sábado, 30 de maio de 2020
Manifesto em defesa da democracia cita Diretas Já e reúne FHC, Haddad, Huck e Flávio Dino
"Somos a maioria e exigimos que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país", diz o texto
30 de maio de 2020
Flávio Dino exalta Haddad e promete surra no fascismo de Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert)
Sputnik – Criado pelo Movimento Estamos Juntos, o manifesto suprapartidário foi publicado em forma de anúncio neste sábado (30) nas páginas dos principais jornais do Brasil. Assinam o documento políticos e outras figuras públicas, como artistas, escritores, religiosos, intelectuais, economistas, jornalistas e cientistas.
O título do manifesto, datado de 29 de maio, é "Somos muitos", e trecho em destaque, ao final do texto, diz: "Vamos juntos sonhar e fazer um Brasil que nos traga de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiros”.
Outra parte do manifesto pede união de diversos setores da sociedade e cita o movimento das Diretas Já. Não há referência ao presidente Jair Bolsonaro no texto.
"Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia", afirma.
'Devastadora crise sanitária, política e econômica'
No anúncio aparecem cerca de 230 assinaturas, entre elas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ex-prefeito de São Paulo e ex-presidenciável Fernando Haddad, do governador do Maranhão, Flávio Dino, do apresentador Luciano Huck, da economista Elena Landau, do escritor Paulo Coelho, do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Sherer, do cantor Lobão, do deputado federal Marcelo Freixo e da educadora e acionista do Itaú, Maria Alice Setúbal.
Segundo o movimento, o manifesto já reúne mais de 20 mil assinaturas.
"Somos a maioria e exigimos que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país. Somos a maioria de brasileiras e brasileiros que apoia a independência dos poderes da República e clamamos que lideranças partidárias, prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores, procuradores e juízes assumam a responsabilidade de unir a pátria e resgatar nossa identidade como nação", diz a carta.
Brasil 247
'Lula e Ciro têm de se unir' para derrotar Bolsonaro, defende José Dirceu
"Para enfrentar Bolsonaro, todos têm de se unir: Lula, Ciro... Por mais que haja divergência, se queremos impedir o pior para o Brasil, uma tragédia nacional", afirmou o ex-ministroJosé Dirceu
29 de maio de 2020
José Dirceu (Foto: Lula Marques/PT na Câmara)
247 - O ex-ministro José Dirceu defendeu que Lula e Ciro Gomes (PDT) devem estar unidos para derrotar o governo Jair Bolsonaro.
"Para enfrentar Bolsonaro, todos têm de se unir: Lula, Ciro... Por mais que haja divergência, se queremos impedir o pior para o Brasil, uma tragédia nacional", afirmou o ex-ministro em entrevista ao UOL.
Dirceu salientou que é preciso ter clareza de que a aliança é conjuntural e não eleitoral. "Proponho aliança para tirar o Bolsonaro, [mas] não para 2022. Teremos um candidato de centro-esquerda, seja quem for: Ciro, [Fernando] Haddad, Rui Costa, Flávio Dino. O Lula já disse que não quer ser candidato", frisou ele, que ressaltou que seu posicionamento era pessoal, e não em nome do PT.
"Não posso falar em nome do PT. O Lula declarou três vezes em 15 dias que não é candidato, que quer construir um programa da esquerda. O Ciro decidiu ser um candidato antipetista. Para a questão do Bolsonaro, espero que isso seja superado."
O ex-ministro ainda avaliou a movimentação do chamado "centrão" em direção do governo Bolsonaro.
"Centrão é Cavalo de Troia', diz Dirceu. "Eles [o centrão] são um Cavalo de Troia. Aliás, já estão se dividindo por causa das operações contra os governadores. Amanhã, o centrão é o primeiro a pedir o impeachment [de Bolsonaro]. Você tem alguma dúvida? Bolsonaro está fazendo uma operação de alto risco", acrescentou.
Brasil 247
Inquérito das fake news deve chegar ao chefe do esquema: Carlos Bolsonaro
Próxima etapa da investigação poderá mirar grupo de assessores do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro
30 de maio de 2020
Alexandre de Moraes e Carlos Bolsonaro (Foto: STF | Renan Olaz/CMRJ)
247 – "O avanço da investigação sigilosa do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares deve chegar ao núcleo próximo do presidente Jair Bolsonaro", segundo aponta reportagem de Rafael Moraes Moura, publicada no jornal Estado de S. Paulo.
"Com previsão de ser concluído em 15 de julho, mas a possibilidade concreta de ser novamente prorrogado, o inquérito já fechou o cerco sobre o 'gabinete do ódio', grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo. A existência desse núcleo foi revelada em reportagem do Estadão de setembro do ano passado", aponta ainda o jornalista.
A investigação é conduzida no Supremo pelo delegado federal Igor Romário de Paula, que integrou a Lava Jato em Curitiba, e é tido como um aliado do ex-ministro Sérgio Moro.
Brasil 247
“Problema de Ciro é de caráter”, diz Gleisi em resposta a Dirceu
Ao comentar a defesa feita por José Dirceu da reaproximação entre Lula e Ciro, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que o pedetista tornou-se um "instrumento de antipetismo", auxiliando a direita. "Ciro deve desculpas ao Lula e ao PT pelas mentiras e ataques que vem fazendo", afirmou Gleisi
29 de maio de 2020
Gleisi Hoffmann e Ciro Gomes (Foto: Agência Brasil)
247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, defendeu nesta sexta-feira, 29, que um problema de "caráter" da parte do ex-ministro Ciro Gomes impede uma reaproximação entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gleisi se manifestou ao comentar entrevista do ex-ministro José Dirceu, que defendeu uma aliança entre Lula e Ciro para combater Jair Bolsonaro. "Zé, com todo respeito, o problema do Ciro é de caráter, não de divergência política. Ele deve desculpas ao Lula e ao PT pelas mentiras e ataques que vem fazendo. Tornou-se um instrumento de antipetismo, auxiliando a direita do país", afirmou Gleisi.
