segunda-feira, 18 de setembro de 2017

PALOCCI PODE SER EXPULSO DO PT APÓS ACUSAR LULA NA LAVA JATO

O ex-ministro Antonio Palocci pode ser expulso do Partido dos Trabalhadores após acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter recebido propina de empreiteiras; a Comissão de Ética do diretório municipal do partido em Ribeirão Preto (SP) abre nesta segunda-feira processo para retirar o ex-ministro dos seus quadros; "Palocci rompeu completamente seu vínculo com o partido ao mentir para comprometer Lula na tentativa de livrar-se da prisão e salvar seu patrimônio. Acho difícil sua permanência, mas a decisão deverá sair desse processo iniciado em Ribeirão", disse ontem a presidente do PT, Gleisi Hoffmann

18 DE SETEMBRO DE 2017 

247 - Depois de acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de receber propina de empreiteiras, o ex-ministro Antonio Palocci pode ser expulso do PT. A Comissão de Ética do diretório municipal do partido em Ribeirão Preto (SP) abre nesta segunda-feira processo para retirar o ex-ministro dos seus quadros.

Até agora, o ex-deputado André Vargas (PR) e o ex-senador Delcídio Amaral (MS) foram afastados pela legenda em função de denúncias. Delcídio foi suspenso do PT, mas pediu para sair antes da conclusão do processo. Sob ameaça, Vargas também pediu desligamento. Em outros partidos investigados na Lava-Jato, como PMDB, PP e PSDB, não há registro de afastamento definitivo em função de investigações.

"Palocci rompeu completamente seu vínculo com o partido ao mentir para comprometer Lula na tentativa de livrar-se da prisão e salvar seu patrimônio. Acho difícil sua permanência, mas a decisão deverá sair desse processo iniciado em Ribeirão — disse ontem a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

A decisão de abrir o processo contra Palocci foi tomada, segundo o presidente do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura, por orientação do diretório estadual, presidido por Luiz Marinho, um dos principais aliados de Lula. Palocci terá prazo para apresentar defesa.

— Vamos abordar as declarações dele no depoimento — disse Tremura.




Brasil 247

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