"O que fica de novo evidenciado é que o Queiroz e sua mulher não são reféns de Frederick Wassef, como se supunha, mas de Bolsonaro, de quem depende para sua sobrevivência imediata e futura", afirma Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
9 de julho de 2020
Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz e Frederick Wassef (Foto: Reuters | Reprodução)
Se já era pequena a possibilidade de Fabrício Queiroz delatar o esquema da rachadinha de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e o envolvimento de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, enquanto estava em prisão preventiva em Bangu 8, a chance agora é igual a zero.
Principalmente porque o habeas corpus também atinge sua mulher, Márcia Aguiar, até hoje considerada foragida.
Vão ficar, ambos, na casa da família, em Rio das Pedras, com tornozeleiras eletrônicas, monitoramento estreito e proibição de contato com outros membros da quadrilha.
Prisão domiciliar não significa absolvição; o processo vai continuar tramitando normalmente, se é que há alguma coisa normal nesse episódio da rachadona.
Embora esteja em suposta quarentena por estar contaminado, Bolsonaro participou ativamente do movimento que resultou na “progressão de pena” de Queiroz, ao fazer declarações de amor ao ministro do STJ João Otávio de Noronha, na véspera da decisão.
O que fica de novo evidenciado é que o Queiroz e sua mulher não são reféns de Frederick Wassef, como se supunha, mas de Bolsonaro, de quem depende para sua sobrevivência imediata e futura, que estará garantida desde que eles permaneçam em silêncio.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário