"Queiram ou não os Bolsonaros, eles serão considerados os principais beneficiários desta morte", diz o jornalista Marcelo Auler sobre a operação policial no interior da Bahia que matou o ex-capitão da PM e miliciano, Adriano Nóbrega
10 de fevereiro de 2020
Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro; no detalhe ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega (Foto: Reprodução)
Por Marcelo Auler, em seu Blog e para o Jornalistas pela Democracia
A família Bolsonaro pode até não ter qualquer envolvimento com a operação policial realizada domingo (09/02), no município baiano de Esplanada, quando policiais da Bahia, junto com os do Rio de Janeiro, assassinaram o ex-capitão da PM do Rio, Adriano Nóbrega. Um miliciano que tinha envolvimento direto com os Bolsonaros.
Porém, não basta alegar inocência, assim como a versão oficial da Secretaria de Segurança daquele estado não prescinde de provas. Enquanto estas não forem apresentadas de forma clara e isenta, recairá sobre o caso a suspeita de “queima de arquivo”. Uma suspeita, que certa ou errada, sempre será associada à família presidencial, até que se prove em contrário.
Afinal, a própria vítima, dias antes de ser morta, previu seu assassinato ao seu advogado. Queiram ou não os Bolsonaros, eles serão considerados os principais beneficiários desta morte.
É certo que Adriano seria testemunha importante na elucidação do escândalo da “rachadinha” que o Ministério Público do Rio investiga em torno dos servidores do antigo gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro. Logo, cabe à própria família do presidente envidar esforços para esclarecer os fatos. Do contrário, a suspeita de “queima de arquivo” recairá eternamente sobre os mesmos
Brasil 247
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