As medidas adotadas pelo governo na área econômica, ontem, respondem ao que realmente interessa (leiam mais neste blog). Mas, além de cortar a especulação do câmbio pela raiz, devemos e podemos fazer mais para impedir uma valorização maior do real. Ainda bem que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou ainda dispor de um "arsenal" de medidas.
O cenário internacional não está para peixe. A Europa, de um lado, vive a fase inicial do recém-lançado plano para a dívida grega. Os Estados Unidos, de outro, patinam em meio a um impasse sem precedentes acerca do aumento do seu teto de endividamento. Externamente, EUA seguem o exemplo da China. Ambos, sem pudores, dedicam-se às guerras comercial e cambial. Para complicar, o mercado internacional convive, ainda, com o excesso de liquidez.
Por aqui, o nosso desenvolvimento passa pela Educação e pela inovação tecnológica – bases insubstituíveis para uma competitividade sólida no longo prazo. Mas, no curto prazo, algumas medidas são cruciais. Temos muito o que fazer para coibir o dumping por parte de players internacionais e as práticas ilegais de importação, como as triangulações que vêm ocorrendo via MERCOSUL.
Dever de casa extenso
A questão, no entanto, não se resume, apenas, à adoção de barreiras. O dever de casa é bem mais extenso. Estou falando em uma reforma tributária que traga a redução de impostos. Defendo, ainda, uma nova fase da política industrial, com financiamentos baratos para modernização e avanços tecnológicos na produção. Li, hoje, que a presidenta Dilma inclui novos pontos na nova política industrial a ser divulgada nos próximos dias.
Outro ponto sensível nessa seara são as taxas de juros cobradas no país, internacionalmente imbatíveis. Com a Selic a 12,50% ao ano e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,71%, no acumulado de 12 meses até junho, os juros reais chegam próximos a 6%. Em outros emergentes, como a Índia, elas são negativas. Com um incentivo desses, o Brasil é destino preferido dos capitais circulantes, com impacto direto na valorização do real.
O pior é que a mesma Selic é pretexto para spreads indecentes - para se dizer o mínimo. Dados do Banco Central (BC) indicam que o spread médio, cobrado nas operações de crédito livre, recuou de 27,9 pontos porcentuais em maio para 27,3 pontos percentuais em junho. No crédito às famílias, o spread caiu de 34,3 pp para 33,6 pp; às pessoas jurídicas, o spread caiu de 19,4pp para 18,9pp.
Concorrência no sistema bancário
O pequeno recuo nas taxas cobradas no mercado financeiro nacional, no entanto, não esconde o fato de que precisamos de concorrência no sistema bancário. Isso mesmo, concorrência. Hoje ela é inexistente. Não fossem os bancos públicos, estaríamos sem crescer.
No campo externo, acrescento mais uma medida para fortalecermos a nossa economia: acelerarmos e intensificarmos os processos de integração regional com a América do Sul, a caminho do livre comércio na região. Esse caminho é válido para incentivar o desenvolvimento comum dos países da região e para o aproveitamento do imenso potencial de energia, petróleo, gás, agroindustrial e de minérios do continente.
O cenário internacional não está para peixe. A Europa, de um lado, vive a fase inicial do recém-lançado plano para a dívida grega. Os Estados Unidos, de outro, patinam em meio a um impasse sem precedentes acerca do aumento do seu teto de endividamento. Externamente, EUA seguem o exemplo da China. Ambos, sem pudores, dedicam-se às guerras comercial e cambial. Para complicar, o mercado internacional convive, ainda, com o excesso de liquidez.
Por aqui, o nosso desenvolvimento passa pela Educação e pela inovação tecnológica – bases insubstituíveis para uma competitividade sólida no longo prazo. Mas, no curto prazo, algumas medidas são cruciais. Temos muito o que fazer para coibir o dumping por parte de players internacionais e as práticas ilegais de importação, como as triangulações que vêm ocorrendo via MERCOSUL.
Dever de casa extenso
A questão, no entanto, não se resume, apenas, à adoção de barreiras. O dever de casa é bem mais extenso. Estou falando em uma reforma tributária que traga a redução de impostos. Defendo, ainda, uma nova fase da política industrial, com financiamentos baratos para modernização e avanços tecnológicos na produção. Li, hoje, que a presidenta Dilma inclui novos pontos na nova política industrial a ser divulgada nos próximos dias.
Outro ponto sensível nessa seara são as taxas de juros cobradas no país, internacionalmente imbatíveis. Com a Selic a 12,50% ao ano e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 6,71%, no acumulado de 12 meses até junho, os juros reais chegam próximos a 6%. Em outros emergentes, como a Índia, elas são negativas. Com um incentivo desses, o Brasil é destino preferido dos capitais circulantes, com impacto direto na valorização do real.
O pior é que a mesma Selic é pretexto para spreads indecentes - para se dizer o mínimo. Dados do Banco Central (BC) indicam que o spread médio, cobrado nas operações de crédito livre, recuou de 27,9 pontos porcentuais em maio para 27,3 pontos percentuais em junho. No crédito às famílias, o spread caiu de 34,3 pp para 33,6 pp; às pessoas jurídicas, o spread caiu de 19,4pp para 18,9pp.
Concorrência no sistema bancário
O pequeno recuo nas taxas cobradas no mercado financeiro nacional, no entanto, não esconde o fato de que precisamos de concorrência no sistema bancário. Isso mesmo, concorrência. Hoje ela é inexistente. Não fossem os bancos públicos, estaríamos sem crescer.
No campo externo, acrescento mais uma medida para fortalecermos a nossa economia: acelerarmos e intensificarmos os processos de integração regional com a América do Sul, a caminho do livre comércio na região. Esse caminho é válido para incentivar o desenvolvimento comum dos países da região e para o aproveitamento do imenso potencial de energia, petróleo, gás, agroindustrial e de minérios do continente.
Blog do Zé Dirceu
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