domingo, 31 de outubro de 2021

Bom dia 247, com Attuch, Rodrigo e Florestan (31.10.21)



Brasil 247

'Tudo só aconteceu porque deixaram Moro e procuradores praticarem inúmeras ilegalidades', diz Zanin sobre a Lava Jato


À TV 247, o advogado do ex-presidente Lula criticou os órgãos de controle do Judiciário: "houve uma aceitação de ilegalidades". 

31 de outubro de 2021

Cristiano Zanin Martins, ex-presidente Lula e Sérgio Moro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)


247 - Advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins falou à TV 247 sobre a falta de controle do Judiciário que, na visão dele, foi o que permitiu que a Operação Lava Jato avançasse, por meio de ilegalidades, contra o petista.

Para ele, houve uma "aceitação" inadequada por parte dos órgãos de controle e da imprensa acerca das ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro, pelo ex-coordenador da Lava Jato de Curitiba Deltan Dallagnol e demais procuradores.

Para exemplificar, o advogado lembra o grampo feito no telefone de seu escritório, pelo qual Zanin conversava com Lula, entre outras pessoas."Tudo isso só aconteceu porque deixaram tanto o ex-juiz Sergio Moro como os seus pares, procuradores, praticarem inúmeras ilegalidades. Quando aconteceu essa interceptação no principal ramal do nosso escritório, evidentemente que tanto o ex-juiz como os procuradores deveriam ter sido afastados do caso. Isso não é aceitável. Existe um parâmetro que aconteceu na Espanha. Um juiz interceptou a gravação do advogado com o seu cliente e foi afastado das suas funções".

Para Zanin, era "evidente" que Moro, Dallagnol e os procuradores da força-tarefa de Curitiba "não tinham condições de atuar de forma legítima após terem feito o que fizeram já em 2016. Então eu acho que tudo isso foi uma grande... Houve uma aceitação de ilegalidades a partir também de uma propaganda que uma parte da imprensa fazia, escondendo essas situações. Então tudo que a Lava Jato fazia era algo bom, segundo o que divulgava a imprensa,mas não era essa realidade".

Brasil 247

'O mundo sabe que ele é um mentiroso', rebate Lula a ataque de Bolsonaro


O ex-presidente Lula respondeu ao ataque de Jair Bolsonaro que mentiu e acusou, sem provas, o ex-presidente Lula de estar ligado ao narcotráfico. "Todo mundo sabe, no Brasil e no mundo, que Bolsonaro é um mentiroso", disse Lula

31 de outubro de 2021

(Foto: REUTERS/Eduardo Munoz/Pool | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - O ex-presidente Lula rebateu neste domingo (31) mais uma mentira de Jair Bolsonaro, que em entrevista à TV italiana disse que o petista, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, está ligado ao narcotráfico.

“Todo mundo sabe, no Brasil e no mundo, que Bolsonaro é um mentiroso", afirmou o ex-presidente por meio de sua assessoria.

Em entrevista à SkyTV24, Bolsonaro disse, sem provas, que Lula teria relações com narcotraficantes. Ele alegou que o ex-presidente estaria entre várias “autoridades de esquerda no Brasil e na Espanha” que teriam recebido recursos do narcotráfico da Venezuela.

A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também rebateu Bolsonaro. “Isolado, sem preparo e desesperado com aumento de desaprovação popular, Bolsonaro ataca Lula com fake news em entrevista na Itália. Muito grave”, escreveu Gleisi nas redes sociais.


Brasil 247

“Só podia ser você”, diz Angela Merkel após Bolsonaro pisar no pé dela


Incidente ocorreu no jantar entre líderes do G20 na noite de sábado (30/10)

31 de outubro de 2021

(Foto: Reprodução | Reuters)


Igor Gadelha, do Metrópoles - A chanceler alemã, Angela Merkel, brincou com o presidente Jair Bolsonaro após ele pisar no pé dela durante um jantar de líderes do G20, na noite desse sábado (30/10), em Roma.

Segundo auxiliares de Bolsonaro, ele estava andando de costas, quando, sem querer, pisou no pé da chanceler. “Só podia ser você”, respondeu Merkel, em tom de brincadeira, de acordo com relatos de fontes do governo brasileiro.

No jantar, como a coluna noticiou mais cedo, Bolsonaro se sentou ao lado da alemã, que deixará o cargo em breve, após 16 anos no poder. Eles também teriam conversado sobre a derrota, por 7 x 1, do Brasil para Alemanha na Copa de 2014.


Brasil 247

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Bom dia 247: acionistas privados da Petrobrás assaltam o Brasil (29.10.21)



TV 247

Coordenador do Prerrogativas diz que candidatura de Moro a presidente será "escárnio"


"Como juiz, ele interferiu no resultado das eleições de 2018 e trabalhou como ministro para o candidato que ajudou a ganhar", diz Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas

29 de outubro de 2021

Advogado Marco Aurélio de Carvalho e o ex-juiz Sérgio Moro (Foto: Brasil 247 / Divulgação)


247 - O coordenador do grupo de advogados e juristas Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que a eventual candidatura de Sergio Moro à Presidência é "um escárnio e um tapa na cara".

"Como juiz, ele interferiu no resultado das eleições de 2018 e trabalhou como ministro para o candidato [Jair Bolsonaro] que ajudou a ganhar. Teve seu trabalho como magistrado desmoralizado. Mas jamais foi punido. E agora será candidato?", questiona.

Moro deve se filiar ao Podemos nos próximos dias e pode tanto concorrer à Presidência como ao Senado, pelo Paraná ou por São Paulo, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.


Brasil 247

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PGR abre apuração preliminar sobre Bolsonaro e outras autoridades alvos da CPI


A decisão da PGR de abrir a investigação preliminar, no entanto, é de praxe e não significa abertura de investigação de fato. Antes, o órgão vai analisar os indícios apresentados pela CPI e avaliar se pede abertura formal de investigação ao STF e ao STJ

28 de outubro de 2021

Augusto Aras (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu, nesta quinta-feira, 28, uma apuração preliminar para analisar os dados reunidos pela CPI da Covid contra 13 pessoas com foro privilegiado, como Jair Bolsonaro. O relatório da comissão, entregue a Augusto Aras, pediu indiciamento do chefe do Executivo e mais 79 outros.

