"É jogar areia nos olhos do público desviar a discussão do caso Aécio Neves para um confronto entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado. Não há uma crise institucional, mas uma profunda crise de caráter de substancial parcela do mundo político", escreve o colunista Clóvis Rossi
30 DE SETEMBRO DE 2017
247 - Em sua coluna nesta sábado, o jornalista Clóvis Rossi criticou a postura de Aécio Neves e do Senado na atual crise com o Supremo Tribunal Federal.
"É jogar areia nos olhos do público desviar a discussão do caso Aécio Neves para um confronto entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado. Não há uma crise institucional, mas uma profunda crise de caráter de substancial parcela do mundo político.
Ao se retirar a areia da discussão, tem-se o seguinte:
1 - Aécio Neves teve um diálogo nada republicano com Joesley Batista? Teve. Nem ele nem o empresário negam.
2 - Aécio Neves pediu R$ 2 milhões a Joesley? Pediu. O senador agora afastado não nega, só dá uma desculpa esfarrapada para a solicitação.
3 - O dinheiro foi entregue? Foi, a um intermediário de Aécio, o famoso primo Fred. Entrega filmada.
Comprovados como estão tais fatos, houve, no mínimo, uma violação da dignidade funcional por parte do senador.
Nessas circunstâncias, uma pessoa de caráter teria renunciado ao cargo. Como Aécio não o fez, seus pares deveriam tê-lo expulsado, se tivessem o caráter que faltou ao envolvido no caso."
Brasil 247
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