quinta-feira, 27 de maio de 2010
A lei e a moralidade - Por Brizola Neto
Acabamos de assistir a uma flagrante prova da imoralidade da oposição PSDB-DEM. Burlaram, deliberadamente a lei. Sabiam que estavam transgredindo, não subjetivamente, mas objetivamente.
Não foi, num programa tucano, a exaltação de Serra, um de seus integrantes que podia – ou não – ser considerada propaganda antecipada.
Foi violação direta, expressa, objetiva, flagrante, criminosa. Foi fazer algo que se sabia proibido, anunciado previamente.
Quando, amanhã, apresentarem uma defesa pró-forma, às impugnações que sofrerão, a estratégia será a de dizer que a lei eleitoral permite eventos conjuntos de partidos. Verdade, se não fosse um pequeno detalhe: não é um programa eleitoral, regido pelas instruções que o permite. É um programa partidário, regido pela lei 9.096 que, não é demais repetir mil vezes, estabelece que é proibida a participação de pessoas filiadas em outros partidos. Com todas as letras.
José Serra e os dirigentes do DEM associaram-se para transgredir a lei. E outros, como o PPS e o PTB já anunciam pelos jornais que vão se juntar a essa associação,
Só quem tem a certeza da impunidade age assim.
Não li uma palavra do Ministério Público, que vai aos jornais ameaçar de cassação Dilma Roussef.
Não li um protesto em um grande jornal.
Todos vão continuar parados?
Nós não levantamos a bandeira da legalidade eleitoral por acaso. E não a deixaremos cair.
Um homem que se presta a ser integrante de uma associação feita com o fim de transgredir a lei delibradamente, sabendo que a punição não virá, a não ser como algo inócuo, não tem condições morais de sequer pretender chegar à Presidência da República.
Em 1954, quando houve a posse dos deputados federais e estes iam, um a um, jurar a Constituição, ao chegar a vez de Carlos Lacerda, Leonel Brizola agarrou um microfone e disse:
“Este vai ser um juramento falso, Sr. Presidente, porque ele está pregando o golpe lá fora e vem jurar a Constituição aqui dentro”
Acho que falta alguém com a coragem de dizer que o aspirante a rei está nú, em sua vergonha moral.
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