Na entrevista ao UOL, Dirceu, que é ex-presidente do PT, destacou que é preciso ter clareza de que a aliança é conjuntural e não eleitoral. "Para enfrentar Bolsonaro, todos têm de se unir: Lula, Ciro... Por mais que haja divergência, se queremos impedir o pior para o Brasil, uma tragédia nacional", afirmou Dirceu.
Brasil 247
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Site italiano diz que Moro tem epílogo humilhante: “Depois de vender Lula, não encontrou compradores para si”
Publicado em 29 maio, 2020 7:30 am
Do Farodiroma:
O ex-ministro da Justiça brasileiro Sergio Moro foi forçado a cancelar sua visita à Universidade de Buenos Aires. De fato, a presença do ex-guarda de Bolsonaro desencadeou protestos da sociedade civil argentina, que se opuseram ao convite da faculdade de direito, na qual Sergio Moro deveria ter realizado um relatório sobre a “luta contra a corrupção, a democracia e o Estado” por direito ”.
Por outro lado, o ex-juiz Moro tinha muito poucas referências para falar sobre essas questões, pois era o autor e executor da perseguição política contra Lula, que foi impedido, devido à sua intervenção, de participar das eleições do país. 2018, apenas contra Bolsonaro. Para organizar essa iniciativa, foi Carlos Babín, que, por sua vez, colaborou com o ex-presidente de direita argentino, Mauricio Macrí.
Os organizadores da coleção de assinaturas contra a presença de Moro lembraram como o ex-juiz, apesar de agora se apresentar como oponente de Bolsonaro, sempre mostrou sua parcialidade absoluta em relação àqueles que haviam julgado anteriormente.
Além disso, o governo, do qual era membro até recentemente, é conhecido “pela violência e ataque aos direitos das minorias étnicas, sexuais, religiosas, direitos das mulheres e pela promoção do ódio e da discriminação. como um instrumento de ódio “. Certamente, Moro “é o símbolo da pior face do judiciário da América Latina”, pois é uma engrenagem fundamental da lei, isto é, da guerra judicial contra líderes progressistas da região.
(…)
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Leia também: Moro pede ao STF justiça que negou a Lula
Diário do Centro do Mundo - DCM
quinta-feira, 28 de maio de 2020
Como seria o golpe de Bolsonaro?
"Por trás do nervosismo que parece ter tomado conta de Brasília, alguns mantém o sangue frio diante das bravatas presidenciais e apostam que as instituições da democracia vão se impor e responder: não acabou não, Bolsonaro!", avalia a jornalista Helena Chagas sobre o novo ataque de Bolsonaro ao Supremo
28 de maio de 2020
Jair Bolsonaro, cumprimenta populares e fala à imprensa no Palácio da Alvorada (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)
Por Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia
Quando um presidente da República diz ao Supremo Tribunal Federal que “acabou, porra!”, ou prega o descumprimento de “ordens absurdas” de lá emanadas e sugere que seus integrantes “se coloquem em seu devido lugar”, é o caso de se imaginar que estamos à beira de uma ruptura institucional. Somando as declarações presidenciais às notas do general Heleno e às lives dos bolsokids, concluímos que em nenhum momento ao longo dos últimos anos pós-redemocratização o fantasma do golpe esteve tão presente quanto nesta semana.
A pergunta que não quer calar em Brasília hoje é se estamos à beira de uma quebra da normalidade democrática, de uma ruptura. O que nos leva a tentar imaginar: como seria o golpe de Bolsonaro?
Com a tensa situação agravada após a operação contra fake news determinada pelo ministro Alexandre de Moraes atingindo políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas, é de se supor que a “medida enérgica” a qual se refere seu filho 03 – e que segundo ele faria o pai ser tachado de ditador – seria tomada contra o Judiciário. Só que o governo do ex-capitão já percebeu que é preciso bem mais do que um cabo e um soldado para fechar o STF, e é difícil acreditar que ele pense que terá sucesso em algo assim.
Até porque a grande incógnita desse momento é a real posição dos militares da ativa – os únicos que, com o controle de tropas e tanques, têm condições físicas de dar um golpe. Nas últimas horas, fontes ligadas a Bolsonaro têm tentado passar a ideia de que há uma união dos militares do governo em torno da avaliação de que o STF está extrapolando – no caso das fake news, do celular presidencial, da interferência na PF… O próprio ministro da Defesa, Fernando Azevedo, andou muito perto do presidente nos últimos dias e chegou a apoiar a nota ameaçadora de Heleno no caso do celular.
Há dúvidas, porém, se uma demonstração de solidariedade a um presidente explosivo e descontrolado, um afago, e até mesmo uma crítica em relação às últimas posições do Supremo podem, por parte dos militares, se traduzir no apoio a algum tipo de golpe. São coisas muito diferentes, e tudo indica que não.
A julgar pelas seguidas manifestações públicas de Azevedo em apoio à democracia e a suas instituições, não há ali muita disposição para isso. Observadores da cena militar lembram que os comandantes da ativa vêm se sentindo até muito incomodados com os movimentos de Bolsonaro de passar a ideia de que tem o apoio das Forças Armadas para o que der e vier. Acham que vai ser difícil botar essas tropas na rua, sem maior apoio popular, e mantê-las para sustentar medidas de força que quebrem a ordem constitucional, sob a liderança do ex-capitão.
Há ainda a questão do apoio popular. Não se tem notícia de movimentos golpistas que tenham se sustentado com menos de 30% de apoio da população. Podem até ser deflagrados, mas não se sustentam.
É possível supor, portanto, que por trás da espuma das ameaças e das declarações incendiárias do presidente e de seus filhos, não se vá encontrar nem base social nem militar para desferir um golpe nas instituições e, mais complicado ainda, sustentar ao longo do tempo o estado de coisas que resultar da quebra da normalidade democrática.
É por isso que, por trás do nervosismo que parece ter tomado conta de Brasília, alguns mantém o sangue frio diante das bravatas presidenciais e apostam que as instituições da democracia vão se impor e responder: não acabou não, Bolsonaro! Aliás, o maior risco de quem tenta dar um golpe é acabar golpeado.
