TER, 25/10/2016 - 10:32
ATUALIZADO EM 25/10/2016 - 10:52
Jornal GGN - A Embraer admitiu o pagamento de propinas em vendas realizadas em quatro países e fez um acordo com autoridades brasileiras e norte-americanas no qual terá de desembolsar US$ 206 milhões.
As práticas irregulares envolvem negócios na República Dominicana, Arábia Saudita, Moçambique e Índia. A empresa não especificou quanto será pago a cada país, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que, no Brasil, será paga uma multa de R$ 64 milhões para encerrar a investigação na CVM e no Ministério Público Federal.
No Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Embraer e os dois órgãos, a fabricante de aeronaves reconheceu que pagou propinas de US$ 5,97 milhões para funcionários públicos da Arábia Saudita, Moçambique e da República Dominicana em três contratos entre 2007 e 2010.
De acordo com a CVM, a empresa também admitiu a contratação de um representante comercial para trabalhar na venda de aviões militares na Índia, o que é proibido pelas leis do país.
As investigações começaram em 2014, quando o Ministério Público enviou à Comissão de Valores Mobiliários uma denúncia que apontava o pagamento de propina na venda de oito Super Tucanos para a República Dominicana, em 2008, em contrato de US$ 92 milhões.
O negócio com os dominicanos também é investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e também pela Securities and Exchange Commission (SEC).
De acordo com matéria publicada pelo Wall Street Journal em março, o ex-presidente da Embraer Frederico Curado e outros integrantes da cúpula da empresa sabiam do esquema e autorizaram o pagamento de propinas.
Por meio de comunicado, a empresa afirmou que “reconhece responsabilidade pelos atos de seus funcionários”, além de lamentar “profundamente” o ocorrido.
Jornal GGN
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