O festival de irresponsabilidade da oposição

Do blog do Zé Dirceu

Hipócrita, para dizer o mínimo, a cena da oposição comemorando no Congresso Nacional o fim do fator previdenciário e o aumento de 7,7% para os aposentados. Aprovaram as duas medidas com o único e exclusivo objetivo de depois explorar eleitoralmente o veto do presidente da República. O fim do fator previdenciário, então, é um exemplo do que nos espera - uma mistura de demagogia e irresponsabilidade - na campanha para o pleito de outubro e até o fim deste governo a 31 de dezembro.

Fator previdenciário, aliás, aprovado em 1999, pelo governo FHC, fato que a imprensa, a raras exceções, esconde hoje e nos últimos. A incoerência maior dessa história é que quem aprovou e comemorou as duas medidas é essa mesma oposição que dia sim e no outro também prega corte de gastos e de impostos e tenta instaurar pânico no país divulgando um suposto déficit interno e externo que não existe.

Sem tirar nem por, é a mesma oposição capitaneada pela dupla PSDB-DEM que extinguiu irresponsavelmente na virada de 2007/2008 a CPMF retirando R$ 40 bi do orçamento geral da União sem criar outra receita para a Saúde. Agora, na pré-campanha eleitoral, e com seu candidato a presidente, José Serra (PSDB-DEM-PPS), à frente, deita falação sobre os problemas dessa área.

No governo FHC/Serra, salário mínimo só se desvalorizava

Justo a oposição, que não os resolveu em seus governos estaduais critica no federal! Como fez Serra no encontro com mil prefeitos em Brasília (ontem) quando afirmou que a Saúde "desacelerou" depois que ele deixou de ser ministro. Pois é, e parou nos governos comandados por ele na Prefeitura da capital e no governo de São Paulo!

Nunca é demais recordar que foi no governo FHC, do PSDB-PFL - hoje DEM, mas que já foi, também, Frente Liberal, PDS, ARENA, UDN... - que os aposentados sofreram o maior arrocho de seus benefícios, com reformas previdenciárias que lhes tiraram direitos, ampliaram encargos e tornaram irrisórios pensões, aposentadorias e demais beneficios que lhes eram pagos.

Nunca é demais recordar que foi no governo FHC/Serra (1995-2002), repito, que o salário mínimo só se desvalorizava e perdia valor, a cesta básica subia e o desemprego era o destino de milhões de brasileiros. Com Serra integrando o comando da economia como ministro do Planejamento, e depois da Saúde.