segunda-feira, 31 de maio de 2010
O monopólio da Globo no futebol
Por Walter Ferreira
Em reunião realizada ontem (quinta-feira) em Brasília, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) propôs um acordo entre clubes e emissoras de TV que acabaria com o monopólio da Globo nas transmissões de futebol.
Para encerrar um processo que tramita desde 1997, o Cade sugeriu a extinção de uma cláusula que dá preferência à Globo nas renovações de contratos. Propôs também dividir o Campeonato Brasileiro em dois pacotes para televisão. Um pacote ficaria com a Globo e o outro seria comprado por outra rede (a Record é a maior interessada).
Embora já ventile nos bastidores que tentará vender o Campeonato Brasileiro em dois pacotes, o Clube dos 13 se manifestou contrário à sugestão do Cade. Isso porque uma eventual decisão do órgão no sentido de dividir o Brasileirão em dois pacotes deixaria o Clube dos 13 “amarrado”, sem outras alternativas de negociação, o que poderia desvalorizar os direitos de televisionamento. A Globo foi contra a proposta e a Record, a favor. As três partes, no entanto, terão um tempo para se manifestarem oficialmente.
Um dos pacotes em articulação pelo Clube dos 13 prevê jogos às quartas e domingos, como é atualmente. O outro teria a transmissão de partidas às quintas, às 20h30, e aos sábados.
O Cade é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça que regula a concorrência econômica no país. Funciona como um tribunal. Suas decisões têm ser cumpridas pelas partes envolvidas.
O processo, que está em análise pelo conselheiro Cesar Mattos, teve início há 13 anos. Nele, o Clube dos 13 e a Globo são acusados de prática de cartelização. Isso porque a cláusula que dá preferência à Globo funciona como uma ferramenta de monopólio para a emissora. Na prática, a Globo pode cobrir a proposta de uma outra rede TV, ficando sempre com os direitos de exibição do Brasileirão. Nunca uma outra rede consegue tirar os direitos dela.
Pelo acordo proposto agora pelo Cade, o processo seria encerrado e o Clube dos 13 e a Globo, inocentados. Mas teriam de abrir mão da cláusula de preferência, permitindo que a Record (ou o SBT ou a Band) dispute os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, ou parte deles.
O atual contrato da Globo com o Clube dos 13 vence no final do ano que vem. Em alguns meses, devem começar as negociações pelos direitos dos torneios de 2012, 2013 e 2014. Hoje, a Globo desembolsa cerca de R$ 500 milhões por ano pela exibição do campeonato, incluindo TV paga e pay-per-view.
Do blog do Nassif
STF mantem condenação de Mainardi
Negada liminar para o jornalista Diogo Mainardi em acusação de crimes contra Paulo Henrique Amorim
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou liminar em Habeas Corpus (HC 103258) por meio do qual o jornalista Diogo Mainardi pretende ver reconhecida a prescrição da pretensão punitiva de seu crime. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a 3 meses de reclusão pela prática de difamação e injúria contra o também jornalista Paulo Henrique Amorim.
Paulo Henrique, que atualmente apresenta o Domingo Espetacular, da TV Record, apresentou a queixa-crime em 2006, alegando que Mainardi – colunista da revista Veja e apresentador do programa Manhattan Connection, da GloboNews – teria atingido sua honra objetiva e também subjetiva. Em vista dessas ofensas, Amorim pediu que Mainardi fosse condenado com base nos artigos 21 e 22 da Lei de Imprensa.
Mainardi foi absolvido em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo reverteu essa decisão, condenando Mainardi com base nos artigos 139 e 140 do Código Penal – uma vez que a Lei de Imprensa estava suspensa por conta da liminar concedida pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 130. A pena imposta pelo TJ foi de três meses de detenção, substituindo a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos – pagamento de três salários mínimos a serem revertidos para entidade pública assistencial.
A defesa de Mainardi recorreu dessa decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que a prescrição para os crimes previstos nos artigos 21 e 22 da Lei de Imprensa se concretizam no dobro do prazo da pena imposta – e que esse prazo teria sido ultrapassado entre a sentença e o acórdão. A Sexta Turma do STJ negou o habeas corpus, decisão então questionada pela defesa de Mainardi no STF.
Ao analisar o pedido de liminar, o ministro Dias Toffoli confirmou que a decisão do STJ não apresenta, de plano, nenhuma ilegalidade. Além disso, frisou o ministro, a corte superior deixou claro que o jornalista foi condenado pelos crimes previstos no Código Penal, e que a prescrição da pretensão punitiva do estado deve ser calculada também com base no Código Penal – que prevê em dois anos a prescrição para crimes com pena máxima de um ano, como no caso.
Aécio x Serra
Na posse da nova diretoria da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), o clima entre os empresários, políticos e demais presentes era de revolta e indignação com o candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) e a cúpula paulista do tucanato. Ninguém se conformava com a campanha movida pelos seguidores de Serra contra o ex-governador de Minas, Aécio Neves (também do PSDB) nas últimas semanas, apresentando como "impatriótica" sua decisão de não aceitar ser vice do paulista.
Como todos sabem esse título soa como infâmia nas Alterosas. Equivale a ser um lesa pátria, a praticar alta traição, já que foi lá que Tiradentes foi traído e enforcado por sonhar com um Brasil independente. Se o clima no empresariado e no meio político é esse, imagina no eleitorado mineiro que não pode nem ouvir falar num paulista na presidência da República... Além de tudo tucano e desafeto de Aécio Neves, então...
Sem contar que Minas não perdoa a forma autoritária com que Serra e o serrismo de São Paulo alijaram Aécio da disputa presidencial deste ano, enrolando-o e sem sequer considerar sua proposta de que o candidato fosse escolhido em prévias no partido.
Do blog do Zé Dirceu
Brasil condena ataque israelense a ativistas pró-Gaza e defende convocação do Conselho de Segurança da ONU
31/05/2010 -
Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.
O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.
Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.
Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.
A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.
O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.
Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.
O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.
Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.
Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.
A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.
O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.
Israel ataca frota de ajuda humatária a Gaza e mata "pelo menos 10 pessoas"
TEL AVIV - Israel atacou nesta segunda-feira, 31, um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, deixando mais de dez pessoas mortas, segundo o Exército israelense. A ação foi condenada por vários países e organismos internacionais, principalmente entre as nações árabes.
Israel defendeu sua ação, argumentando que ativistas armados atacaram soldados israelenses enquanto eles eram levados de helicóptero para o convés de um navio. O Exército de Israel afirmou que a arma de um de seus soldados foi tomada e usada para atacar os próprios militares do país. Ainda segundo o Exército israelense, ficaram feridos pelo menos 12 ativistas e 10 militares israelenses.
A emissora de TV israelense Channel 10 citou 19 passageiros mortos e 36 feridos. Um porta-voz militar israelense disse que não estava claro quem havia disparado primeiro.
Esse ataque pode inflamar as tensões por todo o Oriente Médio - nações árabes e funcionários palestinos condenaram fortemente a ação israelense. A Turquia também reagiu duramente. Ancara apoiava publicamente a flotilha, que incluía embarcações turcas. O Ministério das Relações Exteriores da Turquia divulgou comunicado, acusando Israel de violar a lei internacional e descrevendo as ações desse país como "inaceitáveis". O país exigiu uma explicação.
O ataque ocorreu na madrugada desta segunda-feira, em águas internacionais no Mar Mediterrâneo, a 128 quilômetros da Faixa de Gaza. A União Europeia pediu uma investigação abrangente sobre o incidente. Antes da partida dos barcos, os organizadores da flotilha haviam informado que vários parlamentares europeus integrariam a frota humanitária, mas não está claro se algum desses políticos está entre as vítimas.
O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse estar "profundamente chocado pelas consequências trágicas da operação militar de Israel", realizada contra "uma iniciativa humanitária". Em comunicado, Kouchner afirmou que "nada poderia justificar o uso de tal violência, que nós condenamos". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou o uso da força "desproporcional" por Israel.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou a perda de vidas e afirmou que esse incidente mostrou que há "uma clara necessidade de que Israel haja com comedimento".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem nesta semana um encontro marcado com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington. A rádio Israel informou que Netanyahu deve encurtar sua visita oficial para o Canadá e os EUA, por causa da crise.
Árabes
Israel reforçou a segurança no país, nesta segunda-feira, temendo protestos de palestinos e mais distúrbios. Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas protestavam contra a ação israelense. Os manifestantes na maior cidade turca gritavam pedindo "vingança" contra Israel.
Através do diplomata paquistanês Marghoob Saleem Butt, a Organização da Conferência Islâmica, que representa países islâmicos, condenou a ação israelense. A Arábia Saudita qualificou o incidente como "uma violação muito séria da lei internacional".
O Egito convocou o embaixador israelense para pedir explicações. A Jordânia e a Espanha também condenaram a ação dos militares israelenses. A Turquia anunciou que estava retirando seu embaixador de Tel-Aviv. O escritório do primeiro-ministro israelense advertiu os cidadãos locais para que não viajem à Turquia, temendo retaliações.
A frota levava 10 mil toneladas de ajuda humanitária e, segundo os israelenses, não acatou o bloqueio imposto à Faixa de Gaza por Israel. As informações são da Dow Jones.
ESTADÃO.COM.BR
As pesquisas nas eleições colombianas
O que aconteceu com as pesquisas na Colombia?
Durante meses elas apontavam empate. E ontem houve uma diferença de mais de 25 por cento. Deve ter sido o maior erro da história de pesquisas no mundo.
E uma curiosidade: Os jornais colombianos não falam no assunto.
Durante meses elas apontavam empate. E ontem houve uma diferença de mais de 25 por cento. Deve ter sido o maior erro da história de pesquisas no mundo.
E uma curiosidade: Os jornais colombianos não falam no assunto.
Brasil tem 2º maior crescimento global
PIB do País no 1º trimestre deve registrar aumento anualizado superior ao da China, ficando atrás apenas da Índia entre as maiores economias
Leandro Modé - O Estado de S.Paulo
O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O dado oficial só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira da semana que vem, mas, levando-se em conta as projeções do mercado financeiro, já é possível cravar que o País será um dos líderes em expansão no período.
O Itaú Unibanco, por exemplo, estima uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. É uma das projeções mais elevadas de todo o mercado. Em um cálculo anualizado ? ou seja, assumindo que o ritmo se manteria pelo resto do ano ?, seria o equivalente a crescer 12,6% em 2010.
Para ter uma ideia, a China se expandiu a um ritmo anual de 11,2% entre janeiro e março. O líder do ranking deve ser a Índia, que avançou a uma taxa anual de 13,4%. Os Estados Unidos, que ainda lutam para se recuperar da forte crise que atingiu o país em 2008, cresceram 3%.
O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, observa que há risco de a expansão brasileira no trimestre ser ainda mais forte. O departamento econômico da instituição calcula a alta do PIB mensalmente. Considerando os resultados de janeiro, fevereiro e março nesse levantamento, o crescimento no trimestre seria de 3,6%. Ele admite que os próprios analistas se surpreenderam com o número. Por isso, preferiram optar por uma estimativa mais conservadora.