Brasil 247
Bolsonaro diz que integrantes do gabinete do ódio são cidadãos de bem e ameaça reagir
Em post no twitter, ele reagiu à ação do STF contra a central de disseminação de fake news e discurso de ódio comandada por sua família e disse que não aceitará passivamente
28 de maio de 2020
Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (Foto: STF | Reuters)
247 – "Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia", postou Jair Bolsonaro, em seu twitter. "Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente", complementou, em tom de ameaça. Saiba mais sobre o caso:
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão contra aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito que apura ataques e notícias falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e entre os alvos da operação estão o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan.
Entre os 29 alvos de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina estão outros alvos próximos do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, como os blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Kuster. Estão na lista ainda a ativista Sara Winter, organizadora do grupo de inspiração paramilitar 300 pelo Brasil, e empresários como Edgard Gomes Corona, dono da rede de academias Smart Fit, e Otávio Oscar Kafhoury, dono do site bolsonarista Crítica Nacional.
As diligências foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que preside o inquérito, aberto pelo presidente da corte, Dias Toffoli, em março do ano passado para apurar notícias falsas e ameaças contra ministros do tribunal. A abertura do inquérito por iniciativa de Toffoli foi alvo de críticas, já que o comum é que inquéritos sejam abertos pelo Judiciário atendendo a pedidos de outros órgãos.
Em seu pedido de diligências, Moraes apontou indícios de uma “associação criminosa” entre empresários e influenciadores digitais para criar uma rede de financiamento e transmissão de notícias falsas.
“As provas colhidas e os laudos periciais apresentados nestes autos apontam para a real possibilidade de existência de uma associação criminosa, denominada nos depoimentos dos parlamentares como ‘Gabinete do Ódio’, dedicada a disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”, disse o ministro.
Além das 16 pessoas alvos de mandados de busca e a apreensão, Moraes determinou ainda que seis deputados federais do PSL da ala bolsonarista —Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP)— e dois deputados estaduais paulistas, Douglas Garcia e Gil Diniz, também bolsonaristas sejam ouvidos pela PF em até 10 dias.
Algumas horas depois da operação ser deflagrada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão do inquérito até o julgamento de uma ação pelo Supremo Tribunal Federal que questiona o seu trâmite.
Aras alegou que a PGR foi “surpreendida” com a operação “sem a participação, supervisão ou anuência prévia” da PGR, que é o órgão a que se destinariam ao final as provas recolhidas na fase de investigação.
Ao longo o dia, os envolvidos na operação reagiram nas redes sociais sobre seu envolvimento no inquérito.
Em transmissão ao vivo no Facebook, Hang disse que foi alvo de mandados em sua casa e em seu escritório e que seu telefone celular e seu computador pessoal foram apreendidos pelos agentes. O empresário disse ainda que a investigação vai provar que ele não produziu notícias falsas contra ministros do STF.
“Jamais atentei ou fiz fake news contra o STF”, disse.
No Twitter, Roberto Jefferson comparou a operação desta quarta a uma ação do “Tribunal do Reich”, em referência ao regime nazista alemão comandado por Adolf Hitler.
“Com um mandado de busca e apreensão, expedido contra mim por Alexandre de Moraes, STF, para aprender meus computadores e minhas armas. Atitude soez, covarde, canalha e intimidatória, determinada pelo mais desqualificado ministro da corte. Não calarei. CENSURA”, escreveu na publicação, acompanhada da foto do mandado expedido por Moraes.
O blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, e Sarah Winter, do grupo 300 Pelo Brasil, de inspiração paramilitar de apoio a Bolsonaro, também disseram ter sido alvos da operação da PF nesta quarta.
Ele afirmou a jornalistas na porta de sua casa que as investigações contra ele irão desmoralizar o Supremo.
“Vai ser patético para a Suprema Corte. Eles vão revirar todos os documentos da Terça Livre, vão ver que a gente vive de todos os produtos que a gente vende”, afirmou.
Sarah Winter, por sua vez, disse que seu celular e notebook foram apreendidos pelos policiais federais e atacou Moraes.
“A Polícia Federal acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!!”, escreveu ela no Twitter.
O deputado estadual Douglas Garcia, que teve dois assessores alvos da operação e buscas no seu gabinete, disse que a operação desta quarta apequena a PF.
“Acabo de receber a notícia pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que o meu gabinete está recebendo a visita da Polícia Federal”, afirmou Garcia em vídeo publicado no Twitter.
“De acordo com tuíte divulgado pela própria Polícia Federal estamos sendo investigados por ataques, crimes, alguma coisa relacionada aí a críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ora, eu sou deputado, eu fui feito para parlar, eu sou parlamentar através da minha prerrogativa que a Constituição me dá. Em opiniões e palavras de voz, eu posso criticar quem eu quiser”, afirmou ele.
Ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã, Bolsonaro disse, sem comentar os mandados de busca e apreensão determinados por Moraes, que mais operações ocorrerão enquanto ele for presidente.
À tarde, o presidente convocou uma reunião extraordinária com ministros do governo, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).
Em nota, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou que é garantido direito de criticar representantes e instituições de quaisquer Poderes e que parlamentares têm ampla imunidade por suas palavras, considerando um “atentado à própria democracia” intimidar ou tentar cercear esses direitos.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filhos do presidente, por sua vez, criticaram a operação desta quarta pelas redes sociais.
Brasil 247
quarta-feira, 27 de maio de 2020
França proíbe uso da cloroquina contra coronavírus
O motivo é o estudo que comprova que o remédio, recomendado por Jair Bolsonaro, mais mata do que cura pacientes de Covid-19
27 de maio de 2020
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)
247 – O governo francês, de Emmanuel Macron, acaba de anunciar a proibição do uso de cloroquina no tratamento contra a Covid-19. O motivo é um estudo científico, com 96 mil pacientes, que prova que o remédio traz mais risco de morte de que possibilidade de cura, no tratamento da doença. A despeito disso, o remédio foi recomendado por Jair Bolsonaro, que provocou a demissão de dois ministros da Saúde, que eram contrários ao remédio do "Dr. Bolsonaro".
