Dois dias depois de mais de 230 advogados e juristas divulgarem um manifesto no qual defendem a destruição das gravações dos grampos da Lava Jato feitos aos advogados do ex-presidente Lula, a Ordem dos Advogados do Brasil passou a apoiar a ação movida pelo escritório Teixeira, Martins & Advogados, que defende o petista, para destruir as mais de 13 horas de interceptações telefônicas feitas com autorização do juiz Sérgio Moro a partir do telefone central do escritório; defesa de Lula argumenta que o monitoramento de conversas com advogados é ilegal e pede que as gravações sejam destruídas
24 DE NOVEMBRO DE 2017
247 - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu apoiar a ação movida pelo escritório Teixeira, Martins & Advogados, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, para destruir as mais de 13 horas de interceptações telefônicas feitas com autorização do juiz Sérgio Moro a partir do telefone central do escritório.
A OAB decidiu apoiar o pleito dois dias depois de mais de 230 advogados e juristas, entre eles alguns dos mais importantes do país, divulgarem um manifesto no qual defendem a destruição das gravações e a entrada da entidade no caso.
No dia 8 de novembro o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo no Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) negou pedido para destruir as gravações alegando que não havia urgência para uma decisão.
Em 2015, Moro autorizou a interceptação telefônica do ramal central do escritório alegando que o número constava como sendo da Lils, empresa de palestras de Lula. Segundo o escritório, durante 27 dias foram grampeadas 417 conversas de 25 advogados que somam mais de 13 horas de gravações.
Durante meses estas conversas ficaram disponíveis a todos as partes envolvidas na Lava Jato até que o próprio Moro decidiu pelo sigilo das gravações.
Segundo o escritório, recentemente um dos procuradores da força-tarefa de Curitiba pediu autorização para acessar os áudios.
As informações são de reportagem de Ricardo Galhardo no Estado de S.Paulo.
Brasil 247
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