quarta-feira, 30 de junho de 2021

Lula celebra superpedido de impeachment de Bolsonaro e cobra Lira: 'espero que o povo na rua o convença a colocar em votação'


Ex-presidente Lula afirmou que as forças de oposição e movimentos sociais conseguiram unificar mais de 120 pedidos de afastamento de Bolsonaro e espera as manifestações do próximo sábado, 3 de julho, aumentem a pressão sobre o presidente da Câmara

30 de junho de 2021
Superpedido de impeachment / Lula (Foto: Divulgação)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro, protocolado nesta quarta-feira (30) na Câmara.

Pelo Twitter, Lula dissse esperar que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, abra o processo de afastamento de Bolsonaro. "Parabenizo as forças de oposição ao Bolsonaro e os movimentos sociais que conseguiram unificar os mais de 120 pedidos de impeachment para pressionar o Lira. Espero que as manifestações de rua convençam o presidente da Câmara a colocar em votação", disse Lula.

O superpedido de impeachment foi protocolado por partidos e parlamentares de diversos campos ideológicos, incluindo de direita, além de movimentos sociais, entidades e pessoas físicas. O compilado engloba argumentos dos mais de cem pedidos de impeachment já apresentados à Mesa da Câmara dos Deputados mas também aponta a atuação do presidente diante da pandemia de Covid-19.

Diante do desgaste de Jair Bolsonaro após a denúncia do escândalo de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin, os movimentos populares anteciparam a próxima mobilização nacional por #ForaBolsonaro para o próximo sábado, 3 de julho. O ato de 24 de julho, que já estava marcado, está mantido.


Leia na íntegra o superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro:

Brasil 247

Pesquisa no Ceará: Lula tem 46%, Bolsonaro 19% e Ciro apenas 14%


De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, 46,3% dos cearenses votam no ex-presidente Lula na corrida para o Planalto. São mais de 26 pontos percentuais de diferença para Jair Bolsonaro. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que governou o estado, fica na terceira posição, com mais de 14% dos votos

30 de junho de 2021

Ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (Foto: Brasil 247 | Reuters)


247 - O Instituto Paraná Pesquisas divulgou um levantamento, feito por telefone, apontando que 46,3% dos cearenses votam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Planalto. Jair Bolsonaro (sem partido) aparece na segunda posição, com 19,5% do eleitorado, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na terceira, com 14,5% dos votos. O Ceará é a terra do pedetista, que governou o estado.

De acordo com as estatísticas, o apresentador José Luiz Datena, que pode se filiar ao PSL, fica em quarto lugar, com 2,7% dos votos. Em seguida vem Sérgio Moro, com 2,6%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) têm 1,2% cada.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem 0,3%, seguida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 0,1%.

Foram entrevistados 1.528 eleitores com 16 anos ou mais em 84 cidades do Ceará, entre os dias 25 e 29 de junho de 2021. A pesquisa tem um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.




Brasil 247

BOMBA: NOVA DENÚNCIA SUGERE MODUS OPERANDI DO GOVERNO NA COMPRA DE VACIN...



Brasil 247

Emails comprovam que governo Bolsonaro negociou oficialmente com empresa que denunciou propina de US$ 1 por dose


Emails comprovam que o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro negociou oficialmente a venda e propina para a aquisição de vacinas com representantes da Davat Medical Supply

30 de junho de 2021

Ministro da Saúde da Índia, Harsh Vardhan, segura ampola da Covaxin 16/01/2021 REUTERS/Adnan Abidi (Foto: Reuters)

247 - Emails mostram que o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro negociou oficialmente venda de vacinas com representantes da Davat Medical Supply. Um representante da empresa afirmou nesta terça-feira (29) ao jornal Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato. No total, Jair Bolsonaro pretendia lucrar com US$2 bilhões gerados com o esquema de corrupção.

Segundo a reportagem, as mensagens da negociação foram trocadas entre Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do ministério, Herman Cardenas, que aparece como CEO da empresa, e Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador dela.

O próprio Dias envia um email em que menciona uma reunião ocorrida sobre o tema. Ele é apontado como o autor do pedido de propina —sua exoneração do Ministério da Saúde foi anunciada na noite de terça (29) após as revelações.


Um dos emails foi trocado às 8h50 do dia 26 de fevereiro deste ano, por meio do endereço funcional de Dias, "roberto.dias@saude.gov.br", e "dlog@saude.gov.br" —"dlog" é como o departamento de logística é chamado.

Na conversa, Cardenas informa da oferta de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca, citando Luiz Paulo Dominguetti Pereira como representante da empresa. "Fico no aguardo para ajudar a obter vacinas para seu país", diz.

Dominguetti disse ao jornal Folha de S.Paulo que jantou na noite anterior àquela manhã com Roberto Dias no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, em Brasília, quando ouviu, segundo ele, o pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina negociada.


