Professor afirma que o apoio empresarial ao bolsonarismo faz parte da lógica predatória do capitalismo
18 de agosto de 2022
(Foto: ABr | Divulgação)
247 – O professor e filósofo Alysson Mascaro afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que a censura promovida contra a TV 247, que teve vários vídeos removidos sobre o evento ocorrido em Juiz de Fora no dia 6 de setembro de 2018, pode ter papel relevante na disputa presidencial deste ano. "Os fatos sob censura na TV 247 foram decisivos em 2018 e serão decisivos em 2022. Se não fosse assim, não estariam sob censura", disse ele.
Na sua opinião, o capital internacional e local ainda apoia Jair Bolsonaro. "Imperialismo é sempre um instrumento do capital. E a contradição essencial está aqui dentro, na luta entre capital e trabalho. O movimento é burguesia do Brasil, associada à burguesia internacional, contra o povo", afirma. "Fomos roubados e parte da esquerda tem síndrome de Estocolmo. A burguesia está com Bolsonaro porque ele é a face escarrada da exploração", acrescenta.
Mascaro disse ainda que, há 50 anos, no Brasil e no mundo, as esquerdas são cordeiro. "As esquerdas hoje defendem as instituições que lhe dão golpe. E por isso estão amarradas, caso ocorra outro golpe. O Brasil ainda tem muita riqueza a ser saqueada e espoliada. Quanto mais se espolia, mais difícil será a reversão e o processo de espoliação do Brasil pode chegar a um ponto de não retorno", adverte.
Mascaro disse ainda que o ex-presidente Lula não conseguirá reverter as políticas neoliberais, mas podemos não cair do penhasco. "Talvez ele consiga colocar um band aid no neoliberalismo", aponta. " Em dez ou vinte anos, o mundo será fascista. Ou fazemos a revolução socialista ou o mundo será fascista", diz ainda o professor.
Brasil 247
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