Recuo. Independentemente da posição do Brasil nesse hipotético ranking global, o fato é que a expansão no trimestre foi bastante superior ao que praticamente todos os analistas esperavam. Por isso, sem uma única exceção, eles projetam uma desaceleração daqui para a frente.
O próprio Itaú acredita que o ritmo de crescimento do PIB vai cair da faixa de 12% para algo como 4% ou 5% no último trimestre do ano. É essa freada que explica a projeção de alta para 2010 inteiro, hoje em 7,5%.
Os especialistas argumentam que, nesse cenário, a expressiva desaceleração é bem-vinda. O Brasil, dizem, não consegue crescer a uma taxa superior a 4% ou 5% de forma sustentável ? ou seja, sem uma alta da inflação para um nível acima da meta estabelecida pelo governo e/ou sem abrir um rombo nas contas externas.
"O risco de acelerar demais é sair da estrada e ser obrigado a voltar para trás para retomar a rota", diz o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa. Por isso, avalia, o Banco Central (BC) acertou ao iniciar no mês passado o ciclo de elevações da taxa básica de juros (a chamada Selic subiu de 8,75% para 9,50% ao ano).
Se o BC demorasse para agir, diz Rosa, seria obrigado a retrair a economia de uma forma mais intensa, o que poderia causar até mesmo retração do PIB em algum trimestre.
Leandro Modé - O Estado de S.Paulo
O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O dado oficial só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira da semana que vem, mas, levando-se em conta as projeções do mercado financeiro, já é possível cravar que o País será um dos líderes em expansão no período.
O Itaú Unibanco, por exemplo, estima uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% nos três primeiros meses do ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. É uma das projeções mais elevadas de todo o mercado. Em um cálculo anualizado ? ou seja, assumindo que o ritmo se manteria pelo resto do ano ?, seria o equivalente a crescer 12,6% em 2010.
Para ter uma ideia, a China se expandiu a um ritmo anual de 11,2% entre janeiro e março. O líder do ranking deve ser a Índia, que avançou a uma taxa anual de 13,4%. Os Estados Unidos, que ainda lutam para se recuperar da forte crise que atingiu o país em 2008, cresceram 3%.
O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, observa que há risco de a expansão brasileira no trimestre ser ainda mais forte. O departamento econômico da instituição calcula a alta do PIB mensalmente. Considerando os resultados de janeiro, fevereiro e março nesse levantamento, o crescimento no trimestre seria de 3,6%. Ele admite que os próprios analistas se surpreenderam com o número. Por isso, preferiram optar por uma estimativa mais conservadora.
Recuo. Independentemente da posição do Brasil nesse hipotético ranking global, o fato é que a expansão no trimestre foi bastante superior ao que praticamente todos os analistas esperavam. Por isso, sem uma única exceção, eles projetam uma desaceleração daqui para a frente.
O próprio Itaú acredita que o ritmo de crescimento do PIB vai cair da faixa de 12% para algo como 4% ou 5% no último trimestre do ano. É essa freada que explica a projeção de alta para 2010 inteiro, hoje em 7,5%.
Os especialistas argumentam que, nesse cenário, a expressiva desaceleração é bem-vinda. O Brasil, dizem, não consegue crescer a uma taxa superior a 4% ou 5% de forma sustentável ? ou seja, sem uma alta da inflação para um nível acima da meta estabelecida pelo governo e/ou sem abrir um rombo nas contas externas.
"O risco de acelerar demais é sair da estrada e ser obrigado a voltar para trás para retomar a rota", diz o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa. Por isso, avalia, o Banco Central (BC) acertou ao iniciar no mês passado o ciclo de elevações da taxa básica de juros (a chamada Selic subiu de 8,75% para 9,50% ao ano).
Se o BC demorasse para agir, diz Rosa, seria obrigado a retrair a economia de uma forma mais intensa, o que poderia causar até mesmo retração do PIB em algum trimestre.
Eleição na Colombia vai para o 2º turno
Nome oficial: República da Colômbia
Forma de governo: República (Poder Executivo domina a estrutura de governo)
Capital: Bogotá
Divisão administrativa: 32 departamentos e 1 distrito capital
População: 43.677,372
Idioma: Espanhol
Grupos etnicos: Mestiços 58%, brancos 20%, mulatos 14%, negros 4%, cafuzos 3% e indígenas 1%
Religiões: Católicos Romanos 90% e outros 10% Fonte:
Após surpreender na apuração das urnas e conquistar 46,6% dos votos válidos, o candidato governista à Presidência da Colômbia e vencedor do primeiro turno, Juan Manuel Santos, convocou todas as forças políticas e todos os colombianos para um "grande acordo nacional".
Em discurso feito em um hotel de Bogotá no início da madrugada desta segunda-feira (31), após saber os resultados das eleições, Santos disse que “só unidos que os colombianos poderão derrotar o terrorismo, o desemprego, a corrupção, a impunidade e levar o país pelo caminho do progresso".
Feliz pelo triunfo sobre o candidato de oposição, Antanas Mockus, que conquistou 21,5%, o candidato governista aproveitou o discurso para elogiar e agradecer o apoio dispensado pelo atual presidente colombiano, Álvaro Uribe, do qual foi ministro da Defesa. Santos pediu aos colombianos que o apoiem no segundo turno, que será disputado contra Antanas Mockus no próximo dia 20 de junho.
Leia também sobre a eleição colombiana:
* Com ampla vantagem de Santos sobre Mockus, institutos de pesquisa são maiores derrotados da eleição na Colômbia
* Mockus tem votação muito abaixo do esperado, mas irá ao segundo turno contra Santos
* Herdeiro de Uribe vai com grande vantagem para o segundo turno na Colômbia
* Violência 'impediu muitos votos'' na Colômbia, dizem observadores
"Confesso que estou muito emocionado e recebo estes resultados com humildade", disse Santos a seus simpatizantes. “Este triunfo é o do presidente Uribe e seu imenso legado", afirmou o candidato, insistindo que seu objetivo é dar continuidade às políticas bem-sucedidas do atual presidente, especialmente em relação à segurança, e na criação de um "Governo de união nacional de todos para todos".
Santos também sinalizou para a possibilidade de um acordo com os outros candidatos à Presidência derrotados nas urnas, que não conseguiram chegar ao segundo turno, como Germán Vargas Lleras, Noemí Sanín e Rafael Pardo. "Não reconheço inimigos na política nacional nem no exterior", disse o governista, também fazendo alusão ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que o criticou duramente e disse que é uma "ameaça" para a Colômbia.
"Comigo vocês poderão dormir tranquilos", prometeu Santos aos colombianos, ao registrar que, se chegar à Presidência, dará o salto da política de "segurança democrática" de Uribe para a de "prosperidade democrática".
Onda verde
Mesmo com o entusiasmo do adversário e a decepção pela fraco desempenho nas urnas neste domingo, os seguidores de Antanas Mockus, batizados durante a campanha eleitoral como "onda verde", ainda gritavam "Sim, podemos".
A esperança dos verdes se ampara no histórico da candidatura de Mockus. Após ocupar as últimas posições nas pesquisas há três meses, o Parido Verde chegou ao segundo lugar das eleições e enfrentará o governista Santos no segundo turno.
Acompanhado por sua esposa, Adriana Córdoba, e os ex-prefeitos de Bogotá, Enrique Peñalosa e Luis Eduardo Garzón, Mockus conseguiu animar seus seguidores.
Em discurso após o final da votação, Mockus apelou para a inovação. "Hoje alcançamos uma meta que há poucos meses parecia impossível: passar ao segundo turno", disse.
Raio-x da Colômbia
"Se formos inovadores, vamos ganhar esse segundo turno. Sabemos que unidos podemos transformar radicalmente a sociedade. Sabemos que a violência, a desigualdade e a corrupção não são um destino, mas sim problemas que podemos superar”, afirmou o candidato.
Em seu discurso, o candidato reconheceu o trabalho não só de seus correligionários, mas também de seus oponentes, como o liberal Rafael Pardo, a conservadora Noemí Sanín, o esquerdista Gustavo Petro e Germán Vargas Lleras, do partido Mudança Radical. Mockus disse contar com eles e confiou em que a força da "onda verde" será suficientemente forte para alcançar a Presidência da Colômbia e começar "a transformar o país".
Resultado nas urnas
O candidato governista Juan Manuel Santos se consolidou como o mais votado nas eleições colombianas neste domingo, com 46,57% dos votos e 99,24% das urnas apuradas. Seu oponente, o candidato do Partido Verde, Antanas Mockus, obteve 21,48% dos votos.
O resultado surpreendeu a todos, já que as pesquisas de opinião indicavam um empate técnico entre os dois candidatos, dias antes do início da votação em todo o país. Como nenhum dos dois candidatos obteve mais de 50% dos votos, será necessário um segundo turno, realizado no dia 20 de junho.
Apesar disso, há denúncias espaças de que a candidatura de Santos teria sido beneficiada pela compra de votos, segundo acusa relatório da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Colômbia, divulgado durante a jornada eleitoral. Mesmo com a segurança reforçada em todo o país, foram registradas 17 ações armadas, de acordo com a entidade. "Esses ataques impediram que muitos eleitores chegassem aos centros de votação", relatou Ariel Ávila, da direção do MOE.
Germán Vargas Lleras, do Mudança Radical, foi o terceiro candidato mais votado do país, com 10,14%. Os outros candidatos são Gustavo Petro, do Polo Democrático Alternativo, com 9,16%, Noemi Sanín, do Partido Conservador Colombiano, 6,14%; e Rafael Pardo, do Partido Liberal, com 4,37%.
O presidente colombiano Álvaro Uribe disse, ao término do pleito que vai definir o seu sucessor, que o país recuperou a liberdade política que estava sequestrada, além de agradecer às Forças Armadas e aos cidadãos.
No total, 29,9 milhões de colombianos foram convocados às urnas. O governo esperava cerca de 50% a 53% de comparecimento, acima do índice de 45,5% de 2006. "Há grande afluência e normalidade. Chegaremos aos 15 ou 16 milhões de eleitores", disse Carlos Sánchez, diretor do Registro Nacional.
Farc
Tanto Santos quanto Mockus afirmam que não aceitariam soltar guerrilheiros presos pelas Farc em troca da libertação de reféns. Para Santos, apoiado pelo popular presidente Álvaro Uribe, acordos humanitários "não têm nada de humanitário" e incentivam a guerrilha a realizar mais crimes deste tipo, justamente em um momento em que esta prática foi reduzida.
Mockus, por sua vez, diz que não quer “nem ouvir falar em negociação enquanto o grupo armado detiver reféns” e defende que as libertações unilaterais precisam ser mediadas pela Cruz Vermelha e pela Igreja Católica.
