Pelos cálculos da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), o leilão de concessão do Tem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala entre SP-Campinas-Rio, deverá ocorrer em setembro ou outubro. A informação é de Bernardo Figueiredo, presidente da ANTT.
Há pressa. O país assistiu a sucessivos adiamentos e não houve investidor interessado no leilão em julho do ano passado. Mas o projeto é de vulto. Prevê 511 quilômetros de extensão e um investimento de R$ 33,2 bi. Figueiredo admitiu que, se surgir algum impedimento à competição e interesse das empresas no projeto, o cronograma pode mudar. "É um investimento muito robusto para não ser feito de uma forma muito precisa e muito competitiva. O central da nossa preocupação é termos um processo competitivo", ressaltou.
O BNDES deverá financiar R$ 20 bi, ou 70% do valor do projeto. Desse total, R$ 4 bi seriam destinados aos vencedores da etapa de tecnologia e R$ 16 bi aos de infraestrutura. Mas, segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foto acima, estes valores e condições do empréstimo não estão definidos. “Ainda estamos conversando e é cedo para analisar a repartição do empréstimo e suas condições", explicou Coutinho.
Dividir licitação em duas foi uma boa solução
Estamos favoráveis ao TAV, mas, como vemos, do ponto de vista do BNDES o projeto continua confuso e indefinido. Isto, apesar da boa solução de dividir a licitação em duas, e da intenção de viabilizar a participação de vários consórcios.
A questão de fundo é o seu financiamento e o retorno aos investidores, já que tudo indica que o TAV é viável e terá demanda. Outro problema é o custo do projeto, na casa das dezenas de bilhões de reais. E, portanto, os riscos que embute, caso haja um aumento expressivo inesperado, por razões técnicas ou econômicas.
Foto: BNDES
Blog do Zé Dirceu
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