O levantamento leva em conta estimativas realizadas entre 2005 e 2009 e aponta para um empobrecimento geral de todos os setores da população. O percentual de domicílios americanos que têm mais dívidas do que ganhos cresceu de 15% em 2005 para 20% quatro anos depois – ou seja, por volta de 15 milhões de pessoas quebraram nos Estados Unidos neste período.
Em 2009, após o ajuste para a inflação realizado pelo governo, a riqueza média dos domicílios norte-americanos caiu de 98.894 dólares em 2005 para 70 mil dólares em 2009. A queda abrupta é relacionada sobretudo com a desvalorização imobiliária do país.
Desigualdade social avança
Enquanto isso, a riqueza das famílias mais abastadas cresceu de 49% em 2005 para 56% no mesmo período. Este número indica que as minorias raciais, normalmente com menos poder aquisito, foram as mais prejudicadas. O patrimônio líquido das famílias hispânicas caiu em um escalonamento de 66%, a partir de 12.124 dólares em 2005 para 5.677 dólares em 2009. O das famílias negras caiu 53%.
O nível de desigualdade entre brancos, negros e hispânicos está agora no nível mais alto em 25 anos. A diferenciação racial é em parte atribuível à geografia. Enquanto os brancos viram os valores de suas próprias casas cairem em 18% e negros em 23%, os valores das casas dos hispânicos caiu em mais da metade.
Como era de se esperar, a queda na riqueza teve um efeito negativamente transformador na sociedade americana, contribuindo para os milhões de execuções hipotecárias e falências pessoais. Segundo dados da Realtytrac.com, havia 10 milhões de execuções hipotecárias entre 2005 e 2009, os anos abrangidos pela pesquisa.
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