quinta-feira, 7 de maio de 2020

TRF-4 rejeita pedido da defesa e mantém condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia


Desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 rejeitaram nesta quarta-feira, 6, os recursos da defesa do ex-presidente Lula e mantiveram a pena de 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão no caso do sítio de Atibaia


6 de maio de 2020


Lula, TRF-4 e Gebran Netto (Foto: Brasil247 | Divulgação | ABR)

247 - A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) rejeitou nesta quarta-feira, 6, recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manteve a pena de 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão no caso do sítio de Atibaia (SP).

O petista foi condenado pela corte de segunda instância em novembro do ano passado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente é acusado de receber propina de construtoras, que teriam reformado e decorado um sítio no interior de São Paulo.

Nessa terça-feira, 5, a defesa de Lula havia apresentado requerimento para que a corte suspendesse o julgamento de embargos pendentes sobre o sítio de Atibaia. O pedido foi negado pelos desembargadores. 

Segundo os advogados do petista, as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e por Sergio Moro reforçam a suspeita de que o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba não era isento para julgar Lula. Foi Moro que, em 2017, aceitou a denúncia contra o ex-presidente.

"Há diversos fatos que mostram a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e consequentemente comprometimento de toda a instrução deste processo. Dentre os apontamentos, está o fato do ex-juiz ter passado a integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro com o afirmado compromisso para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal", afirma o requerimento, assinado pelos advogados Cristiano Zanin, Valeska Teixeira Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin dos Santos. 

Em primeira instância, Lula foi condenado pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A denúncia foi aceita em 2017 pelo então juiz Sergio Moro, que deixou o cargo para assumir o Ministério da Justiça.





Brasil 247

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