sexta-feira, 18 de novembro de 2011

2012 se avizinha com eleições e sem Reforma Política

O ano legislativo praticamente acabou e a Reforma Política nem andou nem foi aprovada. Agora não dá mais tempo. O Congresso abre o recesso de final de ano a partir de 22 de dezembro.

Venhamos e convenhamos. O PT lutou como pode pela Reforma Política. O ex-presidente Lula fez de tudo para promovê-la. A direção do PT até campanha na TV fez. Nosso relator da matéria, o deputado federal Henrique Fontana (PT- RS) cedeu no limite as propostas do partido. Não adiantou nada. A maioria da Câmara decidiu não votar o tema. Trata-se de um grave erro que vai custar muito à democracia brasileira.

Quem tem quatro candidatos, não tem nenhum

Ano que vem, com as eleições municipais, não será possível nem sequer "agendar" no Congresso uma pauta da amplitude de uma Reforma Política. Mas o PT deve nas eleições continuar a sua campanha junto ao eleitor e ao cidadão e cobrá-la da oposição e daqueles que impediram a sua votação.

A propósito de 2012, São Paulo entra na corrida eleitoral com um quadro interessante. PT e PSDB, as duas forças que polarizam as eleições na capital - e no Estado - sempre entram no ano da eleição em posições antagônicas. O PSD, de Gilberto Kassab, e o PMDB, mesmo com Gabriel Chalita, costumam ser figurantes nesta disputa. Este ano, contudo, o PT atravessará o réveillon com candidato definido, Fernando Haddad, em busca de apoio e de fechamento e consolidação de alianças. Já, o PSDB chega a 2012 sem candidato. São quatro os canditados à prévia que o partido programou realizar no início do ano que vem. E, quem tem quatro candidatos, na prática, não tem nenhum.

Devem disputar esta prévia, ou pelo menos prometem que o farão, os secretários José Aníbal, de Energia; Bruno Covas, de Meio Ambiente; Andrea Matarazzo, de Cultura; e o deputado Ricardo Tripoli. E os tucanos ainda se vêem às voltas com uma incógnita: José Serra esconde o jogo. Às vezes diz que não é candidato, às vezes deixa acreditarem que é. Já, tudo indica que Geraldo Alckmin quer, mesmo, é tirá-lo de todos os seus caminhos futuros e prendê-lo em São Paulo, lançando-o a toda hora como candidato a prefeito da capital paulista. 2012 promete.

Blog do Zé Dirceu

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