O relatório foi entregue ao PGR na quarta-feira, 27, e atribui a Bolsonaro nove crimes durante a pandemia.

A decisão da PGR de abrir a investigação preliminar, no entanto, é de praxe e não significa abertura de investigação de fato. Antes, o órgão vai analisar os indícios apresentados pela CPI e avaliar se pede abertura formal de investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).


Brasil 247

Gleisi lamenta decisão do TSE: colocou tranca numa casa já arrombada


“O risco que corremos é de que a lei seja desrespeitada novamente se a Justiça Eleitoral não começar a agir desde agora contra a rede de fake news bolsonarista, que segue a todo vapor”, diz a presidente do STF

28 de outubro de 2021

(Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral no julgamento desta quinta-feira (28), que decidiu por unanimidade não cassar a chapa de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, apesar de os ministros terem explicitado em seus votos a identificação de crime nos disparos em massa de fake news nas eleições de 2018.

“A decisão do TSE sobre a chapa Bolsonaro-Mourão coloca uma tranca em casa que já foi arrombada. O risco que corremos é de que a lei seja desrespeitada novamente se a Justiça Eleitoral não começar a agir desde agora contra a rede de fake news bolsonarista, que segue a todo vapor”, manifestou-se Gleisi.

Também nesta quinta, o TSE determinou a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por fake news. Gleisi considerou a decisão “pedagógica”.

“Pedagógica decisão do TSE de cassar Fernando Francischini (PSL-PR) por Fake News contra as urnas eletrônicas. É bom que sirva de exemplo para frear as inúmeras mentiras da direita nas redes sociais. A política precisa sair do ódio, mentira e viver o bom debate em prol da sociedade”, escreveu no Twitter.


Brasil 247

Ex-tesoureiro do PSDB já é o maior acionista da antiga BR Distribuidora


Ex-tesoureiro do PSDB Ronaldo Cezar Coelho, que já admitiu ter recebido recursos no exterior para a campanha presidencial de José Serra em 2010, detém 9,8% do capital da Vibra Energia, antiga BR Distribuidora

28 de outubro de 2021

Ronaldo Cezar Coelho (Foto: Reprodução)


247 - O empresário e ex-tesoureiro do PSDB, Ronaldo Cezar Coelho, fechou juntamente com a Dynamo um acordo de acionistas para votar de forma conjunta suas participações na Vibra Energia. Juntos, os dois sócios passam a ser donos de quase 15% do capital da antiga BR Distribuidora. Atualmente, Coelho - que em 2017 confessou ter recebido recursos da empreiteira Odebrecht no exterior relacionados à campanha de 2010 do então candidato a presidente José Serra (PSDB) - é o maior acionista individual da Vibra, com 9,8% do capital. A participação da Dynamo é de 4,5%

De acordo com reportagem do Brazil Journal, o acordo possui vigência inicial de três anos e vincula o total de ações da Dynamo e de Coelho até o limite de 25% do capital da companhia, ou 95% do patamar que o estatuto da empresa definir como regra de dispersão acionária, as chamadas poison pills.O acordo foi celebrado poucos meses antes da realização de uma assembleia de acionistas que pode renovar o conselho da empresa, cujo mandato termina expira em abril.

Além da participação na Vibra, o ex-tesoureiro do PSDB também é sócio da Light (20%) e da Energisa (18%).


Brasil 247

Judiciário brasileiro aposenta o Código Penal e implanta o Código da Conivência


"Esse se tornou o padrão, desde que Moro perdoou Onyx. A nossa Justiça é a do pré-primário: 'Se fizer de novo, vai ficar de castigo'. O Código Penal caiu em desuso, agora vale o Código da Conivência'", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia

28 de outubro de 2021

(Foto: Dir.: Reuters)


Por Hildegard Angel, para o Jornalistas pela Democracia

O relator, ministro Luís Felipe Salomão, do TSE, poderia hoje ter salvo o Brasil e feito História. Não fez. A sentença do TSE se resumiu a uma simples ameaça: se fizer de novo, será preso. Cometer crime de primeira, então, tá de boas, TSE? Disse o ministro Xandão: “A Justiça pode ser cega, mas não é tola!”,

Tolos devemos ser nós. As palavras engasgadas na garganta são Decepcionante e Revoltante.

Bolsonaro deveria ter sido preso ANTES do estrago monumental perpetrado no Brasil, que ele antecipou que faria, mas os doutos juízes do TSE decidiram HOJE que, se ele fizer DE NOVO, será preso.

Por sua negligência e insensibilidade, mais de seiscentos mil brasileiros morreram; por sua ignorância e presunção, a Amazônia foi queimada; por sua falta de compaixão, as armas foram liberadas, estimuladas, e seu controle cancelado. Por sua sabujice e falta de patriotismo, o Brasil foi destruído, com a entrega dos gasodutos, do pré-sal, das refinarias.

O Brasil virou a piada do mundo. Enquanto a direita não encontrar a terceira via, o país permanecerá na mesma. Esse 7×0 do TSE é prova de que nosso judiciário perdeu a mão, o pé, os músculos, o equilíbrio, a energia. A direita brasileira se garante entre eles: Judiciário, Mercado, Forças Armadas, Jornalismo, tudo farinha do mesmo saco, com objetivos comuns.

Não podemos ter ilusões. É essa a verdade que temos que elaborar internamente e aceitar.


Brasil 247

No Rio, Lula tem mais votos do que a soma dos adversários e venceria no primeiro turno


Segundo pesquisa Quaest, encomendada pelo jornal O Globo, Lula chega a 43% das intenções de voto, contra 29% de Jair Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e João Dória (PSDB), 4%

28 de outubro de 2021

Ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (Foto: Brasil 247 | Reuters)


Agenda do Poder - O ex-presidente Lula lidera com folga a disputa à sucessão presidencial no Estado do Rio. Segundo pesquisa Quaest, encomendada pelo jornal O Globo, Lula chega a 43% das intenções de voto, contra 29% de Jair Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e João Dória (PSDB),4%.


No Rio, Lula ganharia no primeiro turno: o petista tem mais intenções de voto do que a soma dos demais candidatos: 51% dos votos válidos.


