O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (10) que o país terá eleições presidenciais em 2018; o atual mandatário venezuelano não revelou, no entanto, se será candidato; Maduro ironizou quem rotula o país como uma ditadura: "uma tremenda ditadura que organiza em 18 meses, a cada quatro meses em média, três processos eleitorais para que o povo eleja uma Assembleia Nacional Constituinte, votem em seus governadores e que, no próximo dia 10, elejam prefeitos dos 335 municípios do país"
9 DE NOVEMBRO DE 2017
247 - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, confirmou nesta quinta-feira (10) a realização de eleições presidenciais. No entanto, Maduro não revelou se será candidato. Numa reunião com militares, Maduro rechaçou o rótulo de ditador e convocou os venezuelanos a irem às urnas no dia 10 de dezembro para votar no pleito municipal.
"Uma tremenda ditadura que organiza em 18 meses, a cada quatro meses em média, três processos eleitorais para que o povo eleja uma Assembleia Nacional Constituinte, votem em seus governadores e que, no próximo dia 10, elejam prefeitos dos 335 municípios do país" disse Maduro, ironizando os críticos do governo venezuelano.
A oposição venezuelana acusa o governo de irregularidade nos processos eleitorais, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) — que, segundo a oposição, favorece o chavismo, diz que o sistema de votação do país é confiável. Maduro afirmou que as eleições presidenciais serão organizadas pelo "mesmo CNE".
O deputado opositor Luis Florido anunciou nesta quinta-feira que o governo e a oposição retomarão as negociações na República Dominicana para tentar resolver a crise política do país e garantir as eleições presidenciais de 2018. As tentativas de diálogo entre governo e oposição vêm falhando seguidamente. No final de 2016, começaram uma negociação que fracassou após ambos acusarem um ao outro de não cumprir acordos. Em setembro, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) congelou os encontros em Santo Domingo.
A crise marcada pela escassez de alimentos e remédios, a liberação de presos políticos e a restituição das funções do Parlamento serão os temas propostos pela delegação opositora para as conversas.
Brasil 247
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