Brasil 247

Carlos Wizard, um dos chefes do ministério paralelo, depõe nesta quarta na CPI da Covid


Em sessão que promete ser quente devido às novas denúncias de corrupção no governo Bolsonaro, finalmente chegou o dia do depoimento de um dos chefes do ministério paralelo

30 de junho de 2021

Carlos Wizard (Foto: Fabiano Accorsi/Divulgação)


Agência Senado - Com o primeiro testemunho marcado para 17 de junho, quando não compareceu, o empresário Carlos Wizard Martins — apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Bolsonaro no enfrentamento à pandemia e já inserido na lista dos primeiros 14 investigados da CPI — deve finalmente ser ouvido pela CPI nesta quarta-feira (30), às 9h.

Ao saber que seria convocado pela comissão, o empresário tentou inicialmente ser ouvido por videoconferência, o que lhe foi negado. Apesar de ter obtido habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso para não responder a perguntas que o incriminassem, o empresário, que estaria nos Estados Unidos desde 30 de março, não se apresentou ao colegiado, o que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), definiu à época como um desrespeito "não com a CPI, mas com o STF".

Após os integrantes da CPI decidirem que, além do pedido de condução coercitiva autorizado pelo STF, eles acionariam a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para localizar Wizard, advogados do empresário procuraram os senadores e informaram que o cliente se apresentaria em data e hora agendadas pela comissão.

O empresário retornou ao Brasil nesta segunda-feira (28). A Justiça Federal em Campinas (SP) autorizou a retenção de seu passaporte, o que foi feito assim que ele desembarcou no Aeroporto de Viracopos (SP).

A convocação de Wizard foi solicitada por meio de requerimento apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que julga ser essencial “esclarecer os detalhes de um 'ministério paralelo da saúde', responsável pelo aconselhamento extraoficial do governo federal com relação às medidas de enfrentamento da pandemia, incluindo a sugestão de utilização de medicamentos sem eficácia comprovada e o apoio a teorias como a da imunidade de rebanho”.

Já foram aprovados, inclusive, requerimentos para quebra de sigilo bancário, telefônico, telemático e fiscal de Wizard.

À CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, também no rol dos investigados da comissão, afirmou que o empresário atuou informalmente como seu conselheiro por um mês. Wizard foi até indicado para uma secretaria do órgão, mas recusou o convite.

Quando ouvida pela comissão, em 1º de junho, a médica Nise Yamaguchi, também apontada como integrante do “assessoramento paralelo”, disse que ela e Wizard participaram da criação de "uma conselho consultivo independente", sem vínculo oficial com o Ministério da Saúde.

"A gente queria oferecer o conhecimento de uma forma organizada, sem que houvesse um vínculo oficial. E o que teve foi um conselho consultivo independente. Aliás, várias pessoas acabaram não ficando, porque, antes de ele começar, acabou havendo uma perseguição tão grande da mídia que a gente acabou dissolvendo o grupo", expôs Nise.

Em depoimento à comissão no dia 9 de junho, o ex-secretário-geral do Ministério da Saúde Antônio Elcio Franco Filho admitiu ter tido uma reunião com empresários, entre eles Wizard e Luciano Hang, para tratar da ideia da compra de vacinas para os funcionários de suas empresas.

Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) criticou recentemente uma suposta falta de transparência do governo no acesso a documentos do Ministério da Saúde e reclamou de “informações contraditórias” sobre as visitas do empresário ao Palácio do Planalto.

"Vamos continuar investigando. A tarefa não é fácil, para que isso aconteça é importante que as pessoas do governo saibam que podem incorrer em problemas, na medida em que não facilitam esses acessos", disse Renan.




Brasil 247

Vacina, só com propina


"Roubar na compra de vacinas não é só roubar dinheiro público. É matar brasileiros com a demora na aquisição, em busca de negócios sujos", lembra a colunista Tereza Cruvinel

30 de junho de 2021

(Foto: Marcos Corrêa/PR | Reuters)


Nunca me convenci de que foi por um misto de incompetência com negacionismo, vale dizer, ignorância, que o governo Bolsonaro deixou de comprar vacinas na hora certa, quando todos os países faziam suas encomendas, evitando milhares de mortes. O que fomos descobrindo a partir da instalação da CPI ontem foi escancarado: eles só topavam comprar vacinas de fabricantes que aceitavam pagar propina.

Duas bombas estouraram na noite de ontem, mais um dia de São Pedro sem fogueira por causa da infindável pandemia, e o estrépito produzirá uma quarta-feira turbulenta.

Conforme revelou à Folha de São Paulo o executivo Luiz Paulo Domingueti, que representava a fabricante Davati Medical, para comprar 400 milhões de doses do imunizante Astrazeneca, "o grupo" que operava a corrupção no Ministério da Saúde exigia que US$ 1 fosse acrescido ao preço de cada dose e repassado ao esquema. Isso representava uma propina de R$ 2 bilhões.

Quem lhe propôs a trampa foi Roberto Dias Ferreira, o diretor de logística que mais pressionou o funcionário Luis Ricardo Miranda para liberar a importação da Covaxin apesar das irregularidades. Foi exonerado ontem mesmo.

