sábado, 20 de agosto de 2022

Jeferson Miola sobre plano de golpe de empresários bolsonaristas: “tratamento deve ser o mesmo dispensado ao PCC”


“Esses bandidos endinheirados planejavam nada menos que um atentado ao estado de direito, contra a democracia”, afirma Jeferson Miola

19 de agosto de 2022

(Foto: Reprodução/Metrópoles)


247 - Em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, o articulista Jeferson Miola considera que as revelações de que empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula seja eleito deve ser enquadrado no crime de organização criminosos e o tratamento deve ser o mesmo dispensado pelas forças de seguranças ao chamado PCC.

Segundo o blog do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o não reconhecimento da derrota nas urnas, como apontam todas as pesquisas de intenções de voto para presidente, vem sendo a tônica do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado.

“Estamos diante de uma situação que exigiria um tratamento equivalente ao tratamento que foi dispensado em relação ao PCC, que estava planejando a fuga em massa de seus principais líderes dos presídios federais. Por que acho que tem que ter uma equivalência? Estamos diante de um planejamento de um atentado. O bando do PCC planejava um crime em relação à fuga de seus líderes. E esses bandidos endinheirados planejavam nada menos que um atentado ao Estado de Direito, contra a democracia”, disse.

Sobre a presença de Jair Bolsonaro na posse de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Miola acredita que Bolsonaro não ficou completamente desmoralizado.

“Acho que o gesto de Bolsonaro de ir a sessão demonstra, em certo sentido, uma disposição em enfrentar. A presença do filho dele naquele ato, que sequer era convidado, Carlos Bolsonaro - que é inclusive um dos alvos daquela ação das fake news - representa um acinte. É uma provocação muito clara. E a postura que eles adotaram e o contexto geral: nós vimos uma alegria democrática cheia de alegorias, sorridentes, Lula sendo muito procurado e todos aplaudindo. Aquelas fotografias servem para nós, democratas, desde uma perspectiva democrática. Mas tenho a impressão que Bolsonaro e o bolsonarismo colecionaram peças de marketing político muito importantes. Talvez o principal significado que eles conseguiram produzir de que eles estavam ali contra todo o sistema unido. Todo o sistema ‘corrupto’ que é contra as urnas auditáveis. Essas são
as fotografias que começam a circular em âmbitos que nós não vemos”, avalia.


Brasil 247

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