Brasil 247
terça-feira, 26 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
domingo, 24 de maio de 2020
Miriam Leitão diz que militares assistiram Bolsonaro promover as milícias debaixo dos seus narizes
A jornalista Miriam Leitão afirmou que Bolsonaro promoveu abertamente uma revolta armada da população diante dos militares que nada fizeram. Ela diz: “o mais impressionante era que os oficiais, inclusive um integrante do Alto Comando, na ativa, estivessem vendo isso sem reagir”
24 de maio de 2020
(Foto: Reprodução | ABr)
247 - A jornalista Miriam Leitão chama a atenção para a paralisia dos militares diante de propostas claramente inconstitucionais de Bolsonaro, como o armamento da população para supostamente resistir a governos golpistas. Ela diz: “a proposta do presidente Jair Bolsonaro de armar a população, na radicalidade que ele defendeu na reunião, se posta em prática, permitiria a formação de grupos armados, milícias, como há na Venezuela, e até uma guerra civil.”
Em reportagem publicada no jornal O Globo, a jornalista ainda destaca que “o mais impressionante era que os oficiais, inclusive um integrante do Alto Comando, na ativa, estivessem vendo isso sem reagir. É inconstitucional a proposta do presidente. O Estado tem o monopólio da força, e ele é garantido pelas Forças Armadas. Bolsonaro quer que pessoas armadas saiam de casa para desrespeitar leis e determinações das autoridades.”
A matéria acrescenta: “um ministro do Supremo com quem eu conversei ontem considera que essa é a parte mais relevante da reunião, não apenas por ser claramente inconstitucional, mas porque já há precedentes: “tem aquele fato anterior de revogação das portarias que permitiam a rastreabilidade de armas, balas e munições de uso exclusivo do Exército. Eles substituíram inclusive o responsável pelas portarias. Se você flexibiliza a rastreabilidade você beneficia os milicianos e grupos marginais. Essa é uma questão que precisa ser olhada com atenção. Já há uma ação do PDT no Supremo.”
Brasil 247
sábado, 23 de maio de 2020
“Show de horrores”, diz maior jornal inglês sobre reunião ministerial de Bolsonaro
O jornal britânico The Guardian destacou a perplexidade geral causada pelo vídeo da reunião ministerial do governo Bolsonaro. O periódico enunciou: “Jair Bolsonaro xingou 34 vezes durante uma reunião de gabinete de duas horas, que alguns acham que poderia ajudar a levar a cabo o mandato de quatro anos”
23 de maio de 2020
Bolsonaro The Guardian (Foto: Reprodução)
247 - A repercussão negativa da divulgação da reunião ministerial do governo Bolsonaro ganhou o mundo e foi destaque no britânico The Guardian. O jornal sublinhou as grosserias do presidente brasileiro: “‘se [a esquerda] assumisse o poder em 1964, estaríamos fodidos’, proclamou o presidente da pró-ditadura do Brasil em um ponto.”
O jornal britânico fez extensa matéria sobre o episódio que pode levar ao fim do governo:
"Um show de terror", twittou Marina Silva, uma rival presidencial de uma só vez, depois que ela, como grande parte do Brasil, assistiu às cenas de palavrões. "Todo o Brasil já viu as entranhas sinistras que governam o país ... Isso não pode continuar."
O vídeo, que está no centro de uma investigação potencialmente letal da presidência sobre as reivindicações de Bolsonaro na Polícia Federal, foi divulgado na sexta-feira após uma decisão da suprema corte. Ele mostra uma cúpula do gabinete no palácio presidencial em 22 de abril - e um carnaval de insultos e conspiração.
Bolsonaro surge como a besta-chefe do Brasil, proferindo 34 palavrões, segundo relatos locais. “Esses bastardos estão atrás da nossa liberdade - é por isso que quero que o povo se arme”, declara a certa altura.
“Oh, vá se foder. Fui eu quem escolheu esse maldito time”, reclamou com a falta de elogios da mídia por sua liderança.
(...)
Em uma quarta ocasião, que poderia ter sérias implicações para sua presidência, fornecendo possíveis motivos para impeachment, Bolsonaro parece confirmar as alegações de seu ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, de que ele procurava proteger sua família da investigação por se intrometer na polícia federal.
Brasil 247
sexta-feira, 22 de maio de 2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Documentos apresentados pela defesa de Lula provam que Odebrecht pagou delatores
Publicado por Diario do Centro do Mundo
- 21 de maio de 2020
Publicado originalmente no site Consultor Jurídico (ConJur)
POR RAFA SANTOS
A defesa do ex-presidente Lula apresentou nesta quarta-feira (20/5) ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região embargos de declaração relativos a acórdão proferido no último dia 22 de abril, referente ao caso do sítio de Atibaia (SP).
A peça de 63 páginas é assinada pelos advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Maria de Lourdes Lopes, Eliakin T.Y.P. dos Santos e Lyzie de Souza Andrade Perfi e sustenta que documentos e planilhas apresentados no último dia 17 pela própria Odebecht à Justiça de São Paulo provam definitivamente que delações usadas para condenar Lula foram pagas.
Esses documentos foram apresentados pela construtora em processos contra Marcelo Odebrecht. Entre eles, está uma planilha segundo a qual ex-executivos e colaboradores da Odebrecht receberiam por até nove anos valores da empresa sem qualquer tipo de prestação de serviço após a celebração dos acordos de delação premiada.
Conforme a defesa do petista, os documentos provam que a empreiteira pagou pelas “delações premiadas e pelo conteúdo que elas veicularam para tentar incriminar o ex-presidente Lula”. Da planilha apresentada constam apenas beneficiários que fecharam acordos de colaboração com auxílio da empresa.
No texto, os advogados de Lula reproduzem trechos de ação declaratória de nulidade ajuizada pela Odebrecht contra o ex-presidente da companhia Marcelo Bahia Odebrecht. A ação visa a invalidar contrato celebrado em que a empresa se compromete a pagar a Marcelo a quantia de R$ 52 milhões por conta de serviços prestados enquanto ele exerceu a presidência do grupo entre 2013 e 2015.