Brasil 247

Veja carta inédita de Lula a Chico Buarque divulgada no livro do artista


O ex-presidente Lula escreveu a carta para Chico Buarque com trechos de músicas do artista

28 de outubro de 2021

Chico Buarque e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Uma carta-poema inédita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Chico Buarque está entre os 60 relatos sobre o cantor compilados no livro "Meu caro Chico - depoimentos" (Editora Francisco Alves), que chega às livrarias este mês. A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim.

O ex-presidente escreveu a carta com trechos de músicas do artista. A mensagem foi enviada em março de 1999. Nunca divulgada antes, a carta fez parte do acervo pessoal de Chico que está no Instituto Antonio Carlos Jobim.

Veja abaixo a carta-poema escrita por Lula:

Meu caro amigo Chico,
Me perdoe por favor
Se não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador Mando notícias...
Olha aí, meu guri!
Não vê que isso é pecado Desprezar quem lhe quer bem... Fazer mil perguntas
Que em vidas que andam juntas Ninguém faz...
Me pegou de mau jeito Mas não tem nada
Já sarei, já passou...
Trocando em miúdos,
Te perdoo
Deus permite a todo mundo uma loucura...
Eu não queria jogar confete
Mas tenho que dizer:
Um homem pode tapar os buracos do mundo Se for por você.
E coerentemente assino embaixo,
Luiz Inácio Lula da Silva

PS – Vejo você (e o show) na sexta-feira. Um abraço!



Brasil 247

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Paulo Marinho manda recado ameaçador a Bolsonaro: "Bebianno não lhe esqueceu"


Coordenador de campanha de Jair Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho diz que o presidente terá que se lembrar de Gustavo Bebianno quando estiver "chorando no banheiro". Bebianno foi personagem central na trama de Juiz de Fora

27 de outubro de 2021

Paulo Marinho (Foto: Paulo Marinho)


247 – O empresário Paulo Marinho, que coordenou a campanha de Jair Bolsonaro e é suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), mandou um recado ameaçador ao presidente nesta tarde, depois da confusão ocorrida na Jovem Pan entre ele e seu filho André Marinho. "Quando você estiver chorando no banheiro, lembre-se de Gustavo Bebianno, capitão", disse Paulo Marinho. "Ele não lhe esqueceu".

Bebianno foi também um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro e morreu de forma misteriosa em março de 2020, depois de mandar vários recados à família Bolsonaro, a respeito de uma "Abin paralela" que estaria sendo montada pelo vereador Carlos Bolsonaro. Bebianno foi também peça central na trama de Juiz de Fora (MG), sobre a suposta facada de Adélio Bispo em Jair Bolsonaro. Bebianno disse reiteradas vezes que, curiosamente, Carlos Bolsonaro participou apenas de um ato de campanha: o de Juiz de Fora. Confira a ameaça feita por Paulo Marinho a Jair Bolsonaro.

Em carta da prisão, Roberto Jefferson volta a atacar Alexandre de Moraes: “cachorro feroz do Supremo”


Ex-deputado e presidente do PTB afirmou que não quer ir para a prisão domiciliar, onde teria de usar tornozeleira eletrônica

27 de outubro de 2021

Roberto Jefferson e Alexandre de Moraes. (Foto: Weleson Nascimento/PTB Nacional | ROSINEI COUTINHO/SCO/STF)


247 - Em carta enviada a aliados de dentro da cadeia, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse que não quer ir para a prisão domiciliar, onde teria de usar tornozeleira eletrônica, e voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“Aceitando a tornozeleira, estarei transigindo à tirania. Sei que há um movimento para me mandar para casa com tornozeleira, mais as restrições pertinentes: não falar ao celular, não interagir com rede social, não receber pessoas não autorizadas. As restrições são mais graves que as aplicadas ao regime penitenciário”, escreveu Jefferson, que está no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro.

No documento, cujos trechos foram divulgados pelo jornalista Guilherme Amado, o ex-deputado disse também que é mais livre dentro da cadeia do que em casa com restrições judiciais. E chamou Alexandre de Moraes de “cachorro feroz do Supremo”.


Brasil 247

terça-feira, 26 de outubro de 2021

André Esteves, do BTG, diz ser consultado por Campos Neto sobre piso de...




PODER 360

Áudio de André Esteves desnuda um Brasil refém de meia dúzia de espertalhões, diz Cristina Serra


Jornalista destaca a comparação feita pelo banqueiro entre o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, apoiado por ele, e o golpe militar de 1964

26 de outubro de 2021

Cristina Serra (Foto: Divulgação)


247 – "O portal de notícias Brasil 247 publicou o áudio de animada conversa entre o banqueiro André Esteves e um grupo de clientes. É uma aula sobre os donos do poder no Brasil, entrecortada por risadas típicas de quem está ganhando muito dinheiro, ainda que o país esteja uma desgraça", escreve a jornalista Cristina Serra, em sua coluna na Folha de S. Paulo, desta terça-feira.

"O banqueiro faz questão de exibir sua influência junto às mais altas instâncias do poder político, com uma mistura de cinismo e boçalidade envernizada, própria de quem se acha educado só porque sabe usar os talheres. Esteves jacta-se de seu prestígio junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira. Gaba-se do acesso ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a ponto de este tê-lo consultado sobre o nível da taxa de juros, atitude que é um escândalo de relações carnais entre o público e o privado. Vangloria-se de ter influenciado a decisão do STF favorável à independência do Banco Central, informando ter conversado com alguns ministros antes do julgamento", prossegue.

Cristina Serra menciona ainda a comparação feita por ele entre o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e o golpe de 1964: "Dia 31 de março de 64 não teve nenhum tiro, ninguém foi preso, as crianças foram pra escola, o mercado funcionou. Foi [como] o impeachment da Dilma, com simbolismos, linguagens, personagens da época, mas a melhor analogia é o impeachment da Dilma".

"A comparação é um insulto aos milhares de presos, perseguidos, torturados e assassinados na ditadura, mas o raciocínio de Esteves faz sentido ao aproximar (talvez sem querer) as duas datas infames: 1964 e 2016 foram golpes. A conversa desinibida do banqueiro desnuda, de maneira explícita, um país refém de meia dúzia de espertalhões do mercado financeiro", finaliza.