Chavismo e Brasil
Seja Santos ou seja Mockus, o próximo presidente colombiano terá de lidar com uma relação deteriorada com a vizinha Venezuela. As relações com o país comandado por Hugo Chávez pioraram ainda mais em 2009, após a autorização da Colômbia para o uso de bases militares por tropas americanas e as acusações de Bogotá sobre um suposto desvio de armas venezuelanas às Farc.
Em julho de 2009, Chávez congelou as relações diplomáticas e comerciais com a Colômbia, o que motivou uma queda histórica do comércio bilateral. Outro vizinho que também pode dar dor de cabeça ao novo presidente é o Equador.
A tensão entre os dois países se intensificou após o ataque militar de 2008 a um acampamento das Farc em território do Equador, o que levou o governo equatoriano a romper relações diplomáticas com a Colômbia, situação que ainda não se normalizou.
Já o Brasil não deve dar trabalho ao sucessor de Uribe. Tanto Santos quanto Mockus falam em uma aproximação com o país. "O Brasil é um país chave nos processos de integração na América Latina”, afirmou o candidato oficial recentemente. Mockus, por sua vez, destacou que, se eleito presidente, pretende "intensificar" as relações com o Brasil, "buscando maior apoio em temas como educação, ciência e tecnologia".
Uol Notícias
domingo, 30 de maio de 2010
"Vocês são livres para serem escravos" - Por Brizola Neto
O presidente João Batista Figueiredo disse uma vez que “um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar”. José Serra – isso, este José Serra mesmo que “nem sabia” que ia ocupar ilegalmente 80% do horário do DEM em rede nacional de rádio e televisão – defendeu o fim do voto obrigatório na Constituinte, claro que com argumentos bem menos sinceros do que os do general-presidente.
Ambos, porém, partem do mesmo princípio: é a elite que, preferencialmente, deve decidir o destino do país.
Há um século os atormenta o inconformismo expresso na pergunta que se tornou clássica: porque o voto da cozinheira deve valer o mesmo que o meu?
Este é o pano de fundo da “pesquisa” – acho que, a esta altura, as aspas são mais que merecidas, não é? – publicada hoje pela Folha de S. Paulo, sob o título “Voto obrigatório divide o país”.
A divisão da pesquisa não é novidade. A idéia que se vende da política é a idéia que a elite, via mídia, espalha:”a política não tem nada a ver com as nossas vidas e os políticos não se importam com o povo”. A política que estas elites dominam e os políticos que servem a estas elites.
O ponto importante que esta questão reflete, porém, é outro: a divisão entre os que entendem que a sociedade como uma coletividade de indivíduos essencialmente iguais, malgrado as diferenças reais que tenham suas vidas, ou os que a querem como um simples arranjo de indivíduos que devam estabelecer ou manter relações de dominação social, econômicas e culturais sobre outros indivíduos sem poder de fazer o mesmo em relação a eles.
Esta diferença fica muito bem expressa nas duas opiniões registradas na matéria que acompanha a pesquisa.
Fabiano Santos, do IUPERJ, diz que “”O voto facultativo não é neutro do ponto de vista de quem deixa de votar. São as pessoas menos favorecidas que se afastam das urnas. Há uma exclusão das camadas mais pobres, mas deve haver pluralidade nas eleições.”
David Fleischer, da UNB, acha que o voto “teria mais qualidade”, sendo facultativo: “Se não fosse obrigação, o voto seria mais pensado. Hoje em dia, o cidadão que vai às urnas acaba votando em uma pessoa cujas propostas nem conhece. Só vota porque é um dever, e não porque pensou naquele voto.”
Eu, que não sou cientista político, acho que só posso fazer uma afirmação. Proporcionalmente, o número de pessoas com o sobrenome “Fleischer” que compareceria às urnas certamente seria maior do que os de sobrenome “Santos”.
Ironias à parte, o que aconteceria – e todas as pesquisas o mostram – que o fim da obrigatoriedade do voto significaria uma sobrerepresentação das camadas mais ricas da população e uma subrepresentação das mais pobres.
É por isso que o voto facultativo não vinha sendo um problema nas sociedades desenvolvidas – onde o nível de igualdade eoconômica é maior – mas sempre foi um fator de ilegitimidade do poder naquelas onde os padrões de desigualdade atingem níveis abissais, como é o caso do Brasil.
O voto obrigatório foi o início de uma democracia de massas no Brasil, onde só cerca de 10% dos brasileiros estavam inscritos como eleitores durante a República Velha, contra os quase 70% de hoje. Foi uma das principais motivações – e implantado em 1932 – da Revolução de 30. Foi uma das conquistas da “Era Vargas” que o governo FHC-Serra não conseguiu – e teve muita vontade disso – destruir.
O voto facultativo, ao contrário do que os liberais do início do século 20 e os neoliberais do século 21 diziam e dizem, é um retrocesso na qualidade da eleição. Não apenas porque, objetivamente, vai distorcer a realidade da representação política e estabelecer, na prática, “valores” diferentes para os votos como, também, vai favorecer a corrupção eleitoral e o “curralismo” praticado pelas oligarquias do interior.
O exercício do voto tem um custo. Um eleitor pobre que precise tomar um ônibus para ir votar, gasta 1% de seu salário´mínimo apenas para isso. Se um político corrupto quer oferecer alguma vantagem material para um eleitor e deseja ter o controle do voto, consegue fazer isso apenas verificando se o cidadão a quem prometeu algo foi votar. Ao contrário, pode também “marcar” – no caso de derrota – com mais facilidade o eleitor que compareceu. Se, numa determinada eleição onde não seja candidato, um chefete político determinar que o eleitor “não dê voto a ninguém” , basta ir ver quem vai votar.
Esta questão nos coloca, cruamente, o elitismo que se traveste em uma falsa “modernidade” e “liberdade”. Os pobres devem ser excluídos de tudo, das cidades, dos morros, da paisagem, das urnas. Bom mesmo é que fossem habitar os subterrâneos, como imaginou Aldous Huxley em seu “Admirável Mundo Novo”.
O direito ao voto é como o direito à liberdade. É irrenunciável, e cabe à sociedade evitar que se encontrem maneiras de aboli-lo na prática, mesmo que o indivíduo, por uma série de circunstâncias, aceite e pareça mesmo querer esta abolição. É como a escravidão: mesmo de “livre e espontânea vontade” uma pessoa em situação miserável não tem o direito de se vender como escravo, porque os valores de nossa coletividade não aceitam que, por qualquer circunstância, um ser humano seja reduzido a esta condição degradante.
Ninguém discute se um indivíduo, mesmo querendo, pode tirar sua própria vida, pode amputar um braço ou permanecer analfabeto. Isto degrada absolutamente um ser humano e não permitir a degradação absoluta do ser humano, mesmo voluntária, é um princípio civilizatório do qual as sociedades não podem se afastar, sob pena de voltarem à selvageria.
As nossas elites, perversas, controlam os meios de comunicação e fazem o que podem para apresentar como desprezível o exercício cidadão da política. Nesta matéria, por exemplo, tentam levar a gente “no bico”, dizendo que Dilma se beneficiaria do voto facultativo. O que não dizem é que é justamente na enorme parcela de pessoas mais pobres – e que não iriam votar – está o maior nível de desconhecimento de sua candidatura e do fato de ser ela a candidata apoiada por Lula.
Mas, como não é raro acontecer, os desejos desta gente se traem em atos falhos, como o de terem colocado, logo abaixo da manchete, a imagem dos catadores de lixo. Aí está o que, no fundo, querem destes subcidadãos: que estejam ali, naquela mesma condição do lixo, como algo que se usa e se joga fora.
Deve ser duro para eles admitir que ali estão seres humanos iguais a eles em direitos.
E que um dia, um dia que vem vindo, os terão.
O fator Serra e as marcas no PSDB - Luis Nassif
As obviedades dessa campanha são de cansar.
Serra dá o tiro na Bolívia. Aí a Veja aparece com a matéria prontinha, mostrando o perigo boliviano. Daqui a pouco vão ressuscitar os 200 mil guerrilheiros das FARCs que invadirão o Brasil pelo mar.
Agora, o Ruy Fabiano – contratado pela campanha de Serra – levanta a bola na coluna do Noblat, dizendo que graças à falta de ação do Itamarati, esse será uma das peças da campanha.
Onde esse pessoal está com a cabeça? Criaram um mundo circular em que meia dúzia de neocons falam para eles próprios sem se dar conta do entorno. É um autismo assustador. Montam toda uma encenação, articulam aqui e ali, Serra solta o rompante, a Veja repica a matéria, o Fabiano autoelogia o brilhantismo da estratégia do próprio grupo, todos rodopiando no meio do salão escuro, como nas velhas conspirações político-midiáticas, julgando que ninguém está acompanhando o bailado.
E a Internet inteira olhando aquele bailado louco e se indagando: o que deu neles? Montam toda uma encenação, supondo-a esperta, para um tema que só encontra ressonância em eleitores de ultradireita e nos órfãos de Sierra Maestra.
Cada vez que acompanho discussões sobre Cuba, Venezuela, Bolívia, guerra fria, aliás, dá um desânimo danado. São temas não apenas distantes da vida comum, do dia a dia real das pessoas, como da própria realidade política atual do país. É restrito a um mundico de nada na Internet, apenas isso. A importância desse tema é assegurar, no longo prazo, a consolidação de uma integração comercial e física da América Latina, algo que vai muito além das discussões de campanha.
Pode-se criticar pontualmente o Itamarati por uma ou outra atitude – quando, por exemplo, houve a expropriação de empresas brasileiras na Bolívia. Ou pela demora em se avançar na integração continental. Ou pode-se elogiar, sustentando que essa política cautelosa foi importante para garantir a estabilidade política da região, ameaçada pelos arroubos de Chávez e pela inexperiência de Morales.
Mas são discussões específicas, longe de configurar uma doutrina capaz de sensibilizar eleitores.
Em relação ao Mercosul, Serra repete os mesmos discursos dos anos 90, quando questionou o acordo automotivo com a Argentina. Em relação à Bolívia, retrocede ao período da Guerra Fria. Não conseguiu avançar uma análise minimamente diferenciada. É como se tivesse hibernado por 15 anos das discussões nacionais e acordado de repente.
E tudo para garantir o factóide da próxima semana, a próxima chamada de capa de Veja.
Não há a menor preocupação em definir um conjunto articulado de ideias e conceitos. É o que em jornalismo se chama de “o mancheteiro”, o sujeito capaz de extrair um slogan de uma matéria mas incapaz de escrever o artigo de fundo.
O resultado é patético.
Junto à centro-esquerda tornou-se uma caricatura. Quando cruzo com algum antigo militante do PSDB de Montoro e Covas, recebo olhares irônicos, tipo «em que fomos nos meter». Junto aos neocons, sempre será apenas um oportunista que quer embarcar na onda sem nunca ter pertencido ao grupo.