“O réu sabia que, para celebração de acordo de leniência que possibilitasse a continuidade das atividades da empresa, a Odebrecht precisava que seus ex-executivos, envolvidos nos fatos investigados pela operação “lava jato”, cooperassem com as autoridades criminais. Com isso em mente, o senhor Marcelo Odebrecht passou a ameaçar a empresa (o conteúdo dessas ameaças será abordado com detalhes em capítulo próprio) afirmando que, caso não lhe fossem conferidas determinadas benesses patrimoniais, ele não celebraria acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, inviabilizando, por consequência, o acordo de leniência da Odebrecht. Colocada contra a parede e necessitando preservar sua própria existência, a Odebrecht pagou ao senhor Marcelo Odebrecht mais de R$ 143 milhões, que foram utilizados pelo réu para sua blindagem patrimonial”, diz trecho da inicial da ação da empresa contra seu ex-presidente.
A peça também apresenta transcrições da correspondência de Marcelo Odebrecht em seu tempo de cárcere e uma planilha com valores pagos aos executivos que celebraram acordos de delação. Um deles, Alexandrino Alencar, receberia R$ 100 mil por aproximadamente nove anos. A defesa de Lula também apresenta um documento que lista os “compromissos assumidos com colaboradores” em que a empresa se compromete a fazer o pagamento de multas ao MPF, prover apoio jurídico e dar proteção patrimonial aos delatores.
A defesa de Lula pede que TRF-4 autorize a realização e diligências para averiguar como foi organizado e comandado o processo de delação premiada da Odebrecht e quem apresentou a proposta de remuneração para executivos, colaboradores e terceiros para viabilizar os acordos.
Os advogados do petista também pedem que se esclareçam quais as condições impostas aos executivos para firmar os acordos. Por fim, é feito o pedido para que a Odebrecht justifique por que apresentou ação declaratória contra Marcelo Odebrecht, afirmando que as acusações lançadas contra ele envolvendo a Petrobras (“casos Palocci”) eram “mentirosas e, a despeito disso, o grupo, seus executivos e colaboradores, inclusive o próprio Marcelo Odebrecht, fizeram colaborações premiadas baseadas nessas mesmas acusações”.
Clique aqui para ler o recurso apresentado pela defesa de Lula
Clique aqui para ler a planilha de compromissos com delatores
Clique aqui para ler as transcrições dos bilhetes de Marcelo Odebrecht
Diário do Centro do Mundo - DCM
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Avião da PF segue para o Rio de Janeiro e aumenta rumores sobre operação
O deslocamento acontece em meio a rumores sobre a possibilidade de a corporação deflagrar uma grande operação no Rio de Janeiro. Vazamentos de informação da PF teriam sido feitos para beneficiar Flávio Bolsonaro
20 de maio de 2020
247 - Um avião da Polícia Federal partiu nesta quarta-feira (20) para a cidade do Rio de Janeiro, informou a Crusoé. O deslocamento acontece em meio a rumores sobre a possibilidade de a corporação deflagrar uma grande operação no Rio de Janeiro.
A aeronave (um Embraer 145), com capacidade para até 50 pessoas, costuma ser usada em grandes ações da PF e na transferência de presos considerados com alto nível de perigo por autoridades.
O Rio de Janeiro é palco de importantes investigações. O empresário Paulo Marinho, suplente de senador na chapa com Flávio Bolsonaro, afirmou que o advogado Victor Granado recebeu de um delegado da Polícia Federal a informação de que uma operação da PF envolveria pessoas do gabinete do parlamentar. Ou seja, seria vazamento de informação para proteger o filho de Jair Bolsonaro no âmbito das investigações sobre um esquema de corrupção quando era deputado estadual.
Brasil 247
Novo ataque da mídia corporativa a Lula mostra que ela se tornou linha auxiliar do gabinete do ódio
“Enquanto Jair Bolsonaro segue firme em seu projeto de destruição nacional, a imprensa comercial retoma seu esporte predileto: atacar o ex-presidente Lula”, diz o jornalista Leonardo Attuch
20 de maio de 2020
(Foto: Ricardo Stuckert - PR)
O Brasil talvez seja um caso perdido. No momento em que vozes relativamente sensatas da sociedade começam a se dar conta de que foram intoxicadas pelo ambiente de ódio e de mentiras disseminado nos últimos anos contra um determinado campo político e que, por isso mesmo, acabaram apoiando o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a imprensa conservadora retoma seu esporte predileto: atacar Lula.
É exatamente isso o que está ocorrendo em vários veículos da chamada mídia corporativa nas últimas horas, a partir de uma frase dita por Lula em entrevista ao jornalista Mino Carta, editor da Carta Capital. “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem que apenas o estado pode dar solução a determinadas crises”, disse Lula.
Qualquer pessoa alfabetizada é capaz de compreender o sentido desta frase. Foi o necessário que surgisse uma pandemia para que a humanidade começasse a enxergar o desastre neoliberal e corrigisse seu curso. Mas, não. Na imprensa que patrocinou e ainda patrocina o golpe, Lula comemora o vírus como se celebrasse as milhares de mortes que estão ocorrendo no Brasil, que é o único país do mundo sem ministro da Saúde, por falta de governo.
Os ataques que têm sido feitos pela imprensa corporativa, aquela que se diz portadora do “jornalismo profissional”, a Lula em nada se diferem das baixarias que são disparadas pelo chamado gabinete do ódio comandado pelo clã Bolsonaro. E o curioso é que um dos alvos deste mesmo gabinete é a mídia tradicional, que vem sendo suplantada pela indústria de mentiras construída nas redes sociais nos últimos anos. No entanto, quando se trata de defender os interesses do grande capital e das oligarquias, os barões da mídia são exatamente iguais aos delinquentes da internet.
