terça-feira, 31 de agosto de 2010

Jornal da Globo entrevista Dilma - Parte 1

Jornal da Globo entrevista Dilma - Parte 2

TSE barra candidatura de Roriz com base no Ficha Limpa; decisão irá para o STF


Por 6 votos a 1, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral consideram o candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) como “ficha suja”, o que o incapacita de participar das eleições deste ano. O ex-governador do DF irá recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal.

A decisão dos demais magistrados seguiu o parecer do relator, ministro Arnaldo Versiani, que negou o recurso do candidato contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) que rejeitou seu registro de candidatura no último dia 4 de agosto. O TRE-DF o considerou "ficha suja" por ter renunciado ao cargo de senador em 2007 para fugir da cassação por meio de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.

"Não se trata de retroatividade de norma eleitoral a causa de inelegibilidade incide sobre a situação do candidato no momento da candidatura", resumiu em sua justificativa o relator do caso.

A única opinião divergente da Corte foi a do ministro Marco Aurélio Mello que voltou a defender que a Lei da Ficha Limpa não deveria ser aplicar nesta eleição e que também deveria valer apenas para irregularidades cometidas pelos candidatos depois da sanção da lei, em junho deste ano.

Em 2007, Roriz foi flagrado pela Polícia Federal em conversas telefônicas negociando a partilha de R$ 2,2 milhões, de um cheque do empresário Nenê Constantino, fundador da companhia aérea Gol. Sobre as gravações, Roriz afirma que pedira um empréstimo de cerca de R$ 300 mil a Nenê, descontado de um cheque de R$ 2,2 milhões para a compra de uma bezerra e para ajuda a um primo.

Foi a primeira vez que o TSE barrou a candidatura de um governador com base no Ficha Limpa e é a primeira análise do tribunal sobre alguém que renunciou para evitar cassação. A Lei do Ficha Limpa estabelece que o político que toma tal atitude fica inelegível por oito anos após o fim do mandato que ele cumpriria.

Mesmo com as decisões, Roriz continua em campanha, mas as perdas sucessivas nos tribunais têm repercutido na avaliação dele frente à população. Segundo diferentes institutos de pesquisas, as intenções de voto para Roriz estão em declínio, enquanto seu principal adversário, o ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz (PT), registra aumento. A pesquisa do Ibope, divulgada no último sábado (28), aponta que Roriz e Agnelo estão empatados com 36% das intenções de voto, após um avanço de 9 pontos percentuais do petista.

Defesa x TSE e PGR
A defesa de Roriz alega, no recurso, que os princípios da anualidade e da irretroatividade não estão sendo considerados, ou seja, a argumentação é que a Lei da Ficha Limpa só poderia entrar em vigor em 2011, por ter sido aprovada neste ano, e também não poderia ser aplicada a casos ocorridos antes da lei.

Para o procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, a defesa de Roriz quer confundir aplicação retroativa da lei com eficácia imediata. "A inelegibilidade, aqui, cinge-se a uma mera restrição temporária de o recorrente candidatar-se a cargo eletivo. A restrição não tem como propósito a exclusão do candidato, mas a proteção da coletividade, a preservação dos valores democráticos e republicanos", disse em seu parecer.

UOL

Os sonhos de Eike Baptista - Luis Nassif Online


Por Rubem

PLANOS DE INVESTIMENTOS

Eike pretende criar empresas de alta tecnologia e de automóveis

Reuters/Brasil Online

RIO - O presidente do grupo EBX, Eike Batista, afirmou nesta segunda-feira que pretende criar uma empresa de alta tecnologia e outra de automóveis em até um ano.

Segundo o empresário, esses segmentos representam nichos de oportunidade no país e a ideia é se juntar a grupos com experiência nesses ramos.

- A gente quer investir na área de alta tecnologia para trazer para o Brasil oportunidade de se construir computadores, uma vez que o Brasil tem um mercado gigantesco, e na área automobilística também. Seriam novas 'X' - disse ele, referindo-se à letra que todas as suas empresas carregam no nome.

Eike não revelou valores nem grupos que poderiam se associar às novas empresas.

- Tem sempre o tempo para você engenheirar esses recursos, mas acho que precisamos de dez meses a um ano - declarou. - Sempre se traz o know-how de outras empresas ou você compra esse know-how. A essência é que seja algo brasileiro. Hoje não temos um automóvel brasileiro.

Ele afirmou que a filosofia das novas empresas seria a mesma da adotada em investimentos anteriores. A ideia, segundo Eike, é fazer ofertas públicas de ações para levantar recursos no mercado.

- Vamos começar com recursos próprios... levantar recursos no mercado é sempre um modelo nosso, porque os investimentos são sempre muito grandes. Um bom conceito você consegue vender para investidor, mesmo que demore um pouco - afirmou.

Luis Nassif Online

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hélio ou Anastasia ?

A última pesquisa Ibope apresenta vantagem de dois pontos para Anastasia; entretanto a última pesquisa Datafolha indica doze pontos de vantagem para Hélio Costa. Com quem estará a verdade ?
Pesquisas dos institutos Vox Populi e Sensus também apresentaram larga vantagem para Hélio Costa sobre Anastasia, embora o governador de Minas apresente em ambas, curva ascendente, isto é uma tendência em se aproximar dos números de Hélio Costa, mas ainda não ultrapassando o candidato do PMDB.
As próximas pesquisas demonstrarão a situação real de cada candidato. Percebe-se na pesquisa do Ibope, um forte cheiro de manipulação, tamanho o disparate com as outras pesquisas.

Mantega: economia tem condições de crescer 5,5% ao ano


Agência Brasil

SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que a economia brasileira tem condições de crescer a uma taxa média anual de 5,5% nos próximos quatro anos. Segundo ele, esse patamar pode ser atingido já em 2011.

Ao participar hoje, em São Paulo (SP), do 7º Fórum de Economia, promovido pela Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mantega disse acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha crescido de 0,5% a 1% no segundo trimestre do ano. O resultado será divulgado na sexta-feira.

De acordo com Mantega, o crescimento da economia brasileira é "sustentável", já que a inflação está sob controle e houve, nos últimos anos, um aumento do poder de compra de milhares de brasileiros que, ao alimentar o consumo interno, permitiram que o setor produtivo enfrentasse a última crise econômica mundial. Para o ministro, a taxa de inflação anual não deverá ultrapassar 5,2%, "o que, com um crescimento de 7%, é algo favorável".

Quanto às previsões de que o PIB cresça 7% este ano, Mantega destacou que, caso isso se confirme, será o melhor resultado dos últimos 24 anos. "Isso não é um resultado pontual, mas sim fruto de um processo. O Brasil alcançou um outro patamar de crescimento, que é qualitativo e sustentável", destacou.

Entenda como e por que Serra afundaria o Brasil na crise mundial

Ditador Serra proibe imprensa em evento com militares


José Serra (PSDB) fez palestra no dia 28/08/2010 no Clube da Aeronáutica, no Rio, para militares da reserva e membros dos clubes militares. Mas o candidato proibiu a entrada da imprensa, censurando o trabalho dos jornalistas.
Apesar de credenciados pelo Clube da Aeronáutica, os jornalistas presentes foram avisados pela assessoria de imprensa de Serra de que o encontro, de natureza pública, “seria fechado”.
A assessoria de imprensa do Clube da Aeronáutica afirmou que o fechamento do evento à imprensa foi a pedido da assessoria do candidato. “Eles estabeleceram as regras do jogo. Eles pediram. Nós queríamos que fosse aberto”, afirmou o assessor do clube, coronel Paulo F. Tavares.
Com o ato, Serra jogou no lixo seu discurso feito no Congresso Nacional dos Jornais, defendendo a liberdade de imprensa, quando afirmou “ser contra qualquer restrição à atividade jornalística”. Naquela ocasião, após o discurso, ele já havia se recusado a responder três perguntas de repórteres.
Agora fica a pergunta: que tipo de conspiração Serra quis apresentar aos militares, que a população brasileira não possa ouvir? (Com informações do portal Ig)
por Zé Augusto

Escândalo: quebra de sigilo e vazamento já era

Não adianta o tucanato convocar seu estado-maior, seus generais. O caso da quebra de sigilo e vazamento de dados fiscais de quatro integrantes do PSDB acabou.

Teve um fim com a noticia de que várias personalidades que não tem nada a ver com política (inclusive a apresentadora de TV Ana Maria Braga e integrantes da família Klein, dona das Casas Bahia) foram atingidas pela quadrilha que praticava esse crime comum na Receita Federal.

Agora só outro. Sumiu, está esclarecido o relativo a quebra de sigilo e vazamento de dados do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira; do ex-ministro das Comunicações de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros; do caixa de campanhas tucanas, Ricardo de Oliveira; e do empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima do candidato da oposição a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS).

Quiseram dar caráter político ao que não tinha e deu no que deu. Era um factóide que, como tantos outros foram instrumentalizados politicamente pela oposição. Óbvio, temos que nos preparar porque tudo indica que vem mais por aí na mesma linha de escândalos fabricados.

Afinal, Serra continua com suas declarações políticas sobre aparelhamento do Estado. A ver. Este da quebra de sigilo e vazamentos já era, não funciona mais.

