Em entrevista à Rede TV, exibida ontem (20), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) usou uma fake news das redes sociais para tentar justificar o escândalo do Bolsogate a uma suposta perseguição que estaria sendo vítima; de acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo, as imagens nada tem a ver com os promotores que o investigam
21 de Janeiro de 2019
247 - Em uma entrevista à Rede TV, exibida no domingo (20), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) usou uma fake news das redes sociais, tentando justificar o escândalo do Bolsogate a uma suposta perseguição que estaria sendo vítima por parte de promotores ligados ao PT.
"Está circulando imagem de supostos promotores com camisas dizendo 'sou do MP e sou contra o golpe'. É uma clara evidência de simpatia com o PT", disse ele, insinuando que as movimentações financeiras suspeitas de seu ex-assessor e os depósitos sequenciais que fez não tem a ver com a investigação dos promotores que o investigam no Ministério Público do Rio de Janeiro.
"Na verdade, estão vendendo uma narrativa de que meu ex-assessor (Fabrício Queiroz) que pegava tudo (salário de assessores) e depositava na minha conta", completou.
No entanto, as imagens citadas por Flávio em que integrantes do Ministério Público aparecem usando camisetas com os dizeres "MP contra o golpe", sugerindo que são os promotores envolvidos na sua investigação, são na verdade de Minas Gerais, e nada tem a ver com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), responsável pelo caso.
A informação do do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a publicação, os registros são de manifestações contra o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em março de 2016. Em nota enviada ao Estadão Verifica, o MPRJ confirmou que as imagens mostram promotores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ao fazer uma busca por imagens com as palavras-chave "MP contra o golpe" é possível encontrar outras evidências que corroboram este fato: uma publicação do site Jornal GGN e um tweet de um perfil verificado de Belo Horizonte.
Brasil 247
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