Em seguida, outro estouro. A revista Crusoé revelando que o lobista Silvio Assis, num encontro em que estava presente o próprio deputado Ricardo Barros, lhe ofereceu uma propina de R$ 6 milhões se seu irmão parasse de embarreirar a compra da vacina Covaxin. Ganharia US$ 0,6 em cada dose. Ou, com o dólar aa R$ 5, ganharia R$ 0,30 por cada vacina. A casa agora caiu mesmo.

Roubar na compra de vacinas não é só roubar dinheiro público. É matar brasileiros com a demora na aquisição, em busca de negócios sujos. Bolsonaro pessoalmente embarreirou o quanto pode a compra da Coronavac. E agora podemos pensar que o problema não era pela origem chinesa ou pelo protagonismo do governador João Dória no acordo inicial com o fabricante Sinovac.

Pazzuelo cozinhou a Pfizer de maio de 2020 a março deste ano, quando finalmente foi assinado o contrato para aquisição da vacina mais usada no mundo. E podemos pensar, sim, que demorou tanto porque não se apresentaram as condições para um pedido de propina. Compraram quando o desgaste do governo com a mortandade exigia alguma resposta.

Mais de uma vez ouvi de pessoas experientes: vocês, jornalistas, precisam tratar deste problema das vacinas com outros olhos. Negócios bilionários não acontecem sem intermediários e sem corrupção. Mas, além da dificuldade para investigar, eu não achava que a desumanidade deste governo chegasse a tanto.

Ontem no Boa Noite 247 o José de Abreu nos mandou uma mensagem com aquele seu poder de síntese: "um dólar por dose, duas doses para cada pessoa, dois dólares pelo direito de viver ou morrer". Eu emendo em reais, com o dólar a R$ 5: para eles, R$ 10 era o valor de uma vida a ser salva.

A implicância de Bolsonaro com as vacinas sempre me deixou o comichão da dúvida: se ele combate tanto o isolamento social porque isso prejudica a economia, será burro ao ponto de não entender que só a vacina pode trazer mais rapidamente a normalização econômica? Mas isso era no começo, quando o negócio era retardar a compra, pois vacina, só com propina!

Ontem Bolsonaro postou vídeo numa rede dedicado a falar de corrupção em outros governos, exaltando a limpeza do seu e a qualidade de seu ministério. Anseio por saber o que dirá hoje.

Roberto Ferreira Dias foi exonerado ontem mesmo. Mas ele era um operador e temos que saber de quem. O ainda líder Ricardo Barros nega tê-lo indicado para o cargo. O empresário Domingueti deve ser ouvido na sexta-feira pela CPI da Covid. O senador Omar Aziz quer também as imagens das câmeras do restaurante O Vasto, onde ele ouviu a proposta de Roberto Dias Ferreira. Trata-se de um restaurante da rede Coco Bambu, cujo dono, Afrânio Barreira, é notório bolsonarista e defensor da cloroquina e do tal tratamento precoce.

E para completar: estamos em vésperas de eleições. Este esquema tem todo o jeito de que era destinado a financiar campanhas no ano que vem. A de Bolsonaro para a reeleição e a de seus aliados para governos estaduais e para o Congresso. Mas talvez Bolsonaro não possa concorrer, pois o impeachment agora encontrou seu lugar na agenda do país. Hoje mesmo haverá a apresentação do super-pedido, que deve incluir as duas últimas bombas.



Brasil 247

terça-feira, 29 de junho de 2021

Cynara: “mulher honesta foi impichada sem que se provasse nada contra ela. Um homem zomba dos mortos e é mito”


Jornalista apontou que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment sem cometer crime, enquanto Jair Bolsonaro segue impune cometendo várias arbitrariedades

29 de junho de 2021

Cynara Menezes e Jair Bolsonaro (Foto: Brasil247 | ABr)


247 - A jornalista Cynara Menezes apontou em postagem nas redes sociais nesta terça-feira (29) que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment sem cometer crime, enquanto Jair Bolsonaro segue impune cometendo várias arbitrariedades.

“Uma mulher honesta foi impichada sem que se provasse NADA contra ela e xingaram de tudo quanto é nome. Um homem faz negociata com vacina no meio de uma pandemia, zomba dos mortos, sabota o combate ao vírus, arranca máscara de criancinha e chamam ‘mito’", disse ela.


segunda-feira, 28 de junho de 2021

Lewandowski anula provas da Odebrecht contra Lula em acordo de leniência com a Lava Jato


Nova decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski simboliza mais uma vitória do ex-presidente sobre a força-tarefa de Curitiba

28 de junho de 2021


Lula e fachada da Odebrecht (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski anulou em despacho nesta segunda-feira (28) as provas produzidas contra o ex-presidente Lula pela Odebrecht em acordo de leniência com a Lava Jato.

A decisão do magistrado simboliza mais uma vitória do petista sobre a força-tarefa do STF.

A Odebcrecht alegava que o ex-presidente havia recebido propina da empreiteira na forma de um terreno em São Paulo, onde seria erguida a nova sede do Instituto Lula.