Blog do Zé Dirceu

domingo, 29 de agosto de 2010

Eleitores consideram Dilma como a mais preparada para governar o país, aponta Datafolha


Em três meses, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, passou a ser vista pelo eleitorado como a "mais preparada" para governar o país e administrar áreas como educação, economia e segurança. É o que aponta o detalhamento da última pesquisa Datafolha.

O levantamento feito nos dias 23 e 24 deste mês mostra que a exposição da petista gerou mudanças significativas na visão do eleitor.

Dilma hoje é considerada "mais preparada" para ser presidente por 42% dos entrevistados, contra 38% de José Serra (PSDB). Na última pesquisa a incluir essa questão, em maio, Serra tinha 45%, ante 29% dela.

Seu desempenho evoluiu no Sudeste (+ 14 pontos), no Nordeste (+ 18 pontos) e entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (+ 17 pontos).

Ela passou o tucano nos quesitos de melhor nome para combater a violência (38% a 30%), cuidar da educação (41% a 31%), manter a estabilidade econômica (49% a 28%) e lutar contra o desemprego (46% a 28%).

Serra mantém a dianteira (47% a 33%) na saúde, área em que concentra sua propaganda eleitoral e da qual foi ministro no governo FHC.O salto nos índices de Dilma está ligado à TV: 71% dos que acham a propaganda dela melhor a têm como mais habilitada para o cargo.

Apesar da subida de Dilma em todos os quesitos, Serra é apontado como mais experiente (51% a 31%) e inteligente (36% a 34%). Mas ele perdeu 13 pontos em "experiência", e ela ganhou 14.Dilma é avaliada como mais autoritária (37% a 30%), porém mais simpática (37% a 26%) do que Serra.

Para 41% dos eleitores, Serra defenderá mais os ricos, ante 17% de Dilma. Já 45% dizem que ela governará mais para os pobres, contra 20% do tucano.

Marina Silva (PV) perdeu pontos em todas as áreas. Seu melhor desempenho é sobre defesa dos pobres (13%) e simpatia (14%).

Portal do PT

Dilma concede entrevista - Banda larga

Aeroportos estarão prontos até 2014


Levantamento da INFRAERO apresentado há poucos dias em congresso sobre transportes na Copa do Mundo mostrou que dos 16 aeroportos nacionais que servirão ao campeonato de 2014 (leia nota acima), nas 12 cidades-sedes brasileiras, nove enfrentam problemas durante os horários de pico.

São Cumbica (Guarulhos); Confins (BH); presidente Juscelino Kubitschek (Brasília); Salgado Filho (Porto Alegre); São José dos Pinhais (Curitiba); Luís Eduardo Magalhães (Salvador); Pinto Martins (Fortaleza); Várzea Grande (Cuiabá) e Augusto Severo (Natal).

Os estudos apontam que poderão estar congestionados até 2014, também os aeroportos Eduardo Gomes (Manaus), Viracopos (Campinas) e Pampulha (BH) e o do Recife. O Galeão (Rio) é o único da lista da INFRAERO livre de problemas de congestionamento, atuais ou futuros. O Santos Dumont (Rio) e Congonhas (SP) têm limitações por estarem localizados em áreas urbanas.

Ainda que as estimativas da INFRAERO indiquem que o tráfego aéreo brasileiro vá crescer 51% de 2009 até 2014 (um milhão de turistas estrangeiros e um milhão e meio de viajantes domésticos apenas nos dois meses da Copa), é evidente que o governo e a estatal vão fazer os investimentos necessários (R$ 6 bi nas obras de infraestrutura) e os aeroportos estarão prontos em 2014.

Cumpre ressaltar que, ao contrário do que quer fazer crer a mídia, os nossos aeroportos estão lotados não em função da futura Copa ou da falta de atenção do governo, mas em consequência do vertiginoso crescimento da demanda interna, pelo fato de a população estar viajando mais graças à distribuição de renda e o aumento do emprego e do crédito promovidos no governo Lula.

Blog do Zé Dirceu

São Paulo terá a abertura da Copa de 2014


Alvíssaras! Em nota conjunta o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira e os tucanos, governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB) e prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM-PSDB), anunciaram que o estádio do Corinthians, a ser construído no bairro de Itaquera (Zona Leste da Capital) será a arena de abertura da Copa do Mundo de 2014.

A São Paulo tucana tornou-se, assim, a última das 12 cidades-sede do campeonato mundial de 2014 no Brasil a definir o estádio de abertura dos jogos. A escolha ocorre depois de semanas de apreensão dos paulistas, receosos de que nem a abertura ocorresse na capital porque a FIFA-CBF haviam vetado o Estádio do São Paulo (Morumbi) e o governador e o prefeito não se decidiam por um novo local.

Jeito - indeciso - tucano de governar. Mesmo a definição de agora, pelo futuro estádio do Corínthians, pelo que leio nos jornais, foi sugerida por Ricardo Teixeira e pelo corinthiano presidente Lula, que também a defendia.

Ainda que tenha sido o último Estado e cidade a chegar a esta definição, o que interessa, agora, é que as obras do estádio paulistano e dos demais pelo país, bem como as que têm de ser realizadas nas áreas de transportes e hotelaria, e os programas na área de segurança, avancem e se cumpram os cronogramas de sua realização (veja nota abaixo).

Blog do Zé Dirceu

Programa de TV - Dilma fala sobre saúde - 28/08

sábado, 28 de agosto de 2010

Dilma: um importante alerta

Sob o título "Previna-se contra os e-mails falsos", o blog Mulheres com Dilma está divulgando um alerta importante contra as inverdades disparadas na rede contra nossa candidata ao Planalto, Dilma Rousseff (PT-governo-partidos aliados). O blog informa ser mentira a informação de que Dilma está proibida de entrar nos Estados Unidos - e em outros países - por conta do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969.

Mulheres com Dilma, inclusive, mostra fotos da nossa candidata em suas viagens internacionais, dentre estas, para os EUA, onde foi recebida na Casa Branca pelo presidente Barack Obama. Nós sabemos que a guerra está só começando. Os autores desse e-mail forjado, oportunisticamente se valem de lei vigente nos EUA pela qual é proibida a entrada no país de pessoas que tenham atentado contra a vida de cidadãos norteamericanos, o que não é o caso de Dilma.

O importante, então, é esclarecer os fatos e provar (como faz o blog) que as informações divulgadas por estes maillings não têm sustentação. Não procedem de fontes confiáveis e muito menos trazem provas concretas do que afirmam. Na maioria das vezes são simplesmente inventadas.

Agradecimentos

Aproveito para agradecer a todos vocês que me encaminham esses absurdos e seus comentários frente ao baixo nível da campanha presidencial. Muitos e-mails, inclusive, vem com a falsa ficha de Dilma Rousseff no DOPS, publicada pela Folha de S.Paulo (leia mais).

Vocês se lembram bem deste episódio e da resposta da nossa candidata à Folha: "quem acha que uma ditadura é branda pode achar que uma ficha falsa também não é tão grave assim. É isso que talvez seja a parte mais grave, porque não existe meia medida com relação à ditadura".

A resposta de Dilma, claro, é uma referência aquele editorial de tempos atrás em que a Folha comparou a ditadura vigente no Brasil entre 1964 a 1985 com as de outros países do continente também naquelas décadas, e concluiu que a nossa foi uma "ditabranda". Como se houvesse mensuração quanto ao terror, assassinatos, desaparecimentos, torturas, a supressão das liberdade e da democracia, enfim.

Blog do Zé Dirceu

Brasileiros canibais ?

Aliás, sobre as mentiras veiculadas na Internet (veja post abaixo), recomendo a leitura do artigo "A mídia é o grande prato do restaurante canibal", publicado por Breno Altman no portal Opera Mundi. Esta mentira é grave, porque encampada pela mídia tupiniquim e internacional.

Altman analisa o lamentável episódio sobre a suposta existência de um restaurante em Rondônia que serviria carne humana para seus fregueses. O negócio, pela divulgação, adquiriu dimensão mundial e foi criado a partir de um site e vídeos elaborados por internautas portugueses.

Um absurdo, obviamente, mas divulgado por diversas agências internacionais como a espanhola Efe, a italiana Ansa, a revista alemã Der Spiegel e os jornais inglês The Guardian, português Expresso e também pela nossa Folha de S.Paulo (Folha.com).

A reportagem de Opera Mundi prova que não há canibalismo nem restaurante algum. Como bem analisa Altman, "a barrigada, que deveria provocar indignação da mídia brasileira e resposta à altura do governo, porque difama a imagem internacional do país, diz muito a respeito de como funcionam os monopólios mundiais da comunicação". "Barriga" é jargão jornalístico para definir absurdo, algo exagerado desproporcionalmente, ou notícia distorcida.

Do blog do Zé Dirceu

Quebra de sigilo foi crime comum

Confirmado: a Receita Federal informou que a quebra de sigilo de quatro tucanos, escandalosamente explorada pela oposição e a mídia, foi crime comum. Assim, retifico esta nota que publiquei pela manhã já prevendo isto. "Não acredito que tenha havido algo de natureza político-partidária. Essa informação foi vazada a partir de um pedido externo de quem o tenha formulado", informou o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo.

