Antanas Mockus (à esq.) do Partido Verde, e Juan Manoel Santos, do Partido de La U
Segundo levantamento da consultoria Ipsos divulgado em 22 de maio, Santos tem 34% dos votos, tecnicamente empatado com 32% de Mockus, números próximos aos divulgados pela Gallup. Nenhum dos outros candidato chega a 10% nas pesquisas recentes.
Essa situação leva a disputa para o segundo turno, com possível vantagem do candidato verde. Para a Ipsos, Mockus conquistaria 45% e Santos ficaria com 40% na votação apenas entre os dois.
Santos foi ministro do Comércio Exterior no governo de César Gaviria (1990-1994) e ministro das Finanças do presidente Andrés Pastrana (1998-2002), entre outros cargos de governo. Sua última e mais importante função foi a de ministro da Defesa, condição na qual liderou o ataque contra os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que libertou a então refém Ingrid Betancourt em 2008.
Com essas credenciais, Santos se tornou o candidato que prometia prosseguir com as conquistas do Uribismo. “Não mudemos de galinha para os três ovinhos: o ovinho da segurança, o ovinho dos investimentos e o ovinho da política social. Mantenhamos o mesmo rumo”, declarou o próprio presidente a uma rádio local esta semana, em referência a Santos.
Mas a bênção de Uribe parece insuficiente para garantir a vitória, como demonstrou o rápido crescimento da popularidade do líder do Partido Verde, Antanas Mockus, que passou de 9% para 38% nas intenções de voto entre março e abril, segundo a pesquisa Ipsos
Matemático e filósofo filho de imigrantes lituanos, Mockus foi prefeito de Bogotá por duas vezes (1995-1997 e 2001-2003), e implementou na capital uma política de combate ao crime aliada a investimentos sociais que hoje é referência internacional.
Ao lado das conquistas em Bogotá, Mockus é lembrado por suas extravagâncias. Para educar os motoristas, colocou mímicos nas ruas, em iniciativa polêmica. Aliada a outras medidas, a ideia conseguiu reduzir o número de mortes em acidentes de trânsito.
Também como prefeito, defendeu a ordem de fechar os bares mais cedo pendurando uma cenoura no pescoço, em referência aos coelhos que supostamente não ficam na rua até tarde. Quando reitor de uma universidade, chegou a abaixar as calças para ser ouvido pelos estudantes.
Mas ganhou respeito ao rivalizar com o tradicional Santos nas pesquisas de intenção de voto, após conquistar milhares de seguidores nas redes sociais da internet e animar os eleitores mais jovens.
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