Brasil 247

Mais um escândalo: governo comprou R$ 5,2 bilhões de vacina CanSino, representada por empresa de amigo de Ricardo Barros


Tratam-se agora de suspeitas na compra da vacina Convidecia, do laboratório chinês CanSino, cuja empresa intermediária é a BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra do líder do governo, Ricardo Barros. Um dos sócios é Daniel Moleirinho, filho de um parceiro político de Barros, Chiquinho Ribeiro

27 de junho de 2021

Fachada da CanSino e Ricardo Barros (Foto: Reuters | Cleia Viana/Câmara dos Deputados)


247 - O governo de Jair Bolsonaro pode estar envolvido em mais um esquema de corrupção na compra de vacinas, além da indiana Covaxin, cujo caso veio à tona na CPI da Covid na última sexta-feira (25). Tratam-se agora de suspeitas na compra da vacina Convidecia, do laboratório chinês CanSino.

Desta vez, a empresa intermediária é a BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra do líder do governo, Ricardo Barros, que teve o nome citado na sexta pelo deputado Luis Miranda como alguém que comandava o esquema na Covaxin, do qual Bolsonaro sabia e não fez nada. Um dos sócios da empresa é Daniel Moleirinho, cujo pai é parceiro político de Barros.

As revelações foram feitas pelo jornalista Hugo Souza, em seu Facebook. Em um outro texto, ele ainda resgatou uma relação mais antiga entre o líder do governo e a Precisa, representante no Brasil da fabricante da vacina indiana, Barath Biontech, desde quando a empresa fornecia preservativos femininos ao Ministério da Saúde.


"Há 15 dias, meados de junho, o Ministério da Saúde assinou intenção de compra de 60 milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 chamada Convidecia, do laboratório chinês CanSino. O preço é de nada menos que 17 dólares a dose, mais cara que a Covaxin. A se confirmar o negócio, que está na dependência da Anvisa, será a vacina mais cara negociada pelo Brasil (É dose única, mas a Janssen também e custa US$ 10)", escreveu o jornalista.

Hugo Souza detalha a próxima relação de Ricardo Barros com o empresário Francisco Feio Ribeiro Filho, conhecido como Chiquinho Ribeiro, e lembra que a Belcher Farmacêutica do Brasil, há um ano, "foi alvo da Operação Falso Negativo, contra empresas que se lambuzaram em superfaturamentos aproveitando-se da dispensa de licitação para aquisição de testes rápidos de covid-19".

O contrato do Ministério da Saúde, lotado de políticos do “Centrão” em áreas estratégicas para aquisição de vacinas, tem intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina CanSino.

Em coluna na Revista Fórum, o jornalista Renato Rovai informa que o governo federal iria pagar 17 dólares por dose - quer dizer, R$ 5,2 bilhões por 60 milhões de doses, conforme revelou a CNN em 23 de junho. Trata-se do valor mais alto de todas as vacinas compradas pelo governo, incluindo a superfaturada Covaxin, 15 dólares.

Rovai lembra que o paranaense Emanuel Catori, diretor presidente da Belcher Farmacêutica do Brasil, junto com os empresários bolsonaristas Luciano Hang, das lojas Havan, e Carlos Wizard, "liderou um movimento para que empresas privadas conseguissem permissão para comprar e distribuir imunizantes, criando o ‘camarote das vacinas’. Em março deste ano, ele esteve em Brasília para uma conversa com o governo federal acerca deste tema".

Leia abaixo o texto de Hugo Souza sobre o caso:

Atenção, CPI e colegas jornalistas:

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, apontado ontem por Luis Miranda como o homem acobertado por Bolsonaro na fraude da Covaxin, é próximo do empresário Francisco Feio Ribeiro Filho.

Conhecido como Chiquinho Ribeiro, o dono da Pneumar foi presidente da Urbamar, empresa de urbanização de Maringá, quando Barros foi prefeito da cidade, lá no início da década de 90. Na declaração de Imposto de Renda de Barros para o exercício 2002 aparece o nome de Francisco Feio Ribeiro Filho na seção "pagamentos e doações efetuados", e o valor de R$ 16 mil, algo que hoje seria em torno de R$ 50 mil, pela correção IPCA.

Quando Chiquinho Ribeiro completou 70 primaveras, em 2016, o irmão de Ricardo, Silvio Barros - que também já foi prefeito da terra do Marreco -, publicou no Instagram uma foto sua e de sua consorte na comemoração: "festa linda, merecida e abençoada do nosso amigo Chiquinho Ribeiro".

Quando Cida Borghetti, esposa de Ricardo Barros, tornou-se governadora do Paraná, em 2018, Chiquinho foi parar na direção da Companhia de Saneamento do estado (Sanepar).

Há dois meses, Cida Borghetti foi nomeada por Bolsonaro para o Conselho de Administração de Itaipu Binacional, rendendo o indefectível Carlos Marun e com salário de R$ 27 mil para participar de umas reuniões.

Há 15 dias, meados de junho, o Ministério da Saúde assinou intenção de compra de 60 milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 chamada Convidecia, do laboratório chinês CanSino. O preço é de nada menos que 17 dólares a dose, mais cara que a Covaxin. A se confirmar o negócio, que está na dependência da Anvisa, será a vacina mais cara negociada pelo Brasil (É dose única, mas a Janssen também e custa US$ 10).