Os próprios jornais noticiam hoje que também foram acessados ilegalmente dados fiscais da apresentadora de TV Ana Maria Braga e de integrantes da família Klein (Casas Bahia).O Globo, inclusive, dá de manchete em sua 1ª página que foram violados os sigilos de 140 pessoas. Da mesma forma que existem quadrilhas especializadas em grampear telefones. O próprio O Globo publicou reportagens durante dois dias esta semana adiantando que cadastros de dados confidenciais são vendidos livremente nas ruas de São Paulo.

Assim, nesta quebra dos sigilos na agência da Receita Federal (RF) em Mauá tivemos um caso dessa natureza - crime comum, acesso a informações para depois vendê-las, ou chantagear os acessados.

Dessa forma não tem nada a ver com a campanha eleitoral, PSDB e muito menos com o PT ou o governo. Este, aliás, determinou investigações, procedimento que indica que somos os mais interessados nas investigações feitas pela RF, polícia e ministério público. Inclusive porque não podemos e não aceitamos que estas informações sejam vazadas para a mídia e usadas na campanha eleitoral num festival de acusações sem provas. Fazê-lo é pura calúnia.

Cavalo de batalha interessa à oposição

Mas, infelizmente esta história não é a última tentativa e dá o tom de como será a campanha eleitoral daqui para a frente. Vai ser esta busca desesperada por um escândalo por parte do PSDB e de seu candidato ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Com apoio da mídia, analistas, comentaristas e a Rede Globo à frente.

Farão de tudo para trazer a campanha para o denuncismo, pautar e agendar o tema do Estado policial, o do aparelhamento de órgãos públicos e do "perigo" que corre a democracia. Não se conformam com a decisão do povo de eleger Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) presidente da República.

Insistirão em escândalos, inclusive neste, quando o presidente do sindicato que representa auditores da RF e tem dado declarações a respeito tem vínculos com o PTB que apoia Serra. E as funcionárias da Receita investigadas não têm nenhuma relação com o PT.

O PSDB, a oposição e a mídia usaram o caso como arma eleitoral para tentar reverter o voto que está migrando para Dilma. Por isso buscam, de todas as formas e de novo com denúncias e criação de escândalos, atacarem o PT e nossa candidata, já que no voto, debates, entrevistas e programas de TV e rádio estão perdendo a eleição.

Do blog do Zé Dirceu

Dilma fala: oposição está desesperada

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ibope - Anastasia ultrapassa Hélio Costa

Virou a eleição em Minas Gerais, segundo a pesquisa Ibope a ser publicada, amanhã, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Antonio Anastasia (PSDB) cresceu 12 pontos percentuais. Está com 35% das intenções de voto.

Hélio Costa (PMDB) caiu cinco pontos. Está com 33%. Tinha 38% na pesquisa anterior aplicada em meados deste mês.

Blog do Noblat

Ibope - Agnelo empata com Roriz em Brasília

Empate em Brasília, segundo o Ibope.

Agnelo Queiroz (PT), 36%. Joaquim Roriz (PSC), 36%.

Rejeição de Agnelo: 17%. De Roriz: 37%.

Blog do Noblat

Ibope: Mercadante cresce 9 pontos percentuais

Mercadante passou de 14% das intenções de voto para 23%. Geraldo Alckmin está com 47%, segundo a mais recente pesquisa do Ibope a ser publicada, amanhã, no jornal O Estado de S. Paulo.

Blog do Noblat

Nova pesquisa Ibope: Dilma 24 pontos de vantagem sobre Serra

Ibope - Dilma abre 24 pontos de vantagem sobre Serra

O DataPolvo, instituto de pesquisas deste blog, informa em edição extraordinária: na pesquisa nacional do Ibope, aplicada esta semana e que será publicada amanhã pelo jornal O Estado de S. Paulo, Dilma Rousseff abriu 24 pontos percentuais de vantagem sobre José Serra.

Ela subiu oito pontos percentuais nas intenções de voto. Foi para 51%. Serra caiu cinco pontos percentuais - de 32% para 27%. Marina Silva oscilou de 8% para 7%.

Todos os adversários de Dilma somam 34% de intenção de voto. Ela tem 17 pontos percentuais a mais do que eles. Se a eleição fosse hoje, ganharia no primeiro turno.

Do blog do Noblat

Afinal, quem é Danilo de Castro ? - Do Novo Jornal

Danilo de Castro e Antonio Anastasia


Afinal quem é Danilo de Castro? Secretário de Estado de Governo de Minas Gerais. Deixou o cargo e assumiu a coordenação política da campanha do Governador A. Anastasia.
Desde o Governo Sarney, Danilo pratica diversos crimes. Por meio da Caixa introduziu no país a Máfia de Jogos Americana, Grega e Espanhola

Afinal quem é este senhor que por mais de 25 anos pratica impunemente todo tipo de crime?

Sua atuação vai desde a fraude fiscal e licitatória até a venda de proteção para prática de crimes bancários ecológicos e comerciais.

Sempre escudado no poder vem conseguindo escapar dos diversos mandados de prisão expedidos contra o mesmo.

Através de uma quantidade enorme de advogados vem protelando os processos onde sua condenação é evidente.

Apenas em Brasília, Distrito Federal, responde a seis Ações Populares e três Civis Públicas, depois de ter seus bens existentes no país bloqueados.

As ações de ressarcimento de bens ajuizadas pelo Ministério Público Federal contra Danilo de Castro, se atualizadas, passam da casa do bilhão de real.

Em Minas Gerais seu principal esquema funciona na Zona da Mata mineira, aonde vem impunemente operando com desenvoltura.

Sobre os prefeitos, vereadores, delegados e comandantes da Polícia Militar (PM) da região, além dos deputados estaduais, Danilo de Castro tem controle absoluto.

Sem qualquer escrúpulo introduziu na região, seja no setor público ou no setor privado, as piores práticas criminosas. Não existe na região um prefeito ou ex-prefeito que o apóie que não esteja sendo processado.

Contudo, como o mesmo gosta de dizer: “Nos últimos oito anos fui eu quem concedeu todos os aumentos de salários e benefícios aos juízes, desembargadores e promotores em Minas Gerais”.

Evidente que, como condutor das negociações entre os poderes e o Palácio da Liberdade sendo a autoridade máxima no relacionamento com os deputados estaduais, realmente tudo isto passou por suas mãos, porém é necessário que seja dito que nestas instituições existem pessoas sérias que não negociam suas opiniões, votos e decisões.

Impedido de ser candidato a deputado federal lançou seu filho Rodrigo de Castro que elegeu-se deputado federal por Minas Gerais como um dos mais bem votados do país.

As práticas da “Gangue dos Castros” nas áreas de obras e serviços, além da fraude fiscal e desrespeito às normas ambientais, são de amplo conhecimento da sociedade mineira.

A relação estreita de Danilo de Castro com o crime organizado internacional esperava-se interrompida após a comprovação pela polícia e Ministério Público Federal por meio de várias ações.

Todavia, ressurge firme e forte, como se nada houvesse ocorrido.

De um contabilista sem título superior, que há 35 anos andava pelas ruas de Viçosa oferecendo seus serviços, transformou-se no “poderoso articulador político” com plenos poderes.

Por quê?

Simples: porque não tem escrúpulo. Faz o que lhe mandam fazer, argumentam aqueles que o conhecem.

A ponto de no Maranhão, por determinação de Sarney, quitou dívidas de seus familiares e correligionários, fraudando históricos bancários.

Em Minas a concessão de empréstimos fictícios habitacionais da Caixa são verdadeiros monstros a assombrar.

De duas, uma:

Ou Danilo de Castro tem o rabo preso das autoridades com ele ou essas, também são corruptas.

O tempo dirá.


Abaixo documentação que comprova a matéria:

Lista das ações contra Danilo de Castro em tramitação apenas em Brasília

Ação movida pelo Ministério Público Federal contra Danilo de Castro para anulação de Ato Lesivo ao Patrimônio Público Federal

Ação Civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra Danilo de Castro por fraude na licitação da GTECH (Transferência dos jogos da Caixa Econômica Federal)

Ação Ajuizada pelo Ministério Público Federal para anulação da licitação da GTECH

Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal contra Danilo de Castro para ressarcimento do prejuízo causado ao erário público

Ação popular ajuizada contra Danilo de Castro por fraude na emissão de bilhetes de loteria

Ação Civil Pública movida contra Danilo de Castro para responsabilização e devolução do prejuízo causado ao erário público

Ação Popular contra Danilo de Castro com a licitação da GTECH (Transferência dos jogos da Caixa Econômica Federal)

Vazou até relatório sobre vazamento - Do blog do Nassif


Por Roberto São Paulo-SP 2010

Receita Federal e Polícia Federal divulgam nota conjunta

Fonte: Secretaria da Receita Federal - RFB, divulgado pelo Ministério da Fazenda.

(http://www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/oquee.asp)

A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal informam que as investigações a respeito da violação de sigilo funcional do contribuinte Eduardo Jorge Caldas Pereira seguem com celeridade e total convergência de esforços de ambas as instituições.

