Pelo segundo dia consecutivo, a Folha de S. Paulo, classificada por Jair Bolsonaro como um jornal decadente e produtor de fake news, dedica sua capa ao chamado 'bolsogate' – escândalo que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão sem origem e fez 176 saques em apenas um ano. É um sinal de que a guerra entre a imprensa e o bolsonarismo tende a se aprofundar. Ontem, Bolsonaro anunciou como responsável pela Secom, que cuida da publicidade oficial, um marqueteiro ligado ao clã
8 DE DEZEMBRO DE 2018
247 – Pelo segundo dia consecutivo, a Folha de S. Paulo, classificada por Jair Bolsonaro como um jornal decadente e produtor de fake news, dedica sua capa ao chamado 'bolsogate' – escândalo que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz, que movimentou R$ 1,2 milhão sem origem e fez 176 saques em apenas um ano. Neste sábado, o foco foi na sua atuação com caixa eletrônico da família (saiba mais aqui). Ontem, na própria amplificação do escândalo, revelado na véspera pelo jornalista Fausto Macedo, do jornal Estado de S. Paulo (leia mais aqui).
"A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo", afirmou Bolsonaro, durante a campanha presidencial. "Imprensa vendida, meus pêsames."
Ontem, Bolsonaro anunciou como responsável pela Secom, que cuida da publicidade oficial, um marqueteiro ligado ao clã. Saiba mais em reportagem da Agência Brasil:
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) deve ser vinculada à Secretaria de Governo na gestão de Jair Bolsonaro. Pela estrutura atual, é ligada diretamente à Secretaria-Geral da Presidência da República. À frente da Secom, ficará o publicitário Floriano Barbosa de Amorim Neto, assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito.
Barbosa trabalha com a família há pelo menos três anos, no gerenciamento das redes sociais do deputado federal e do próprio presidente eleito. As informações foram confirmadas à Agência Brasil por assessores de Bolsonaro. A Secom será vinculada à Secretaria de Governo, cujo comando será entregue ao general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Paralelamente, deverá ser criada uma assessoria especial, ligada ao gabinete da Presidência da República, para cuidar da comunicação de Bolsonaro. Essa estrutura estaria separada da Secom. Segundo assessores do presidente eleito, no entanto, a criação dessa assessoria especial ainda está em estudo e poderá ser revista com a ida de Floriano para o comando da Secom.
O anúncio do futuro chefe da Secom deverá ocorrer na próxima semana.
Transição
O general Floriano Peixoto, que atua na equipe de transição analisando os contratos de publicidade do governo federal, deverá ser nomeado secretário-executivo de Gustavo Bebianno, futuro ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da Presidência, segundo apurou a reportagem da Agência Brasil.
Na semana passada, quando o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, apresentou a lista dos 22 ministérios do futuro governo, a Secom aparecia vinculada à Secretaria-Geral da Presidência.
Brasil 247
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