TV 247

sábado, 23 de outubro de 2021

Boa Noite 247 - Humilhado pelo Centrão, Guedes perde poder mas se agarra...




TV 247

Marcos Coimbra: a população sabe que governo Bolsonaro está se lixando para ela, nenhum auxílio vai resolver


O sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi afirmou, em entrevista à TV 247, que o Auxílio Brasil tem caráter puramente eleitoreiro, diferentemente dos benefícios que eram oferecidos durante os governos petistas. 

22 de outubro de 2021

Marcos Coimbra e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)


247 - O sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, criticou, em entrevista à TV 247, o anúncio do Auxílio Brasil, que, segundo ele, busca somente reeleger Jair Bolsonaro. Contudo, mesmo após os benefícios serem pagos, a população não será convencida de que o governo realmente se importa com ela, prevê o sociólogo.

O alto investimento no auxílio emergencial não foi suficiente para ampliar as intenções de voto de Bolsonaro no passado. Nas pesquisas divulgadas no início deste ano, Bolsonaro registrava metade dos votos projetados para o ex-presidente Lula, lembrou o sociólogo.

“Então, 400 bilhões de reais aplicados ao longo de 2020 colocaram o Bolsonaro nesse lugar. Metade da intenção de votos do Lula e o pior desempenho de um presidente em período comparável. Em outras palavras, estou tentado a dizer que não adiantou em nada para ele”, afirmou Coimbra.

Segundo ele, o Bolsa Família, iniciado pelo governo Lula, jamais possuiu algum caráter eleitoreiro. “Ao contrário de Lula primeiro e Dilma depois, para quem o Bolsa Família não era um truque para melhorar a popularidade. Essa manchete nunca saiu na imprensa brasileira ou mundial durante os 14 anos em que Lula e Dilma estiveram à frente da presidência da República. Porque? Por que não era verdade. Eles nunca fizeram Bolsa Família para melhorar nas pesquisas, para ver se fica popular. Portanto, estamos num cenário completamente diferente: gasta muito, o resultado é ruim, considerando o que ele queria. Ele fez isso, e está querendo fazer de novo, para melhorar nas pesquisas”, avaliou o sociólogo, em referência à matéria ‘Bolsonaro prepara auxílio emergencial de R$ 400 para tentar reverter desvantagem nas pesquisas’, no portal Brasil 247.
“A maioria das pessoas percebe”

O presidente do Vox Populi afirmou que a população sabe diferenciar entre ações genuínas de apoio e aquelas que visam o benefício de políticos, especialmente considerando o tradicional desdém pelos pobres expressado pelo atual governo:

“É uma coisa tão escancarada que é um governo com baixíssimo interesse real na vida das pessoas e nas dificuldades que elas passam. Esse ministro da Fazenda não cansa de dar declarações que expressam o que ele e a turma do governo Bolsonaro pensam. Estão pouco se lixando. Se tivesse dependido deles no ano passado, o auxílio ia ser de 150 reais, e olhe lá. A falta de compromisso efetivo com bem-estar, qualidade de vida, direitos humanos, direitos sociais das pessoas pobres é óbvia”.


Brasil 247

“Brasil não pode prescindir de Boulos no Congresso Nacional”, diz Luís Costa Pinto


O jornalista defendeu que Guilherme Boulos se declare candidato à Câmara e que Haddad seja o candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Os dois lados sairiam ganhando, com o PSOL se beneficiando através da formação de uma grande bancada inédita na Casa, avalia. Assista na TV 247

22 de outubro de 2021

Luís Costa Pinto e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Divulgação | Felipe/Brasil 247)


247 - O jornalista Luís Costa Pinto defendeu, em participação na TV 247, que Guilherme Boulos, do PSOL, abandone a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes e se dedique à eleição à Câmara dos Deputados. Em sua avaliação, em São Paulo o candidato deve ser Fernando Haddad, do PT.

Para ele, uma das prioridades para 2022 é eleger um Congresso largamente progressista, auxiliando na criação das condições de “governabilidade” de um eventual governo Lula. Para tal, a candidatura de Boulos é fundamental.

“A eleição em São Paulo é fundamental, porque é o estado de maior bancada. São 70 deputados de São Paulo”, destacou o jornalista. “É o estado que tem que mandar para Brasília uma bancada progressista, porque, em geral, a bancada paulista é conservadora”.

Costa Pinto vê que a questão tem de ser definida antecipadamente, “antes do fim do ano”. “O Brasil não pode prescindir da presença de Boulos em Brasília, no Congresso, em 2023”, declarou.

Ele elogiou as credenciais do líder do MTST e ex-candidato a prefeito de São Paulo e apontou para a possibilidade de formação de uma grande bancada do PSOL na Câmara, o que seria algo inédito: “O Boulos tem uma dimensão política enorme e, candidato em 2022 a deputado, certamente levará com ele para Brasília uma bancada do PSOL paulista de um tamanho que o PSOL nunca teve, o que vai ajudar na costura dentro do parlamento. O Brasil precisa da força, da retórica, do conhecimento, da habilidade política de um personagem como o Boulos no Congresso Nacional. Esse é um gesto que o PSOL pode fazer na direção dessa construção política para viabilizar uma solução”.

“Temos que fazer esse exercício de projeção, e ainda imaginando a chegada no Senado de um Camilo Santana, do Ceará, de um Rui Costa, da Bahia, de um, por que não, Paulo Câmara, de Pernambuco, de um Flávio Dino, do Maranhão”, avaliou.


Brasil 247

Boa Noite 247 - Familiares de vítimas depõem na CPI; Renan fala ao 247




Brasil 247

Eduardo Moreira: “apoio de empresários à terceira via é coordenado”


O economista criticou, em entrevista à TV 247, as declarações mentirosas de Roberto Setubal, do Itaú, que espalhou uma fake news contra Lula. E disse estar “enjoado” com o discurso dos bancos, que só aumentam seus lucros em meio à crise. Assista

22 de outubro de 2021
Eduardo Moreira (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - O economista Eduardo Moreira, em entrevista à TV 247, comentou as declarações mentirosas do banqueiro Roberto Setubal, do Itaú, que espalhou uma fake news para tentar emplacar a chamada “terceira via”.