A notícia que configurou o vazamento de informações fiscais, tornando públicos dados protegidos por sigilo, ocorreu em 19/06/2010, um sábado. Na segunda-feira seguinte, 21/06/2010, foi determinada a apuração nos sistemas para identificar o usuário responsável pelo acesso ao documento contido na matéria jornalística. No mesmo dia, a Receita Federal instaurou, por intermédio de sua Corregedoria-Geral, sindicância para investigar o caso.

No dia 23 de junho, foi recebido o resultado da apuração determinada no dia 21. Após a análise do documento, foi instaurado, em 01 de julho, processo administrativo disciplinar para apurar a ocorrência de irregularidade funcional e responsabilizar possíveis autores. Desde 19 de julho, as informações da investigação da Receita Federal são compartilhadas com a Polícia Federal. As informações passaram a ser, em 30 de julho, compartilhadas também com o Ministério Público Federal.

O processo administrativo disciplinar segue o rito da Lei nº 8.112/90, devendo ser concluído em 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, se necessário. A Corregedoria-Geral da Receita Federal trabalha para concluir o processo o mais rapidamente possível, observando o rito da lei.

O inquérito policial, por sua vez, foi instaurado pela PF no dia 05/07/2010. O prazo inicial de 30 dias foi prorrogado pela Justiça Federal, e a Polícia Federal conduz o procedimento com total celeridade para identificar as repercussões criminais.

Os responsáveis pelas investigações, processo administrativo disciplinar e inquérito policial, têm compartilhado informações e mantido permanente contato e colaboração com o objetivo de apurar minuciosamente qualquer infração administrativa cometida.

As apurações transcorrem em sigilo, em razão das disposições legais, bem como para preservar as provas que estão sendo coletadas. O assunto está sendo tratado como prioridade institucional, de forma que se possam dar as devidas respostas à sociedade no menor prazo possível, respeitados o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Propaganda na TV de Dilma Rousseff - 26/8 (noite)

Perguntas à Folha no caso do sigilo fiscal - Do Blog do Nassif

Otávio Frias Filho (foto)
Por Bento

Acho que não se pode descartar nenhuma hipótese neste caso, cada lado envolvido tem razões suficientes para suspeitar do outro, e portanto a investigação da PF é mais que salutar a fim de sanar quaisquer dúvidas.

No entanto, no que concerne exclusivamente ao papel da imprensa, algumas questões que deveriam ser respondidas apenas pela Folha ainda permanecem no ar:

1) Por que desde a primeira denúncia o jornal demorou tanto tempo para publicar o material que possuía, e até agora não o entregou à PF?

2) Por que a Folha acusou diretamente o comitê de campanha de Dilma de encomendar o dossiê mas não foi capaz de apontar um único nome específico como responsável pelo fato? (as manchetes falam apenas no tal "grupo de inteligência", um termo genérico que abrangeria desde jornalistas e cozinheiros do comitê até políticos de renome nacional como Pimentel, mas nenhum deles foi apontado como autor do crime)

3) Ainda que se preserve o sigilo da fonte, por que a Folha não informa ao menos se ela trabalha na Receita Federal ou no próprio comitê de campanha de Dilma, uma vez que essa informação dirimiria muitas das dúvidas levantadas com a reportagem?

4) Por que a Folha alegou sigilo de fonte para recusar-se a informar a origem dos documentos que recebeu mesmo sabendo que essa pessoa cometeu um crime, mas revelou imediatamente os nomes das funcionárias da Receita Federal que ainda estão sendo investigadas (e, portanto, possuem presunção de inocência como quaisquer outros investigados neste caso)? Afinal, o que torna a imagem pública dessas funcionárias menos relevante para o jornal que a de sua fonte?

5) Como a Folha teve acesso às investigações da Corregedoria Geral da Receita, uma vez que processos administrativos dessa natureza necessariamente correm em sigilo?

Penso que a Folha deve essas explicações aos seus leitores e à sociedade, em nome da democracia e da liberdade de imprensa. Caso contrário estaremos entrando em tempos sombrios, em que os jornais podem acusar qualquer político ou fuincionário público de cometer crimes sem apresentar quaisquer provas e nem mesmo uma estória coerente, e caberá a eles "provarem" que são inocentes. Neste caso, seja qual for o desfecho, a imagem pública da Receita Federal já foi bastante arranhada, mas não me parece que a Folha esteja comprometida em recuperá-la apontando eventuais deficiências no seu sistema de proteção de dados fiscais. Ao contrário - o jornal tem se beneficiado prodigamente dessas deficiências, e, ao criar escândalos ocultando as provas e os nomes dos responsáveis pelos delitos, estimula ainda mais o comportamento irresponsável dos jornalistas e agentes públicos.

Marco Aurélio Mello e o sigilo fiscal - Do blog do Nassif


Por esquiber

Nassif,

Não sei se os termos das declarações do Ministro Marco Aurélio Mello (foto) são exatamente os que foram descritos pela Folha Online, mas é grave que um Ministro de uma das mais alta Côrte de Justiça eleitoral endosse as afirmações que a Folha vem fazendo insistentemente ao atribuir à campanha de Dilma a responsabilidade pela quebra ilegal de dados fiscais sigilosos pertencentes a elementos da oposição, quando há uma uma investigação aberta pela Polícia Federal e o inquérito ainda não está concluso. Mais tarde o Ministro poderá vir a ser chamado a se pronunciar sobre o caso no TSE e não poderá fazê-lo, haja vista ter extemporâneamente se manifestado, em claro pré-julgamento contra Dilma e o PT.

Jornalista da Folha defende o patrão - Por Brizola Neto


Mino Carta já cunhou a frase que o Brasil é o único país em que jornalista trata o patrão de colega. Principalmente aqueles que galgam cargos de confiança e assumem os interesses da empresa como se fossem acionistas.

Confesso que já achava estranho jornalistas da Folha de S.Paulo aparecerem como garotos-propaganda do jornal na televisão, mas, hoje, um deles se superou. O experiente Clóvis Rossi saiu em defesa do diretor do jornal, Otavio Frias Filho, conhecido como Otavinho, acusando Lula de ter criado uma “fábula” ao narrar almoço na empresa, em 2002, no qual foi destratado pelo então diretor de Redação.

O diretor do jornal podia ter se defendio como quisesse, em editorial de primeira página ou artigo de próprio punho, mas limitou-se a uma réplica modesta no pé da matéria que travava da crítica de Lula. Para que se esforçar se o serviço pode ser prestado por outro que oferece sua credibilidade ao papel?

Rossi se vale de sua presença no dito almoço para afirmar que Lula inventou uma história. Conta que Otavinho perguntou “por que Lula não se preocupou em estudar mais, depois de ter se estabelecido na vida, como dirigente sindical primeiro e como líder partidário depois.”

O jornalista não viu nada de mais na pergunta e disse que Lula “limitou-se a dizer que se sentia desrespeitado e que, por isso, não responderia”. Prossegue o jornalista da Folha, um dos que participou da propaganda do jornal na TV: “A conversa ainda transitou por outros temas durante um tempo até que Otavio voltou a perguntar, agora sobre a ligação do PT com o fisiologismo”. Novamente, Clóvis Rossi considerou a questão natural em um almoço para o qual Lula tinha sido convidado, assim como certamente encararia com naturalidade se o presidente tivesse tratado sobre o empréstimo dos veículos da Folha aos agentes da repressão durante a ditadura.

O “elegante” jornalista acrescenta que Lula não respondeu novamente, “a não ser para dizer que não tinha culpa de que não estivesse bem nas pesquisas o candidato do diretor de Redação, do qual não deu o nome (E precisava?). Levantou-se e foi embora.”

Rossi completou a defesa do patrão dizendo que a fabulação de Lula o incomodou, pois como pode “confiar em que Lula não fabula também ao relatar encontros com políticos ou governantes estrangeiros?”

Como não teria condições de replicar o jornalista da Folha, deixo o contraditório para outro jornalista, também presente ao almoço, Ricardo Kotscho, que lá estava na condição de assessor de imprensa de Lula.

Kotscho confessa que o único problema mais sério que teve no relacionamento com a imprensa na campanha de 2002 foi com a Folha de S.Paulo justamente por insistir que Lula atendesse ao convite para o almoço na empresa.

Kotscho conta que já sentiu o clima pouco amigável nas conversas que antecederam o almoço e que assim que sentaram-se à mesa, Otavinho disparou a primeira pergunta: “se Lula se sentia em condições de governar o país, mesmo sem ter se preparado para isso, não sabendo nem falar inglês”.

Segundo Kotscho, Lula o olhou com “expressão de incredulidade, como quem diz ‘E eu tinha que ouvir isso?’, engoliu em seco e deu uma resposta até tranquila diante daquela situação contrangedora.”

As perguntas prosseguiram em tom hostil, como relata Kotscho, até alguém (não quis nomear o autor), já quase na hora da sobremesa, indagar como Lula se sentia ao aceitar uma aliança com Paulo Maluf. “O argumento era que, se o PL apoiava Maluf na eleição para governador de São Paulo, o candidato do PT a presidente também estaria se aliando ao político que mais combatera durante toda a história do partido.”

Diante da pergunta tendenciosa, “Lula levantou-se, dirigiu-se a ‘seu’ Frias (pai de Otavinho e à época o dono do jornal) e comunicou: ‘O senhor me desculpe, mas eu não posso mais ficar aqui. Vou embora. Não posso aceitar isso em nome da minha dignidade.”

Ainda pelo relato de Kotscho, “ficou todo mundo paralisado” e “antes de sair Lula ainda disse a Otavinho: ‘Eu não tenho culpa se você está nervoso porque o teu candidato vai mal nas pesquisas’. Para ele, a Folha estava apoiando José Serra.”

Constrangido com a atitude do filho, “seu” Frias pegou Lula pelo braço, o acompanhou até o elevador e depois até o carro e se desculpou: “Nunca tinha acontecido isso antes na nossa casa.”

O relato de Kotscho está em seu livro “Do Golpe ao Planalto – Uma vida de repórter”, e o autor conta que enviou os originais deste trecho a Otavio Frias Filho. “Caso discordasse da minha versão, poderia dar a dele que eu publicaria no livro. Por não ter recebido outra versão, entendi que ele estava de acordo.”

Depois da versão fantasiosa de Clóvis Rossi, como poderemos confiar que ele também não fantasia nos demais artigos e matérias que escreve para a a Folha de S.Paulo?

A pesquisa Datafolha por regiões do país


Dilma não só ultrapassou Serra no Sul, como abriu vantagem: 43% a 36%. No Sudeste, está 44% a 32%; no Norte/Centro-Oeste, 50 a 29%, e no Nordeste é o maior massacre, 60% a 21%. Dilma venceria hoje com 55% dos votos válidos

Datafolha: Dilma abre 20 pontos e já ultrapassa Serra em SP e no RS


A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.

Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.

Em São Paulo, Estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%.
Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.

No Rio Grande do Sul, a petista saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Todas as oscilações nacionais se deram dentro do limite.

Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20 e foi a 49%. Serra estava com 30% e agora tem 29% Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.

Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.

'BOLSÕES'

Mas o avanço da petista ocorre também nesses bolsões serristas. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.

Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano.

Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.

SEGUNDO TURNO

Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância, que era de 14, para 19 pontos.

Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio.

Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra.

No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

Folha.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Chopin, por Rafal Blechacz



Por Fuhgeddaboudit™

Rafal Blechacz plays the winner Chopin's Polonaise As-Dur Op 53 "Heroique" in the Chopinowski International Competition.

Datafolha - Dilma,49% ; Serra, 29%


O DataPolvo, instituto de pesquisa deste blog, informa em edição extraordinária: aumentou de 17 (em 20 de agosto) para 20 pontos a diferença entre Dilma e Serra na pesquisa Datafolha que será publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira.

Placar: 49% de intenção de votos para Dilma contra 29% para Serra.

Dilma cresceu dois pontos. Serra caiu um ponto - tudo dentro da margem de erro da pesquisa.

Na anterior, Dilma havia avançado 6 pontos e Serra recuado 3.

Desta vez foram entrevistados quase 11 mil eleitores em todo o país.

A pior notícia para Serra não é a vantatem de 20 pontos de Dilma. Mas o que está acontecendo região por região do país, classe social por classe social.

Do Blog do Noblat em O Globo

Dilma: "não se exaltem com as pesquisas, elas não ganham eleição"



Mais um comício reuniu milhares de pessoas em torno da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Dessa vez foi em Campo Grande (MS). Animados, os eleitores lotaram a Avenida Fernando Correia da Costa para assistir ao presidente Lula, a Dilma e ao candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT.
Em noite de lua cheia, Dilma começou seu discurso comemorando o céu e o solo iluminado do Mato Grosso do Sul. “Nós hoje estamos aqui numa noite iluminada. Iluminada por essa lua pantaneira maravilhosa, pela presença de todos vocês aqui e iluminada porque temos companheiros e companheiras muito fortes aqui nesse palanque.”

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando pediu aos eleitores que prestem muita atenção e não se deixem enganar por aqueles que têm por costume apenas prometer em época de eleição. Na hora de governar, segundo ela, não fazem nada.

Bolsa Família

“Tem aqueles que falam e aqueles que fazem. Nós somos do grupo dos que fazem. Eles [da oposição] são do grupo dos que falam e dizem só nas eleições. Nós fizemos o Bolsa Família no momento mais difícil e jamais deixamos faltar dinheiro para o Bolsa Família. Eles não, eles chamavam o Bolsa Família de bolsa esmola”, exemplificou.

Dilma pediu também aos eleitores do Mato Grosso do Sul que não se exaltem com as pesquisas, porque elas não ganham eleição. Segundo ela, faltam menos de 40 dias para o término do pleito e, até o dia 3 de outubro, cada voto deve ser disputado diariamente para garantir que as conquistas do governo Lula não sejam perdidas.

Ela voltou a frisar que as mulheres estão preparadas para governar o país e que será a primeira presidente do Brasil porque várias colegas anonimamente provaram que conseguiam conduzir suas famílias e ter uma vida profissional de sucesso.

Lula

Inspirado, Lula disse que a noite iluminada de Campo Grande era mágica e gratificante. Ele lembrou como sofreu com o preconceito por não ter um diploma universitário, não falar outras línguas e ser operário. Segundo ele, Dilma sofre a mesma carga de preconceito por ser mulher.

“É verdade que já perdi três eleições. Mas também é verdade que já ganhei duas e vamos ganhar a terceira elegendo a Dilma. As mulheres não são maiores só na sociedade. Elas são maioria no doutorado e no mestrado também. Isso significa que as mulheres não querem mais ser tratadas de cidadãos de segunda categoria. Eu quero que a Dilma cuide do nosso povo com carinho e amor”, discursou para a alegria dos militantes que lotavam o centro de Campo Grande.

O presidente concluiu: “Em 2002, eu disse que ninguém mais devia duvidar da capacidade da classe trabalhadora. Em 2010, eu digo que ninguém nunca mais ouse duvidar da capacidade de cuidar da mulher brasileira e da mulher do mundo inteiro”.

Fonte: Dilma13.com.br

A traíra velha se debate - Por Brizola Neto


Acho que se, um dia, quiserem rebatizar Judas Iscariotes, bem que poderiam botar nele o nome de Roberto Freire.
Na verdade, em favor (?) de Freire talvez se possa dizer que Iscariotes traiu pelos 30 denários romanos.
Freire trai de graça, ou quase, pela sua absoluta falta de caráter.
Tomou o que restava do Partido Comunista de Luís Carlos Prestes, um homem que, como disse certa vez o direitista Cordeiro de Farias, não era qualquer um que podia criticar.
Quando esteve junto com o PDT, na campanha de Ciro, meu avô tinha horror de ter de falar com ele. A política, por vezes, obriga a certa coisas…
Hoje, todos sabemos que Freire não tem a marca do traidor, ele próprio é a traição. Ele perdeu todo e qualquer pudor de se entregar ao interesse das elites, da direita, do conservadorismo.
É um coronel sem votos, que sobrevive de emprestar sua repugnante expressão a qualquer causa antipovo.
Hoje, escreveu um editorial publicado pela Folha, com direito a chamada na capa e a uma imensa ilustração na terceira página do jornal paulista, onde comenta seu apoio a José Serra e compara os dois mandatos de Lula ao “autoritarismo eleitoral” que, diz ele, regia o México antes das reformas políticas dos anos 70/80.
E aí destila seu ódio ao retorno do estado ao processo econômico, à retomada de políticas desenvolvimentistas, às políticas sociais que chama de “assistencialistas”.
Só ao fim, revela exatamente o que quer, dizendo que é a “alternância de poder”.
Que alternância de poder é essa, senhor Freire, que se dá com a volta de um grupo que, com o seu apoio, afundou o Brasil, vendeu nosso patrimônio e nossas riquezas, arrochou salários e desempregou pais de família?
Alternância de poder é o que está acontecendo agora, quando temos um governo que busca renacionalizar o petróleo, que eleva o salário mínimo, que repotencializa o mercado de consumo e a produção da indústria brasileira.
Um dos orgulhos do PDT é ter, no final de sua vida, acolhido o grande brasileiro Luís Carlos Prestes, a quem homenageamos com uma presidência de honra.
E posso acrescentar que é um outro enorme orgulho estar do lado oposto de Roberto Freire.
E saber que ele, entre outros, é um que o povo brasileiro vai varrer, nestas eleições, para o monturo da História.

Lula e o preconceito dos poderosos

Até onde a oposição desce nível da campanha

Enquanto despenca nas pesquisas e perde apoio de aliados e até de correligionários, sem muitas opções, o oposicionista José Serra, candidato da coligação conservadora PSDB-DEM-PPS ao Planalto escolheu o caminho do confronto direto e aberto na TV. Adotou o uso de todo e qualquer argumento, não se importando com sua imagem e história.

Aos poucos ele vai assumindo tudo o que condenava em campanhas anteriores: abandona o ar de bom moço, de progressista, agride e calunia, esperneia e ataca jornalistas, distorce fatos e dados. Está seguro - ou, então, sem alternativa - de que com esta estratégia pode ganhar votos, o que parece improvável.

Até porque, nem assim, consegue estancar o abandono em que o jogam seus aliados e mesmo os tucanos. A debandada é geral. São centenas de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, até governadores, que mandam recado de apoio a candidatura de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).


