sábado, 14 de agosto de 2010

Pesquisa consolida dianteira de Dilma


Com a pesquisa Datafolha, que mostra Dilma Rousseff com 41% das intenções de voto, oito pontos à frente do tucano José Serra, com 33%, todos os institutos convergem para consolidar a dianteira de Dilma na espontânea e na estimulada, tanto no primeiro quanto no segundo turno – Dilma teria 49%, contra 41% de Serra, quando, há 20 dias, a pesquisa mostrava que estavam tecnicamente empatados. A tendência também é de menor rejeição. Na pesquisa divulgada hoje pelos jornais, chama a atenção que Dilma passou Serra no Sudeste e vence em todos os segmentos socioeconômicos; cresceu em todas as regiões, uma consolidação difícil de ser revertida.

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, Dilma passou Serra -- tem 41% das intenções de voto, contra 34% de Serra; no Rio, terceiro colégio, aumentou a vantagem em dez pontos e nos poucos Estados onde Serra está na frente, diminuiu a vantagem do tucano sobre Dilma, caso do Paraná, Rio Grande do Sul e mesmo em São Paulo, onde a vantagem de Serra caiu sete pontos, num movimento que indica uma tendência de reversão da maioria serrista nesses Estados ou pelo menos de empate ou pequena diferença.

Na disputa pelos governos estaduais, os dados também são amplamente favoráveis a Dilma e ao PT na maioria dos Estados. Com exceção de São Paulo e do Paraná, nos demais Estados de maior eleitorado, os candidatos que apóiam Dilma dispararam. Minas, Rio, Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e mesmo em Brasília diminuiu a diferença entre o candidato apoiado por Serra e pelo DEM, Joaquim Roriz e Agnelo Queiroz do PT.

A candidatura de Serra continua órfã de um projeto e de um programa, suas criticas nos debates, entrevistas ou mesmo no Jornal Nacional não duram um dia, uma vez que os dados reais as desmentem, como foi o caso das APAES, dos mutirões ou o estado das rodovias e por ai vai. Sua origem partidária e sua ligação histórica com FHC e com seus dois governos não o permitem se apresentar para a cidadania como renovação ou continuidade sem rupturas com o governo Lula. Pelo contrário, o eleitor o vê como um candidato de São Paulo, tucano e elitista, daí seu esforço caricato de se apresentar como de origem humilde, o que é verdade, mas não basta, já que é preciso ter uma folha de serviços prestados ao povo e a seu lado. Requisitos estes que Serra não cumpre porque sempre governou para as elites.

Blog do Zé Dirceu

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