quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ibovespa tem melhor semana do ano com alta acumulada de 6%

Por Beatriz Cutait | Valor

SÃO PAULO – O decepcionante desempenho do mercado de trabalho americano em agosto deu combustível para a queda das bolsas nesta sexta-feira. A economia do país não conseguiu criar vagas de trabalho no período e teve o pior resultado desde setembro de 2010.

No Brasil, uma realização de lucros já era aguardada, após a alta de 9,8% conquistada pelo Ibovespa nos últimos cinco pregões.

De toda forma, os dados adicionaram preocupações em relação à trajetória da economia americana e colocaram mais pressão sobre as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Uma terceira edição do chamado “quantitative easing” - mecanismo pelo qual o Fed compra títulos para injetar dinheiro na economia - não sai do foco.

Esta expectativa continuou a mover o apetite a risco nesta semana, mas, nesta sexta-feira, as vendas prevaleceram sobre as compras nas bolsas.

O Ibovespa fechou hoje com desvalorização de 2,73%, aos 56.531 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 7,111 bilhões. Ainda assim, a alta na semana atingiu 6%, a mais elevada para o período desde a apurada entre os dias 19 e 23 de julho de 2010 (6,39%). No ano, o índice ainda acumula perda de 18,4%.

No mercado americano, as bolsas mostraram trajetória semelhante. Neste pregão, o índice Dow Jones caiu 2,20%, aos 11.240,26 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 2,58%, para 2.480,33 pontos, e o S&P 500 perdeu 2,53%, aos 1.173,97 pontos. Na semana, as praças acionárias fecharam praticamente estáveis.

Vale lembrar que, na próxima segunda-feira, o mercado americano estará fechado, devido ao feriado do Dia do Trabalho.

Após a euforia do mercado com a queda inesperada da taxa Selic no Brasil, o foco voltou ao enfraquecimento dos Estados Unidos e ao impasse entre a Grécia e órgãos internacionais para que o país europeu conte com o prometido socorro financeiro.

O operador da Icap Brasil Carlos Augusto Nielebock não acredita em um descolamento brasileiro do exterior por conta da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir os juros básicos da economia.

“Ainda há fundamentos para a queda. A falta de confiança faz o mercado andar rápido para cima e para baixo, e o efeito da decisão do Copom para a Bovespa pode ser de curto prazo”, diz.

Empresas

No cenário corporativo doméstico, a maioria das ações recuou nesta jornada, com destaque para a devolução dos ganhos recentes das construtoras. MRV ON cedeu 5,56%, a R$ 13,40, Brookfield ON caiu 6,75%, a R$ 6,90, e Rossi ON recuou 6,94%, a R$ 12,20. Além disso, B2W ON teve baixa de 7,75%, a R$ 16,05, e ALL ON perdeu 6,92%, a R$ 9,00.

Em diante da baixa dos preços das commodities, Vale PNA perdeu 1,56%, a R$ 40,35, com giro de R$ 499 milhões, enquanto Petrobras PN cedeu 3,18%, a R$ 20,37, com volume financeiro de R$ 495 milhões.

Dentre as poucas altas do Ibovespa, TAM PN subiu 2,6%, a R$ 35,40, Marfrig ON ganhou 1,58%, a R$ 8,33, e Cesp PNB avançou 1,01%, a R$ 29,85.

Agenda

A próxima semana será curta, dado o feriado americano de segunda-feira e o do Brasil, na quarta. O operador de renda variável da Hencorp Commcor Rafael Dornaus destaca a divulgação do Livro Bege do Fed, os dados de atividade e inflação na China e a própria ata da reunião do Copom.

(Beatriz Cutait | Valor)

Valor Econômico

Bolsonaro e o decoro parlamentar

Não se iluda o deputado pelo Rio de Janeiro. Se houver uma vontade política da maioria da Câmara dos Deputados, o seu mandato poderá vir a ser cassado por falta de decoro parlamentar. O conceito de decoro é político. O julgamento político não se submete aos ritos jurídicos comuns.

Os debates parlamentares são, normalmente, incontroláveis. Desde que há parlamentos, as discussões conduzem a insultos e impropérios. Mas nem sempre os mais audaciosos na virulência, ou no mau gosto de seus argumentos, conseguem ser bem sucedidos na política. A ironia inteligente, a lógica no argumento e a paciência didática na defesa de uma idéia, ou de uma posição em assuntos pontuais, são sempre mais eficientes no confronto parlamentar.

O deputado Jair Bolsonaro, quer isso nos agrade ou não, representa uma parcela ponderável do eleitorado do Rio de Janeiro, constituída de militares saudosistas do regime ditatorial, de obstinados lacerdistas, de neoconservadores. Sua presença no Parlamento é assim legítima, de acordo com os ritos da democracia representativa. Ele é protegido, pelo que disser na tribuna, pela imunidade parlamentar. Sendo assim, nada pode impedir seus excessos verbais – a não ser uma ação política. O julgamento político, pelo parlamento, não está sujeito a regras jurídicas. Ele depende da vontade da maioria dos representantes do povo, sobretudo quando se trata de verificar se o acusado ofendeu ou não o decoro parlamentar.

Na defesa de suas idéias, mais do que conservadoras, o deputado Bolsonaro não se impõe limites. Ninguém pode impedir que ele defenda um governo de extrema direita, da mesma forma que seria estúpido impedir que alguém defendesse o contrário, ou seja, uma política de extrema-esquerda, conforme garante a Constituição. Mas aos debates parlamentares convém um mínimo de cortesia e de respeito aos outros. Bolsonaro é costumeiro em se dirigir, sobretudo às mulheres, com palavras pesadíssimas, que não são próprias de um cavalheiro, senhor de sua hombridade - em todos os significados do último vocábulo.

Quase sempre depois de um escorregão mental, ele se desculpa, e procura muletas semânticas, a fim de amenizar o que dissera antes. Essa é uma tática comum, não só no parlamento como na vida de todos os dias, a de desmentir intenções. Na realidade, os doestos, uma vez disparados, permanecem com seus efeitos perversos.

É natural que a muitas pessoas pareça incômoda a postura da sociedade moderna diante de certos comportamentos humanos, que lhes pareçam antinaturais, como é o caso do homossexualismo. A História nos mostra que a intolerância diante desses comportamentos é cíclica e variável nas culturas nacionais de cada época. O fato é que esses comportamentos fazem parte da condição humana. Talvez conviesse ao deputado Bolsonaro ampliar o leque de suas preocupações, e não limitá-las a um só assunto. Ele corre o risco de além da imagem de violento, também se tornar um parlamentar aborrecido, com seu samba de uma nota só.

Sua última tentativa de ofensa à presidente Dilma Rousseff – já acostumada a injúrias vis, como a de que é “assassina de criancinhas” - com a ridícula e desprezível insinuação divulgada, provocou a reação de grande parte dos parlamentares, muitos deles já alvos da agressividade verbal de Bolsonaro. Não se iluda o deputado pelo Rio de Janeiro. Se houver uma vontade política da maioria da Câmara dos Deputados, o seu mandato poderá vir a ser cassado por falta de decoro parlamentar. O conceito de decoro é político. O julgamento político não se submete aos ritos jurídicos comuns. É um ato de vontade da maioria, que o exerce conforme a Constituição.

Como disse, em debate crucial na Assembléia Francesa, o grande Robespierre, ao defender a sentença de morte contra Luís 16, o julgamento político nada tem a ver com a legislação penal.

Sendo assim, convém a Bolsonaro controlar a sua linguagem.


Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.

Carta Maior

Governo deve anunciar nos próximos dias novas medidas de estímulo ao crédito, diz Pimentel

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo deverá divulgar nos próximos dias novos estímulos ao crédito, suspendendo restrições feitas no início do ano como parte de medidas macroprudenciais. A informação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que participou hoje (30) da Conferência Américas + 10: Empresas e Empresários nas Américas em 2022. O evento ocorre na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo Pimentel, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está tratando do assunto e conversou na semana passada sobre as novas ações com empresários do varejo e da indústria, em São Paulo. O ministro de Desenvolvimento lembrou que o Banco Central já adotou medidas para estimular o consumo, suspendendo parte das restrições criadas este ano.

Sem dar detalhes sobre as ações a serem anunciadas, Fernando Pimentel disse que muitos benefícios podem ser concedidos na área do crédito, ao citar aumento de prazos, reclassificação por categoria na hora de oferecer financiamentos, além dos juros que vão ser cobrados.

Agência Brasil

Votação do Código Florestal no Senado é adiada para a semana que vem

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Contrariando o desejo de governistas e da própria oposição, a votação do novo Código Florestal, prevista para hoje (30), foi adiada para a próxima terça-feira (6). Isso porque, ontem (29), o PSOL conseguiu obstruir a votação de um requerimento de urgência que iria possibilitar que a votação do projeto ocorresse hoje.

Com base em trechos do Regimento Interno do Senado, o líder do partido, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), alegou que o substitutivo do senador Jorge Viana (PT-AC), que será votado no plenário, não havia sido publicado ainda no Diário do Senado.

Como o regimento da Casa prevê que, para quebra do interstício, há a necessidade de concordância unânime de todos os líderes, e o PSOL manteve a posição de não permitir a votação. Com isso, a análise da matéria acabou ficando para a próxima semana.

"Vamos votar hoje à tarde o requerimento de urgência [que foi lido agora há pouco no plenário da Casa], mas como o regimento prevê a realização de duas sessões antes de votar a matéria, ela será votada terça à tarde", disse o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, o atraso na votação do código não deve atrapalhar outra votação, a da proposta de emenda à Constituição, que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU).

Agência Brasil

Comissão de Ética da Presidência da República recomenda exoneração do ministro Carlos Lupi

Luciana Lima

Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu hoje (30) recomendar à presidenta Dilma Rousseff a exoneração de Carlos Lupi do cargo de Ministro do Trabalho e Emprego. De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações apresentadas pelo ministro sobre as denúncias de irregularidades no ministério não foram convincentes.

A decisão de fazer a recomendação e de aplicar uma advertência ao ministro, mais alta punição que cabe à comissão aplicar, foi tomada, de acordo com Pertence, de forma unânime pelos seis conselheiros que participaram hoje (30) da última reunião do ano. "A decisão já foi encaminhada à presidenta Dilma Rousseff, e ela foi unânime", disse.

De acordo com Sepúlveda Pertence, não houve um fato específico que motivou a decisão da comissão. "A história dos convênio irregulares firmados com pessoas de seu partido e a própria resposta apresentada pelo ministro ao juízo da comissão motivaram a decisão", disse.

Lupi é acusado de utilizar em uma viagem pelo interior do Maranhão, em 2009, um avião privado, alugado pelo dono de uma rede de organizações não governamentais que, meses depois, ganhou um contrato para atender a projetos do ministério.

Agência Brasil


Copom reduz Selic em 0,5 ponto percentual e taxa termina o ano em 11%

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promoveu hoje (30) a terceira redução consecutiva de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que baixou de 11,5% para 11% ao ano. Com isso, a taxa que remunera os títulos públicos depositados no Serviço Especial de Liquidação e Custódia, termina o ano próxima aos 10,75% do final de 2010.

De acordo com nota divulgada há pouco, o Copom justifica que "dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, decidiu por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 11% ao ano, sem viés". Ou seja, não há possibilidade de revisão da taxa. "O Copom entende que, ao tempestivamente, mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012."

No começo deste ano, o colegiado de diretores do BC retomou o processo de aperto monetário como forma de combater o aumento da inflação, fenômeno verificado desde outubro do ano passado. Com isso, o Copom elevou a Selic por cinco reuniões seguidas até atingir o pico de 12,5%, no dia 20 de julho. O aumento acumulado do período foi 1,75 ponto percentual.

A partir do segundo semestre, o comitê entendeu que era hora de afrouxar a política monetária, uma vez que a deterioração da economia externa – notadamente na Europa e nos Estados Unidos – contribuía para a redução de pressões inflacionárias no mercado interno. Mesmo contra críticos do mercado financeiro, e até de dentro do próprio BC, o Copom aprovou, por 5 a 2, a primeira redução de 0,5 ponto percentual no final de agosto.

Dosagem igual foi repetida ao fim da reunião de 18 e 19 de outubro, já com unanimidade do colegiado, pois o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que serve de parâmetro para a inflação dava sinais de declínio. O IPCA acumulado em 12 meses, findos em setembro, somava 7,31%. O índice acumulado até outubro caiu para 6,97%, mais próximo do teto da meta anual de inflação, que é 6,5%.

Depois da redução acumulada de 1,5 ponto percentual, promovida nas duas últimas reuniões, a maioria dos analistas financeiros consultados pelo BC acredita na possibilidade de pelo menos mais duas reduções na taxa Selic, no início de 2012, como reflexo dos últimos pronunciamentos do presidente do BC, Alexandre Tombini, nos quais ele tem acenado com a possibilidade de “ajustes moderados”.

Edição: Lana Cristina





Agência Brasil

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bombeiro de Colider-MT se arisca para salva filhote de arara



You Tube

Jô Soares entrevista Eike Batista 20/05/2011






You Tube

Beethoven e mambo -

Por Fernando Menezes






Regência: Akira Miyagawa



Quem afinal é João Faustino Ferreira Neto?

por Luiz Carlos Azenha
João Faustino Ferreira Neto, suplente do senador José Agripino Maia (DEM-RN), foi preso em Natal durante a Operação Sinal Fechado, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. Foi acusado de pertencer a uma organização criminosa que teria atuado junto ao Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte. Ele e outros nove acusados tiveram a prisão temporária prorrogada até o próximo sábado, 2 de dezembro.
As acusações, basicamente, se referem ao que o MP chamou de golpes: um, o que obrigava os tomadores de financiamentos para compra de veículos do Rio Grande do Norte a registrar as transações em cartório (com custo de 130 a 800 reais por veículo, segundo o MP); outro, referente à contratação de uma empresa para fazer a inspeção veicular nos moldes da que a empresa Controlar faz em São Paulo.
O Blog do Barbosa, do Rio Grande Norte, reproduzido pelo Conversa Afiada, republicou entrevista dada por João Faustino ao Jornal do Commercio, do Recife, no dia 8 de agosto de 2009.
Trechos:
JORNAL DO COMMERCIO – Qual é a sua relação com o governador José Serra?
JOÃO FAUSTINO FERREIRA – Eu era subchefe do Gabinete Civil do governo de São Paulo. Deixei essa função para colaborar com o governador. Ele ainda não formou sua equipe de coordenação (de campanha), não existe ainda um coordenador, nem coordenadores regionais. Estou colaborando na condição de amigo pessoal dele, de colaborador que sou dele. Fui vice líder de Serra na Câmara dos Deputados. Sempre que convocado por ele, como eu tenho sido, procuro colaborar com esse projeto de 2010. Esse projeto (2010) ele só quer deflagrar a partir de fevereiro do ano que vem. Os eventos dos quais ele participa são eventos meramente administrativos, culturais, não têm assim a conotação nitidamente política. Tanto que em Exu ele fez questão de ser recebido quase que exclusivamente por lideranças locais.
[...]
JC – Quando o senhor foi afastado da subchefia do Gabinete Civil do governo Serra?
FAUSTINO – Em janeiro desse ano.
JC – Para assumir a coordenação da pré-campanha de José Serra no Nordeste?
FAUSTINO – Exatamente por não se estar em campanha é que não existe coordenador. Existem pessoas que colaboram com esse momento do governador – na condição de líder nacional que ele é – em várias regiões do país.
JC – Mas o senhor é filiado ao PSDB ou foi contratado pelo partido?
FAUSTINO – Eu sou fundador do partido. Sou uma das 18 assinaturas da aprovação do manifesto partidário (manifesto de criação do PSDB). Em Pernambuco, eu estive ao lado de Cristina Tavares (ex-deputada federal que faleceu em 1992), Egídio Ferreira Lima (ex-deputado federal), para não falar em Mário Covas (ex-governador de São Paulo que faleceu em 2001), Franco Montoro (ex-governador de São Paulo que faleceu em 1999), José Richa (ex-senador pelo Paraná que faleceu em 2003), Pimenta da Veiga (ex-presidente nacional do PSDB). Portanto, tenho uma presença partidária de fundador do partido. Me interesso muito por esse projeto de 2010, essa presença em várias regiões do país.
JC – O senhor é nordestino?
FAUSTINO – Sou Pernambucano, mas faço política no Rio Grande do Norte. Fui deputado por 16 anos, quatro mandatos, e hoje sou o primeiro suplente do senador Garibaldi Alves. Meu território político é o Rio Grande do Norte.
JC – Uma função de subchefe do governo de Serra presume uma razoável proximidade do senhor com o governador.
FAUSTINO – Eu conheço Serra há 50 anos. Fizemos política estudantil juntos. Participamos do Congresso (estudantil) de Santo André (SP), em 1963. Trabalhei com ele para que fosse presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), hoje transformada em casa de pelegos. Na época eu fazia política estudantil no Rio Grande do Norte e era presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes) e Serra era presidente da UEE em São Paulo. Depois, ele foi para o exílio e eu fiquei por aqui. Fui perseguido pelo regime militar, preso, mas fiquei no batente. Com a volta de Serra, ele se elege deputado federal e me convoca para ser vice-líder dele. Depois, quando ele foi ministro da Saúde, servimos juntos ao governo Fernando Henrique. Já sem mandato, eu ocupei o cargo de secretário-geral da Presidência da República. Nós sempre tivemos um excelente relacionamento.
O vídeo abaixo, publicado pelo Tijolaço, do deputado Brizola Neto, mostra trecho do programa “Hilneth é Show”, da colunista social Hilneth Correia, que vai ao ar na SimTV, afiliada da RedeTV em Natal. É o próprio João Faustino, descrevendo suas relações com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o ex-governador José Serra.


É importante fixar as informações acima antes que a gente esmiuce as 189 páginas do relatório que fundamenta o pedido do MP potiguar de busca e apreensão domiciliar e pessoal e sequestro de bens.
Além de João Faustino, também foram acusados de envolvimento o filho dele, Edson José Fernandes Ferreira, e o genro, Marcus Vinicius Saldanha Procópio. Quem quiser se adiantar, o relatório está aqui, conforme publicado pelo NoMinuto, do Rio Grande do Norte. Abaixo, como o trio é descrito no relatório:

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João Faustino, o amigo de Serra, é um homem de sorte


João Faustino, suplente de senador de Agripino Maia, membro da executiva nacional do PSDB, secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pode ter tido sua prisão decretada de forma injusta. É possível. Claro que é possível. Mas também pode ser que ele seja culpado.
Ele foi preso na Operação Sinal Fechado, realizada pelo Ministério Público com apoio da Polícia Militar no Rio Grande do Norte. Ele é mais 13 pessoas.
A acusação contra eles é de que fariam parte de um mega-esquema de fraudes envolvendo o Detran e as tais inspeções veiculares. É um esquema filhote do que está sendo investigado na prefeitura de São Paulo (SP) e que envolve o prefeito Kassab.
João Faustino, aliás, mesmo sendo potiguar conhece bem São Paulo. Como já disse acima, quando Serra ocupava o Palácio dos Bandeirantes, Faustino despachava diretamente com ele. Foi subchefe da Casa Civil por dois anos e meio. O titular da pasta era Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador tucano.
Consta que quando Serra saiu candidato, teria sido guindado a responsável pela arrecadação de fundos em outros estados, já que em São Paulo o responsável pela tarefa era um certo Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto.
Também foi investigado pela Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos no Rodoanel.
Mesmo com todos esses ingredientes esse caso não ganhou as manchetes dos portais, dos jornais televisivos e também não vai virar capa daquela tal revista semanal. Nem dos ditos jornalões.
Isso não interessa. Como também não interessam a história do Caso Controlar, nem a das emendas do governo paulista ou a denúncia de esquema na licitação da linha 5 do Metrô.
O João Faustino não é da base do governo Dilma, não é amigo do Lula, não é petista, comunista ou de esquerda.
João Faustino é tucano, suplente de senador do DEM, amigo de Serra, Aloysio Nunes e FHC.
E ainda deve ter muitos amigos empresários. Os tais corruptores que nunca aparecem em denúncia nenhuma.
Convenhamos, João Faustino tem salvaguardas.
É o que podemos chamar de um homem de sorte. Se seu partido fosse outro, o Brasil inteiro já saberia detalhes de sua vida. E seu rosto seria o novo símbolo da corrupção nacional.
E, convenhamos, João Faustino pode ser inocente.
Talvez por isso a mídia comercial esteja tratando o caso com tanto cuidado…

O desenvolvimento do Brasil sob a ótica das esquerdas

Participei ontem, no Rio, do excelente seminário “A Crise do Capitalismo e o Desenvolvimento do Brasil”, organizado pelas fundações Perseu Abramo (PT), Maurício Grabois (PC do B), João Mangabeira (PSB) e Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT).

Nomes de grande relevo no debate econômico nacional deram sua contribuição à reflexão sobre o cenário mundial, sobre quais estratégias e políticas o Brasil deve adotar para se tornar um país desenvolvido e o papel das esquerdas nesse caminho.

Entre outros debatedores, participaram o ex-ministro da Fazenda Bresser Pereira; a professora Maria da Conceição Tavares; o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa; o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), Márcio Pochmann; o secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa; o secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin; o professor e economista da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) Ricardo Bielschowsky; e a socióloga e economista Tânia Bacelar.

A importância do encontro para a esquerda brasileira

Foi um encontro de grande importância para o pensamento de esquerda brasileiro e, claro, muito do que foi debatido seria suficiente para alimentar seminários específicos. Mas a ideia era tecer um panorama das raízes da situação brasileira atual, compreendê-la e vislumbrar possíveis caminhos.

Resumidamente, saímos com a certeza de que o país avançou na última década ao abandonar o receituário neoliberal “comprado” de fora e passar a adotar políticas estratégicas de crescimento econômico com distribuição e aumento da renda na base da pirâmide social, o que resultou na formação de um mercado interno de massas que fez da crise internacional “uma marolinha” ante ao maremoto nos grandes centros econômicos.Mas, nem tudo são flores, pois sabemos dos enormes desafios colocados ao país e da herança histórica de problemas a ser superada e que nos legou um sistema educacional falido, cujo soerguimento requer anos de investimento contínuo.

Avanço comercial chinês, exemplo de problemas no horizonte

Além disso, novos problemas surgem no horizonte, como o avanço comercial chinês e a necessidade de estabelecermos com o mundo relações soberanas, que instituam novo paradigma e projete o Brasil como um país desenvolvido e não mais como a velha colônia.

Inegável que cabe à esquerda brasileira construir políticas e reflexões que possam nos levar a essa nova condição. Vejam, também, a nota abaixo Sem salto tecnológico e de inovação corremos riscos.

Blog do Zé Dirceu

Sem salto tecnológico e de inovação corremos riscos

“A Crise do Capitalismo e o Desenvolvimento do Brasil”, o seminário de que participei no Rio (ontem) foi uma excelente oportunidade para, de minha parte, reforçar a avaliação que há muito transmito a vocês, de que sem um salto tecnológico e de inovação, como país, não estaremos prontos para o mundo do Século 21.
Da mesma forma, as nações que não pensarem sua matriz energética à luz das questões ambientais ficarão para trás. É nesse capítulo que se insere um esforço fundamental de investirmos mais em Educação e infraestrutura, para pavimentar o nosso crescimento econômico de forma qualificada.

Essa visão compreende, inseparavelmente, a relevância das relações regionais, com os países latino-americanos, mas também as relações Sul-Sul, inauguradas sob nova ótica no Governo Lula (2003-2010). Sem entender que podemos agir como um bloco robusto e integrado, perderemos força e potencial como país e como região.


O engodo de achar que o país passa por uma desindustrialização

Finalmente, alertei para o engodo de achar que o país passa por um processo de desindustrialização por conta dos problemas cambiais. Tal avaliação simplesmente ignora que metade do que produzimos em matéria prima é consumida no Brasil, ou seja, processada por indústrias nacionais.


É claro que isso só reforça nossa necessidade de termos desonerações e medidas de defesa comercial e de política industrial que, além de pontuais, compreendam a reforma tributária e medidas de defesa comercial - o que, aliás, foi mencionado no decorrer do seminário. Fico feliz que as forças da esquerda brasileiras estejam empenhadas nestas reflexões. Precisamos de mais momentos como esse.

Para terem uma visão completa e a plena dimensão do que discutimos ontem no Rio, convido vocês a lerem o post acima O desenvolvimento do Brasil sob a ótica das esquerdas.


Blog do Zé Dirceu

Certa mídia ficou histérica

Alguns articulistas mostraram-se histéricos, em suas colunas de sexta-feira (25), por causa de minhas declarações naquele dia – leia a íntegra aqui no blog - no seminário do PT sobre a mais do que necessária regulação da nossa mídia. A regulação do setor, aliás, existe em todo mundo, desde os Estados Unidos até a Austrália, passando pelo Canadá, Portugal, Espanha, França e Grã Bretanha - os dois últimos bastante radicais para o gosto das famílias que dominam a nossa mídia.

Entre muitas coisas que declararei, afirmei que no Brasil - ao contrário da maioria dos países, entre os quais Estados Unidos, onde abertamente jornais e TVs tomam partido pró e contra democratas e republicanos - não havia um só jornal de Esquerda, ainda que contemos com algumas revistas alternativas, que apoiam o governo.

Logo nós que lutamos contra a censura

Como se minha constatação fosse um escândalo, alguns articulistas apresentam minha declaração como prova de que com a regulação da mídia queremos controlar o conteúdo e censurar a imprensa... Logo nós, que tivemos que lutar contra a censura. Alguns deram a vida, para acabar com a ditadura que a mídia conservadora ajudou a criar apoiando o golpe de 64. Algumas publicações apoiaram até mesmo a repressão, a tortura e a violação constante e diária dos direitos humanos.

É bom que se diga. Jornais a favor ou contra governos, abertamente assumido suas posições em editoriais ou, mesmo, nos textos informativos, existem em todos países europeus. No Brasil, no entanto, o que temos, salvo raríssimas exceções, é uma mídia de oposição a tudo que é progressista, de esquerda e, por consequência, aos governo do PT e de seus aliados.

O mais grave é que os donos dos grandes veículos de comunicação deste país escondem da sociedade o que é a regulação e como ela é praticada em todos os países democráticos. Camuflam o fato de como algumas nações até financiam a concessão de rádios e tevês para novos grupos sociais, políticos, culturais, nacionais, étnicos. Omitem como os órgãos reguladores no exterior multam, suspendem e mesmo processam determinados meios que infringem a lei ou constrangem a concorrência. (Leia mais nos próximos três posts)

Blog do Zé Dirceu

Foi preciso derrubar o duopólio da TV a cabo

A propósito da regulação dos meios de comunicação, é bom lembrar o que se deu com um dos segmentos do setor. O da TV a cabo. Nesse mercado, os líderes do segmento, capitaneados pela Net, joint venture entre as Organizações Globo e o grupo mexicano Telmex, resistiram até o limite contra a abertura do mercado.

Só depois de longos anos, muita negociação e de muita luta cederam à abertura do mercado a novos players, entre os quais se destacam as operadoras de telecomunicações, permitindo a convergência na oferta de produtos de voz, dados e vídeo. Com a nova lei da TV paga, também houve uma ampliação da participação do capital estrangeiro, que agora pode controlar empresas desse segmento.

Quando defendemos a regulação das comunicações, temos em vista o atual sistema distorcido, distante dos princípios democráticos que regem a Constituição. Também nas TVs abertas há irregularidades inaceitáveis. Uma delas é o sistema de monopólio garantido por artimanhas como “o bônus de volume”. Com esta prática, agências de propaganda, de olho no incentivo, dirigem boa parte da publicidade de seus clientes para a maior TV. O sistema, com isso, contribui para que a líder mantenha e amplie a sua participação do mercado.

Campanhas abertas contra novos concorrentes

A regulação das comunicações – como a defendida pelo seminário promovido pelo PT dia 25 – se faz necessária, entre outras razões, quando campanhas abertas são desferidas por redes de TV contra seus concorrentes. Já vimos isso por parte de uma rede e de seu grupo controlador.

Em alguns estados um só grupo de comunicação domina rádios, jornais e tevês, num exercício escandaloso do monopólio que deveria ser regulado e limitado. Isso ocorre em muitos países que limitam - ou mesmo vedam - a propriedade cruzada ou o controle monopolista da audiência ou da tiragem de jornais.

Blog do Zé Dirceu


A grande imprensa é um oligopólio

O que a cobertura nos jornais e portais noticiosos sobre o seminário do PT realizado na 6ª. feira passada sobre a regulação dos meios de comunicação quer esconder é que a grande imprensa – e estamos falando da mídia escrita, da televisão e mesmo do rádio -- é, essencialmente, um oligopólio. Seus barões não querem abrir mão
desta situação. Por isso são contra a regulação e mesmo contra qualquer debate nesse sentido.

Mas, para deixar claro do que estamos falando, vamos aos fatos: não há direito de resposta no Brasil e nem proteção à imagem do cidadão. Esses, aliás, são direitos garantidos pela Constituição no mesmo capítulo que garante a liberdade de expressão e veta qualquer tipo de censura.

E, apesar de a Constituição mandar constituir e convocar o Conselho Nacional de Comunicação Social, a exigência constitucional não se concretiza por pressão dos donos e das famílias que controlam a mídia, que encontram ressonância nos muitos políticos que detêm diretamente e indiretamente concessões, retransmissoras de cadeias de TV e jornais regionais.

Foto Cesar Ogata


Blog do Zé Dirceu

Em palestra na FIESP, José Serra vai contra toda avaliação internacional sobre o Brasil

Em sua palestra em fórum promovido pela FIESP, José Serra vai contra as avaliações internacionais sobre o Brasil. Certamente o faz na condição de ser um dos candidatos da oposição a presidente da República em 2014 - o futuro é que dirá se será ele ou o senador

Aécio Neves (PSDB-MG).As análises internacionais são unânimes no sentido de que caminhamos para ser a 5ª economia do mundo, já que a Europa não vai crescer nos próximos anos e o nosso país, sim, ficará atrás apenas dos Estados Unidos, China, Alemanha e Japão. Não é pouca coisa.

José Serra vê apenas números e não o social. Não vê as mudanças na distribuição de renda no país; a criação nos últimos anos de 20 milhões de empregos - 17 milhões destes formais, com carteira assinada; e nem a redução da pobreza e da miséria.

José Serra fala de uma época que já não existe


Assim, José se prende a uma época que já não existe, de inflação alta, economia fechada, ausência de planejamento, direção, gestão e execução no setor público, e se apega à questão do sistema político-eleitoral.

Aí, volta a falar na história de loteamento de cargos. Sem mencionar que seu partido o pratica nos sete Estados que governa - dentre os quais São Paulo, Minas, Paraná - e o mais grave, se opõe ao fim das nomeações de cargos de confiança ao não apoiar a Reforma Política.

Comete um grave deslize

Em sua análise, ele devia estar se lembrando dos anos FHC com câmbio fixo. Ele participou daquele governo por oito anos ocupando dois ministérios, os do Planejamento e da Saúde. Aquele governo manteve câmbio fixo e os juros reais chegaram até 27,5% durante três anos, o que dobrou a dívida interna do país. Também aumentou em 7% a carga tributária e vendeu de graça US$ 100 bilhões de patrimônio público na privataria que promoveu.


José comete um grave deslize ao afirmar que o Brasil não baixou os juros na crise 2008-2009, já que as taxas baixaram, sim, em 3%.

O problema é que os juros voltaram a subir no fim de 2010. Na minha opinião, equivocadamente. Agora estamos pagando o preço de uma desaceleração acentuada de nossa economia. Que, mesmo assim, vai crescer mais de 3% este ano e criar mais de dois milhões de empregos.

Felizmente os juros começaram a cair desde agosto e espero que caiam mais, voltando aos 8% de 2010. O espírito pessimista, que não acredita no Brasil, pertence única e exclusivamente aos tucanos donos e monopolizadores do complexo de vira latas típico das elites do país. Elas e os tucanos - e se misturam e se confundem - jamais acreditaram não apenas no Brasil, nem em seu povo.

Ninguém acreditou mais quando no governo, e ninguém acredita mais no Brasil do que o presidente Lula. E ninguém representou melhor o Brasil e seu povo no mundo como o fez o presidente Lula. Lamentável, portanto, a fala de José Serra em todos sentidos. Só Freud a explica.

Blog do Zé Dirceu

Desmatamento na Amazônia atingiu 385 quilômetros quadrados em outubro

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Amazônia perdeu 385,5 quilômetros quadrados (km²) de florestas em outubro, de acordo com dados divulgados hoje (29) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

A área é 52% maior que a registrada em setembro, quando os satélites identificaram 253,8 km² de novos desmatamentos. Na comparação com outubro de 2010, quando o Inpe apontou 388 km² de derrubadas, não há diferenças significativas.

Rondônia foi o estado que mais desmatou em outubro, com 128,5 km² de floresta a menos, seguido pelo Pará, com 119 km² de derrubadas. Mato Grosso aparece em seguida, com 98 km² de novas áreas derrubadas, e o Amazonas, com 18 km². Em Roraima, o Inpe identificou 8 km² de derrubadas em outubro, no Maranhão, 6,53 km², no Acre, 4,32 km². Tocantins e Amapá registraram 0,8 km² e 0,65 km² de novos desmatamentos, respectivamente.

De acordo com o Inpe, 17% da região estava encoberta por nuvens em outubro, que impediram a visualização de algumas áreas.

O Deter, que revela dados mensais, monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta.

A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa anual foi 7 mil km². A nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011, deve ser divulgada nas próximas semanas.

Agência Brasil


Primeira parcela do décimo terceiro salário deve ser paga até amanhã

Da Agência Brasil

Brasília – A primeira parcela do décimo terceiro salário deve ser paga até amanhã, quarta-feira (30). O valor deve corresponder à metade do pagamento adicional, sem descontos. A segunda parcela que deverá ser paga até o dia 20 de dezembro, terá os descontos referentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Imposto de Renda Retido na Fonte.

Para os trabalhadores com carteira assinada, a primeira parcela deve ser paga de 1º de fevereiro até 30 de novembro e a segunda parcela até 20 de dezembro. Para os servidores públicos a regra é diferente, a primeira parcela é paga em julho com base no salário de junho e a segunda parcela é paga em dezembro com base no salário de novembro.

Têm direito ao benefício os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, urbano ou rural, avulso e doméstico, bem como os aposentados e pensionistas do INSS.

Agência Brasil


Pobreza na América Latina fica 17 pontos percentuais menor em dez anos

Da Agência Brasil

Brasília – Pesquisa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) aponta que, em dez anos, a taxa de pobreza na América Latina diminuiu 17 pontos percentuais. No período, o índice caiu de 48,4% para 31,4%. Houve redução também na taxa de indigência – parcela da população que vive abaixo do nível de subsistência –, que saiu de 22,6% para 12,4%.

Os dados constam do documento intitulado O Panorama Social da América Latina 2011, que afirma que as taxas são as menores registradas nos últimos 20 anos. A expectativa da Cepal é que o índice de pobreza fique ainda menor em 2011, com 30,4%, o que significa 101 milhões de pessoas nessas condições. O índice de indigência sofrerá pequeno aumento, fechando o ano em 12,8%, com 73 milhões em situação de pobreza extrema.

Segundo o documento, a redução da pobreza é atribuída ao aumento de renda e do trabalho. “Embora a queda da pobreza seja devida principalmente ao crescimento da renda média dos domicílios, a redução da desigualdade também tem incidido de maneira significativa. Apesar da leve redução da desigualdade, isso contribui para configurar um cenário favorável, sobretudo em um contexto de ausência prolongada de melhoras distributivas generalizadas”, diz o estudo.

Em contrapartida, a alta nos preços dos alimentos neutralizou o aumento previsto nas rendas domiciliares e ocasionou leve aumento da taxa de indigência.

Cinco países registraram reduções significativas em suas taxas de pobreza: Peru (-3,5 pontos), Equador (-3 pontos), Argentina (-2,7 pontos), Uruguai (-2 pontos) e Colômbia (-1,4 pontos). Nesses países, a variação das taxas de indigência também apresentou sinal negativo, com quedas entre 0,5 e 1,7 ponto percentual.

Honduras e o México foram os únicos países com incrementos significativos em seus índices de pobreza e de indigência, de 1,7 e 1 ponto percentual, respectivamente, no primeiro país e de 1,5 e 2,1 pontos percentuais no segundo.

Agência Brasil

Primeira-dama e mais dez acusados de participar de esquema de corrupção em Limeira são soltos

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A primeira-dama de Limeira, Constância Félix, dois filhos dela, Maurício e Murilo, além de mais oito acusados de envolvimento em um esquema de corrupção na cidade, foram soltos no início da madrugada de hoje (29), por ter expirado o prazo de prisão temporária concedida pela Justiça, na última quinta-feira (24). Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual pela prática de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Em decorrência das denúncias sobre o esquema de corrupção, a Câmara de Vereadores de Limeira aprovou, na noite de ontem (28), a abertura de uma comissão processante e o afastamento por 90 dias do prefeito Sílvio Félix. Até o final da manhã de hoje (29), Félix não tinha comparecido a seu gabinete. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a agenda dele estava mantida, porque a decisão unânime dos vereadores ainda não havia sido comunicada oficialmente ao chefe do Executivo municipal.

Agência Brasil

Copom realiza última reunião do ano para ajustar Selic

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia hoje (29) à tarde e termina amanhã (30) a última reunião de 2011 para discutir ajuste na taxa básica de juros (Selic), que está em 11,50% ao ano desde o dia 19 de outubro.

O colegiado de diretores do Banco Central (BC) fará uma avaliação de todas as variáveis da economia que possam influenciar o controle da inflação, sem prejuízo do crescimento do país, e definirá, amanhã (30) à noite, a taxa que vai vigorar nos próximos 45 dias – intervalo médio das reuniões do Copom.

A expectativa dos analistas financeiros da iniciativa privada é a de redução da taxa Selic para 11% ao ano, próxima dos 10,75% do fim de 2010, como mostra o boletim Focus, divulgado ontem (28), resultado de pesquisa do BC com uma centena de analistas, na última sexta-feira (25), para acompanhar as tendências do mercado sobre os principais indicadores econômicos.

Neste ano, o Copom fez cinco elevações seguidas da Selic, até atingir 12,5% no dia 20 de julho. De lá para cá, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou a perder força, o que permitiu ao BC mudar os rumos da política monetária e promover duas reduções de 0,5 ponto percentual cada, nas reuniões do fim de agosto e meados de outubro.

Agência Brasil

Índice que reajusta aluguéis tem leve queda em novembro

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve de base de cálculo para reajustes de aluguéis, ficou em 0,5% em novembro. A taxa é ligeiramente menor do que a de outubro (0,53%). No acumulado do ano, o índice registra elevação de 5,22%, e, nos últimos 12 meses, de 5,95%.

Aumentos ocorridos no varejo, principalmente, os reajustes nos preços dos alimentos, e também nos custos da construção civil, impediram uma redução maior da taxa. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,43%, em novembro, ante 0,26%, em outubro, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,2% para 0,5% no período analisado.

A redução no ritmo de alta do IGP-M foi puxada pelo setor atacadista e também por variações menores nas cotações de commodities. O Índice de Preços ao Produtor Amplo ( IPA) atingiu 0,52% ante 0,68%. O índice de matérias-primas brutas passou de 1,18% para 0,73%. Entre os produtos que levaram a esse resultado estão: minério de ferro (de 5,54% para 1,83%), mandioca (de 13,82% para 3,48%) e leite in natura (de 0,51% para -1,70%).

Em sentido oposto ocorreram altas nos seguintes itens: bovino (de -0,51% para 3,72%), aves (de -1,08% para 2%) e algodão em caroço (de -3,96% para 1,06%).

Agência Brasil