O resultado de tudo isso é o suicídio político de Serra. Terminada a aventura das eleições, haverá uma reconstrução da oposição. E, hoje em dia, sobram dúvidas sobre a viabilidade do PSDB de continuar comandando as oposições. As loucuras desse estilo neocon desvairado, a truculência nos ataques a adversários e a aliados, o uso de jornalistas cúmplices para atacar colegas, não apenas comprometeram a eleição de Serra, mas a própria viabilidade do PSDB como líder da nova oposição.
Será um duro trabalho de reconstrução da imagem do partido.
Do blog do Nassif
sábado, 29 de maio de 2010
Dilma 5 pontos na frente de Serra
Decisão sobre compra de caças pode sair neste semestre, afirma Jobim
Caça Rafale francês - uma das opções de compra
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reiterou hoje (28) que espera uma decisão do governo ainda neste semestre sobre a compra de novos aviões de caça para a Força Aérea Brasileira (FAB). Depois disso é que terá início o processo de compra. Três empresas – uma sueca, uma francesa e uma norte-americana – disputam a preferência do governo brasileiro, que pretendeai adquirir 36 aeronaves.
Segundo ele, a decisão será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que receber parecer do Conselho de Defesa Nacional sobre o assunto. Jobim negou que o ano de movimentação política possa atrapalhar a decisão.
Jobim afirmou que a Defesa Nacional "não é desenhada pela política. , é necessidade que vem sendo adiada há 20 anos e por isso mesmo não poderia ser resolvida de uma hora para outra".
O ministro lembrou que de 1995 para cá o processo de compra de aeronaves foi interrompido em três momentos, inclusive no ano passado, por causa da expectativa em torno da crise econômica mundial. Segundo ele, além da compra de 12 caças para a Força Aérea, o governo deve se preparar para substituir até 2015 os aviões Hércules 130 da FAB.
Nelson Jobim falou sobre o assunto em entrevista na Base Aérea de Brasília, depois da cerimônia comemorativa do Dia Internacional dos Mantenedores da Paz da Organização das Nações Unidas (Peacekeepers).
Desde 2008, a data vem sendo festejado em 28 de maio, com a participação de contingentes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Centenas de militares que já participaram de missões de paz do Brasil em diversos países desfilaram durante a solenidade, quando foi depositada uma coroa de flores em homenagem aos soldados mortos durante essas missões.
Edição: Tereza Barbosa
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reiterou hoje (28) que espera uma decisão do governo ainda neste semestre sobre a compra de novos aviões de caça para a Força Aérea Brasileira (FAB). Depois disso é que terá início o processo de compra. Três empresas – uma sueca, uma francesa e uma norte-americana – disputam a preferência do governo brasileiro, que pretendeai adquirir 36 aeronaves.
Segundo ele, a decisão será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que receber parecer do Conselho de Defesa Nacional sobre o assunto. Jobim negou que o ano de movimentação política possa atrapalhar a decisão.
Jobim afirmou que a Defesa Nacional "não é desenhada pela política. , é necessidade que vem sendo adiada há 20 anos e por isso mesmo não poderia ser resolvida de uma hora para outra".
O ministro lembrou que de 1995 para cá o processo de compra de aeronaves foi interrompido em três momentos, inclusive no ano passado, por causa da expectativa em torno da crise econômica mundial. Segundo ele, além da compra de 12 caças para a Força Aérea, o governo deve se preparar para substituir até 2015 os aviões Hércules 130 da FAB.
Nelson Jobim falou sobre o assunto em entrevista na Base Aérea de Brasília, depois da cerimônia comemorativa do Dia Internacional dos Mantenedores da Paz da Organização das Nações Unidas (Peacekeepers).
Desde 2008, a data vem sendo festejado em 28 de maio, com a participação de contingentes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Centenas de militares que já participaram de missões de paz do Brasil em diversos países desfilaram durante a solenidade, quando foi depositada uma coroa de flores em homenagem aos soldados mortos durante essas missões.
Edição: Tereza Barbosa
Serra rebate críticas da Bolívia sobre suas declarações: "não vale nota de 3 reais"
Chancelaria da Bolívia viu interesse eleitoral em declaração do tucano de que o governo do país vizinho é conivente com o tráfico de drogas
Ângela Lacerda / RECIFE - O Estado de S.Paulo
"Não vale uma nota de três reais", ironizou o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, em Olinda,(PE), na tarde desta sexta-feira, 28, em resposta às críticas do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia a suas declarações de que o país vizinho é conivente com o tráfico de cocaína para o Brasil.
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra (PSDB), não somente reafirmou hoje, em Olinda (PE), que a Bolívia faz “corpo mole” no combate ao tráfico de drogas, como considerou “não valer uma nota de três reais” a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia que avaliou seu posicionamento sobre o assunto como “político-eleitoral”.
“Quando entro numa briga é para valer, não tenho receio de enfrentar adversários e a coca tem do seu lado defensores e aproveitadores poderosos”, afirmou em entrevista, depois da festa de lançamento da pré-candidatura do seu aliado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo de Pernambuco.
“Eu acho que o governo brasileiro deve pressionar o governo boliviano fortemente, não pela força, mas pela pressão moral, no sentido de que combata a exportação da coca para o Brasil”, defendeu, ao avaliar ser “impossível” a Bolívia exportar 70, 80, 90 por cento da cocaína que se consome no Brasil sem que “o seu governo lá faça corpo mole”.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Cientistas testam a primeira vacina para parar de fumar
RIO - Cientistas dos Estados Unidos começaram os ensaios clínicos da primeira vacina para ajudar as pessoas a pararem de fumar e evitar que depois elas voltem ao vício. A vacina atua bloqueando a sensação de prazer produzida pela nicotina no fumante. Esta é a primeira vez que se adota este enfoque no combate ao tabagismo. Todos os tratamentos convencionais até hoje, como o chiclete de nicotina, tinham como objetivo fazer com que os fumantes largassem aos poucos o cigarro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que comemora na próxima segunda-feira, 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco, o tabagismo é a segunda causa de morto em todo o mundo, depois da hipertensão.
Os ensaios clínicos da nova vacina, chamada NicVax, serão feitos por médicos da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, em 25 clínicas americanas.
- O uso da vacina para tratar a dependência à nicotina é um dos enfoques mais inovadores que já foram feitos para combater o vício - disse o professor Jonathan Henry, que está conduzindo os testes. - Temos muitas esperanças de que esta estratégia ajudará os fumadores a abandonar o vício.
Quando a nicotina entra na corrente sanguínea cruza rapidamente a barreira entre os vasos e o encéfalo (a chamada barreira hematoencefálica, cuja função é impedir que as substâncias tóxicas a atravessem) e fica presa aos receptores de nicotina no cérebro. Isso provoca a liberação de substâncias estimulantes como a dopamina, que proporcionam ao fumante a sensação prazerosa que leva ao vício.
A nova vacina estimula o sistema imunológico para que ele produza anticorpos que aderem à nicotina criando uma substância grande demais para atravessar a barreira hematoencefálica. Assim, impedem que a nicotina cause a sensação de prazer. As primeiras fases dos ensaios clínicos mostraram que a vacina é capaz de criar este mecanismo e como os anticorpos permanecem no organismo por períodos mais longos, evita a retomada do vício.
A reicidência é um dos maiores problemas para se superar nos tratamentos atuais contra o tabagismo. Estudos comprovam que as taxas de retomada depois que um fumante larga o cigarro podem chegar a 90%.
Os cientistas disseram que nos ensaios clínicos feitos com cerca de mil indivíduos, os partoicipantes tomaram a vacina várias vezes durante 12 meses. Os resultados finais são esperados para 2012. E caso haja êxito, a vacina chegará logo depois ao mercado.
De O Globo
Propaganda demo foi eleitoral e não partidária - Por José Dirceu
Indiscutível: foi campanha eleitoral escancarada, ilegal, antecipada, fora do período permitido pela legislação, a presença do candidato da oposição ao Planalto, José Serra (PSDB-DEM-PPS) na rede nacional de "propaganda partidária" - que disso não teve nada - do ex-PFL-DEM exibida na noite de ontem em cadeia de rádio e TV.
Por quê? Porque Serra, além de não ser filiado ao DEM, partido que tinha direito de fazer aquela propaganda, ocupou 75% do tempo de 10 minutos do programa. Assim, o que fez foi campanha eleitoral tanto por sua apresentação; como pelos temas que tratou; quanto por expor o slogan “O Brasil pode mais” seu mote na disputa desse ano.
Mas, como não somos adeptos da judicialização da campanha, o que interessa é que o DEM e Serra retomaram o tema da segurança pública, além dos auto-elogios ao seu governo FHC/Serra - o DEM integrava a administração e Serra foi ministro do Planejamento e da Saúde por oito anos.
Oposição tentou organizar até o impeachment de Lula
Retomaram, ainda, a velha e batida acusação de que o PT prega a divisão do país entre classes sociais, quando o governo Lula é exatamente um exemplo mundial do oposto e o país nesse período viveu uma era de inclusão e evolução sociais. Exemplo sim de um governo sem crises institucionais, que promoveu mudanças e reformas sem violência, sem transgredir qualquer lei, muito menos a Constituição.
O presidente Lula conduz há quase oito anos uma gestão de respeito aos poderes Legislativo e Judiciário, e acatamento às decisões contrárias ao Executivo. Exemplo? O fim da CPMF, decidido no Congresso Nacional e que custou aos cofres públicos - por pura irresponsabilidade da oposição - um corte de R$ 40 bi no orçamento da Saúde do dia para a noite.
Esse é um governo que dialoga com todos os setores da sociedade, respeitou e respeita sim a oposição política - registre-se, sem reciprocidade - a liberdade de opinião, manifestação, reunião e organização, sem jamais ter reprimido qualquer ato dos adversários. Já a oposição não pode dizer o mesmo.
Várias vezes tentou desestabilizar o governo. Ainda bem que não conseguiu. E tentou no tapetão mesmo (no vale tudo) derrubar o presidente Lula tendo chegado, inclusive, a procurar organizar o seu "impeachment". Vocês se lembram...
Diap - Os 100 mais influentes do Congresso
Veja a lista completa dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso
Os "cabeças" do Congresso Nacional são, na definição do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de qualidades e habilidades. Entre os atributos considerados, o Diap destaca a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações.