Setubal disse ao Estadão que "estamos há aproximadamente 40 anos sem crescimento da renda per capita", ignorando que o período em que a renda per capita mais cresceu no Brasil foi durante os governos Lula e Dilma, como mostra o gráfico.
Eduardo Moreira lembrou que declarações como a de Setubal vêm surgindo cada vez mais na grande mídia. Um economista neoliberal do Santander chegou até a defender abertamente um golpe contra o ex-presidente Lula. “Parece até que é combinado. É claro que é coordenado. Não se iludam”, disse Eduardo Moreira.

Ele cobrou mais clareza de Setubal sobre os verdadeiros objetivos da elite, entre eles o de eleger um “modelo” para atuar na preservação de seus interesses pessoais. “Dá vontade de perguntar o seguinte: em vez de dizer que quer uma terceira via, fala pra gente com todas as letras o que você quer. No sentido de que você não quer uma pessoa, e sim um modelo. A pessoa é onde a gente esconde o modelo, o interesse econômico, o que queremos fazer para nos beneficiarmos como classe, como empresa, como setor ou até como indivíduo, no caso mais extremo. Então, fala pra gente o que você quer dessa tal terceira via. É que seu banco continue com lucros que são escorchantes, vergonhosos”, criticou.

Dados apresentados pelo economista mostram que a taxa de desemprego somada ao desalento na economia brasileira chega a 18%, o dobro do registrado no governo Dilma. Além disso, centenas de milhares de microempresas fecharam ao redor do país.

Diante desse cenário, “dá vontade de vomitar” quando se observa o aumento estarrecedor no lucro dos bancos, diz ele. Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que, no primeiro semestre de 2021, o lucro dos bancos foi de R$ 61,95 bilhões, um aumento de mais de R$ 20 bilhões em relação ao semestre anterior.

“Me dá náusea saber que o auxílio para mais de 40 milhões de pessoas esse ano é de R$ 45 bi e você tem meia dúzia de famílias ganhando mais de 60 bi em um semestre de lucro líquido, já considerando um monte de provisão. Isso é um absurdo”, afirmou.


Brasil 247

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Além da prisão, Moraes determinou bloqueio de contas e suspensão de pagamentos a Allan dos Santos


Em outra decisão, o ministro do STF autorizou as quebras do sigilo sobre as transações financeiras e dos dados de mensagens e e-mails desde janeiro de 2020

21 de outubro de 2021

Allan dos Santos (Foto: Alessandro Dantas)


Do Conjur - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. O magistrado ordenou que o Ministério da Justiça inicie imediatamente o processo de extradição.

O blogueiro, dono do canal Terça Livre no YouTube, está nos Estados Unidos. Ele deixou o Brasil e teria entrado em território norte-americano com visto de turista, que estava vencido desde fevereiro.

Allan, um dos aliados mais próximos da família Bolsonaro, é investigado no Supremo em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte; e o que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no país.

O ministro ordenou que a Polícia Federal inclua o mandado de prisão na lista da Interpol, para garantir que Santos seja capturado e retorne ao Brasil. Também foi acionada a Embaixada dos Estados Unidos.

O relator determinou ainda que sejam bloqueadas todas as contas de redes sociais vinculadas a Santos e suas contas bancárias. Também ficam proibidos os repasses de dinheiro das plataformas para os canais e contas, a chamada monetização.

Em outra decisão, Alexandre autorizou as quebras do sigilo sobre as transações financeiras e dos dados de mensagens e e-mails desde janeiro de 2020. Ficam vedadas ainda remessas de dinheiro dele para o exterior e repasses de verba pública.

Segundo Alexandre, as informações trazidas pela PF revelam indícios da prática de organização criminosa, calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional e ainda lavagem de capitais.

Representações

Em agosto, a PF pediu a quebra do sigilo bancário e telemático. A Procuradoria-Geral da República apoiou a medida. Já em setembro, houve o pedido de decretação da preventiva, desta vez com manifestação contrária da PGR.

Segundo as conclusões da PF, Allan "produz e difunde conteúdos para atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização, gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república, além de outros crimes".

De acordo com a representação policial, o blogueiro é um dos principais articuladores e interlocutores do grupo criminoso. Dentre suas funções estariam a criação de grupos de discussão, o agendamento de reuniões, a instigação de agentes públicos a agir contra a lei e a difusão de teorias conspiratórias para desacreditar pessoas e instituições.

O órgão ainda destacou a atuação incisiva do blogueiro na "articulação com agentes públicos e políticos nacionais e estrangeiros, sempre utilizando a aparência de cobertura jornalística para validar seu discurso".
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Além disso, Santos ocultaria valores decorrentes da atividade criminosa, recebidos por meio dos serviços de doação das plataformas das redes sociais.

Para a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, "o acesso aos registros e dados cadastrais dos responsáveis pela realização de doações ao canal Terça Livre durante a realização de lives no YouTube emerge como relevante providência no intuito de desvelar as particularidades da situação investigada e a extensão da autoria delitiva, dado que uma das suspeitas que ensejou a instauração do inquérito é precisamente o uso desse mecanismo para disfarçar a origem e a destinação eventualmente ilícitas dos recursos que alimentam a produção e a divulgação de notícias falsas e/ou atentatórias às instituições do Estado brasileiro".

Alexandre em ação

A decisão que decretou a preventiva foi proferida no último dia 5/10. O ministro considerou que as medidas cautelares impostas anteriormente teriam sido inúteis. Também haveria prova da existência de crime, indício suficiente de autoria, reiteração das condutas e perigo ocasionado pelo estado de liberdade de Allan. Assim, a prisão seria a única maneira de garantir a ordem pública.

"O poder de alcance de suas manifestações tem contribuído, de forma inequívoca, para a animosidade entre os poderes da República e para o ambiente de polarização política que se verifica no Brasil, com verdadeiro incentivo para que as pessoas pratiquem crimes em razão das narrativas divulgadas", ressaltou o relator.

No dia seguinte, Alexandre garantiu a quebra de sigilo bancário e telemático. Ele considerou que estariam presentes os requisitos necessários para a medida excepcional: "Verificada a absoluta pertinência das medidas pleiteadas para elucidação dos fatos investigados, bem como a presença dos requisitos legais necessários ao seu deferimento, não havendo outros meios de obtenção dos dados necessários, é caso de deferimentos dos requerimentos".

