POR FERNANDO BRITO · 08/06/2020
A contagem independente dos grandes veículos de comunicação – os do grupo Globo, Folha e Estadão – estreou hoje apresentando um “sumiço” de 180 mortos na contagem oficial divulgada pelo governo.
São, segundo dados colhidos nas secretarias de Saúde, 849 mortes, contra 679 nos números oficiais.
Ao que acharem a diferença pequena, lembrem-se que é um Boeing-737 lotado caindo sem sobreviventes.
Seja um, seja outro o número o acumulado no final de semana – quando são menores os índices, pela incapacidade de se ter montado um esquema de registro confiável também nos finais de semana e os dados de hoje referem-se a domingo -, o quadro é de crescimento sobre a semana anterior.
Há um aumento, comparado com sábado e domingo da semana passada, de quase 10% nas mortes, mesmo considerando apenas os dados do governo.
Não há maneira, amanhã, de ser obedecida a ordem de Jair Bolsonaro para que as mortes não passem de mil por dia, ou que cheguemos, quarta ou quinta-feira acima dos 40 mil mortes.
Estamos assistindo os epidemiologistas, entrevista após entrevista, partindo para um desesperado “salve-se” quem puder”.
Estamos em um país sem governo, mas com um punhado de loucos nas posições de mando, aos quais a morte não tem valor.
Tijolaço
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