Ao radicalizar sua campanha e partir para o vale-tudo, o candidato da oposição a presidente José Serra (PSDB-DEM-PPS) passou a fazer ataques ainda mais descabidos, sem qualquer apoio ou sustentação nos fatos. Agora acusa o governo de "financiar blogs sujos para patrulhamento de jornalistas" e de usar dinheiro público para custear conferências que propõem a restrição à liberdade de imprensa.
O candidato refere-se à 1ª Conferência Nacional de Comunicação realizada em dezembro pp em Brasília. Ele boicotou a Conferência de São Paulo preparatória à CONFECOM e ela só foi realizada porque o PT apresentou e aprovou projeto na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Serra diz que boa parte dos "blogs sujos" é mantida com dinheiro "dessa TV Brasil que não foi criada para ter audiência, mas para criar empregos na área de jornalismo e servir de instrumento de poder para um partido" (leia abaixo resposta do ministro Franklin Martins e da presidente da TV, Tereza Cruvinel).
Serra não tem autoridade para falar de patrulhamento a jornalistas porque quem liga para redações e pede a cabeça desses profissionais é ele. O candidato inclusive derrubou, por razões políticas, dois jornalistas da TV Cultura de São Paulo, o diretor de jornalismo Gabriel Priolli Netto e o apresentador do programa Roda Viva Heródoto Barbeiro.
Gabriel deixou a redação cumprir uma pauta sobre pedágio, um dos temas mais desgastantes para a campanha tucana; Heródoto, ao entravistar Serra, fez pergunta que o desagradou.
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