ACRE
Senadores
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB)
Tião Vianna (PT)
ALAGOAS
Senador
Renan Calheiros (PMDB)
AMAPÁ
Senador
José Sarney (PMDB)
AMAZONAS
Deputada
Vanessa Grazziotin (PCdoB)
Senador
Arthur Virgílio (PSDB)
BAHIA
Deputados
ACM Neto (DEM)
Alice Portugal (PCdoB)
Daniel Almeida (PCdoB)
João Almeida (PSDB)
José Carlos Aleluia (DEM)
Jutahy Júnior (PSDB)
Sérgio Barradas Carneiro (PT)
CEARÁ
Senadores
Inácio Arruda (PCdoB)
Tasso Jereissati (PSDB)
DISTRITO FEDERAL
Deputados
Geraldo Magela (PT)
Rodrigo Rollemberg (PSB)
Tadeu Filippelli (PMDB)
Senadores
Cristovam Buarque (PDT)
Gim Argello (PTB)
ESPÍRITO SANTO
Deputada
Rita Camata (PSDB)
Senadores
Renato Casagrande (PSB)
Magno Malta (PR)
GOIÁS
Deputados
Jovair Arantes (PTB)
Sandro Mabel (PR)
Ronaldo Caiado (DEM)
Senadores
Demóstenes Torres (DEM)
Marconi Perillo (PSDB)
MARANHÃO
Deputado
Flávio Dino (PCdoB)
MATO GROSSO DO SUL
Deputado
Dagoberto (PDT)
Senador
Delcídio Amaral (PT)
MINAS GERAIS
Deputados
Gilmar Machado (PT)
Mário Heringer (PDT)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Virgílio Guimarães (PT)
PARÁ
Deputado
Jader Barbalho (PMDB)
Senador
José Nery (PSOL)
PARANÁ
Deputados
Abelardo Lupion (DEM)
Gustavo Fruet (PSDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Senador
Osmar Dias (PDT)
PERNAMBUCO
Deputados
Armando Monteiro (PTB)
Fernando Ferro (PT)
Inocêncio Oliveira (PR)
Maurício Rands (PT)
Roberto Magalhães (DEM)
Senadores
Marco Maciel (DEM)
Sérgio Guerra (PSDB)
PIAUÍ
Senador
Heráclito Fortes (DEM)
RIO DE JANEIRO
Deputados
Brizola Neto (PDT)
Chico Alencar (PSOL)
Eduardo Cunha (PMDB)
Fernando Gabeira (PV)
Miro Teixeira (PDT)
Rodrigo Maia (DEM)
Senador
Francisco Dornelles (PP)
RIO GRANDE DO NORTE
Deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB)
Senadores
Garibaldi Alves (PMDB)
José Agripino Maia (DEM)
RIO GRANDE DO SUL
Deputados
Beto Albuquerque (PSB)
Darcísio Perondi (PMDB)
Eliseu Padilha (PMDB)
Henrique Fontana (PT)
Ibsen Pinheiro (PMDB)
Marco Maia (PT)
Mendes Ribeiro Filho (PMDB)
Onyx Lorenzoni (DEM)
Pepe Vargas (PT)
Vieira da Cunha (PDT)
Senadores
Paulo Paim (PT)
Pedro Simon (PMDB)
Sérgio Zambiasi (PTB)
RONDÔNIA
Senador
Valdir Raupp (PMDB)
RORAIMA
Senador
Romero Jucá (PMDB)
SANTA CATARINA
Deputados
Fernando Coruja (PPS)
Paulo Bornhausen (DEM)
Vignatti (PT)
Senadora
Ideli Salvatti (PT)
SÃO PAULO
Deputados
Aldo Rebelo (PCdoB)
Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB)
Antônio Carlos Pannunzio (PSDB)
Antônio Palocci (PT)
Arlindo Chinaglia (PT)
Arnaldo Faria de Sá (PTB)
Arnaldo Jardim (PPS)
Arnaldo Madeira (PSDB)
Cândido Vaccarezza (PT)
José Aníbal (PSDB)
José Eduardo Cardozo (PT)
Luiza Erundina (PSB)
Márcio França (PSB)
Michel Temer (PMDB)
Paulo Pereira da Silva (PDT)
Ricardo Berzoini (PT)
Roberto Santiago (PV)
Vicentinho (PT)
Senadores
Aloizio Mercadante (PT)
Eduardo Suplicy (PT)
TOCANTINS
Deputado
Eduardo Gomes (PSDB)
Senadora
Kátia Abreu (DEM)
"Vamos fazer inveja no Serra" diz Lula a Evo
Presidentes participaram do 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.
Nesta semana, tucano disse que Bolívia é cúmplice do tráfico de drogas.
Da Agência Estado
Ao lado de Evo, Lula citou José Serra na hora de posar para fotoAo lado de Evo, Lula citou José Serra na hora de
posar para foto (Foto: AP)
Em momento de descontração logo após a foto oficial de chefes de Estado no 3.º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no saguão do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu abraçado ao boliviano Evo Morales e fez piada com o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que, na quarta-feira, afirmara que o governo da Bolívia "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil.
"Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra", disse Lula ao colega, rindo bastante, em frente aos fotógrafos. De mãos dadas como presidente do Brasil, Evo também riu, mas não comentou a declaração.
Pouco depois, a entrevista coletiva de Morales, que estava agendada para as 16h desta sexta-feira (28), foi cancelada. A jornalistas, o boliviano se recusou a responder a perguntas e deu um palpite sobre a Copa do Mundo: "O Brasil será campeão." O governo da Bolívia divulgou nota para rebater as declarações do tucano.
saiba mais
* Para Serra, governo da Bolívia é 'cúmplice do tráfico'
Antes, em discurso na reunião plenária de cúpula, no início da tarde, Morales foi muito aplaudido: "Precisamos salvar a humanidade e a natureza do capitalismo", defendeu. Para ele, criou-se uma "anticivilização" em que tudo vira mercadoria. "Essa anticivilização está levando à destruição do planeta", discursou. O presidente boliviano comparou a colonização da América a um "genocídio" e afirmou que a riqueza de civilizações europeias foi construída à custa de "sangue e ouro do nosso continente".
"Uma civilização não se faz com guerras, balas e bases militares. Não haverá paz enquanto não tiver justiça social."
Fabiano Santos no Jornal do Brasil - Perigoso caminho da partidarização do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral é instituição essencial em nossa engrenagem político-democrática. Foi criado após a Revolução de 30 com a clara e específica missão de estabelecer a verdade eleitoral.
Missão, em outras palavras, de aplicar o princípio, desobedecido sistematicamente durante a Primeira República, de acordo com o qual são eleitos os candidatos que obtêm o número necessário de votos para derrotar seus competidores.
Não estaríamos longe da verdade ao afirmar que o TSE tem cumprido seu papel com zelo e brilhantismo. Como prova disso, lembro que o processo eleitoral brasileiro é admirado e tido como exemplar em várias partes do mundo, sobretudo, após a adoção da urna eletrônica e o consequente aumento dos votos validados para os vários cargos em disputa.
Indago, portanto, entre surpreso e perplexo, de onde ministros daquele tribunal, procuradoras eleitorais e colunistas políticos importantes extraíram a ideia segundo a qual o chefe do Executivo não pode apoiar, nem lançar candidato a sua sucessão.(grifos nossos)
Fiz mais do que indagar ao léu: recorri aos manuais de filosofia e ciência política. Existiria alguma dogmática, doutrina ou teoria da democracia que prescreva tal conduta? Talvez algum grande erudito republicano possa nos esclarecer o ponto.
Contudo, nada encontrei que corroborasse o raciocínio dos ministros. Fiquei, então, preocupado com o rumo que a conjuntura política vem tomando.
Uma coisa é o uso da lei para pautar o comportamento dos atores e evitar a utilização indevida dos recursos econômicos e administrativos do estado em favor de tal ou qual candidatura. (grifos nossos)
Outra é a saudável discussão democrática sobre até que ponto os eleitores querem ou não dar continuidade a uma linha de ação, que envolve parcerias, coalizões, idas e vindas, políticas públicas, etc… O chefe do Executivo é neste último sentido peça fundamental da decisão do eleitor.
Não lembro ter havido revolta semelhante com a eleição de Celso Pitta e a ostensiva forma utilizada pelo prefeito de São Paulo na ocasião, Paulo Maluf, para indicar aos eleitores que aquele desconhecido secretário era seu candidato. Cito apenas um caso, mas o mesmo tem ocorrido em todo o país e em diferentes regiões. Trata-se de parte essencial do jogo, aceito por todos os atores e que já é tradição em nossa vida política. É lamentável constatar, por conseguinte, que autoridades do Judiciário tenham experimentado o perigoso caminho de extravasar de suas prerrogativas e função histórica.
Têm procurado avaliar moral e eticamente o comportamento de partidos, assim como de suas lideranças, como se fosse de sua competência tutelar a escolha eleitoral no Brasil.
É de se perguntar até mesmo se o estímulo em última instância, para esse perigoso exercício de judicialização do processo eleitoral, não seriam as inclinações partidárias de juízes e procuradoras. Hipótese plausível – a ser verificada com o desdobramento dos fatos. Sabemos que nos EUA o fenômeno da judicialização da política não é outra coisa senão a partidarização de segmentos do Judiciário, notadamente a Suprema Corte. Sabemos também que isto é até certo ponto inevitável e que o Executivo tem ultimamente buscado no Brasil algum equilíbrio no STF ao apontar progressistas para cadeiras vagas como forma de compensar o excesso de conservantismo após anos de governos de centro-direita.
O perigo diante de nós é atingir um órgão com a responsabilidade do TSE, pois não há como expô-lo às vicissitudes das disputas partidárias sem comprometer também, e em seus fundamentos, o admirável edifício democrático que a duras penas os brasileiros vêm construindo desde a promulgação da Carta de 1988.
Lamentável que autoridades do Judiciário tenham extravasado de suas prerrogativas
Quinta-feira, 27 de Maio de 2010 in: JBONLINE.
Chávez: pleito na Colômbia pode ajudar à retomada de relações
Hugo Chávez
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, sugeriu que, com as eleições do próximo domingo na Colômbia, podem se abrir as portas para o reinício das relações com esse país. Durante um discurso na instalação do comando de campanha socialista Bolívar 200, Chávez pediu para que o novo governante da nação vizinha seja uma pessoa com quem se possa falar e chegar a mínimos acordos de respeito.
"Estou esperando o domingo, e se tiver uma vitória em primeiro turno, eu serei o primeiro em agarrar o telefone e saudar o novo presidente da Colômbia", disse. "Espero que termine bem esse processo", pediu.
Ele indicou que, com o atual executivo, não se pode manter relações. "Não se pode manter relações com um governo como o da Colômbia, que se presta ao jogo do império de agredir um país vizinho, que é irmão para valer", afirmou.
A seguir, o governante referiu-se aos laços históricos que unem ambas as nações, e disse que a Venezuela nunca estaria em guerra com um estado irmão. "Somos de um mesmo povo, de uma mesma terra, de uma mesma pátria".
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, sugeriu que, com as eleições do próximo domingo na Colômbia, podem se abrir as portas para o reinício das relações com esse país. Durante um discurso na instalação do comando de campanha socialista Bolívar 200, Chávez pediu para que o novo governante da nação vizinha seja uma pessoa com quem se possa falar e chegar a mínimos acordos de respeito.
"Estou esperando o domingo, e se tiver uma vitória em primeiro turno, eu serei o primeiro em agarrar o telefone e saudar o novo presidente da Colômbia", disse. "Espero que termine bem esse processo", pediu.
Ele indicou que, com o atual executivo, não se pode manter relações. "Não se pode manter relações com um governo como o da Colômbia, que se presta ao jogo do império de agredir um país vizinho, que é irmão para valer", afirmou.