Quem ganha com isso? Jair Bolsonaro, que segue firme em seu projeto de destruição nacional, no momento em que o Brasil precisaria de unidade das forças democráticas para se reconstruir a partir de um novo pacto nacional. Mas onde estão as forças democráticas? Certamente não estão nos grupos que dizem oferecer à sociedade o chamado “jornalismo profissional.”
Brasil 247
terça-feira, 19 de maio de 2020
Janaína e Vera continuam arrogantes enquanto Felipe Neto, humilde, decidiu estudar
DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO - DCM
domingo, 17 de maio de 2020
Paulo Marinho diz ter provas de que PF avisou Flávio Bolsonaro
O empresário Paulo Marinho afirmou a interlocutores que, se for chamado a depor, apresentará provas à Polícia Federal de que Flávio Bolsonaro foi informado previamente por um delegado da própria PF que Fabrício Queiroz seria alvo de uma operação. A operação foi postergada para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018
17 de maio de 2020
Empresário Paulo Marinho (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
247 - O empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado e um dos principais líderes da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018, garantiu a interlocutores que tem provas para comprovar as acusações de que o filho do presidente foi informado previamente por um delegado da Polícia Federal que o seu então assessor, Fabrício Queiroz, seria alvo de uma operação. A operação foi postergada para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018. A revelação foi feita por Marinho em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, publicada na Folha de S. Paulo. Segundo ele, Flávio disse que soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada: "Foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro. Mais: os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro. O delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Fabrício Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. Os dois, de fato, foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15 de outubro de 2018".Segundo a jornalista Bela Megale, em O Globo, “a pessoas próximas, Marinho relatou que, se for chamado para depor em uma eventual investigação, ‘apresentará provas mostrando que falou a verdade’”. A PF já afirmou que vai abrir uma investigação sobre o caso, depois de ter engavetado o assunto em 2019, no auge do poder de Bolsonaro.
Brasil 247
Elite que levantou Bolsonaro decidiu livrar-se dele
"O depoimento do empresário Paulo Marinho, quadro orgânico da vitória do bolsonarismo em 2018, é o mais claro sinal de uma mudança em curso na política brasileira", escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia.
17 de maio de 2020
(Foto: Reprodução/Twitter)
Por Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia
A entrevista do empresário Paulo Marinho a Monica Bergamo é uma nova demonstração do enfraquecimento do bolsonarismo junto à fatia da elite brasileira que alavancou sua candidatura presidencial e agora ensaia movimentos de ruptura.
Depois de proteger Bolsonaro em 2018, sabotando um pacto democrático que poderia ter assegurado a vitória de Fernando Haddad na reta final, quando a ameaça de uma candidato a ditador já estava no horizonte, uma parcela do patamar superior da pirâmide inicia um novo curso.
Iniciado com a saída de Sérgio Moro, que levou consigo as conexões nacionais e internacionais que a Lava Jato permitiu e o Departamento de Estado estimulou, o processo seguiu em frente com uma nova postura na mídia grande, com uma mudança no eixo editorial das Organizações Globo, Folha e Estado.
Como a entrevista de despedidas de Moro, a entrevista de Paulo Marinho tem o valor das denúncias feitas a partir de dentro. A entrevista envolve o segundo turno de 2018 e conta uma história com começo, meio e fim. Revela uma escandalosa operação da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, sob medida para beneficiar o candidato a senador Flavio Bolsonaro e por tabelo pai, Jair Bolsonaro.
Com a única finalidade de impedir o desgaste dos dois candidatos adiou-se o nício da operação Furna da Onça, que tinha Flávio Bolsonaro e seu amigo e assessor Fabrício Queiróz como alvos. Com isso, numa decisão tomada às claras, conforme Marinho, impediu-se que os votos destinados a pai e filho mudassem de direção, o que poderia ter beneficiado Fernando Haddad.
A entrevista não só apresenta a narrativa de um crime eleitoral, de uma gravidade imensa, pois envolve a manipulação da soberania popular por autoridades policiais. Cem milhões de brasileiros e brasileiras votaram no escuro porque a Polícia Federal assim decidiu.
O depoimento de Paulo Marinho ajuda a esclarecer a verdadeira obsessão deJair Bolsonaro com o organismo onde a trama se produziu, o comando da PolíciaFederal no Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, na medida que empurrava Sérgio Moro para fora do governo, Bolsonaro também precisava retirar seu homem de confiança, Maurício Valeixo, da direção-geral da PF. Embora tenha tomado posse após a mudança de governo, Valeixo certamente acumulou um bom conhecimento de fatos e versões ocorridos naqueles dias decisivos para a construção da tragédia política que hoje atormenta o país inteiro.
Alguma dúvida?
Brasil 247
sábado, 16 de maio de 2020
PT anuncia 'Plano Lula para o Brasil' coordenado por Haddad para reconstruir o país
O PT anunciou neste sábado (16) o lançamento do ‘Plano Lula para o Brasil’, com metas para reconstrução do Estado brasileiro e da soberania nacional. O ex-prefeito Fernando Haddad será o coordenador do projeto
16 de maio de 2020
(Foto: Divulgação)
247 - A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores anunciou neste sábado (16) o ‘Plano Lula para o Brasil’, um projeto abrangente de retomada da economia, dos empregos, da reconstrução do Estado brasileiro e da soberania nacional.
À frente da coordenação da tarefa está o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad.
Leia a íntegra da nota da Comissão Executiva Nacional do PT:
Por ter governado o país pelo voto popular, vencendo quatro eleições consecutivas, e por ser o mais importante partido de oposição, o PT vem atuando com responsabilidade em defesa da vida, dos empregos e da renda da população mais pobre, desde antes do agravamento da pandemia do Coronavírus no país.
Além de denunciar a irresponsabilidade de Bolsonaro, a incapacidade e insensibilidade de seu governo frente à crise, o PT defende a população por meio da mobilização social, da ação de seus governadores e prefeitos, de ações judiciais e de projetos de lei no Congresso, como o que resultou no pagamento emergencial de R$ 600, que propomos estender por um ano.
Frente à necessidade de preparar desde já a reconstrução do país, destruído pela sabotagem do governo federal às ações contra a pandemia e pelo projeto ultraliberal que este governo aprofundou, a Comissão Executiva Nacional do PT decidiu construir um projeto abrangente de retomada da economia, dos empregos, de reconstrução do estado e da soberania.
A tarefa será coordenada pelo presidente do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo, companheiro Fernando Haddad, com a legitimidade de quem recebeu mais de 47 milhoes de votos como candidato do PT à Presidência da Republica em 2018.
Essa tarefa mobilizará os quadros da FPA, dos Núcleos de Avaliação de Políticas Públicas do PT, das secretarias e setoriais do partido, em colaboração com diversos movimentos sociais e entidades, buscando o diálogo com amplos setores da classe trabalhadora, da intelectualidade, dos artistas, da juventude, do empresariado e das instituições nacionais, para recuperar a auto estima do país e viabilizar um projeto baseado nas imensas potencialidades do Brasil.
A superação da profunda crise econômica, social e política exige a retomada de um projeto nacional, popular e democrático à altura do país e de nosso povo, como tivemos a partir do governo do ex-presidente Lula e seu modelo de desenvolvimento com inclusão social. Por este motivo, o projeto terá o nome de Plano Lula para o Brasil.
Brasil 247
Daniel Filho suspeita que Regina Duarte possa ter se apaixonado por Bolsonaro
O ex-marido e colega de 55 anos suspeita até de problemas psicológicos e não entende como “ela se une a um assassino. Que é tão perigoso quanto foi a ditadura”
15 de maio de 2020
(Foto: Divulgação)
Revista Fórum - O diretor Daniel Filho, 82, afirmou, em entrevista sobre a secretária de Cultura, Regina Duarte, 73, para a Folha, publicada nesta sexta-feira (15), que não entende o que acontece com a ex-esposa, amiga e parceira profissional.
O diretor suspeitou de problemas psicológicos, dupla personalidade e até mesmo a possibilidade de ela estar apaixonada, quem sabe pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ).
“Eu a considero a namoradinha do Bolsonaro hoje. Será que ela se apaixonou pelo Bolsonaro? Estamos todos preocupados e lamentando o que a Regina está fazendo. Será que ela realmente acha que o Brasil vai melhorar com o Bolsonaro? Essa pandemia, então, arrebenta tudo, e ela se une a um assassino. Que é tão perigoso quanto foi a ditadura”, alerta.
Brasil 247
Celso de Mello comunica Bolsonaro sobre ação de impeachment no Supremo
Em comunicado, o ministro Celso de Mello abre espaço para que Jair Bolsonaro se manifeste sobre o processo que pede à Justiça que determine ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que analise o pedido de impeachment
16 de maio de 2020
(Foto: STF | Reuters
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o decano Celso de Mello, encaminhou comunicado ao Palácio do Planalto para informar Jair Bolsonaro sobre a tramitação do processo que trata sobre um pedido de impeachment apresentado contra ele.
O comunicado a Bolsonaro abre espaço para que ele se manifeste sobre o processo e contestar, caso queira. Após a manifestação das partes, o ministro vai decidir pelo prosseguimento ou arquivamento da ação.
A ação foi apresentada pelos advogados José Rossini Campos e Thiago Santos Aguiar que pede à Justiça, que determine ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analise um pedido de afastamento protocolado por eles em março.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já encaminhou resposta à Corte, pedindo a rejeição do processo. Ele argumenta que o afastamento é uma “solução extrema” e que não há norma legal que fixe prazo para a avaliação dos pedidos protocolados no Congresso.
“O impeachment é uma solução extrema: o primeiro juiz das autoridades eleitas numa democracia deve ser sempre o voto popular”, friou Maia. “A presidência da Câmara dos Deputados, ao despachar as denúncias contra o chefe do Poder Executivo, deve sopesar cuidadosamente os aspectos jurídicos e político-institucionais envolvidos. O tempo dessa decisão, contudo, pela própria natureza dela, não é objeto de qualquer norma legal ou regimental”, acrescentou o deputado.
Brasil 247
sexta-feira, 15 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
‘Mourão ameaça a democracia para defender governo genocida mergulhado na corrupção’, diz Paulo Pimenta
O deputado federal disse que “diante da incompetência de um governo genocida, mergulhado na corrupção”, Mourão “ameaça a democracia e tenta intimidar os poderes, a imprensa, a oposição e os governadores”
14 de maio de 2020
Paulo Pimenta e General Hamilton Mourão (Foto: ABR)
247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) publicou uma sequência de postagens sobre o novo artigo do vice-presidente, general Hamilton Mourão, que mostrou seu alinhamento político com Jair Bolsonaro. Segundo Pimenta, a manifestação de Mourão “é um claro ataque às instituições e à democracia” e, assim como Bolsonaro, “ele responsabiliza o Judiciário, o Congresso, a imprensa, os líderes políticos da oposição e os prefeitos e governadores, pelo fato de Jair Bolsonaro não conseguir governar”.
Pimenta ainda disse que “diante da incompetência de um governo genocida, mergulhado na corrupção”, Mourão “ameaça a democracia e tenta intimidar os poderes, a imprensa, a oposição e os governadores”. Por isso, o deputado reforça que “mais do que nunca” é preciso defender a democracia e a Constituição Federal e que “devem se unir todos aqueles que desprezam as ditaduras e não estão dispostos a assistir calados a escalada autoritária anunciada pelo General”.
Brasil 247
quarta-feira, 13 de maio de 2020
Globo parte para o tudo ou nada contra Bolsonaro e diz que vídeo é confissão de crimes
Jornal O Globo, da família Marinho, parece estar fechado já com a "solução Mourão" e denuncia em editorial os crimes cometidos por Jair Bolsonaro. "Bolsonaro queria privatizar a PF", aponta o texto
13 de maio de 2020
(Foto: PR | Reprodução)
247 – O jornal O Globo, dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, partiu com tudo para o Fora Bolsonaro, segundo demonstra editorial desta quarta-feira. "O vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que, segundo o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Bolsonaro confirmou que faria tudo para substituir Maurício Valeixo na diretoria-geral da Polícia Federal, inclusive demitir o ministro da Justiça e Segurança Pública, superior hierárquico de Valeixo, era a peça final de um quebra-cabeça já conhecido no seu conteúdo. O relato público que Moro fez no dia 24, dos motivos de sua saída, sem responder a perguntas da imprensa, já trazia o entendimento de que o presidente queria ter na Polícia Federal, na cúpula e/ou na superintendência do Rio de Janeiro, pessoas com as quais ele pudesse obter informações e relatórios de inteligência, o que não é função da PF, uma polícia que trabalha em inquéritos instaurados pela Justiça. Bolsonaro queria privatizar a PF", aponta o texto.
