta,
Laerte Braga
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Uma Correção
O escritor Ivanir Yazbeck tem razão relativamente aos salário dos vereadores.
Porém, por uma questão de justiça, é preciso informar que o vereador Wanderson Castelar (PT)
é o único dentre os 19 edis que abriu mão de receber hora-extra por sessão extraordinária, bem
como o chamado "auxilio paletó" (14º e 15º salarios). E, conforme relatado na Tribuina de Minas
de hoje, é contrário ao aumento anunciado pelo presidente da Câmara Pastor Carlos Bonifácio.
Luiz Carlos Fazza
Abaixo a transcrição do trecho final da reportagem da Tribuna de Minas (31/03),
"Câmara aprova reajuste de 10,47%" em que descreve a sessão presidida pelo
Pastor Carlos Bonifácio, do Partido da Igreja Universal do Reino de Edir Macedo (argh!), quando foi sacramentado o aumento em seus salários, que ao fim do ano representará
R$ 3.860.000 a menos nos cofres públicos, ao final do ano.
O texto revela como o vereador Luiz Carlos dos Santos (natural de São João Del Rey) provoca o vereador Castelar, e revela a sua faceta de mercenário, bem sinonizado
com a maioria do Legislativo, integrantes do partido "estou pouco me lixando para a
opinião do populacho".
Ressalve-se que votaram contra o aumento a bancada do PT (vereadores Wanderson, Flávio Cheker e Roberto Cupollilo - Betão) além de Isauro Calais (PMN).
Vereadores trocam farpas após votação
Ao voto contrário do PT, seguiu-se uma provocação do primeiro-secretário da Casa, vereador Luiz Carlos dos Santos (PTC), que voltou a chamar a atenção para uma discussão ocorrida há mais de dois anos, quando Wanderson Castelar (PT) renunciou ao recebimento da verba por sessão extra e à "ajuda de custo" - ou "auxílio-paletó" -, que na prática corresponde a um 14º e um 15º salário.
"Quero parabenizar o vereador Castelar, sempre tão coerente. Tenho certeza de que ele abrirá mão da recomposição", alfinetou.
A atitude irritou o petista. " Quer o dinheiro para vossa excelência? Diga o número da sua conta", rebateu. "O senhor desonra o cargo que ocupa. Devia renunciar à sua função, porque já provou várias vezes que não tem condições de ocupá-la." O secretário alegou que estava apenas "parabenizando" o colega, mas as desculpas foram rechaçadas por Castelar. "Dispenso seus elogios, porque conheço suas intenções."
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Bolsonaro, o terrorista e a baiana
E o deputado Jair Bolsonaro, hein? Comprou briga mais uma vez com os gays e lésbicas e com o crioléu em geral, ao dizer que educou os filhos a não se relacionarem com eles. Novidade nenhuma. Mas vale lembrar aqui o episódio em que ele agiu como terrorista, no início dos anos 1980, ao comandar um bando de fanáticos na explosão de um monumento em Volta Redonda, durante a visita do então presidente General João Figueiredo à CSN. A intenção era protestar contra o processo de abertura política lenta e gradual, que Figueiredo conduzia. Por ele, Bolsonaro, os militares e o AI-5 estariam até hoje regendo os nossos, ou melhor, o destino de vocês sem essa de democracia... Estranho é que, aqui do meu galho no Parque Mariano Procópio, ainda não ouvi ninguém lembrar o episódio que caracterizou Bolsonaro como terrorista, no mesmo nível daqueles da esquerda, que ele odiava tanto quanto odeia hoje os gays e lésbicas, pregando a tortura e morte a sangue frio contra eles. Querem saber mais? Pois arrisco a dizer que esse Bolsonaro é um enrustido de primeira, tal qual J. Edgar Hoover, o poderoso chefe do FBI, que via comunistas até debaixo da sua mesa de jantar, nas décadas de 40 a 60, nos EUA. Depois que morreu, foi possível conhecê-lo melhor, atrtavés de uma biografia que o mostrava vestido de havaiana, rebolando ao som de hukelelê... Assim, não me surpreenderia se fossem reveladas fotos de Bolsonaro de baiana, requebrando os quadris, e revirando os zoinhos, ao melhor estilo Carmem Miranda...
Ivanir Yazbeck
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