A seguir, o governante referiu-se aos laços históricos que unem ambas as nações, e disse que a Venezuela nunca estaria em guerra com um estado irmão. "Somos de um mesmo povo, de uma mesma terra, de uma mesma pátria".
Brasileiros criam vírus artificial da AIDS que pode gerar vacina
RECIFE - Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com as Universidades Federais do Rio de Janeiro e de São Paulo, conseguiu criar em laboratório uma versão artificial do vírus HIV, segundo reportagem da rádio CBN. Segundo os cientistas, o vírus sintético poderá levar ao desenvolvimento de uma vacina para o tratamento de pacientes com Aids.
O vírus foi elaborado a partir de uma técnica similar à da clonagem. O protótipo piloto foi desenvolvido há duas semanas com o apoio financeiro de uma empresa de controle de doenças dos EUA. Mais de US$ 500 mil foram empregados na compra de equipamentos, materiais e na distribuição de bolsas no último ano. A equipe que criou o vírus sintético é a mesma que trabalha no desenvolvimento da vacina terapêutica.
O medicamento é feito com as células responsáveis pela imunidade do organismo.
Do Jornal do Brasil
Bolívia afirma que declarações de Serra são "irresponsáveis" e "político-eleitorais"
Evo Morales
Ariel Palacios / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo
"Irresponsáveis" e "político-eleitorais" foram as expressões utilizadas nesta sexta-feira, 28, pelo Ministério da Relações Exteriores da Bolívia para definir as declarações realizadas pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que especulou nesta semana que o governo boliviano poderia ser eventual cúmplice do tráfico de cocaína da Bolívia para o Brasil. Segundo a chancelaria boliviana, as declarações de Serra foram "desaprensivas" (palavra usada para 'irresponsáveis', 'imorais' ou 'inescrupulosas'), pois "fariam alusão a nosso país em relação ao tráfico ilegal de drogas".
A diplomacia boliviana indicou que "rejeita enfaticamente as declarações realizadas". Segundo a chancelaria em La Paz, as afirmações de Serra poderiam "ser atribuídas provavelmente a intenções político-eleitorais de absoluta incumbência de sua candidatura". Mas, afirma a chancelaria boliviana, "como tais afirmações não refletem a realidade, o ministério das Relações Exteriores manifesta que os governos da Bolívia e do Brasil estão realizando ações conjuntas na luta contra o flagelo do narcotráfico, no marco da Segunda Estratégia de Cooperação entre a polícia da Bolívia e o Departamento da Polícia Federal do Brasil, conforme a responsabilidade compartilhada que existe neste assunto".
No comunicado, a chancelaria boliviana sustenta que o governo em La Paz "ratifica o compromisso assumido de luta contra o tráfico ilícito de drogas, o mesmo que se reflete através dos resultados obtidos em coordenação com os organismos internacionais especializados no assunto".
Ariel Palacios / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo
"Irresponsáveis" e "político-eleitorais" foram as expressões utilizadas nesta sexta-feira, 28, pelo Ministério da Relações Exteriores da Bolívia para definir as declarações realizadas pelo pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que especulou nesta semana que o governo boliviano poderia ser eventual cúmplice do tráfico de cocaína da Bolívia para o Brasil. Segundo a chancelaria boliviana, as declarações de Serra foram "desaprensivas" (palavra usada para 'irresponsáveis', 'imorais' ou 'inescrupulosas'), pois "fariam alusão a nosso país em relação ao tráfico ilegal de drogas".
A diplomacia boliviana indicou que "rejeita enfaticamente as declarações realizadas". Segundo a chancelaria em La Paz, as afirmações de Serra poderiam "ser atribuídas provavelmente a intenções político-eleitorais de absoluta incumbência de sua candidatura". Mas, afirma a chancelaria boliviana, "como tais afirmações não refletem a realidade, o ministério das Relações Exteriores manifesta que os governos da Bolívia e do Brasil estão realizando ações conjuntas na luta contra o flagelo do narcotráfico, no marco da Segunda Estratégia de Cooperação entre a polícia da Bolívia e o Departamento da Polícia Federal do Brasil, conforme a responsabilidade compartilhada que existe neste assunto".
No comunicado, a chancelaria boliviana sustenta que o governo em La Paz "ratifica o compromisso assumido de luta contra o tráfico ilícito de drogas, o mesmo que se reflete através dos resultados obtidos em coordenação com os organismos internacionais especializados no assunto".
Lula defende acordo nuclear com o Irã e politica de "entendimento"
RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 28, que o Brasil "aposta no entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo" ao defender os acordos entre o Brasil e o Irã e disse que visitou a República Islâmica no início do mês "buscando uma solução negociada para os conflitos".
No discurso de abertura do Terceiro Fórum Aliança de Civilizações das Nações Unidas, que acontece no Rio de Janeiro, Lula argumentou que "o mundo precisa do Oriente Médio em paz e o Brasil não está alheio a essa necessidade".
O presidente também afirmou "acreditar que a energia nuclear deve ser um instrumento para o desenvolvimento, não uma ameaça". Segundo ele, a adesão do Brasil a essa aliança "está em sintonia com os princípios universalistas que regem o Estado brasileiro e sua política externa".
Lula ainda considerou que os arsenais nucleares são "obsoletos e de um tempo já superado" e lembrou que o Brasil é um dos "poucos países que consagram o desarme em sua Constituição".
O fórum se estende até o sábado e conta com a presença de outros chefes de Estado, como a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, o presidente da Bolívia, Evo Morales, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Erdogan, por sua vez, disse que as potências nucleares "deveriam eliminar" suas próprias armas atômicas para serem "convincentes" em suas exigências ao Irã. "Quando ouvimos pessoas falando sobre impedir que o Irã consiga armas nucleares, quem pede isso são os que têm essas armas", disse o premiê.
Segundo Erdogan, a paz mundial, principal argumento dos países que pedem o fim do programa nuclear do Irã, está intrinsecamente atrelada à posse de armas atômicas. "Quem fala disse deveria eliminar as armas nucleares em seus próprios países. Não conseguiremos ter a paz mundial com a proliferação dos arsenais atômicos", argumentou.
Brasil e Turquia, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), lutam pelo diálogo entre o Irã e as potências nucleares, que desejam impôr sanções contra a República Islâmica por conta de seu programa atômico. Esses países acreditam que Teerã pretenda produzir armas nucleares, o que o governo nega.
Turquia, Brasil e Irã firmaram um acordo no início do mês que prevê que a República Islâmica envie 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido (LEU, na sigla em inglês) e recebe em troca 120 quilos de material nuclear pronto para ser usado em seu reator de pesquisas.
No entanto, os membros permanentes do Conselho de Segurança - EUA, Rússia, Reino Unido, França e China - aprovaram um rascunho de uma quarta rodada de sanções contra o Irã. O documento atualmente circula no órgão da ONU e deve ser avaliado formalmente em junho.
Economia
Lula falou também sobre a crise econômica que abalou o mundo a partir de 2008. "A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou a necessidade de se contar com organizações multilaterais poderosas", disse. "Encontramos resistência a mudanças, com governantes transferindo o ônus da crise aos mais fracos, com medidas protecionistas, responsabilizando imigrantes pelos problemas."
Do ESTADÃO.COM.BR
Bertolt Brecht - O analfabeto político
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Marco Aurélio Garcia diz que Serra é o exterminador do futuro da política externa
O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu hoje (27) as críticas do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à relação do Brasil com a Bolívia, classificando o tucano como "o exterminador do futuro da política externa" do país.
Ontem (26), Serra disse que o governo boliviano, de Evo Morales, "é cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil. O tucano fez a declaração em entrevista a um programa de rádio, quando falava sobre a ideia de criar um Ministério da Segurança Pública caso ele seja eleito.
"O Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento", afirmou Garcia.
Marco Aurélio Garcia ressaltou ainda que Serra "deveria ser mais prudente" em suas declarações, que não são compatíveis com as suas "aspirações" ao cargo de presidente.
Com informações do Uol
Serra comete gafe diplomática e grosseria contra a Bolívia, diz Fernando Ferro, líder do PT
O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), qualificou hoje (27) o ex-governador de São Paulo, José Serra, de “irresponsável e preconceituoso” por acusar o governo da Bolívia de cumplicidade com o narcotráfico. Ele ironizou o pré-candidato tucano à Presidência da República por mostrar "coragem" contra um pequeno país sul-americano e preservar, ao mesmo tempo, os Estados Unidos, o maior consumidor de cocaína do planeta, e a Colômbia, que além de ser o principal aliado norte-americano na América do Sul é o maior produtor mundial da droga. O Peru ocupa o segundo lugar.
Segundo Ferro, o tucano mostra uma “indignação seletiva” com o grave problema do narcotráfico, deixando de lado a Colômbia , talvez por ter “ identidade política e ideológica com os partidos conservadores” que hoje governam aquele país. “ Preferiu trazer a sua coragem, a sua verve, contra a pequena Bolívia”, declarou Ferro. “Foi uma gafe diplomática e uma grosseria contra um país vizinho e membro do Mercosul”.
Serra, em entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro, afirmou: "Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disto."
Na avaliação do líder do PT, o linguajar do tucano é “policialesco” e também “despreparado e desqualificado” para tratar do tema. “Esperamos que seja corrigido para que melhore o nível desse tipo de debate e não crie tensões diplomáticas desnecessárias e situações constrangedoras”.
Para Ferro, “a declaração do tucano mostra uma visão colonizada e uma postura submissa a determinados interesses internacionais”. Ele suspeitou também que por trás da declaração haja a intenção real de atacar a Bolívia, como os tucanos defenderam no primeiro mandato de Evo Moralez, quando este decidiu nacionalizar as reservas de petróleo e gás do país, afetando interesses de empresas estrangeiras, entre elas a Petrobras.
Ele frisou que a produção de cocaina na Colômbia, Peru e Bolívia só existe por causa do mercado consumidor, que encontra nos EUA a maior demanda. O petista reparou que o narcotráfico é um problema de escala mundial e criticou a visão reducionista de Serra.
“É lamentável que o candidato tucano esteja mal informado, mal assessorado e, talvez, mal intencionado. Porque, ao fazer tal afirmação, ele desconhece a realidade dos institutos que trabalham essa questão do narcotráfico e informações policiais”, disse Ferro.
Ferro observou que, hoje, na América Latina, o meganegócio da droga está ligado a cartéis, cuja operações levam até mesmo à desestabilização institucional. Citou, como exemplo, o México, que hoje se defronta com uma guerra interna contra o narcotráfico.
Folhas de coca
De acordo com o último relatório do UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime), de 2009, a Bolívia é apenas o terceiro cultivador de folha de coca. Em primeiro lugar está a Colômbia (81.000 hectares), seguida do Peru (56.000 hectares). A Bolívia tem em torno de 30.500 hectares. Assim, Colômbia e Peru cultivam 4,5 vezes mais folha de coca que a Bolívia.
