Da série “Quem fiscaliza o fiscal”.
Eduardo Bittencourt Carvalho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, órgão – já presidido por ele – responsável por fiscalizar os gastos do governo de São Paulo e seus municípios, será afastado do cargo por ordem da Justiça, que determinou também o bloqueio de seus bens.
A decisão, da juíza Marcia Helena Bosch, foi motivada por uma ação do Ministério Público Estadual que pede a condenação de Bittencourt por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. Ele é suspeito de, entre 1995 a 2009, acumular um patrimônio que chega a 50 milhões de reais – segundo a Promotoria, ele só conseguiu comprovar a origem de 12% deste valor. A Promotoria diz que os recursos têm origem em cobrança de propina em troca de aprovação das contas.
O conselheiro nega as acusações.
A ex-mulher, a atual namorada e as empresas administradas por Bittencourt também tiveram os bens bloqueados.
O conselheiro responde também a uma ação cível no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ao jornal Folha de S.Paulo o advogado de Bittencourt, Paulo Sérgio Santo André, disse que “certamente” irá recorrer ao Tribunal de Justiça contra a decisão.
Carta Capital
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