Estamos falando de um negócio de mais de R$ 5 bilhões. Para quem não queria "vaChina", que coisa, hein?

A representante da CanSino no país é a Belcher Farmacêutica do Brasil, com sede em... Maringá. Há um ano, em julho do ano passado, a Belcher foi alvo da Operação Falso Negativo, contra empresas que se lambuzaram em superfaturamentos aproveitando-se da dispensa de licitação para aquisição de testes rápidos de covid-19.

Um dos sócios da Belcher é Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, que é filho de... Chiquinho Ribeiro.

No dia 6 de janeiro de 2021, há poucos meses, portanto, foi aberta em Maringá a empresa Rcy Brasil & Belcher Spe Ltda, com atividade principal de "Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano". No quadro de sócios e administradores da novíssima firma consta a Belcher e a Ribetech Participacoes Sociais LTDA, pessoa jurídica com capital social de mil reais representada pela pessoa física Francisco Feio Ribeiro Filho - Chiquinho Ribeiro, o velho conhecido de Ricardo Barros.

A Rcy Brasil & Belcher funciona no mesmo endereço da Belcher em Maringá, no número 21102 da rua Rodolfo Cremm, numa construção tipo galpão rodeada por terrenos baldios, segundo mostra o último registro feito pelo Google Street View, em 2020. A farmacêutica maringaense que é parte em um contrato de mais de R$ 5 bilhões com o Ministério da Saúde, para compra de vacinas, tem o número de identificação do seu imóvel-sede apenas e tão somente escrito à mão no poste de ligação de energia.

Cereja: informações da imprensa dão conta de que por trás do pedido de liberação da vacina Convidecia na Anvisa estão Luciano Hang, Carlos Wizard, além do outro sócio da Belcher, Emanuel Catori. Hang e Wizard são os dois grandes empresários brasileiros mais próximos do presidente da República. Um anda na garupa, o outro é do gabinete paralelo.

Pode ser apenas mais uma grande Convidecia, digo, coincidência, já que este é o país delas, vide a lista de condôminos do Vivendas da Barra.

Mas acho que convinha dar uma olhada no tocante a essa cuestão aí. Talquei?



Brasil 247

Empresa Precisa, intermediária da Covaxin, cresceu 6.000% no governo Bolsonaro


Intermediária na compra da vacina é ligada ao deputado Ricardo Barros (PP-PR) e teve acesso ao BNDES por meio de o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ)

28 de junho de 2021

(Foto: Reprodução)


247 – A empresa Precisa, atravessadora na compra da vacina indiana Covaxin, envolta por suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde, disparou no governo de Jair Bolsonaro. "A Precisa Medicamentos teve um salto em seus negócios no governo do presidente Jair Bolsonaro. Antes dele, a firma havia assinado apenas um contrato, de R$ 27,4 milhões, para fornecer preservativos femininos ao Ministério da Saúde. Desde 2019, primeiro ano de Bolsonaro, a Precisa fechou ou intermediou acordos que somam R$ 1,67 bilhão. No atual governo, o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa, também ganhou acesso a ministérios, ao BNDES e à embaixada do Brasil na Índia", informam Vinícius Valfré, Julia Affonso, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.

"Foi o próprio filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o responsável por abrir as portas do BNDES ao empresário. Após a revista Veja revelar que o Zero Um intermediou uma reunião de Max, como é conhecido em Brasília, com o presidente do banco público, Gustavo Montezano, o senador admitiu ter 'amigos em comum' com o dono da Precisa", apontam os jornalistas. "Na sexta-feira passada, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou à CPI da Covid no Senado que Bolsonaro atribuiu a Barros 'os rolos' envolvendo a compra da vacina Covaxin.
                             


Brasil 247

sábado, 26 de junho de 2021

Te pego na saída - Renato Aroeira

 



Brasil 247

Merval Pereira reconhece que Lula pode ganhar no primeiro turno


Colunista do Globo constata decadência de Jair Bolsonaro e amplas possibilidades de vitória de Lula

26 de junho de 2021
Merval Pereira e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)


247 - "O momento é favorável ao Lula e ele ganharia no primeiro turno, é o que mostra a recente pesquisa do IDEC. Muita coisa ainda vai acontecer até a eleição, mas a pesquisa mostra o que estava sendo previsto, que Bolsonaro pode não chegar ao segundo turno, escreve Merval Pereira.

O colunista do Globo considera que os candidatos da terceira via "irão melhorar, e até um voto útil às vésperas da eleição para tirar Bolsonaro do segundo turno pode acontecer".

De acordo com Merval, mais importante ainda do que o favoritismo de Lula para decidir a eleição já no primeiro turno é a decadência de Bolsonaro, que enfrenta uma situação difícil.


Brasil 247

Em março, Bolsonaro disse que o responsável pelo escândalo era Ricardo Barros e o manteve como líder do governo na Câmara


O jornalista Mauro Lopes explica: Bolsonaro cometeu de maneira patente o crime de prevaricação ao afirmar em março ao deputado Luis Miranda e a seu irmão que Ricardo Barros é o responsável pelo escândalo da Covaxin e não ter feito nada. Manteve Barros como líder de seu governo na Câmara e não informou a PF. A revelação pode ser o fim de seu governo

25 de junho de 2021

Ricardo Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


Por Mauro Lopes

A bomba detonada na CPI da Covid no Senado poucos minutos antes das 22h desta sexta-feira (25) pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) abriu as portas do fim do governo que infelicita o Brasil desde 2019: em 20 de março, o presidente da República afirmou ao parlamentar e seu irmão que o responsável pelo escândalo da Covaxin era o deputado Ricardo Barros (PP-PR) e nada fez. Prometeu que colocaria a Polícia Federal no caso e não acionou a PF. O pior de tudo: manteve Barros como líder de seu governo.

Desde 20 de março o presidente da República anunciou a um representante de outro Poder que o líder de seu governo na Câmara era o responsável por um escândalo de corrupção no coração da pandemia que arrasa o país e o manteve no cargo. Desde março. Há três meses, portanto. O crime de prevaricação está tipificado. Prevaricação, na definição clássica, é o crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal. Qual era o interesse de Bolsonaro? Manter a sustentação de seu governo.

Miranda resistiu ao máximo à pressão do competente senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), mas chegou ao seu limite e, afinal, entregou o nome à senadora Simone Tebet (MDB-MS). Foi tão devastadora e inesperada a revelação que ela sequer se deu conta de que ele acabara de dizer: “A senhora também sabe que foi o Ricardo Barros que ele falou” (veja o vídeo ao final).

Na oposição, por uns segundos, reinou a estupefação com o nome finalmente revelado, até que os senadores e senadoras assumiram o controle da situação.

Na bancada governista, o que se viu na CPI depois da revelação de Miranda foi o efeito de uma bomba de nêutrons que liquidou com todos os bolsonaristas. A bomba de nêutrons, desenvolvida pelo governo dos EUA durante a Guerra Fria e depois proibida, tem ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo intactas as coisas. As cadeiras, as mesas, os microfones diante dos parlamentares bolsonaristas continuaram na CPI. Mas eles como que desapareceram. Não se ouviu uma palavra sequer deles desde que o nome de Barros foi finalmente pronunciado pelo deputado Luis Miranda.

Todos na sala da CPI souberam, naquele instante, que a comissão cumpriu seu papel histórico: encerrar a trágica aventura de um governo genocida em meio à pandemia da Covid-19.

Tudo muda no país a partir deste sábado.

Assista ao momento histórico:

"Além de genocida, Bolsonaro é corrupto e vai cair", diz Gleisi Hoffmann


Presidente do Partido dos Trabalhadores diz que Jair Bolsonaro deve explicações sobre o superfaturamento na compra da Covaxin

26 de junho de 2021
Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e um protesto contra Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Midia Ninja)


247 – "Bolsonaro tem muita explicação a dar sobre a Covaxin, não adianta dar chilique e sair atacando todo mundo. A citação de Ricardo Barros, líder do governo, é grave e saiu da boca do próprio presidente. Além de genocida, corrupto", escreveu a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), em seu twitter. Saiba mais sobre o caso:

Por Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito (Reuters) - Na conversa que tiveram com o presidente Jair Bolsonaro para relatar irregularidades identificadas em processo de importação para uso emergencial no país da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin, os irmãos Miranda ouviram do presidente avaliação que o caso era "grave" e poderia ter o envolvimento de um parlamentar.

A afirmação foi relatada pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta sexta-feira, reunião marcada por interrupções, bate-bocas e clima bastante tenso entre os senadores. O parlamentar chegou ao Congresso para o depoimento vestindo um colete à prova de balas.

"Eu levei para a pessoa certa, na minha opinião, que deveria dar o devido provimento ao assunto, que é o presidente da República", disse o deputado à CPI.

"O presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: 'Isso é grave!' Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome pra mim, dizendo: 'Isso é coisa de fulano'. Não me recordo. E falou: 'Vou acionar o DG (diretor geral) da Polícia Federal, porque, de fato, Luís, isso é muito grave, isso que está ocorrendo'", relatou Luís Miranda.

Mais tarde, questionado por muitos senadores, e após responder repetidas vezes que não se lembrava, Luís Miranda admitiu que o nome a que Bolsonaro se referia era o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Miranda chegou a se emocionar e manifestou sua preocupação com eventuais consequências por revelar o nome.

Em seu perfil do Twitter, Barros negou ter participado de qualquer negociação em relação à compra da Covaxin.

"'Não sou esse parlamentar citado'. A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos", publicou o líder, referindo-se a servidora que atua como fiscal do contrato envolvendo o imunizante indiano.

O deputado decidiu procurar o presidente a partir de relato do irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, responsável por setor de importação da pasta, que teria identificado irregularidades no processo.

Dentre os pontos considerados suspeitos estava a previsão de pagamento antecipado de 100% do valor, o repasse para uma offshore, a Madison Biotech --que não constava do contrato--, e ainda a estimativa de envio de uma quantidade menor de doses do que as contratadas, além dos custos da importação.

Na conversa com o presidente, os irmãos também relataram -- e declinaram os nomes-- de superiores hierárquicos de Luís Ricardo que o estariam pressionando para dar andamento à compra.

Um desses superiores hierárquicos era o então coordenador de Logística coronel Marcelo Bento Pires, seu chefe, que teria, inclusive se encontrado com representante da Precisa, empresa que negociava a compra da Covaxin, em um fim de semana.

"Durante toda a execução desse contrato, diversas mensagens recebi, ligações, chamadas no gabinete sobre o status do processo desse contrato", disse o servidor.

PROPINA

Outro ponto que chamou a atenção de senadores diz respeito a print de troca de mensagens por aplicativo entre os dois irmãos. Em uma das conversas, o servidor da Saúde contava ao irmão que um colega da pasta, de nome Rodrigo, mencionava "um rapaz" que estaria cobrando propina na venda de vacina.

"O ministério estava sem vacina e um colega de trabalho, Rodrigo, servidor, me disse que tinha um rapaz que vendia vacina e que esse rapaz disse que estavam cobrando propina", disse Luís Ricardo, na mensagem de WhatsApp com o irmão.

A CPI da Covid no Senado quer convocar o servidor mencionado.

Luís Ricardo comentou ainda, em outra mensagem, que a pressão que recebia de chefes no Ministério da Saúde para dar andamento à processo de importação da Covaxin divergia do tratamento dispensado a outras importações relacionadas à Covid-19.

"Milhões de seringas chegando, milhões de coisas, importações sobre Covid, nunca recebi uma ligação de ninguém, de empresa, de diretor, de secretário-executivo, de assessor de secretário, ninguém. Já nesse, meu amigo, o que tem gente em cima pressionando e falando, aí você já fica com o pé atrás", diz o servidor em mensagem de áudio ao irmão, divulgada nesta sexta na CPI.

Ao prestar seu compromisso de dizer a verdade antes de começar seu depoimento, o deputado Luís Miranda afirmou que não iria apresentar "narrativas", mas fatos, com documentos.

Seu irmão, por sua vez, que acabava de desembarcar de viagem aos Estados Unidos para acompanhar a entrega de doses da vacina da Janssen doadas ao Brasil, destacou que não é filiado a nenhum partido: "meu partido é o SUS".

CONFORMIDADE

Em comunicado, a Bharat Biotech, empresa que fabrica a vacina indiana Covaxin, informou que a Madison Biotech integra seu grupo e que foi fundada em 2020 para vendas globais e marketing de vacinas. Acrescentou que todas as empresas do grupo "aderem aos mais altos padrões de conformidade e são regidas por um código muito rigoroso de práticas éticas e governança corporativa".

"Rejeitamos e negamos veementemente qualquer tipo de alegação ou implicação de qualquer irregularidade com relação ao fornecimento da Covaxin", diz a empresa em nota.

Nesta semana, em nota, a Precisa Medicamentos, que representa no Brasil a Bharat Biotech, também negou irregularidades. A empresa disse que as tratativas com a pasta seguiram todos os caminhos formais de forma transparente.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República foi procurada para comentar as declarações de Bolsonaro relatadas pelo deputado, mas até a publicação desta reportagem, não havia se manifestado.

Senadores governistas empenharam-se nesta sexta-feira em afirmar que não houve irregularidade uma vez que o documento inicial para a importação das vacinas foi corrigido.

Na mesma linha, integrantes do governo e o próprio presidente vêm afirmando, ao longo desta semana, quando o caso veio à tona, que a compra não foi efetuada.

O Ministério da Saúde também foi procurado para comentar o relato de pressão dos integrantes da pasta ao servidor para que desse andamento à importação, mas também não foi possível obter resposta até o momento desta publicação. (Reportagem de Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello. Edição de Alexandre Caverni)


Brasil 247

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Bolsonaro tira máscara de criança e reforça sua atuação para disseminar o vírus da Covid no Brasil (vídeo)


Mais cedo, o chefe do governo federal já havia pedido, durante evento em Jucurutu, que uma menina de somente dez anos retirasse sua máscara de proteção contra a Covid-19

24 de junho de 2021

(Foto: Reprodução | Marcos Corrêa/PR)


247 - Jair Bolsonaro deu nesta quinta-feira (24) mais uma prova de seu negacionismo e desrespeito às medidas sanitárias de proteção contra a Covid-19. Na verdade, foram duas provas.

Em visita ao Rio Grande do Norte, Bolsonaro pediu que uma menina de dez anos retirasse a máscara para recitar um poema próprio durante evento em Jucurutu.

Depois, não satisfeito, Bolsonaro retirou por conta própria a máscara de um menino no momento em que o segurava no colo.

Veja: 

 

Durante a viagem, Bolsonaro voltou a atacar a imprensa, somente três dias depois de ofender uma repórter da TV Vanguarda, filial da TV Globo no interior de São Paulo.


Brasil 247

Gilmar Mendes estende suspeição de Moro a todos os processos contra Lula


O STF definiu na quarta-feira a suspeição do ex-juiz em processo contra o petista, que agora se estende a outras duas ações. Segundo o ministro, Lula foi condenado em um "cenário permeado pelas marcantes atuações parciais e ilegítimas do ex-juiz Sergio Fernando Moro"

24 de junho de 2021

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu nesta quarta-feira (24), de acordo com Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, estender a suspeição do ex-juiz Sergio Moro a todos os processos contra o ex-presidente Lula em que ele atuou.

O Supremo, em decisão na quarta-feira (23), definiu a suspeição de Moro e a consequente anulação da sentença do petista no processo do triplex do Guarujá. A nova determinação estende a suspeição para os processos relativos ao sítio de Atibaia e ao Instituto Lula.

O magistrado atendeu a pedido da defesa do ex-presidente, que argumentava que os processos em que Moro atuou contra Lula estavam "contaminados" pelo ex-juiz.

Portanto, todos os processos contra Lula - triplex, sítio de Atibaia e Instituto Lula - voltam à estaca zero. Documentações já levantadas e depoimentos tomados não podem ser reaproveitados.

Gilmar Mendes argumenta em despacho que Lula foi condenado em um "cenário permeado pelas marcantes atuações parciais e ilegítimas do ex-juiz Sergio Fernando Moro", sendo que as evidências da suspeição de Moro no caso do triplex "são compartilhadas em todas as ações penais, como os abusos em conduções coercitivas e na decretação de interceptações telefônicas".


Brasil 247

Renan e Humberto Costa afirmam que Onyx comete "crime de coação de testemunha" e advertem que ele pode ser preso


A abertura da sessão da CPI da Covid desta quinta-feira foi marcada pelo impacto das denúncias dos irmãos Miranda de corrupção na aquisição das vacinas Covaxin e das ameaças do governo Bolsonaro contra os dois

24 de junho de 2021

Renan Calheiros e Onyx Lorenzoni (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Carolina Antunes/PR)


247 - O caso da denúncia dos irmãos Miranda de corrupção no caso da compra das vacinas Covaxin explodiu na sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (24), especialmente as ameaças feitas contra eles na tarde desta quinta pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. O senador Humberto Costa solicitou a convocação de Lorenzoni pela CPI por “coação de testemunha” e o relator da comissão, Renan Calheiros advertiu que se o ministro continuar a fazer ameaças, "não temos outra coisa a fazer senão requisitar a prisão dele”.

Humberto Costa afirmou que a CPI precisa convocar Lorenzoni “por conta das ameaças explícitas que ele fez contra testemunhas que deverão depor amanhã (sexta). O ministro chegou ao ponto de dizer ao deputado Luís Miranda: ‘deputado Luis Miranda, Deus tá vendo. Mas o senhor não vai se ver só com Deus. Vai se ver com a gente também’. Isso é claramente um jargão mafioso, miliciano”.

Para Renan Calheiros, Lorenzoni é “um estafeta acrítico que fez despudorada coação de duas testemunhas, além de intromissão indevida em investigação de outro Poder. Ele comete um crime, um caso clássico de coação de testemunha”.

Nesta quarta-feira, Renan Calheiros, já havia classificado como "criminosas" as declarações do secretário-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, contra o deputado Luís Miranda, que denunciou o escândalo de corrupção na compra da vacina Covaxin.

Em entrevista à Globonews, Calheiros disse que a fala do ministro "interfere nas investigações" e "coage testemunhas". "São fatos gravíssimos, que precisam ser apurados, investigados. Uma coisa gravíssima, sobre todos os aspectos. Essa declaração do secretário-geral da Presidência da República é uma declaração criminosa, porque interfere no Poder, interfere na investigação, coage a testemunha. Nós vamos convocá-lo, como consequência de tudo isso, e se ele continuar a coagir a testemunha, nós vamos requisitar a prisão dele. Para que essa gente entenda que é preciso respeitar a instituição da CPI", afirmou o relator da CPI da Covid.


Brasil 247

Após pronunciamento de Onyx, internautas apontam que Bolsonaro está desesperado e enfraquecido


Após o pronunciamento do ministro Onyx Lorenzoni tentando blindar o governo do escândalo de superfaturamento na aquisição da vacina da Covaxin, Internautas apontam que Jair Bolsonaro encontra-se desesperado e enfraquecido

24 de junho de 2021

Deputado Luís Miranda (Foto: Agência Câmara)


247 - Após o pronunciamento do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, nesta quarta-feira (24) tentando blindar o governo do escândalo de superfaturamento na aquisição da vacina da Covaxin, internautas apontam que Jair Bolsonaro encontra-se desesperado e enfraquecido.

Lorenzoni disse durante o pronunciamento que o Planalto determinou investigação por denúncia caluniosa e perícia dos documentos entregues a Jair Bolsonaro pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

O deputado Luis Miranda diz em sua denúncia que tentou alertar o governo sobre o esquema de corrupção envolvendo a aquisição da vacina Covaxin pelo ministério da Saúde, mas foi ignorado.

 Veja a repercussão: