Programa de Dilma prevê acesso gratuito a remédios de hipertensão e diabetes

A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, afirmou hoje (16) que seu programa de governo prevê a universalização da gratuidade dos remédios usados no tratamento de hipertensão e diabetes.

Atualmente, o governo federal subsidia até 90% do valor desses medicamentos para os brasileiros, e Dilma pretende subsidiá-los integralmente, tornando a distribuição acessível em todo país pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”.

Por meio desse programa, Dilma vai credenciar mais farmácias da rede privada para o atendimento de todos os brasileiros. Hoje, são mais de 12 mil estabelecimentos credenciados. Ainda será reforçado pelo programa Farmácia Popular do Brasil, que é composto por uma rede pública de distribuição de medicamentos.

“Esse programa, que é o Aqui tem Farmácia Popular, é muito importante porque é um mecanismo de universalização da oferta e da entrega nos pontos mais diferentes do Brasil”, explicou. “É um convênio que o Ministério da Saúde faz com a farmácia e nele oferece medicamentos para hipertensão, diabetes, incluindo insulina, e agora em 2010 entrou [remédio] para colesterol e anticoncepcional.”

Para garantir os remédios de hipertensão e diabetes, a estimativa é que sejam investidos cerca de R$ 400 milhões por ano. “Nós estamos nos propondo universalizar o tratamento para essas duas doenças que mais incidem na população. Hipertensão e diabetes”, disse.

Genéricos

A candidata disse que fortalecerá a produção de medicamentos genéricos. Segundo ela, é fundamental também que o país invista em pesquisas de novos compostos provenientes da biotecnologia.

“Me reuni com a representação da indústria nacional de medicamentos e com indústria de capital estrangeiro no Brasil nessa área”, afirmou. “Falamos da importância do Brasil fazer pesquisa na área dos medicamentos mais sofisticados, no fato de que o Brasil entre na área dos componentes biológicos e pesquisa na área de biotecnologia. Esses serão os remédios de ponta.”

Dilma apontou quatro áreas que receberão atenção especial em relação a medicamentos: “Consideramos muito importante a continuidade da atuação em princípios ativos, genéricos, vacinas e não pode deixar de pesquisar remédios mais sofisticados do ponto de vista de emprego de tecnologia, que são os biológicos, derivados da biotecnologia”, salientou.