Debandada em cascata; enxurrada de apoios a Dilma

Tudo publicamente. Os próprios candidatos fazem questão de dar publicidade a esta adesão. Fora as críticas generalizadas dos aliados ao PSDB e à campanha de Serra, pela qual ele é o único responsável, apesar das tentativas da elite tucana de retomar o controle da campanha - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso á frente.

No tucanato o tiroteio é geral. Primeiro contavam que iam ganhar a eleição como se fosse um passeio. Depois, começaram a brigar com as pesquisas, com a realidade. Agora estão procurando culpados pelo desastre eleitoral e político. Não se entendem sobre o que fazer.

A última deles (do PSDB), de priorizar as eleições estaduais em São Paulo, Minas, Paraná e Goiás, então, virou um bumerangue já que os (tucanos dos) Estados excluídos partiram para o ataque público. A começar pela decisão, que ninguém sabe de quem foi.

Tudo indica que do comando tucano que não comanda nada. Só pedidos nos restaurantes de luxo de São Paulo, onde eles se reúnem para não decidir nada. Partiu do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE)? A ver. A pergunta que fica é: até quando Serra descerá? Tudo indica que até perder a dignidade - ou o pouco que lhe resta.

Do blog do Zé Dirceu

Sensus no JB: Eleição está definida


Se as eleições fossem hoje, a candidata a Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, seria eleita no primeiro turno. Segundo pesquisa CNT/Sensus divulgadas ontem, as eleições estão tecnicamente definidas. Levando em conta apenas os votos válidos, a petista contaria com 55,3%, superando a soma dos votos de todos os outros candidatos. Já ao considerar o total das intenções de voto - incluindo brancos, nulos e indecisos - Dilma tem 46% contra 28,1 de José Serra (PSDB) e 8,1% de Marina Silva (PV).
Enquanto 28,9% dos entrevistados afirmam que não votariam em Dilma, a rejeição a Serra chega a 40,7%. O percentual é considerado alto. Para os coordenadores da pesquisa o cenário é cada vez mais dificil de ser revertido.
Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, além da transferência de votos do Presidente Lula para Dilma, contam para a melhora do desempenho da candidata, as críticas de Serra ao governo e a qualidade dos programas eleitorais do PT na televisão.
- Ela (Dilma) conseguiu encarnar como candidata do presidente, como braço direito dele - avalia.

Propaganda eleitoral

As inserções na TV se mostram grande aliado na campanha da petista. Entre quem declarou ter assistido a propaganda eleitoral, 56% consideraram o programa de Dilma o melhor, contra 34% de Serra e 7,5% de Marina.
Quando são levadas em conta as regiões do país, o tucano se sai melhor que Dilma apenas no Sul, onde tem 47,8% da preferência do eleitorado, contra 35,7% de Dilma.
O melhor desempenho da petista continua no Nordeste, com 62,1%, onde Serra conta com apenas 19,8%. No Norte e Centro-Oeste os números se apresentam iguais com Dilma tendo 45% e Serra 25,5%. No Sudeste, são 39,2% a 27,6%, respectivamente.
Entre os que afirmaram votar na petista, 49,9% são homens, e outros 42,9% são mulheres. Serra inverte: 29,4% dos que disseram votar nele são mulheres, e outros 28,7% são do eleitorado masculino.
A pesquisa, registrada no TSE sob o número 24.903/2010, ouviu 2 mil entrevistados em 136 municípios, entre 20 e 22 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos. Brancos, nulos e indecisos somam 16,8% do total.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Réquiem para um tucano

56% preferem programa do PT


A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã (leia post acima) revela que para 56% dos consultados o programa da candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) na propaganda eleitoral no rádio e TV é o melhor, contra 34,3% que preferiram o do candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS).

A sondagem eleitoral mostra que 13,2% dos entrevistados assistiram a todos os programas do horário eleitoral gratuito; 29,7% os viram em parte; e 22,8% admitiram só ter ouvido falar ou conversado sobre o assunto.

Por regiões do país a CNT/Sensus constatou que Serra só vence Dilma no Sul - 47,8% dele contra 35,7% dela. Pesquisa Datafolha divulgada no sábado atestava que o candidato conservador Serra não ganha mais nem nesta região.


Ainda por regiões, a maior vantagem de Dilma concentra-se no Nordeste - 62,1% contra 19,8%. No Sudeste, a petista está na frente com 39,2% contra 27,6% do tucano. No Norte e Centro-Oeste do país, onde se registram índices iguais, a petista conta com 45% contra 25,5% do tucano.

Dilma tem hoje, conclui o levantamento, o voto de 49,4% dos homens contra 28,7% que preferem Serra. Entre as mulheres, a petista está com 42,9% contra 27,4% de seu adversário tucano. O Datafolha de sábado pp confirmou, mais uma vez que entre as classes sociais Serra só continua a contar com o voto dos ricos.

Pesquisa CNT/Sensus - Dilma chega 18% de vantagem sobre Serra e não para de subir

Pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã de hoje traz o que já se tornou uma espécie de mantra nestes levantamentos: com 46% das intenções de voto do eleitorado, a candidata a presidente, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) continua a liderar e venceria no 1º turno. Ela teria mais votos do que a soma de todos os demais candidatos.

Seu adversário da coligação de direita PSDB-DEM-PPS, José Serra, está com 28,1% dos votos. Os números de eleitores indecisos e de votos nulos e brancos continuam a cair - 11,7% e 5,1% respectivamente. O instituto Sensus entrevistou 2 mil eleitores em 136 municípios de 24 Estados de 6ª a domingo pp. A margem de erro da sondagem é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea (quando os eleitores citam em quem votarão sem que lhes sejam apresentados nomes de candidatos) Dilma já tem 37,2% contra 21,2% de Serra. Num cenário em que haja 2º turno entre Dilma e Serra, a vantagem também é da petista - 52,9% contra 34% do tucano. Na CNT/Sensus anterior, Dilma vencia por 48,3% a 36,6%.

A pesquisa trouxe, também, os índices de rejeição atuais aos candidatos. Neste item, 40,7% dos eleitores afirmam que não votam em Serra de jeito nenhum. O índice de rejeição de Dilma é de 28,9%.

Esta CNT/Sensus da manhã de hoje confirma, ainda, outro ponto comum nas demais pesquisas no quesito expectativa de vitória: para 61,8% dos entrevistados, independentemente do candidato em quem vão votar, Dilma já ganhou a eleição. Só 21,9% ainda crêem que o vencedor será Serra.


Do Blog do Zé Dirceu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A carta testamento do Presidente Getúlio Vargas


A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas!

"Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.



Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.



Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.



Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.



E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)

24 de agosto de 1954 - Morre GETÚLIO VARGAS







Serra perto do piso - Luis Nassif Online


Estimativas para 3 de outubro

Marcos Coimbra 23 de agosto de 2010 às 11:33h

Na CartaCapital

Do jeito como vão, as eleições presidenciais não devem nos reservar surpresas de reta final. Ao contrário. Salvo algo inusitado, elas logo adquirirão suas feições definitivas, talvez antes que cheguemos ao cabo da primeira quinzena de veiculação da propaganda eleitoral na tevê e no rádio.

Por várias razões, a provável vitória de Dilma Rousseff- em 3 de outubro será saudada como um resultado extraordinário. Ao que tudo indica, ela alcançará uma coisa que Lula não conseguiu nem quando disputou sua reeleição: vencer no primeiro turno. Não que levar a melhor dessa maneira seja fundamental, pois o próprio Lula mostrou ser possível ganhar apenas no segundo e se tornar o presidente mais querido de nossa história.

É preciso lembrar que Lula não a obteve em 2006 por pouco, apesar de sua imagem ainda sangrar com as feridas abertas pelo mensalão. Ele havia chegado aos últimos dias daquele setembro com vantagem suficiente para resolver tudo ali mesmo e só a perdeu quando sofreu um ataque sem precedentes de nossa “grande imprensa”.

Aproveitando-se do episódio dos “aloprados”, fazendo um carnaval de sua ausência no debate na Globo, ela balançou um eleitorado ainda traumatizado pelas denúncias de 2005. Lula deixou de vencer em 1º de outubro, o que, no fim das contas, terminou sendo ótimo para ele. No segundo turno, a vasta maioria da população concluiu o processo de sua absolvição, abrindo caminho para o que vimos de 2007 em diante: ele nunca mais caiu na aprovação popular e passou a bater um recorde de popularidade atrás de outro.

Com as pesquisas de agora, é difícil estimar com precisão quanto Dilma Rousseff poderá ter no voto válido. Não é impossível que alcance os 60% que Lula fez, no segundo turno, na última eleição. E ninguém estranharia se ela ultrapassasse os 54% que Fernando Henrique obteve em 1994, com o Plano Real e tudo.

Para fazer essas contas, é preciso levar em consideração diversos fatores. Um é quanto Marina Silva poderá alcançar, a partir dos cerca de 8% que tem hoje. Há quem imagine que ela ainda cresça, apesar do mísero tempo de televisão de que disporá. Com uma única inserção em horário nobre por semana e um tempo de programa praticamente idêntico ao dos candidatos pequenos, não é uma perspectiva fácil.