Leia na íntegra a decisão da prisão de Allan dos Santos:



Cai toda a equipe de Paulo Guedes


Secretários de Guedes pedem demissão após proposta de drible ao teto. Bruno Funchal, Jeferson Bittencourt, Gildenora Dantas e Rafael Araújo deixam o Ministério da Economia e o Tesouro Nacional

21 de outubro de 2021

Ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, pediram demissão de seus cargos no Ministério da Economia.

Deixaram ainda o governo a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.

A equipe pediu demissão em peso após a proposta do governo de furar o teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil, programa anunciado pelo governo Bolsonaro para substituir o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial.

A debandada acontece num contexto de fragilização de Guedes, em que o ministro foi flagrado na lista dos Pandora Papers como proprietário de uma conta secreta em paraíso fiscal e está prestes a ser chamado para depor na Câmara, onde sua convocação já foi aprovada.
‘Licença para gastar’

Nesta quarta-feira (20), Guedes pediu “licença para gastar” temporária quando falou do Auxílio Brasil. Em nome de viabilizar o pagamento do benefício, propôs ou rever a regra do teto ou criar uma exceção para o caso específico.

"Estamos passando de 14 milhões para 17 milhões de famílias e ao mesmo tempo indo para R$ 400. Nenhuma família vai receber menos que os R$ 400", afirmou Guedes durante evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). "É um enorme esforço fiscal, e o que nós temos discutido aqui é como é que nós podemos fazer isso dentro de toda a estrutura fiscal que nós temos hoje", destacou.

Segundo Guedes, existem duas alternativas para realizar o pagamento do novo benefício: a reversão do teto de gastos, acabando com o descasamento existente entre as correções do teto e das despesas obrigatórias; e a criação de exceção para pagar o auxílio.

"Estávamos estudando se faríamos uma sincronização de despesas, que são salários que seguem um índice e o teto de gastos que segue outro índice, estávamos estudando se faríamos uma sincronização dessas despesas, isso seria uma antecipação da revisão do teto de gastos, que está par 2026, ou se ao contrário, mantém, mas por outro lado pede um 'waiver', uma licença para gastar com essa camada temporária de proteção", disse Guedes cinicamente.


Brasil 247

Freixo votou com Globo, Moro e Dallagnol e dificultou sua aliança no Rio, diz Rodrigo Vianna


Jornalista avalia que posição do parlamentar complica alianças em torno do seu nome no Rio de Janeiro

21 de outubro de 2021

Rodrigo Vianna e Marcelo Freixo (Foto: Reprodução/Facebook | Cleia Viana/Câmara dos Deputados)


247 – O jornalista Rodrigo Vianna, âncora da TV 247, avalia que o voto do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), que se posicionou contra a PEC 5, pode dificultar alianças em torno do seu nome no Rio de Janeiro. Isso porque mesmo depois de todos os danos causados pela Lava Jato à economia do Brasil e sobretudo do Rio de Janeiro ele teria votado com Globo, Moro e Dallagnol. 

Agência Câmara – O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a ampliação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de 14 para 17 vagas, em votação nesta quarta-feira (20). O substitutivo do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/21 obteve 297 votos favoráveis contra 182 e 4 abstenções, mas faltaram 11 votos para obter o mínimo de apoio necessário, de 308 deputados.

Saiba mais sobre a tramitação de propostas de emenda à Constituição

Com o resultado, o Plenário deve agora analisar o texto original da PEC apresentado pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que mantém a composição do CNMP em 14 membros, mas acaba com a vaga nata do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. No lugar, a Câmara dos Deputados e o Senado vão eleger mais um conselheiro, que deverá ser membro do Ministério Público. Já o corregedor nacional do Ministério Público poderá provir de fora do Ministério Público.

Ao final da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu fazer uma análise política sobre o que mudou em três votações da proposta, que já havia sido aprovada em duas comissões. “O Plenário vota, temos que obedecer o resultado. Nós temos um texto principal e temos possibilidades regimentais”, ressaltou.

Lira evitou falar em vitória ou derrota, mas voltou a defender as mudanças propostas. “Acho que todo poder merece ter seu código de ética, todo poder merece ter imparcialidade nos julgamentos e todos os excessos devem ser dirimidos”, afirmou.

Paulo Teixeira atribuiu a rejeição ao que chamou de “máquina de propaganda” contra a proposta. “Talvez deputados não tenham se sentido encorajados a votar. Foram 11 votos a menos e eu acredito que novas rodadas poderão amadurecer um novo texto capaz de aperfeiçoar o controle do Ministério Público”, disse.

Para ele, houve um “clima nacional” contra a proposta sem levar em consideração as mudanças feitas pelo relator, deputado Paulo Magalhães. “O Ministério Público fez uma propaganda daquele texto que já não existia mais e isso cria um clima nacional contra a PEC”, disse.

Corregedor

A escolha do corregedor foi um dos pontos mais polêmicos na votação do substitutivo. Paulo Magalhães defendeu que o corregedor fosse eleito pela Câmara e pelo Senado, a partir de uma lista de cinco procuradores-gerais ou ex-procuradores-gerais de Justiça, dos Ministérios Públicos dos Estados.

Para ele, a mudança agregaria um elemento democrático à atuação do conselho . "A participação do Congresso Nacional na composição dos órgãos de Estado é tradicional em nosso constitucionalismo. A independência funcional não é irrestrita, já que o membro do Ministério Público deve respeito à Constituição e suas leis", argumentou Paulo Magalhães. "Todo agente público está sujeito a controle, de modo que todo poder seja exercido em nome do povo e no respeito do interesse coletivo", acrescentou.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) questionou a escolha do corregedor nacional do Ministério Público pelos parlamentares. "Na Constituição não havia esta ideia de o Poder Legislativo controlar o Ministério Público. Muito pelo contrário, a ideia era tornar o Ministério Público autônomo para combater irregularidades."

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) elogiou o novo rito de escolha do corregedor. "Os 513 deputados são um colégio eleitoral mais qualificado para escolher um corregedor independente, do que se fosse escolhido por apenas 14 pessoas. Não podemos ter um CNMP especializado em proteger a corporação, nem tampouco um corregedor que a ataque", ponderou.

