Há muito tempo o jornal O Globo - ninguém sabe de quem parte a iniciativa lá, mas desconfia-se - vem agindo para criar fatos políticos e pressionar governos em determinadas direções. No caso da relação do governo com o PMDB é evidente o esforço do jornal de criar situações que afastem o partido da base aliada. Em relação à Petrobras, seu dia-a-dia, decisões, negócios, rotina administrativa, idem.
No caso da Petrobras, a última de O Globo foi o factóide da demissão de Sérgio Machado da diretoria da Transpetro, empresa integrante da holding da estatal. Já há semanas - antes e depois da mudança na presidência da Petrobras, substituição de José Sérgio Gabrielli por Maria das Graças Foster - o jornal está neste samba de uma nota só em relação a Sérgio Machado.
Já quando o então governador tucano de São Paulo, José Serra, fez um acordo com o PMDB quercista para ter o apoio dele para presidente da República dois anos depois, dando continuidade a aliança que reelegeu em 2008 o prefeito da capital, Gilberto Kassab o que vimos foi um silêncio ensurdecedor não apenas do jornal dos Marinhos, mas de toda a mídia. Kassab se elegeu tendo como vice Alda Marcoantonio do PMDB quercista.
Petrobras necessita de uma reorganização administrativa
Agora, O Globo insiste nessa linha contra governo e Petrobras e faz notícia editorializada no caso da criação pela estatal da diretória corporativa. A diretoria é mais do que necessária e mais do que normal em empresas desse porte. A Petrobras há muito necessita de uma reorganização na sua governança já que praticamente multiplicou por 10 seus investimentos, mas continua com a mesma estrutura de direção e gestão do passado.
O jornalão carioca ainda vem com a história de que o cargo foi criado para atender ao PT, já que o indicado para ocupá-lo é o ex-presidente nacional do partido, ex-senador Jose Eduardo Dutra (PT-SE). Ora, Dutra já foi presidente da Petrobras e da BR Distribuidora. Tem mais do que capacidade e competência, além de experiência para o cargo. Mas, enfim, são coisas de nossa imprensa que mais parece um partido ou um grupo político.
Outra chamada dirigida do jornalão dos Marinhos hoje - "Banco do Brasil muda nove diretorias e abre espaço a partidos" - distorce com objetivos políticos a informação, o fato, a realidade. Todos os indicados para cargos de comando são funcionários de carreira do BB.
Este rodízio é necessário e útil, é uma medida que aumenta a eficiência da gestão e da direção do banco. As razões para as mudanças são públicas e fundamentadas, mas o jornal faz uma chamada eminentemente política.
Blog do Zé Dirceu
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