O segundo fator é o desempenho dos candidatos dos partidos menores, dos quais o mais relevante é Plínio de Arruda Sampaio. Muito mais que seus congêneres de extrema esquerda, ele pode se transformar em opção para a parcela de eleitores que vota de forma mais ideo-lógica ou que apenas quer expressar seu “protesto”. Embora as pesquisas a respeito desse tipo de eleitor não sejam conclusivas, isso pode, talvez, ocorrer em detrimento de Marina: à medida que Plínio subir, ela encolherá. O que não afetaria, portanto, o tamanho do eleitorado que não votará em Dilma ou Serra.

Para, então, projetar o tamanho da possível vitória de Dilma, o relevante é saber o piso de Serra. Se ele cairá, considerando seu patamar atual, próximo a 30%.

Só o mais otimista de seus partidários acredita (de verdade) que a presença de Lula na televisão será inútil para Dilma e que seu apelo direto ao eleitor não produzirá qualquer efeito. Ou seja, ninguém acredita que ela tenha já atingido seu teto, com os 45% que tem hoje.

O voto em Serra tem, no entanto, três fundamentos, todos, aparentemente, sólidos:

1. É um político respeitado no maior estado da federação, que governou, até outro dia, com larga aprovação.

2. Representa o eleitorado antipetista, aquele que pode até tolerar Lula, mas que nunca votou e nunca votará no PT.

3. Tem uma imagem nacional positiva, conquistada ao longo da vida e, especialmente, quando foi ministro da Saúde. De São Paulo deve sair com 45% dos votos, o que equivale a 10% do País. O antipetismo lhe dá mais cerca de 10% e a admiração por sua biografia no restante do eleitorado, outro tanto (tudo em números redondos).

Se essas contas estiverem corretas, Serra teria pouco a perder nas próximas semanas. Em outras palavras, já estaria, agora, perto de seu mínimo.

Fica simples calcular o resultado que, hoje, parece mais provável para 3 de outubro: Serra, 30%; Marina e os pequenos, 10%; brancos e nulos, entre 8% e 10% (considerando o que foram em 2006 e 2002, depois da universalização da urna eletrônica); Dilma, entre 50% e um pouco menos que 55%. Nos válidos: Marina (e os pequenos) 11%, Serra 33%, Dilma 56%.

Talvez seja arriscado fazer essas especulações. Talvez não, considerando quão previsível está sendo esta eleição.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

Matéria orquestrada


Com certeza vieram da mesma fonte, orquestradíssimas, estas matérias que o Estadão ontem e a Folha hoje publicam sobre o futuro ministério Dilma Rousseff, candidata do governo, PT e partidos aliados, bem como sobre as primeiras iniciativas da futura administração.

Entre estas, a história de que não haverá aumento para o funcionalismo. Com esta o objetivo político-eleitoral é claro: incompatibilizar o atual e o governo que virá com o numeroso contingente de funcionários públicos.

A manchete do Estadão do domingo - ”PMDB quer poder dividido ‘meio a meio’ se Dilma vencer” - não traz fontes ou declarações de lideranças da legenda aliada sobre participação no futuro governo. Sequer adiantou o desmentido do presidente nacional do partido e da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), também vice de Dilma.

Temer lembra que quem distribui os postos no Ministério é o presidente. "Pode ser que o PMDB venha a ocupar cargos e ministérios, mas não existe essa coisa de dividir governo", afirmou. Nada, o Folhão foi na mesma linha - precisava cumprir o acertado com a fonte.

Já o objetivo do material todo é claro: provocar ciumeira, divisão, disputa e atritos na coligação pró-Dilma, e colocar com um pé atrás em relação ao PMDB os segmentos do eleitorado bombardeados nos últimos tempos com matérias e denúncias sobre o caráter político, ou de fisiologismo, do partido. Cá pra nós, esforço inutil. A forte acensão de Dilma na última pesquisa (Datafolha) invalidou antecipadamente esta e demais manobras do tipo.

Do blog do Zé Dirceu

Caderno do OESP atesta sucesso econômico

No segundo caderno da série "Desafios do Novo Presidente", de O Estado de S. Paulo, publicado hoje sob o título "A Economia do Novo Governo", vocês poderão atestar, em análises e números, o óbvio: o Brasil mudou e muito nos últimos 8 anos de governo Lula.

Mudou tanto que, conforme aponta o próprio jornal, agora podemos pensar e debater questões de longo prazo como as reformas necessárias (previdenciária, trabalhista e outras); os gargalos do nosso desenvolvimento (infraestrutura, mão de obra); o papel do Estado, dos bancos públicos e do Banco Central (BC).

Um reflexo dessa mudança de perspectiva, como diz o caderno especial do Estadão, é que nosso desafio também mudou: "não é sobre como mudar o time que está ganhando, mas sim como prolongar ao máximo e dar sustentabilidade ao ciclo de crescimento com estabilidade, baixa inflação e criação de milhões de postos de trabalho iniciado em 2004".

Neste especial, o jornal também apresenta as propostas dos candidatos ao Planalto para a economia do país e traça uma análise importante sobre a questão da qualificação da mão de obra. Uma contribuição ao debate que recomendo a todos.

Do blog do Zé Dirceu

Onda Dilma, o desejo ou uma busca - Por José Dirceu


Muito boa a análise sobre a ascensão de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) publicada hoje na política do Estadão pelo especialista em pesquisas no jornal, José Roberto de Toledo. Ele derruba por terra uma série de mitos sobre a dianteira da petista na disputa. Principalmente a mais frequente nos últimos dias, de que Dilma pôs grande vantagem à frente do advrsário José Serra (PSDB-DEM-PPS) por causa da propaganda no horário eleitoral do rádio e TV.

"Não houvesse as condições necessárias, um estado crítico, não haveria a onda Dilma", acentua o analista lembrando que o próprio Datafolha aferiu que só 1 em cada 3 eleitores viu os primeiros programas dos presidenciáveis. "A onda (Dilma) vem de longe", diz Toledo, concedendo que o cometido pelos analistas é "um equívoco comum: as tensões acumuladas ao longo de meses, anos, liberam-se de uma só vez e debita-se ao último fato (propaganda na TV) de uma cadeia de eventos a responsabilidade pelo ocorrido."

Percepção popular de melhora é que alavancou a onda

Para explicar o que "vem de longe", o especialista acentua que a "onda Dilma" não teria ocorrido se o governo do presidente Lula "não houvesse incluído dezenas de milhões no maravilhoso mundo do consumo. Tampouco, isso teria ocorrido sem o Plano Real. A história faz diferença."

A onda se propagou "do Norte para o Sul, desde as regiões onde os aumentos de renda e do consumo foram mais fortes". Toledo relaciona vários outros fatores para provar que não só a propaganda no rádio e TV foi decisiva. Também fora as entrevistas dos candidatos a presidente no Jornal Nacional da Rede Globo vistas por até 36 milhões de eleitores (Ibope); o debate entre eles na BAND, acompanhado por pelo menos 18 milhões de eleitores; e o debate no UOL, via internet, acessado já por 1,8 milhão, número que continua crescendo.

Com tudo isso, "a eleição virou assunto e se propagou de boca em boca. Mais eleitores, principalmente os mais pobres, descobriram que a petista é a candidata de Lula", conclui Toledo, reforçado nesse ponto na avaliação por Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência para quem "é menos a audiência (dos debates ou entrevistas) e mais a repercussão, o boca a boca" o responsável pela "onda Dilma".

Getúlio e Lula: o mesmo combate - Por Emir Sader


Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).

Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.

Um país que tinha tido escravidão até pouco mais de 4 décadas – o ultimo a terminar com a escravidão nas Américas - , que significava que o trabalho era atividade reservada a “raças inferiores”, passava a ter um presidente que interpelava os brasileiros no seu discurso com “Trabalhadores do Brasil”. Fundou o Ministério do Trabalho, deu inicio à Previdência Social, fazendo com que a questão social passasse de “questão de policiai”, a responsabilidade do Estado.

Começou a aparelhar o Estado para ser instrumento fundamental na indução do crescimento econômico que, junto às políticas de industrialização substitutiva de importações, deu inicio ao mais longo ciclo de expansão da história do Brasil. Promoveu a expansão da classe operária, criou as carreiras públicas no Estado, impulsionou a construção de um projeto nacional, de uma ideologia da soberania nacional, organizou um bloco de forças que levou a cabo o processo de industrialização, de urbanização, de modernização do Brasil.

Getúlio pagou com sua vida a audácia da fundação da Petrobrás, no seu segundo mandato. Foi vítima dos tucanos da época, com o corvo mor Carlos Lacerda como golpista de plantão. Tal como agora, detestavam tudo o que tivesse que ver com o povo, com nação, com Estado. Resistiram à campanha “O petróleo é nosso”, como entreguistas e representantes do império norteamericano aqui. A direita nunca perdoou Getúlio.

Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.

A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.

São Paulo, que promoveu uma tentativa de derrubada do Getúlio em 1932 – movimento caracterizado por Lula como uma tentativa de golpe -, promove Washington Luis e o 9 de Julho (de 1932), com nomes de avenidas, estradas e ruas, mas não tem nenhum espaço público importante com o nome do Getúlio. Não por acaso São Paulo representa hoje o ultimo grande bastião da direita, das forças e do pensamento conservador, no Brasil.

Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.

Dilma e Lula com trabalhadores em São Bernardo do Campo

No Amazonas, Marina ultrapassa Serra que desaba para 10,7% e fica em terceiro. Vanessa (PCdoB) empata com Arthur Virgílio


Pesquisa do Instituto Perspectiva realizada no Amazonas, de 15 a 22 deste mês, revela um verdadeiro massacre da candidata Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, sobre o presidenciável demo-tucano, José Serra. De acordo com o Perspectiva, Dilma cresceu 9,7 pontos e passou de 57,6% de julho a 67,3% em agosto.
Já Serra caiu 5,6 pontos entre os amazonenses e ficou com 10,7% (tinha 16,3%). Pela primeira vez, o tucano amarga a terceira colocação no estado, numericamente atrás de Marina Silva (PV) — que tem 14,2% (tinha 15,3%). Brancos, nulos e indecisos são 7,1%. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa tem o registro 21686/2010 no TRE-AM.

A pesquisa também aponta reeleição, no 1° turno, de Omar Aziz (PMN) para o governo do Amazonas. Dados da pesquisa anterior do instituto, feita de 20 a 27 de julho, permitiam a mesma conclusão. Aziz tinha 47,2% dos votos e passou a 49%. O segundo colocado, Alfredo Nascimento (PR), tinha 37,4% e foi a 34,1%. Ambos apoiam Dilma. O serrista Hissa Abrahão (PPS) tinha 0,9% em julho e oscilou para 0,8% em agosto.

Senado

Na disputa por duas vagas do Amazonas ao Senado, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) tem 82,7% dos votos e lidera as intenções de votos. Ele integra a mesma coligação de Omar Aziz.

A segunda vaga é disputada pela deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB) — que tem 39,3% dos votos — e pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio — que soma 39%. Em relação à ultima pesquisa, os dos oscilaram dentro da margem de erro.

Portal Vermelho

Em Minas, pesquisa Sensus mantem liderança de Hélio Costa


Por: Fábio M. Michel, Rede Brasil Atual

Publicado em 22/08/2010, 17:05

Última atualização às 17:05

São Paulo - Uma nova pesquisa do Instituto Sensus, divulgada neste domingo (22), revela que Hélio Costa (PMDB) continua a liderar a disputa pelo governo de Minas. De acordo com o levantamento, o candidato da coligação “Todos Juntos por Minas”, tem 44,1% da intenção dos votos enquanto Antônio Anastasia (PSDB) , que concorre à reeleição, tem 25,5%. Uma vantagem de 18,6 pontos percentuais.

Vanessa Portugal (PSTU) aparece com 1,1% das intenções de voto. Os demais candidatos, somados, totalizam 1,2% de preferências. Votos em branco, nulo e eleitores indecisos chegam a 27,1%.

O Sensus também fez uma simulação para o segunto turno, que volta apontar vitória da chapa composta por Costa e Patrus Ananias, desta vez com 50,3% do total de votos válidos. Anastasia ficaria com 29,5%. O número de indecisos e de votos brancos e nulos é de 20,1%. Em todos os levantamentos, a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

O instituto entrevistou 1.500 eleitores entre os dias 15 e 17 de agosto, em 53 cidades mineiras. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 63.004/2010.

Rede Brasil Atual

sábado, 21 de agosto de 2010

Por que Serra está perdendo as eleições - Por Emir Sader


Ganhar – ou perder – uma eleição depende, antes de tudo, do consenso dominante no período eleitoral. Este, por sua vez, não é construído durante o processo eleitoral. Ele pode ter variações na forma das campanhas expressá-lo. Mas ele se constrói antes, vai se construindo ao longo do tempo e se cristaliza no processo eleitoral.

Nesse sentido, o governo que termina seu mandato é determinante. A escolha do novo governante é, em primeiro lugar, o julgamento do desempenho do governo, conforme a percepção – deformada pela mídia – da população. O governo Sarney saía desmoralizado – por múltiplas razões, principalmente por ter frustrado o impulso democrático saído das lutas contra a ditadura e plasmado, em parte na nova Constituição -, o que permitiu um vazio em que se inseriram candidatos críticos a esse governo: Collor e Lula, entre eles.

As eleições de 1994 tiveram o enfrentamento de dois projetos de novos consensos, diante do fracasso de Collor. Lula, favorito no inicio da campanha, representava o binômio justiça social (expresso nas Caravanas em que o Lula percorria o país) e ética na política (representada pelo seu primeiro candidato a vice, Bisol). O primeiro aspecto vinha da denúncia das desigualdades marcantes da sociedade brasileira, a segunda do acúmulo de denúncias contra o governo Sarney e, posteriormente, na campanha vitoriosa pelo impeachment do Collor.

Se não tivesse assumido quase um ano antes das eleições o Ministério da Economia do governo Itamar, FHC não teria tido possibilidade de contrapor a essa primeira proposta, a do ajuste fiscal, assentada na projeção da inflação, no lugar da desigualdade, como problemas central do Brasil. Ajuda pela mídia – que apoiou-o plenamente, desde sua ida ao Ministério e durante todos os seus dois mandatos -, FHC venceu as eleições, o que voltaria a fazer quatro anos depois, impulsionado pelo consenso da estabilidade monetária e sempre apoiado pelo monopólio midiático.

A ampla rejeição do governo FHC – que chegou a ter índices de apoio de apenas 18% - abriu o espaço para o voto antineoliberal que Lula representava. Serra representava a continuidade, por mais que tentasse disfarçar e perdeu.

Perde agora de novo, diante do sucesso do governo Lula e do consenso novo assumido pelo país – desenvolvimento econômico e social. O povo se deu conta que a estabilidade monetária tinha se esgotado, sem que as promessas de distribuição de renda, de retomada do crescimento econômico, de modernização do país, tivessem sido cumpridas. Ao contrário, ao se limitar a malabarismos monetaristas, a própria estabilidade monetária se perdia, com o retorno da inflação, a desigualdade havia aumentado, a economia havia entrado em profunda e prolongada recessão, os direitos sociais da maioria foram expropriados – em primeiro lugar, a carteira de trabalho, mas também a degradação das políticas de educação e de saúde pública, entre outras -, a privatização tinha sido um negócio para favorecer grandes empresas privadas, a deterioração do Estado tinha feito piorar ainda mais o nível de vida da massa da população.

Perde o Serra e perdem os tucanos porque assumiram o modelo neoliberal no Brasil, promoveram o Estado mínimo, diminuírem os gastos públicos especialmente em políticas sociais, para obedecer às Cartas de Intenções que assinaram com o FMI, fizeram uma política internacional de costas para a America Latina e o Sul do mundo e de subserviência com os EUA, reprimiram e criminalizaram os movimentos sociais. Em suma, governaram com as elites, para uma minoria, apoiados no monopólio privado da mídia.

Por isso, assim que Lula pôde governar, ficaram evidentes as diferenças, que se espelham no amplo favoritismo da Dilma.

O desajeitado Serra




O que faz uma eleição... deprimente !!!!

Biruta de Serra desorienta a Folha


Por Gustavo Belic Cherubine

Alguém leu o editorial da fsp de hoje?

Da Folha

São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010

Avesso do avesso

Tentativa do tucano José Serra de se associar a Lula na propaganda eleitoral é mais um sinal da profunda crise vivida pela oposição

Pode até ser que a candidatura José Serra à Presidência experimente alguma oscilação estatística até o dia 3 de outubro. E fatores imprevisíveis, como se sabe, são capazes de alterar o rumo de toda eleição. Não há como negar, portanto, chances teóricas de sobrevida à postulação tucana.

Do ponto de vista político, todavia, a campanha de Serra parece ter recebido seu atestado de óbito com a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma diferença acachapante a favor da petista Dilma Rousseff.

A situação já era desesperadora. Sintoma disso foi o programa do horário eleitoral que foi ao ar na quinta-feira no qual o principal candidato de oposição ao governo Lula tenta aparecer atrelado... ao próprio Lula.

Cenas de arquivo, com o atual presidente ao lado de Serra, visaram a inocular, numa candidatura em declínio nas pesquisas, um pouco da popularidade do mandatário. Como se não bastasse Dilma Rousseff como exemplar enlatado e replicante do "pai dos pobres" petista, eis que o tucano também se lança rumo à órbita de Lula, como um novo satélite artificial; mas o que era de lata se faz, agora, em puro papelão.

Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de "defender" o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. "Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/... Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu."

Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista. A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira.

A infeliz jogada se volta, não contra o PT, Lula, Dilma ou quaisquer dos 40 nomes envolvidos no mensalão, mas contra o próprio PSDB, e toda a trajetória que José Serra procurou construir como liderança oposicionista.

Seria injusto atribuir exclusivamente a um acúmulo de erros estratégicos a derrocada do candidato. Contra altos índices de popularidade do governo, e bons resultados da economia, o discurso oposicionista seria, de todo modo, de difícil sustentação em expressivas parcelas do eleitorado.

Mais difícil ainda, contudo, quando em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como "Zé", no improvável intento de redefinir sua imagem pública.

Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece. Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.

Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas.