A jornalista Miriam Leitão afirmou que Bolsonaro promoveu abertamente uma revolta armada da população diante dos militares que nada fizeram. Ela diz: “o mais impressionante era que os oficiais, inclusive um integrante do Alto Comando, na ativa, estivessem vendo isso sem reagir”
24 de maio de 2020
(Foto: Reprodução | ABr)
247 - A jornalista Miriam Leitão chama a atenção para a paralisia dos militares diante de propostas claramente inconstitucionais de Bolsonaro, como o armamento da população para supostamente resistir a governos golpistas. Ela diz: “a proposta do presidente Jair Bolsonaro de armar a população, na radicalidade que ele defendeu na reunião, se posta em prática, permitiria a formação de grupos armados, milícias, como há na Venezuela, e até uma guerra civil.”
Em reportagem publicada no jornal O Globo, a jornalista ainda destaca que “o mais impressionante era que os oficiais, inclusive um integrante do Alto Comando, na ativa, estivessem vendo isso sem reagir. É inconstitucional a proposta do presidente. O Estado tem o monopólio da força, e ele é garantido pelas Forças Armadas. Bolsonaro quer que pessoas armadas saiam de casa para desrespeitar leis e determinações das autoridades.”
A matéria acrescenta: “um ministro do Supremo com quem eu conversei ontem considera que essa é a parte mais relevante da reunião, não apenas por ser claramente inconstitucional, mas porque já há precedentes: “tem aquele fato anterior de revogação das portarias que permitiam a rastreabilidade de armas, balas e munições de uso exclusivo do Exército. Eles substituíram inclusive o responsável pelas portarias. Se você flexibiliza a rastreabilidade você beneficia os milicianos e grupos marginais. Essa é uma questão que precisa ser olhada com atenção. Já há uma ação do PDT no Supremo.”
Brasil 247
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