A divisa seguiu reagindo à Medida Provisória publicada pelo governo na véspera, que permite a taxação até o limite de 25% das operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com instrumentos financeiros chamados de derivativos financeiros, para tentar conter a queda do dólar.
Em entrevista concedida depois da publicação da MP, o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que será cobrado 1% de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) nas transações financeiras chamadas de derivativos, usados como apostas das empresas e bancos, brasileiros e estrangeiros no mercado futuro - que pressionam para baixo a cotação do dólar.
Nesta quinta, em entrevista à Globo News, o ministro disse que não descarta elevar ainda mais o IOF nessas operações.
Na terça-feira, o dólar havia chegado ao patamar mais baixo em 12 anos, a R$ 1,538.
A moeda tem sofrido com o impasse sobre a dívida dos Estados Unidos. Mas, nesta quinta-feira, aproveitou a cautela dos investidores com a Europa após leilões de títulos da Itália com os maiores juros em 11 anos.
"A alta do dólar hoje expressa muito objetivamente o mercado de moeda lá fora", disse Jorge Knauer, diretor de tesouraria do banco Prosper. "O mercado está reagindo mais ao cenário mesmo hoje. Porque, a bem da verdade, apesar de ter aqui no Brasil um regulamento novo e uma dinâmica nova no mercado, a gente ainda não sabe o tamanho disso", completou Knauer.
Na quarta-feira, o dólar teve a maior alta em mais de um ano (1,35%), saindo das mínimas desde 1999, após a adoção de um imposto sobre operações com derivativos.
Em reação à notícia, os estrangeiros reduziram as posições vendidas líquidas em contratos futuros e de cupom cambial. Segundo dados da BM&F Bovespa, os não-residentes detinham US$ 21,263 bilhões em posição vendida em dólar na véspera, uma redução ante os US$ 22,878 bilhões do dia anterior.
A aposta no fortalecimento do real bateu recorde no começo do mês, chegando a quase US$ 25 bilhões.
G1 - Rede Globo
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