A associação da TAM com a chilena LAN segue uma tendência mundial de consolidação no setor e cria uma empresa transnacional sul americana para disputar o mercado internacional. A Latam Airlines nasce com faturamento de US$ 8,5 bilhões e serviços de transporte aéreo de passageiros e cargas para mais de 115 destinos em 23 países.
O controle da empresa será dividido entre as duas famílias controladoras da Lan e da TAM e será a primeira no tráfego inter regional, sul americano, a segunda da América do Sul para os Estados Unidos e a quarta para a Europa, mercado que vai disputar a partir do Nordeste, visando inclusive uma associação no futuro com a TAP em processo de privatização.
A África é outro destino que a nova multinacional vai disputar, segundo fontes ouvidas pelo blog. A nova empresa terá sinergias, economias de escala, não fará demissões expressivas, pelo menos não é o objetivo da nova holding. Mas resta saber como será na prática a nova holding, uma vez que as operações das duas empresas serão mantidas separadas.
A despeito de criar uma empresa forte sul-americana, e de seguir uma tendência mundial, que se detecta nos Estados Unidos e já é generalizada na Europa, a fusão acende uma luz vermelha de alerta na aviação comercial brasileira. É hora do governo, da Anac e do Congresso Nacional tomarem consciência que o setor está se consolidando e que esse mercado está cada vez mais livre e, nesse novo cenário, o Brasil não pode deixar de ter empresas brasileiras operando em nosso espaço e no mundo.
Blog do Zé Dirceu
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