Vingança e abuso

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) declarou ser contrário à proposta por acreditar que vai prejudicar as funções de promotores e procuradores. "A motivação desta PEC é a vingança daqueles que foram perseguidos pelos crimes que cometeram", acusou.

O autor da PEC, deputado Paulo Teixeira, rebateu que há promotores que extrapolam, abusam e cometem delitos. "Nosso respeito ao Ministério Público será maior na medida em que conseguirem punir seus membros faltosos", afirmou.


Brasil 247

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

"Virou pizza": internautas criticam CPI, que não irá classificar Bolsonaro como genocida



Por pressão de Omar Aziz, CPI não vai indiciar Bolsonaro por genocídio nem por homicídio

20 de outubro de 2021
Omar Aziz e Renan Calheiros (presidente e relator da CPI da Covid) (Foto: Ag.Senado)


247 - Internautas reagiram após ser divulgado que o relatório final da CPI da Covid vai excluir os crimes de homicídio e genocídio atribuídos a Jair Bolsonaro, após pressão do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

As postagens ressaltam que todo o trabalho da comissão serviu para que o resultado “virasse pizza”.

A informação foi anunciada na noite desta terça-feira (19) por Omar Aziz, que discute com os senadores do grupo conhecido como G7 os últimos detalhes do texto a ser apresentado nesta quarta-feira. Outros senadores, incluindo o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), também confirmaram as alterações.


Brasil 247

domingo, 17 de outubro de 2021

Sem projeto a favor do Brasil, oligarquias só têm plano anti-Lula


"Esta lúmpen-burguesia que em 2016 golpeou Dilma e que em 2018 prendeu Lula na maior farsa judicial do mundo para conseguir eleger Bolsonaro, não tem um projeto a favor do Brasil e do povo brasileiro", escreve o colunista Jeferson Miola

17 de outubro de 2021

Lula (Foto: Reprodução/Youtube)


Por Jeferson Miola

O banqueiro Roberto Setúbal apela para o otimismo. “Temos de acreditar na terceira via” [17/10], proclama o copresidente do Conselho de Administração do Itaú-Unibanco, instituição que em 2020 obteve lucro líquido de R$ 18,5 bilhões e que no 1º semestre de 2021 já lucrou R$ 12,9 bilhões – cifra 59,4% superior ao lucro obtido no mesmo período do ano passado.

O jornalista Matheus Leitão injeta otimismo: “pesquisa traz boa notícia para a 3ª via” [16/10], escreve ele na revista Veja, explicando que o levantamento “Genial/Quaest traz um número interessante para os grupos do nem/nem – nem Jair Bolsonaro, nem Lula”: subiu de 24% para 29%.

A busca do bloco dominante pela mal apelidada “3ª via” – na verdade, por uma candidatura anti-Lula viável [aqui] – não deriva de nenhuma contradição de fundo das oligarquias com o programa executado pelo governo Bolsonaro. O problema, como se sabe, é simplesmente de cálculo eleitoral.

Caso vislumbrasse a possibilidade de derrotar Lula com Bolsonaro, essa lúmpen-burguesia não estaria inventando a chamada 3ª via, pois já teria embarcado na campanha para a reeleição do sociopata-genocida, tal como fez em 2018 naquela que ficou celebrizada como “uma escolha muito difícil” entre o professor e a Aberração fascista.

Setores majoritários do PIB e da direita tradicional são categóricos em rechaçar Lula, porém nunca descartam o voto em Bolsonaro. O que está em jogo, para eles, é a continuidade da devastação ultraliberal.

Os retrocessos proporcionados por Bolsonaro criaram condições impressionantes de saqueio, roubo dos fundos públicos e concentração de riqueza. Na pandemia, o Itaú e o rentismo nacional e estrangeiro acumularam lucros indecentes. E um par de ricaços passou a figurar na lista de bilionários da revista Forbes, ao passo que 120 milhões de pessoas desesperadas passaram a viver em situação de insegurança alimentar.

As oligarquias não se compadecem com o morticínio de 600 mil brasileiros e brasileiras, mesmo sabendo que pelo menos 400 mil vidas poderiam ter sido preservadas não fosse a gestão governamental criminosa da pandemia. Também não se compadecem com 20 milhões de pessoas passando fome e 15 milhões de trabalhadores desempregados.

A ameaça fascista-autoritária tampouco sensibiliza os poderosos, que não têm o menor apreço pela democracia porque apenas almejam continuar acumulando cada vez mais, a despeito da barbárie à volta. O banqueiro do Itaú defende, por exemplo, mais “uma reforma trabalhista que aumente a produtividade”. O que significa isso, depois da destruição completa da CLT e da “uberização” das relações de trabalho? Por acaso planejam um regime mais escravocrata?

Esta lúmpen-burguesia que em 2016 golpeou Dilma e que em 2018 prendeu Lula na maior farsa judicial do mundo para conseguir eleger Bolsonaro, não tem um projeto a favor do Brasil e do povo brasileiro. Só tem o plano anti-Lula.

Como expôs o ministro das offshores Paulo Guedes em evento da Câmara de Comércio Internacional [27/9], o plano anti-Lula dos capitais é bastante ambicioso e representa o sequestro do presente e do futuro do país.

O plano para os próximos 10 anos, explica Guedes, é “continuar com as privatizações. Petrobras, BB, todo mundo entrando na fila”. O desmanche ainda inclui a contrarreforma administrativa que reforça o poder das castas que capturam o Estado e golpeiam a democracia e a destruição final da previdência social com a adoção do mesmo regime de capitalização financeira que faz do Chile o país com maior número de suicídios de idosos do mundo.

O Brasil talvez seja o único país do mundo que promoveu um processo de reestruturação capitalista em plena pandemia. Uma reestruturação baseada na precarização do trabalho e na desproteção radical dos trabalhadores, com o propósito de aumentar a exploração e a taxa de lucro dos capitais.

O bloco dominante, insaciável no apetite de uma acumulação expansiva e eterna de capital, quer ainda mais. E não importa se, para isso, precisa lançar mão da barbárie fascista.

