"Nos últimos 53 anos, assassinaram 27 trabalhadores e todas as pessoas acusadas estão impunes. A impunidade reina", disse o deputado federal eleito pelo PT da Paraíba, Frei Anastácio; em entrevista à TV 247, o parlamentar classificou como "execução" o assassinato de integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no último dia 8 de dezembro.
12 DE DEZEMBRO DE 2018
247 - Em entrevista à TV 247, nesta quarta-feira (12), o deputado federal eleito pelo PT da Paraíba e atual deputado estadual, Frei Anastácio, denunciou o que chamou de ambiente de impunidade criado há décadas pela oligarquia no estado que tem vitimado trabalhadores rurais.
"Nos últimos 53 anos, assassinaram 27 trabalhadores e todas as pessoas acusadas estão impunes. A impunidade reina", disse o parlamentar ao falar sobre o que classificou como execução de integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na Paraíba, José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino. Eles foram assassinados a tiros por homens encapuzados na noite do dia 8 de dezembro.
O deputado fez duras críticas à direção do Incra no estado, chamando de "tapera burocrática". "Com o governo golpista que ai está, o Incra na Paraíba tem um superintendente que não tem tido nenhuma capacidade nem vontade política para ao menos encaminhar as desapropriações', apontou o deputado, criticando a nota divulgada pelo órgão após o assassinato dos trabalhadores rurais, que dizia não ter nenhuma responsabilidade e nem iria tomar providência sobre o caso porque o assentamento se encontrava numa propriedade particular.
"Isso é vergonhoso!", repudiou o Frei Anastácio. Ele considera que as perspectivas com a posse do governo Bolsonaro não é de mudança do cenário. "Acredito que os movimentos sociais e os partidos políticos de esquerda e centro-esquerda precisam estar unidos para ajudar a população explorada, principalmente a população do campo, na resistência/', enfatizou.
Eleito deputado federal com mais de 91 mil votos, Frei Anastácio afirmou que vai assumir o seu mandato para fortalecer essa luta. "Eu vou para a Câmara Federal e lutar junto com os companheiros e companheiras para resistir a essa situação", concluiu.
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