Em relação às tendências recentes, o relatório do UNODC observa que houve, em 2008, um pequeno aumento das áreas cultivadas no Peru (4%) e na Bolívia (6%). Entretanto, o relatório também observa que a atual área de folha de coca da Bolívia (30.500 hectares) é significativamente inferior aos números prevalecentes na década de 1990 (cerca de 50.000 hectares).
Apreensões
Ainda conforme o relatório do UNODC, a quase totalidade da cocaína consumida nos EUA vem da Colômbia e passa pelo México. Em relação à Europa, as estatísticas feitas com base nas apreensões indicam que 48% dos países europeus indicam que a cocaína lá consumida vem da Colômbia, seguida do Peru (30%). A Bolívia é mencionada em apenas 18% dos relatórios nacionais dos países europeus.
O relatório não tem dados específicos sobre o consumo no Brasil. Entretanto, o CIA Factbook menciona que a Colômbia é responsável pela “quase totalidade” da cocaína consumida nos EUA e pela “grande maioria” da cocaína consumida em outros mercados. A mesma fonte menciona também que a Bolívia é “país trânsito” da cocaína refinada que vem da Colômbia e do Peru, destinada ao Brasil, Argentina, Chile e Europa.
Na realidade, de acordo com as informações disponíveis, a Bolívia nunca teve grande capacidade de refino. Na cadeia da cocaína, ela é essencialmente um país primário-exportador e corredor de trânsito. O tráfico e o refino mundiais são oligopolizados pelos grandes cartéis colombianos.
O consumo da folha de coca não é ilegal na Bolívia. A nova Constituição da Bolívia reconhece o hábito de mascar folha de coca como um patrimônio cultural ancestral do país. Por outro lado, o tráfico de cocaína é reprimido. Conforme o governo boliviano, depois da expulsão da DEA (Drug Enforcement Administration ), que usava métodos violentos contra os cultivadores tradicionais da folha de coca, os indicadores relativos ao combate ao narcotráfico começaram a melhorar.
Liderança do PT
Barbosa liga Rodrigo Maia a esquema de Arruda
Acompanhado. Barbosa esteve em evento com sua mulher
BRASÍLIA
O delator do "mensalão do DEM" do Distrito Federal, Durval Barbosa, afirmou ao Estado que o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema montado pelo governador cassado José Roberto Arruda.
"O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda", disse Barbosa. Autor dos vídeos que levaram à queda de Arruda, de quem foi secretário de Relações Institucionais, Barbosa afirmou que a participação do presidente nacional do DEM é uma das vertentes da nova fase das investigações, com as quais colabora por meio de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal.
"O Ministério Público vai pegar", afirmou, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal. O ex-secretário também acusou o PMDB de receber pagamentos mensais do esquema de Arruda.
Barbosa conversou com o Estado na quarta-feira à noite, quando participava de uma festa para mais de 500 pessoas numa das casas de eventos mais badaladas de Brasília. Era a abertura de uma feira de noivas.
Fama. Acompanhado da mulher, Kelly, Durval circulou com desenvoltura entre os convidados. Depois de passar meses fora de Brasília sob proteção da Polícia Federal, o ex-secretário, agora com pose de celebridade, tenta voltar às rodas sociais da capital federal.
Camiseta Versace sob o blazer bem cortado e ostentando no pescoço um vistoso pingente de ouro com o nome da mulher, o ex-secretário de Arruda passou pouco mais de duas horas na festa, sempre sob o olhar atento de dois seguranças armados.
A fama adquirida após tornar-se homem-bomba do escândalo que defenestrou Arruda do governo tem feito com que muitos o evitem: no período em que permaneceu no evento, Barbosa conversou com menos de dez pessoas.
Na mesma festa, estava o presidente do DEM no Distrito Federal, senador Adelmir Santana. Razão para constrangimento? Para Barbosa, não. "O constrangimento é de quem roubou", disse.
A metralhadora do delator do mensalão candango segue ativa. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda.
Cota mensal. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. "Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB", afirmou Barbosa. "Inclusive tem um áudio sobre isso", emendou.
O ex-secretário se recusou a dar detalhes sobre os supostos pagamentos ao DEM e ao PMDB sob o argumento de que o acordo de delação premiada o impede de falar a respeito de assuntos sob investigação. Ele indicou, porém, que está contando o que sabe ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Indagado sobre o que tem acrescentado às investigações da Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela PF em novembro passado, primeiro ele fez mistério. "Vem muito mais por aí", declarou. Depois, fez mais uma de suas profecias: "Mais uns 60 vão ser presos."
Do ESTADÃO.COM.BR
BRASÍLIA
O delator do "mensalão do DEM" do Distrito Federal, Durval Barbosa, afirmou ao Estado que o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema montado pelo governador cassado José Roberto Arruda.
"O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda", disse Barbosa. Autor dos vídeos que levaram à queda de Arruda, de quem foi secretário de Relações Institucionais, Barbosa afirmou que a participação do presidente nacional do DEM é uma das vertentes da nova fase das investigações, com as quais colabora por meio de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal.
"O Ministério Público vai pegar", afirmou, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal. O ex-secretário também acusou o PMDB de receber pagamentos mensais do esquema de Arruda.
Barbosa conversou com o Estado na quarta-feira à noite, quando participava de uma festa para mais de 500 pessoas numa das casas de eventos mais badaladas de Brasília. Era a abertura de uma feira de noivas.
Fama. Acompanhado da mulher, Kelly, Durval circulou com desenvoltura entre os convidados. Depois de passar meses fora de Brasília sob proteção da Polícia Federal, o ex-secretário, agora com pose de celebridade, tenta voltar às rodas sociais da capital federal.
Camiseta Versace sob o blazer bem cortado e ostentando no pescoço um vistoso pingente de ouro com o nome da mulher, o ex-secretário de Arruda passou pouco mais de duas horas na festa, sempre sob o olhar atento de dois seguranças armados.
A fama adquirida após tornar-se homem-bomba do escândalo que defenestrou Arruda do governo tem feito com que muitos o evitem: no período em que permaneceu no evento, Barbosa conversou com menos de dez pessoas.
Na mesma festa, estava o presidente do DEM no Distrito Federal, senador Adelmir Santana. Razão para constrangimento? Para Barbosa, não. "O constrangimento é de quem roubou", disse.
A metralhadora do delator do mensalão candango segue ativa. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda.
Cota mensal. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. "Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB", afirmou Barbosa. "Inclusive tem um áudio sobre isso", emendou.
O ex-secretário se recusou a dar detalhes sobre os supostos pagamentos ao DEM e ao PMDB sob o argumento de que o acordo de delação premiada o impede de falar a respeito de assuntos sob investigação. Ele indicou, porém, que está contando o que sabe ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Indagado sobre o que tem acrescentado às investigações da Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela PF em novembro passado, primeiro ele fez mistério. "Vem muito mais por aí", declarou. Depois, fez mais uma de suas profecias: "Mais uns 60 vão ser presos."
Do ESTADÃO.COM.BR
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Itamar critica Serra e pede que ele "esqueça o adversário"
O ex-presidente Itamar Franco (PPS) atacou hoje, em Belo Horizonte, a postura do presidenciável do PSDB, José Serra, nesta etapa de pré-campanha. Citando o ex-governador de Minas Magalhães Pinto, disse que “quando você não quer falar mal do adversário, então você esquece o adversário”. Para Itamar, Serra não tem que elogiar o Governo do presidente Lula, como costuma fazer, já que ele é adversário da candidata petista, a ex-ministra Dilma Rousseff.
Além de Aécio, Itamar chegou a ser cotado para vice na chapa tucana em várias etapas das negociações. No entanto, algumas rusgas entre ele e Serra são antigas. Mas, como o seu partido apoia os tucanos na disputa nacional, seu nome foi colocado em discussão. O ex-presidente mandou recados ao próprio PPS que, segundo ele, “se adiantou” na definição do apoio a Serra. Mostrando certo descontentamento com a sigla, disse que, já que as coisas foram decididas, agora “terá que contribuir” com a campanha tucana.
Segundo colocado nas pesquisas para a disputa ao Senado – Aécio aparece disparado em primeiro – Itamar disse que enquanto todas as coligações no Estado não estiverem bem claras, ele não é pré-candidato. E pediu para que “não insistam mais” na especulação sobre a vice-presidência.
Beija-flor
“Se ele fosse candidato a vice faria uma campanha de beija-flor, viria aqui de vez em quando, bicava aqui bicava lá…”. Foi esta a forma que Itamar escolheu para elogiar a decisão do ex-governador Aécio Neves de não aceitar a vice de Serra na corrida ao Planalto. Somente na disputa ao Senado, segundo ele, Aécio poderá se dedicar a Minas. “Em outros estados, para o governador Serra, ele até pode fazer campanha de beija-flor, aqui em Minas não”, completou, em alusão ao fato de o concorrente ter que ficar focado no seu Estado e na reeleição de Anastasia.
Blog do Nassif
Lula participa da reinauguração do Teatro Municipal no Rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na noite desta quinta-feira ao Teatro Municipal do Rio, que está sendo reinaugurado depois de dois anos fechado para a realização de obras de reforma e restauração.
Acompanhado pelo governador Sergio Cabral (PMDB) e pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), Lula subiu as escadarias que levam ao Teatro e foi recebido, na entrada principal, por Carla Camurati, presidente da instituição.
Com o presidente chegaram os ministros Juca Ferreira (Cultura), José Gomes Temporão (Saúde) e Márcio Fortes (Cidades).
A programação da noite terá balé, ópera e concerto, com estrelas como o pianista Nelson Freire, a bailarina Ana Botafogo e o maestro Roberto Minczuk regendo a Orquestra Sinfônica Brasileira.
A lei e a moralidade - Por Brizola Neto
Acabamos de assistir a uma flagrante prova da imoralidade da oposição PSDB-DEM. Burlaram, deliberadamente a lei. Sabiam que estavam transgredindo, não subjetivamente, mas objetivamente.
Não foi, num programa tucano, a exaltação de Serra, um de seus integrantes que podia – ou não – ser considerada propaganda antecipada.
Foi violação direta, expressa, objetiva, flagrante, criminosa. Foi fazer algo que se sabia proibido, anunciado previamente.
Quando, amanhã, apresentarem uma defesa pró-forma, às impugnações que sofrerão, a estratégia será a de dizer que a lei eleitoral permite eventos conjuntos de partidos. Verdade, se não fosse um pequeno detalhe: não é um programa eleitoral, regido pelas instruções que o permite. É um programa partidário, regido pela lei 9.096 que, não é demais repetir mil vezes, estabelece que é proibida a participação de pessoas filiadas em outros partidos. Com todas as letras.
José Serra e os dirigentes do DEM associaram-se para transgredir a lei. E outros, como o PPS e o PTB já anunciam pelos jornais que vão se juntar a essa associação,
Só quem tem a certeza da impunidade age assim.
Não li uma palavra do Ministério Público, que vai aos jornais ameaçar de cassação Dilma Roussef.
Não li um protesto em um grande jornal.
Todos vão continuar parados?
Nós não levantamos a bandeira da legalidade eleitoral por acaso. E não a deixaremos cair.
Um homem que se presta a ser integrante de uma associação feita com o fim de transgredir a lei delibradamente, sabendo que a punição não virá, a não ser como algo inócuo, não tem condições morais de sequer pretender chegar à Presidência da República.
Em 1954, quando houve a posse dos deputados federais e estes iam, um a um, jurar a Constituição, ao chegar a vez de Carlos Lacerda, Leonel Brizola agarrou um microfone e disse:
“Este vai ser um juramento falso, Sr. Presidente, porque ele está pregando o golpe lá fora e vem jurar a Constituição aqui dentro”
Acho que falta alguém com a coragem de dizer que o aspirante a rei está nú, em sua vergonha moral.
Governo Lula provou que se pode crescer e controlar a inflação, afirma Dilma
Na noite de ontem (26), durante entrevista ao vivo para o telejornal SBT Brasil, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, abordou assuntos como violência escolar, combate ao crime organizado, valorização das empresas estatais como a Petrobras e o crescimento econômico do país.
Segundo ela, é possível combinar o desenvolvimento do país com o controle da inflação. “Provamos no governo Lula que podemos crescer e controlar a inflação. A minha meta é crescer e controlar a inflação”.
Confira momentos mais importantes da entrevista:
Redução de impostos
Acredito que a gente tem de fazer um corte nos impostos que atingem os bens de capitais [máquinas e equipamentos]. Você tem que desonerar o investimento. Porque esta última alteração que o governo do presidente Lula fez com o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] mostrou que, ao se desonerar, você aumenta a arrecadação de impostos. Mas você não aumenta imediatamente as receitas. Acho que tem de desonerar investimento, desonerar as exportações. Não se pode ficar exportando tributos e tem de desonerar o emprego.
Segurança pública
O combate ao crime organizado é a ação forte da polícia do estado com a Força Nacional de Segurança Pública, combinada com uma ação de volta com a presença do Estado [aos locais de maior criminalidades]. É possível, sim, enfrentar o crime organizado e derrotá-lo.
Penas criminais
O correto é que a pena para determinados crimes, quando ela é dada, tem de ser cumprida integralmente. Não se libera o criminoso antes da hora.
Violência escolar
Não é possível deixar o jovem brasileiro à mercê do crime. Hoje nós temos um dos fatores mais graves que é o crack. O governo Lula permite ter concretamente a esperança fundada de que, com políticas sociais de integração e melhoria de renda combinadas com políticas de valorização dos laços sociais, você pode impedir que o jovem só tenha desesperança na frente dele. Ele tem de ter esperança e valores.
Mulheres
A mulher, hoje, vence pelos seus próprios méritos. Hoje elas já passaram os homens no que se refere à iniciativa de criação de empresa e de ganhar dinheiro com a sua empresa. A mulher, hoje, está preparada para fazer o que ela acha que deve fazer. Outro dia, apareceu uma menina com a mãe ao lado de mim. Chamava-se Vitoria, e a mãe disse o seguinte: eu a trouxe aqui para você dizer a ela que menina pode. No caso, ela estava querendo dizer para ela que menina pode ser presidente do Brasil.
Ditadura militar
Eu combati a ditadura do primeiro dia ao último dia. Lutei pela democracia. Quando o país mudou, eu mudei com o país.Depois que você passa pela experiência do cárcere, tortura, prisão, pessoas que desapareceram, aprende o valor intrínseco da democracia na carne.
Nomeações no governo
Você tem de exigir que a pessoa indicada para o cargo tenha credenciais para ocupá-lo e seja um profissional competente.
Empresas públicas e privadas
É uma maluquice alguém pretender privatizar a Petrobras. Eu não sou a favor de estatizar nenhuma área, hoje, ocupada por empresas privadas. Já as estatais existentes, eu não sou a favor de vender o patrimônio público.
Inflação
É uma discussão absurda que se tinha de ter mais inflação ou mais desenvolvimento. Provamos no governo Lula que nós podemos crescer e controlar a inflação. A minha meta é crescer e controlar a inflação.
Convenção do PT vai homologar Dilma no dia 13 de junho
Acontece no dia 13 de junho, em Brasília, a Convenção Nacional do PT que vai homologar o nome da ex-ministra Dilma Rousseff como candidata do partido à Presidência da República.
A Convenção será no Centro de Eventos Unique Palace (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Conjunto 30), a partir das 10h.
Petistas interessados em participar devem procurar os respectivos Diretórios Estaduais, que irão fazer uma pré-inscrição e, posteriormente, definir as delegações.
IBGE: desemprego de 7,3% em abril é o mais baixo desde o início da série histórica em 2002
A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,3% em abril, informou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, divulgado na Pesquisa Mensal de Emprego, representa um recuo tanto em relação a março, quando a taxa havia sido de 7,6%, quanto na comparação com abril de 2009, quando havia sido de 8,9%.
O resultado veio abaixo da previsão de analistas, que estimavam taxa de 7,6%. No ano, o desempenho de abril foi o mais baixo desde janeiro.
Segundo o IBGE, é a taxa mais baixa para um mês de abril desde o início da série histórica em 2002.
O total de desocupados atingiu 1,710 milhão, queda de 4,4% mês a mês e recuo de 16,4% na comparação anual.
Os dados analisam a situação de seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 1.424,10, estável em relação ao de março (R$ 1.423,32) e 2,3% maior que o de abril de 2009 (R$ 1.392,65).
Quanto à população ocupada, de 21,820 milhões de pessoas em abril, na média das seis regiões metropolitanas investigadas, houve crescimento ante março (21,748 milhões) e ante abril de 2009 (20,913 milhões).
Mercado paulistano
A Região Metropolitana de São Paulo, que responde por cerca de 40% dos ocupados nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, registrou uma taxa de desemprego de 7,7% em abril, ante 8,2% em março.
Em abril do ano passado, a taxa era de 10,2%. O gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, Cimar Azeredo, destacou a geração de vagas na região, onde o número de ocupados aumentou 0,9% em abril ante março, com mais 84 mil postos de trabalho. Ante abril do ano passado, a ocupação em São Paulo aumentou 3,8%, com geração de 335 mil vagas.
Azeredo destacou também o aumento do emprego na indústria paulista, onde houve 11 mil contratações de março para abril e 47 mil novas vagas em relação a abril do ano passado. Segundo ele, esse movimento ascendente é positivo porque as mudanças no mercado de trabalho metropolitano do País sempre começam em São Paulo e acabam se espalhando para as demais regiões.
De acordo com Azeredo, a queda na taxa de desemprego na região de março para abril só não foi maior porque ainda há 767 mil pessoas em busca de uma vaga em São Paulo. "A partir do final do primeiro trimestre, em cenário de economia aquecida, é natural que as pessoas voltem a buscar uma vaga no mercado de trabalho, reduzindo o ritmo de queda da desocupação", disse.
Carteira assinada
Das 907 mil vagas geradas nas seis principais regiões metropolitanas do país em abril deste ano, comparativamente a igual mês do ano passado, 704 mil são vagas com carteira assinada, segundo Azeredo. O porcentual de ocupados com carteira assinada no universo total das seis regiões subiu para 51% em abril, a maior fatia da série histórica iniciada em março de 2002 - quando o porcentual com carteira era de 46%.
O número de empregados com carteira aumentou 1,2% em abril ante março e subiu 7,5% na comparação com abril de 2009. De acordo com Azeredo, o aumento nas vagas com carteira reflete o crescimento do emprego em segmentos como indústria e serviços. O setor industrial registrou um aumento de 1,2% no número de ocupados em abril ante março e de 4,8% na comparação com abril do ano passado. O grupamento de serviços prestados às empresas (inclui intermediação financeira) registrou queda de 1,2% ante março, mas aumento de 6,4% na comparação com abril do ano passado.
(Com informações da Reuters e da Agência Estado)
O resultado veio abaixo da previsão de analistas, que estimavam taxa de 7,6%. No ano, o desempenho de abril foi o mais baixo desde janeiro.
Segundo o IBGE, é a taxa mais baixa para um mês de abril desde o início da série histórica em 2002.
O total de desocupados atingiu 1,710 milhão, queda de 4,4% mês a mês e recuo de 16,4% na comparação anual.
Os dados analisam a situação de seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 1.424,10, estável em relação ao de março (R$ 1.423,32) e 2,3% maior que o de abril de 2009 (R$ 1.392,65).
Quanto à população ocupada, de 21,820 milhões de pessoas em abril, na média das seis regiões metropolitanas investigadas, houve crescimento ante março (21,748 milhões) e ante abril de 2009 (20,913 milhões).
Mercado paulistano
A Região Metropolitana de São Paulo, que responde por cerca de 40% dos ocupados nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, registrou uma taxa de desemprego de 7,7% em abril, ante 8,2% em março.
Em abril do ano passado, a taxa era de 10,2%. O gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, Cimar Azeredo, destacou a geração de vagas na região, onde o número de ocupados aumentou 0,9% em abril ante março, com mais 84 mil postos de trabalho. Ante abril do ano passado, a ocupação em São Paulo aumentou 3,8%, com geração de 335 mil vagas.
Azeredo destacou também o aumento do emprego na indústria paulista, onde houve 11 mil contratações de março para abril e 47 mil novas vagas em relação a abril do ano passado. Segundo ele, esse movimento ascendente é positivo porque as mudanças no mercado de trabalho metropolitano do País sempre começam em São Paulo e acabam se espalhando para as demais regiões.
De acordo com Azeredo, a queda na taxa de desemprego na região de março para abril só não foi maior porque ainda há 767 mil pessoas em busca de uma vaga em São Paulo. "A partir do final do primeiro trimestre, em cenário de economia aquecida, é natural que as pessoas voltem a buscar uma vaga no mercado de trabalho, reduzindo o ritmo de queda da desocupação", disse.
Carteira assinada
Das 907 mil vagas geradas nas seis principais regiões metropolitanas do país em abril deste ano, comparativamente a igual mês do ano passado, 704 mil são vagas com carteira assinada, segundo Azeredo. O porcentual de ocupados com carteira assinada no universo total das seis regiões subiu para 51% em abril, a maior fatia da série histórica iniciada em março de 2002 - quando o porcentual com carteira era de 46%.
O número de empregados com carteira aumentou 1,2% em abril ante março e subiu 7,5% na comparação com abril de 2009. De acordo com Azeredo, o aumento nas vagas com carteira reflete o crescimento do emprego em segmentos como indústria e serviços. O setor industrial registrou um aumento de 1,2% no número de ocupados em abril ante março e de 4,8% na comparação com abril do ano passado. O grupamento de serviços prestados às empresas (inclui intermediação financeira) registrou queda de 1,2% ante março, mas aumento de 6,4% na comparação com abril do ano passado.
(Com informações da Reuters e da Agência Estado)
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