segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Após convite de asilo político do México, defesa de Assange agradece e pede cautela: 'não é definitivo'


"Obviamente, são boas notícias porque mostram que a comunidade internacional veio em defesa de Julian Assange", disse Aitor Martinez, que ponderou: "ele não pode deixar a jurisdição britânica"

4 de janeiro de 2021


Julian Assange (Foto: REUTERS / Simon Dawson)

Sputnik - A equipe jurídica de Julian Assange agradeceu a oferta de asilo político feita nesta segunda-feira (4) pelo México, mas não pode considerar essa opção ainda, pois aguarda uma decisão final no caso do jornalista, disse o advogado de Assange à Sputnik.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou no início desta segunda-feira (4) que pretende oferecer asilo político ao fundador do site WikiLeaks, após um tribunal do Reino Unido barrar a extradição do jornalista aos Estados Unidos. Segundo a decisão da do tribunal britânico, a extradição foi barrada por preocupações com sua saúde mental de Assange.

"Obviamente, são boas notícias porque mostram que a comunidade internacional veio em defesa de Julian Assange como jornalista porque seu caso é um atentado à liberdade de expressão em nível internacional", disse Aitor Martinez, o advogado de Assange, à Sputnik.

Martinez argumentou, porém, que haveria tempo para "analisar onde Julian Assange viverá, sob qual jurisdição e status" após o australiano de 49 anos ser libertado da prisão de Belmarsh, em Londres.

"Ainda não é definitivo [a decisão do tribunal] e ele não pode deixar a jurisdição britânica", acrescentou o advogado de Assange na Espanha.

Após a decisão do tribunal britânico, o Departamento de Justiça dos EUA disse estar "extremamente decepcionado" e que entraria com recurso no caso. A defesa de Assange planeja tentar garantir o direito ao pagamento de uma fiança em uma audiência na quarta-feira (6).

No Brasil, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), se manifestou sobre o assunto em entrevista à Sputnik Brasil, classificando a decisão britânica como uma "vitória parcial" para a liberdade de imprensa.


Brasil 247

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