As Forças Armadas e a falta de recursos

Foi para a capa do Estadão de hoje - além de manchetes de alto de página interna, e em página inteira - relatório entregue pelas Forças Armadas ao Palácio do Planalto, no qual elas radiografam a situação em que se encontram em termos de equipamentos e poder de ação.

O jornal registra que esta situação esvazia, por exemplo, a pretensão traçada e buscada pela diplomacia brasileira nos últimos nove anos, de obter uma vaga no Conselho de Segurança permanente da ONU. O jornalão registra, inclusive, que o governo tem agido, descontingenciando mais da metade (R$ 2,2 bi) dos R$ 4 bi cortados no início do ano da área, quando daquele contingenciamento orçamentário de R$ 50 bi determinado em fevereiro deste ano.

Comprova-se, assim, que o Planalto está atento ao problema. Têm razão os autores do documento, mas o fato é que faltam recursos, falta dinheiro para tudo. É por isso que precisamos reduzir os juros, manter e intensificar a política de diminuir a taxa Selic, adotada desde agosto pp. pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC).

Com juros menores, vamos pagar menos pelo serviço da dívida pública interna. Aí teremos mais recursos para fazer a nossa economia crescer, e muito.E conseguiremos elevar a arrecadação federal, sem aumentar a carga tributária, as alíquotas de impostos. Fora daí, francamente, vai ser difícil resolver essa equação e o cobertor vai continuar curto para todos.

Blog do Zé Dirceu