Advogado de Lula, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) declarou nesta terça-feira 4 que o partido continuará "lutando pelo reconhecimento do direito do Presidente Lula ser candidato”, como é de seu direito, conforme reconhecem a Constituição Brasileira e a ONU; "Parece que o presidente Lula não pode ser livre e candidato ao mesmo tempo. Parece que ele tem que escolher um dos dois direitos", criticou; ele também chamou o voto do ministro Barroso, no TSE, de "panfleto político"; assista
4 DE SETEMBRO DE 2018
247 - Advogado de Lula, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) declarou nesta terça-feira 4 que o partido continuará "lutando pelo reconhecimento do direito do Presidente Lula ser candidato”.
"Hoje já protocolamos o recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal e continuaremos lutando pelo reconhecimento do direito do Presidente Lula ser candidato", declarou, após visita ao ex-presidente.
Damous também comentou sobre o julgamento do TSE que impugnou a candidatura Lula e avaliou que o voto do ministro Luís Roberto Barroso "foi um panfleto político". A decisão do Tribunal, segundo ele, foi um "deboche ao povo brasileiro". "Eu estou indignado, o presidente Lula também está indignado, mas ele segue firme e de cabeça erguida", relatou.
Confira abaixo a íntegra da fala de Wadih Damous e assista às declarações na TV:
“Acabo de sair da visita ao presidente Lula. É a primeira visita que faço a ele após aquele lamentável julgamento do TSE na sexta feira passada. Essa minha visita teve o caráter das visitas que faço a ele, tradicionalmente, mas também teve o caráter de solidariedade, porque o que nós vimos na sexta feira foi uma vergonha.
O que nós vimos foi o TSE à margem do Direito, sobretudo através do voto do ministro Roberto Barroso, que não foi um voto, foi um panfleto político. Ali nós não vimos o Direito, ali nós não vimos a ordem jurídica, ali nós não vimos as regras constitucionais, ali nós não vimos a obediência a uma decisão da ONU. Ali o que nós vimos foi o escárnio, foi um deboche ao povo brasileiro, foi simplesmente rasgar a constituição.
Eu fiquei indignado, o presidente Lula está indignado, mas ele segue firme e de cabeça erguida. Nós hoje já protocolamos o recurso extraordinário no STF e continuaremos lutando pelo reconhecimento do direito do presidente Lula ser candidato.
O que na verdade o STF deveria fazer, e já deveria ter feito, era julgar logo a questão do mérito do processo que condenou o presidente Lula, antes de inviabilizá-lo eleitoralmente. Isso sim, seria o correto, que o Supremo admitisse e julgasse o recurso extraordinário. Porque é uma vergonha o tratamento que está sendo dado ao presidente Lula. Tratá-lo dessa forma injusta como se uma pessoa que tivesse dois direitos tivesse que escolher um.
O presidente Lula não pode ser livre e candidato, ao mesmo tempo, ele tem de escolher um dos direitos. No caso só querem que ele escolha o direito à liberdade e abra mão do direito de ser candidato. Não! Ele tem direito às duas coisas. Ele foi condenado num processo injusto, num processo sem provas, e está sendo impedido de concorrer também por uma decisão absolutamente injusta e contrária ao Direito.
Então fica aqui o desafio ao STF: julguem o processo da lava jato, julguem o processo do triplex, examinem aquela farsa jurídica e declarem logo o presidente Lula inocente. Ele tem direito a um julgamento justo. E vamos continuar insistindo. A ONU disse que o presidente deveria concorrer às eleições.
Ontem foi protocolada uma denúncia na ONU da desobediência que o TSE produziu na sexta feira passada. Hoje nós protocolamos o recurso extraordinário no Supremo. Vamos insistir com a candidatura do presidente Lula porque é o que o povo quer e assim é de direito, é o que diz a Constituição e é o que manda a ONU.”
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