As acusações de que a rede Globo teria pagado propina para conseguir os direitos de transmissão de jogos de futebol ganham cada vez mais provas; responsável pela aquisição dos eventos esportivos da Rede Globo nas últimas décadas, Marcelo Campos Pinto tinha procuração para negociar os contratos no Brasil e no exterior em nome da família Marinho, dona da emissora; o documento é datado de 12 de março de 2013; no mesmo mês da procuração, a Rede Globo, a Televisa e a Torneos concordaram em pagar US$ 15 milhões de propina para garantir os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030, segundo delação do o ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, Alejandro Burzaco
16 DE NOVEMBRO DE 2017
247 - Marcelo Campos Pinto, responsável pela aquisição dos eventos esportivos da Rede Globo nas últimas décadas, tinha procuração para negociar os contratos no Brasil e no exterior em nome da família Marinho, dona da emissora.
O documento, obtido pelo Jornal da Record, é datado de 12 de março de 2013. No mesmo mês da procuração, a Rede Globo, a Televisa e a Torneos concordaram em pagar US$ 15 milhões de propina para garantir os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030, segundo o ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, Alejandro Burzaco.
A revelação foi feita nesta quarta-feira (15) na audiência de julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, em Nova York.
A operação do FBI para investigar a FIFA, deflagrada em maio de 2015, tirou o executivo das sombras e colocou os negócios dele no foco do FBI. A procuração, para tratar exclusivamente da negociação dos direitos de transmissão dos torneios da entidade máxima do futebol, demonstra o poder e a autonomia de que gozava Campos Pinto, então diretor de esportes da Globo.
Nos bastidores, Marcelo Campos Pinto era o poderoso chefe de esportes da Rede Globo com acesso direto aos dirigentes da CBF e da FIFA. Com a eclosão do escândalo, foi exposta a relação próxima do executivo com cartolas investigados e presos. O ex-diretor da Globo deixou a emissora dias depois da extradição de Marin para os Estados Unidos.
As informações são de reportagem de Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet no R7.
Brasil 247
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