O clã Bolsonaro e os principais articuladores da máquina de fake news sobre a Covid-19 serão indiciados pela CPI
6 de outubro de 2021
Eduardo, Jair e Carlos Bolsonaro; Fabio Wajngarten e Filipe Martins (Foto: Senado | PR | Câmara | CâmraRJ | MRE)
247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado deverá pedir em seu relatório final o indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) e do vereador carioca Carlos Bolsonaro - o pai, Jair, fará companhia aos filhos no pedido. Mas não serão apenas os membros do clã que estarão na lista; nela estarão outros líderes bolsonaristas como o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, e o assessor da área internacional Filipe Martins.Os nomes de Eduardo, Carlos, Fábio e Filipe deverão constar do capítulo relativo à disseminação de fake news, informam as jornalistas Malu Gaspar e Mariana Carneiro em O Globo. Eles estão entre as mais de 30 pessoas que deverão ser alvo do relatório, previsto para ser apresentado no próximo dia 19 e votado no dia seguinte.
O jornalista Marcelo Auler antecipou em 1 de outubro, na reportagem "Carluxo e Filipe Martins: o comando do Gabinete de Ódio", o crfuzamento das apurações da CPI com o inquérito em curso no STF: "No cruzamento dos dados levantados pela CPI da Pandemia com as informações recebidas do Inquérito (INQ) nº 4781, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a disseminação de fake news pelas redes sociais, destaca-se o nome do assessor internacional do Palácio do Planalto, Filipe Martins. Ele, junto com o vereador carioca Carlos Bolsonaro, o Carluxo, é apontado como um dos coordenadores do Gabinete do Ódio (GDO) criado na Presidência da República para atacar adversários do presidente Jair Bolsonaro com falsas notícias e mensagens de ódio."
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e a equipe de juristas que assessoram a CPI estão examinado trocas de mensagens dos filhos do presidente que comprovariam o envolvimento com o esquema de divulgação de notícias falsas sobre o coronavírus, vacinação e tratamentos sem eficácia contra a Covid-19.
As mensagens constam do material compartilhado com a CPI pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O ministro conduz o inquérito das fake news.
No caso de Eduardo, a principal evidência para o indiciamento são as mensagens trocadas com empresários que os membros da CPI chamam de "patrocinadores" da máquina de fake news na pandemia, entre eles o dono da Havan, Luciano Hang e o ex-gestor de fundos do banco Lehman Brothers Otávio Fakhoury.
Já Carlos Bolsonaro aparece trocando mensagens com Filipe Martins a respeito do conteúdo sobre a pandemia a ser distribuído nas redes bolsonaristas.
Para a cúpula da comissão, é certo que Carlos, ou Carluxo, compõe e coordena o chamado Gabinete do Ódio.
Brasil 247
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