"Segundo relatos, o presidente aparece, como afirmara Moro, dizendo que substituiria o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, a quem Moro resistia a afastar, e que poderia demitir o próprio ministro. O bônus veio na declaração de que ele queria defender sua família. Tudo ficou explícito, a se confirmar o conteúdo do vídeo", prossegue ainda O Globo. "A explicação também não é uma surpresa, mas tem grande impacto político e ético ao sair da boca de Bolsonaro. Soa como confissão. A preocupação do presidente com os filhos é conhecida. E motivos existem. Bolsonaro assumiu a Presidência quando Flávio, eleito senador pelo Rio, passara a ser investigado no escândalo da 'rachadinha', ocorrido na Alerj, em que Flávio e outros deputados foram apanhados num esquema de recolhimento de parte dos salários de assessores, segundo denúncia do Ministério Público. No caso do hoje senador, uma operação a cargo do desaparecido Fabrício Queiroz."
"Só o prosseguimento deste inquérito — se o procurador-geral, Augusto Aras, não arquivá-lo intempestivamente — poderá esclarecer. Independentemente da família presidencial, interessa averiguar esta tentativa de interferência política e pessoal em um aparato de segurança do Estado, para que as devidas punições impeçam que isso se repita e faça o Brasil retroceder no processo civilizatório", finaliza o editorial.
Brasil 247
terça-feira, 12 de maio de 2020
Quatro anos de golpe e destruição do Brasil
Naquele dia, em que Dilma era afastada do cargo pelo Senado, eu recebia a mensagem de um amigo: "não desanime, o dia de hoje é apenas o começo da longa marcha para a reconquista da democracia no Brasil"
12 de maio de 2020
Dilma Rousseff
Por Leonardo Attuch
O dia 12 de maio de 2016 jamais sairá da minha memória. Naquela data, eu completava 45 anos de idade e, ao mesmo tempo em que lia dezenas de mensagens que chegavam pelo facebook, acompanhava a votação pelo Senado Federal da maior farsa política da história do País: o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo por "pedaladas fiscais". No dia seguinte, uma sexta-feira 13, ela seria substituída por Michel Temer, o vice que a traiu e que, por traí-la, traiu o próprio decoro do cargo, assim como a constituição brasileira. Temer conseguirá apenas um feito em sua apagada biografia: vai reabilitar Joaquim Silvério dos Reis e tomará seu lugar como símbolo maior da traição.
Depois de quatro anos de destruição da imagem e da economia do Brasil, até mesmo aqueles que foram levados por ignorância ou oportunismo a embarcar no golpismo já podem fazer um balanço isento da situação. Quais são as notícias do dia? Judeus condenam o uso de um slogan nazista pelo governo brasileiro, a equipe econômica queima reservas e o dólar se aproxima de seis reais, embaixador aponta que o Brasil caminha para a irrelevância no mapa global… e isso é apenas um retrato parcial deste 12 de maio de 2020.
Era este o destino do Brasil? Não era para ser. Em 2016, o país sediaria os Jogos Olímpicos apenas dois anos depois de sediar a Copa do Mundo. O Brasil era também um dos países que mais atraía investimentos internacionais. E poderia estar hoje, em 2020, preparando as comemorações para seu bicentenário da Independência numa posição de soberania. Infelizmente, tudo mudou para pior e nossa condição atual é a de neocolônia de um império que luta para evitar sua decadência.
Hoje, é também possível fazer um balanço isento do que foi o legado do combate à corrupção no Brasil. Empresas de engenharia, que eram um símbolo da capacidade empresarial brasileira, foram dizimadas e há mais de 100 mil engenheiros desempregados. Cadeias produtivas inteiras foram destruídas, como as dos setores de óleo e gás e da indústria naval. Em Brasília, o Congresso passou a ser povoado por figuras que saíram do anonimato e hoje se dizem arrependidas. Neste mesmo parlamento, o protagonista do golpe, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), segue sendo denunciado por vários casos de corrupção, sob a proteção hipócrita da mídia corporativa brasileira. O ex-juiz Sergio Moro é chamado de "Judas" por aquele que colocou no poder. E até mesmo os símbolos e as cores nacionais foram apropriados pelo fascismo. O verde-amarelo, antes objeto de admiração no mundo, hoje inspira vergonha.
É também fundamental dizer que o golpe contra Dilma foi não apenas uma farsa, mas também uma das maiores violências políticas, se não a maior, da história do Brasil. Como dispensou o uso de tanques nas ruas, como se fazia no passado, foi feito sob a aparência de "legalidade". Uma legalidade apenas formal, que legitimou o discurso hipócrita, usado até hoje pelos golpistas, de que "as instituições estão funcionando". Aliás, quando alguém disser que as "instituições no Brasil funcionam", é batata. Ali estará um golpista, seja por conveniência, interesse próprio, omissão ou covardia.
Naquele 12 de maio de 2016, uma das mensagens chamou a minha atenção. Foi enviada pelo amigo e jornalista Laurez Cerqueira. Ela dizia mais ou menos o seguinte: "não desanime, o dia de hoje é apenas o começo da longa marcha para a reconquista da democracia no Brasil". Não desanimamos nem desanimaremos. Mas receio que estejamos apenas no começo do caminho. E não sei se sobrará Brasil, nem como ideia, nem como nação e nem mesmo como território, após o golpe dos canalhas que foi perpetrado quatro anos atrás.
Brasil 247
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