Lula é o “estraga-festa” do banquete das oligarquias servido às custas da hecatombe humana; é o grande obstáculo à continuidade deste plano anti-civilizatório, anti-povo e anti-soberania que unifica os interesses de todas as frações das classes dominantes.

Não por outra razão as escórias oligárquicas fazem ordem unida na tentativa desesperada de viabilizar uma alternativa anti-Lula. Em caso de fracasso na empreitada, não hesitarão em partir para a ruptura institucional para continuarem e aprofundarem o brutal processo de devastação do país.


Brasil 247

DÉBORA BLOCH: NUNCA CHEGAMOS TÃO AO FUNDO DO POÇO QUANTO COM ESTE GOVERN...



Brasil 247

Procuradores entram em “desespero” com PEC que altera seus julgadores, diz professor de Direito


“Considero essa PEC muito pequena perto das necessidades de mudança dentro do Ministério Público”, afirmou o professor de Direito Felippe Mendonça

15 de outubro de 2021
(Foto: Reprodução)

247 - Em entrevista à TV 247, Felippe Mendonça, doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo e professor, classificou como “desespero” dos procuradores do Ministério Público que tentam barrar a Proposta de Emenda à Constituição 5 de 2021, que altera a composição do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), órgão encarregado de julgar promotores e procuradores.

“Na verdade, o que muda significativamente nesta PEC é que dentre os membros do CNMP, o corregedor-geral poderá ser entre os membros que não são oriundos do Ministério Público. É muita fumaça mesmo, pois não quer dizer nem que vai ser um corregedor dentre aqueles que ocupam as cadeiras que não são oriundas do Ministério Público”, destaca o professor.

Um grupo de procuradores, muitos deles ligados ao lavajatismo, argumentam que a medida representa o fim da independência do órgão. Para Felippe Mendonça, no entanto, as críticas resultam do corporativismo e o órgão necessita de uma reforma que o projeto está longe de alcançar.

“Considero essa PEC muito pequena perto das necessidades de mudança dentro do Ministério Público”, enfatiza. “O MP nasceu num berço errado. Era um órgão da ditadura militar que perseguia cidadãos e, portanto, não poderia ser a mesma instituição depois modificada para ser a instituição que defende os direitos humanos. As coisas como funcionam no MP são muito avessas às suas próprias finalidades. Ao invés de promover justiça, em inúmeros casos temos verdadeiras promoções de perseguições. Não estou falando dos casos de políticos, mas de pretos e pobres. Um MP extremamente punitivista, muito pouco comprometido com a Justiça e os direitos humanos”, frisou.

Felippe Mendonça destaca ainda que nos últimos anos procuradores foram responsáveis pela criminalização da política.

“Criminalização da política que considera todos os políticos como corruptos e bandidos, independente de qualquer ato que tenha feito. Essa criminalização que dá um tratamento de criminosos a todos os políticos e muitas vezes, sim, com a perseguição de instituições como o MP, principalmente quando em discordância da linha política resolve perseguir, já tratando como corrupto mesmo não tendo prova, isso precisa ser combatido”.


Brasil 247

"Foram os militares que escolheram os caças suecos", lembra Milton Blay sobre último caso contra Lula na Justiça


Jornalista brasileiro radicado na França lembra que os ex-presidentes Lula e Sarkozy chegaram a anunciar a compra dos caças Rafale, mas uma nota dos militares brasileiros mudou o curso da negociação. “O presidente Lula queria fechar o negócio com a França”, disse à TV 247. Assista

14 de outubro de 2021

Milton Blay e Lula (Foto: Reprodução/Divulgação | Katsuhiko Tokunaga/Saab | Fotos Públicas)


247 - Após sucessivas vitórias na Justiça, o ex-presidente Lula (PT) só tem mais um processo contra si: o relativo à compra dos 36 caças suecos Gripen. O petista é acusado de ter cometido crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação, porém, é a mais frágil dentre todas que miraram o ex-presidente. O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, em entrevista à TV GGN, explicou que neste momento a ação “está suspensa a partir de um pedido que nós fizemos mostrando que, também, essa ação tem por base o material da Lava Jato de Curitiba".O advogado destacou que não foi de Lula a palavra final pela compra dos caças suecos. “Havia inclusive pareceres das Forças Armadas optando por esse caça".

À TV 247, o jornalista brasileiro radicado na França Milton Blay detalhou o item citado por Zanin.

Blay recordou que Lula e o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, fizeram um acordo oral pela compra de 36 caças Rafale, produzidos pela empresa Dassault, concorrente da sueca SAAB. “Eu estava aqui quando o ex-presidente Lula negociou com o Sarkozy a compra dos Rafale. Eles eram muito próximos um do outro e chegaram a um acordo para a compra dos Rafale. O Lula era um entusiasta dos aviões franceses e havia uma questão de preço, de condições do contrato, e o Sarkozy inclusive desceu o preço dos aviões Rafale. Isso aconteceu em setembro de 2009. Inclusive houve um jantar em que eles falaram do Rafale e chegaram a um acordo de princípio, digamos assim, porque a palavra final dependia não apenas do presidente Lula, mas também das Forças Armadas. Então o Lula e o Sarkozy chegaram a um acordo de princípio para o negócio pelos Rafale”.

De acordo com Blay, Sarkozy chegou a anunciar publicamente a compra dos Rafale pelo governo brasileiro, mas foi corrigido por Lula posteriormente, que disse ter recebido das Forças Armadas do Brasil a indicação para a compra dos caças suecos. “O Sarkozy inclusive veio a público para anunciar a compra pelo Brasil de 36 caças Rafale. E depois disso, então, no dia seguinte, o Lula veio desmentir este acordo, porque recebeu uma nota das Forças Armadas dizendo que não, que as Forças Armadas preferiam o programa dos caças Gripen, da Suécia, em vez dos Rafale”.

“Então a decisão foi das Forças Armadas, e não do presidente Lula, que não queria os Gripen. Ele queria os Rafale”, concluiu Blay.

Consequentemente, disse o jornalista, “não foi por influência do Lula que o Brasil optou pelos aviões suecos, muito pelo contrário”, o que desmonta por completo a tese de que Lula teria a intenção de se beneficiar por meio da negociação pelos caças suecos. “O presidente Lula queria fechar o negócio com a França”.



Brasil 247